Angola: Directores da Educação em acção formativa

Angola/09 de Junio de 2018/Jornal de Angola

Directores municipais da Educação e coordenadores das Zonas de Influência Pedagógica (ZIP), na província do Cuando Cubango, estão a ser capacitados na cidade de Menongue, visando a melhoria na elaboração e implementação de projectos educativos escolares.

A acção formativa, com a duração de três dias, vai munir os participantes de conhecimentos sobre a gestão escolar, planificação e passos para a elaboração de um projecto educativo, plano de acção, elaboração do diagnóstico da situação da escola, procedimentos para a aquisição dos subsídios escolares, financiamento dos projectos educativos escolares, entre outros temas.

O coordenador provincial das Zonas de Influência Pedagógica, Benjamim Nguejia, explicou que o seminário tem como objectivo capacitar os directores municipais da Educação e coordenadores das ZIP com instrumentos de planificação, que visam a melhoria da qualidade da gestão das escolas.

Benjamim Nguejia disse que os directores municipais da Educação e os coordenadores das ZIP têm a incumbência, depois da formação, de transmitir os conhecimentos adquiridos aos directores, inspectores e funcionários administrativos nas escolas dos seus municípios.

Benjamim Nguejia disse que um dos objectivos é desenvolver acções de formação para garantir que os gestores escolares sejam capazes de elaborar, implementar e avaliar os projectos educativos nas escolas, para a melhoria do processo de ensino e aprendizagem a nível da província.

“Esta acção formativa visa ainda contribuir para uma melhor organização das instituições escolares e promover a participação de toda a comunidade educativa na partilha e debate de ideias, na busca de soluções dos problemas nas escolas”, disse Benjamim Nguejia.

Por seu turno, o director provincial da Educação, Ciência e Tecnologia, Miguel Kanhime, considerou que o processo de ensino só vai conhecer melhorias com a formação constante dos gestores de escolas e professores.

“Estamos num período em que as escolas são do século XIX, os professores do século XX e os alunos do século XXI, ou seja os estabelecimentos escolares e os professores estão ultrapassados em relação às novas tecnologias e aos alunos que muitas  vezes levam aparelhos electrónicos para a investigação científica”, disse, para acrescentar que as escolas continuam com as mesmas dificuldades do século XIX, como a falta de bibliotecas e laboratórios, e muitos professores não têm formação pedagógica.

Miguel Kanhime realçou que, para que as escolas e os professores sejam também do século XXI, é necessário que o Governo  aposte  na forma de actuação  das instituições escolares, com bibliotecas e laboratórios devidamente equipados, e na formação contínua dos docentes.

“ As entidades de direito têm de apetrechar as escolas  ao ritmo do crescimento da sociedade, para que os alunos possam concluir a formação com qualificação.Portanto, afigura-se toda necessidade de capacitarmos sistematicamente  os formadores para que eles possam também formar bons quadros. São desafios que se impõem  nos dias de hoje”, disse Miguel Kanhime.

Fuente: http://jornaldeangola.sapo.ao/provincias/kuando_kubango/directores_da_educacao_em_accao_formativa_1

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Angola: ADPP formou no país milhares de professores

Angola/27 de Enero de 2018/Jornal de Angola

Resumen: Un total de 10.754 profesores de enseñanza primaria fueron formados en los últimos 20 años en 14 provincias del país, por las Escuelas de Profesores del Futuro (EPF), adscritas a la Ayuda de Desarrollo de Pueblo para Pueblo (ADPP)

Um total de 10.754 professores do ensino primário foram formados, nos últimos 20 anos, em 14 províncias do país, pelas Escolas de Professores do Futuro (EPF), adstritas à Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo (ADPP).

A coordenadora nacional das EPF, Kharem Hesselberg, disse, no Lucala, Cuanza-Norte, que só em 2017, as formações realizadas, em parceria com o Ministério da Educação, resultaram na colocação no mercado de trabalho de 1.110 técnicos médios da Educação.

A formação de professores, com um impacto bastante grande nas zonas rurais do país, tiveram lugar em 15 escolas, localizadas em 14 das 18 províncias do país e deram às comunidades, no ano findo, 381 técnicos básicos em oito escolas polivalentes e profissionais.

Esses técnicos básicos foram capacitados nos cursos de auxiliar agro-alimentar, cozinheiros e de assistentes de energia, que totalizam 2.399 formados, desde 2011, em seis províncias.

A coordenadora nacional das EPF disse que, além da Educação, a ADPP desenvolve projectos nas áreas da Saúde e da Agricultura.

A primeira Escola de Professores do Futuro (EPF) da ADPP foi inaugurada em 1995, na província do Huambo, tendo formado os primeiros 32 professores primários em 1998.

Fuente: http://jornaldeangola.sapo.ao/sociedade/adpp_formou_no_pais_milhares_de__professores

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Frei Betto: Reclamar menos, atuar mais

Quando me perguntam sobre o Brasil, respondo que não vejo luz no fim do túnel porque nem mesmo enxergo o túnel…

Por Frei Betto

Não lembro de ter vivido conjuntura tão incerta. Na ditadura os atores, de um lado e outro, eram definidos. Agora não. Há um assombroso retrocesso no país, e é praticamente insignificante a reação de quem se lhe opõe.

A reforma trabalhista jogou por terra mais de 70 anos de conquistas laborais. A terceirização passou ao primeiro lugar. A reforma da Previdência condena os brasileiros mais pobres a uma vida toda de trabalho forçado, pois dificilmente terão sobrevida após 49 anos de aluguel de sua força de trabalho aos patrões, a preço salarial irrisório.

O Brasil está atolado no retrocesso econômico, no esgarçamento das políticas sociais, na precarização da saúde e da educação, e na corrupção. Os dados são alarmantes: 13 milhões de desempregados; surtos de febre amarela, dengue, zika e chikungunya, violência urbana crescente.

Para se contrapor a essa conjuntura, não basta abastecer as redes sociais de ofensas, ironias, ressentimentos e piadas. É preciso organizar a esperança. Ter clareza de como proceder nas eleições de 2018 e qual o projeto de Brasil dos nossos sonhos.

O voto em 2018 deverá estar pautado pelo Brasil que queremos. Essa visão estratégica deve nortear a escolha de partidos e candidatos.

Eleições, contudo, não mudam um país. O que muda é o fortalecimento dos movimentos sociais, o aprofundamento ideológico à luz do marxismo, o resgate da utopia e a militância junto aos segmentos empobrecidos da população. Buscar a alternativa socialista brasileira com visão crítica das experiências socialistas historicamente existentes.

Há que resistir a essa avassaladora cooptação feita pelo neoliberalismo. A direita avança no mundo todo. A desigualdade se acentua: oito indivíduos, segundo a Oxfam, possuem a mesma renda de 3,6 bilhões de pessoas, metade da humanidade.

Temos apenas duas escolhas: cuidar de nossa vida biológica, como estudar para obter emprego e, graças ao salário, sustentar a família, esperando que a sorte não nos empurre para a pobreza; ou imprimir à vida um sentido biográfico, histórico, ao assumir a militância da luta por justiça, liberdade e defesa intransigente dos direitos humanos.

Não nos basta informação. É preciso investir em formação, de modo a construir uma alternativa de sociedade que, a meu ver, deve consistir no ecossocialismo.+

Fora Temer? E o que colocar dentro?

http://port.pravda.ru/news/cplp/04-11-2017/44335-frei_betto-0/

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