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Puerto Rico: Casos de COVID acumulados en menores de 10 años supera los 10 mil

Por: https://www.metro.pr

Continúan en aumento los casos entre niños en Puerto Rico, donde hay 18 hospitalizados pediátricos por COVID

Estadísticas actualizadas hoy por el Departamento de Salud, mostraron que el total de casos positivos de COVID-19 que se han acumulado en menores de 10 años desde el inicio de la pandemia, ya superó los 10 mil.

Según el tablero digital de la agencia, un total de 10,073 niños con menos de 10 años se han contagio del virus.

Por otra parte, un total de 16,715 menores entre 10 a 19 años también han dado positivo a la enfermedad en Puerto Rico.

En cuanto a la capacidad de los hospitales, los datos de la agencia señalan que 18 menores se encuentran hospitalizados por coronavirus, pero ninguno está conectado a ventilador.

El rango de edad entre 20 a 29 años continúa siendo el que más acumulados del virus ha tenido, con un total de 35,029 hasta el momento.

Salud informó hoy un total de 1,026 nuevos casos positivos de COVID-19, de los cuales 333 son confirmados y 149 son probables.

*https://www.metro.pr/pr/noticias/2021/03/30/casos-covid-acumulados-menores-10-anos-supera-los-10-mil.html?fbclid=IwAR2N9Ur04W9yScMUdOJ8A7a2ADXn3prhMwMNeo2EHGOHNyKSCohsXzWYeo0

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Inscripción III Escuela Internacional sobre Marxismos Críticos y todo el Curso Internacional sobre el Pensamiento Educativo Crítico

Por: Otras Voces en Educación

Esta escuela se realiza con el propósito de reflexionar sobre el marxismo como campo transformador abierto, anti dogmático, cuyas premisas alimentan una parte importante de las epistemologías de las educaciones populares y las pedagogías críticas. El interés de la escuela es identificar las tensiones que se generan en el campo del marxismo en el presente, como resultado de nuevas realidades que emergen con la crisis del capitalismo, la pandemia y las revoluciones tecnológicas.

La escuela está dirigida a docentes de aula de todos los niveles de los sistemas educativos, tesistas de postgrado, investigadores, educadores y educadoras populares, público en general.

La Escuela Internacional sobre Marxismos Críticos es el tercer módulo del Curso Internacional en Pensamiento Educativo Crítico. Podrán participar en la escuela les estudiantes del Curso Internacional en Pensamiento Educativo Crítico o quienes deseen formar parte solo de este evento.

La Escuela Internacional sobre Marxismos Críticos se realizará por medios virtuales del 19 al 23 de abril de 2021. Es promovida, organizada y acreditada por el Centro Internacional de Investigaciones Otras Voces en educación (CII-OVE) y la Cooperativa de Educador@s e Investigador@s Populares Histórica (CEIP-H).

La escuela tendrá cinco sesiones:

  1. Marxismo Antidogmático
  2. Escuela de Frankfurt
  3. La Transición y el Poder Popular
  4. Afinidades Revolucuonarias
  5. La Economía en Marx

Se contemplan dos sesiones de asesoría para la realización de los trabajos finales.

Cada sesión se iniciará con conferencias y diálogo de ponentes internacionales de reconocida trayectoria y contarán con la conducción de personal académico de las instituciones promotoras.

Tiene un costo de 25 dólares, también pueden inscribirse en todo el curso internacional por 150 dólares y las escuelas pasadas la pueden ver en diferido y realizar la asignación para la entrega de certificado de aprobación.

cursointernacional2021@gmail.com

Link para la inscripción:

http://otrasvoceseneducacion.org/inscripcion-iii-escuela-internacional-sobre-marxismos-criticos

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Carta à sociedade brasileira: o decreto 10.660 é excludente, concentrador e um risco ao custo aluno qualidade (caq) e para escolas do país

Por: CNTE-Brasil

Em 25 de março de 2021, o governo Bolsonaro publicou o Decreto 10.660, que mais uma vez modifica o Comitê Permanente de Avaliação de Custos na Educação Básica (CPACEB) do Ministério da Educação (MEC). Agora a participação da sociedade civil não está instituída, ficando restrita a um improvável convite a ser feito pelos membros institucionalizados do Comitê. Vale dizer que a sociedade civil terá direito a voz, mas não a voto.

A partir do supracitado Decreto, a CPACEB passa a ser formada, exclusivamente, por membros do Ministério da Educação, do Ministério da Economia, do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), do Conselho Nacional de Secretários de Educação (Consed) e da União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime). Além disso, ao passar a ser regulamentada por Decreto e não por Portaria, há um processo ainda maior de concentração decisória no Executivo Federal, que tem atuado para a desconstrução do Custo Aluno Qualidade (CAQ) e por uma política de Estado mínimo nas áreas sociais. Não se pode esperar nada de melhoria em termos de investimentos para a educação com tamanha concentração de poderes.

>> BAIXE A CARTA EM PDF

Escantear a sociedade civil reitera a opção do governo de Jair Bolsonaro por negar a gestão democrática, princípio educacional exigido pela Constituição Federal. Também nega o princípio da participação social na formulação e acompanhamento das políticas públicas, tal como preceituado no parágrafo único do Art. 193 da Constituição da República. O objetivo dessa arbitrariedade é evitar a implementação do Custo Aluno Qualidade (CAQ), com o intuito de encontrar meios para descumprir a Emenda à Constituição 108/2020, que estabeleceu o novo Fundeb.

Vale dizer que foi graças à incidência da sociedade civil, em especial da Campanha Nacional pelo Direito à Educação (Campanha), que o Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) e o Custo Aluno-Qualidade (CAQ) foram reconhecidos como instrumentos para a consagração do direito à uma educação pública de qualidade no Brasil.

Essa trajetória começou com a aprovação por unanimidade do Parecer 8/2010 da Câmara de Educação Básica do Conselho Nacional de Educação (CNE). Essa norma, formulada em uma parceria entre o CNE e a Campanha, normatiza os padrões mínimos de qualidade da educação básica nacional, fundamentados no CAQi. Em 2014, o Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024, instituído pela Lei 13.005/2014, também determinou a implementação de ambos os mecanismos, sendo que o CAQi, como ponto de partida, precede corretamente o CAQ e deveria ter sido implantado em 2016. Por último, a EC 108/2020 constitucionalizou o CAQ, representando a maior vitória dos defensores do direito à educação desde 2014, quando foi sancionado sem vetos o PNE 2014-2024.

O financiamento adequado da educação básica pública jamais foi prioridade dos governos da União. O sistema CAQi/CAQ é uma prova do descompromisso. O Parecer CNE/CEB 8/2010 não foi homologado no governo do ex-presidente Lula, tampouco avançou nas gestões Dilma, Temer e, agora, Bolsonaro. Não obstante, é a partir do governo Temer que houve um claro interesse em desconstruir os mecanismos.

Como formuladora do sistema CAQi/CAQ, a rede da Campanha sempre esteve à disposição para colaborar com a definição de caminhos para o cumprimento integral e qualificado do financiamento da educação básica pública.

Em 17 de março de 2016, a Campanha foi nomeada para integrar a Comissão Interinstitucional para Implementação do CAQi-CAQ. A Comissão, instituída pela Portaria 142 do Ministério da Educação (MEC), buscou responder às deliberações das Conferências Nacionais de Educação de 2010 e 2014, além de fazer jus aos dispositivos previstos na Lei 13.005/2014, do Plano Nacional de Educação (PNE) 2014-2024. A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) e o Fórum Nacional de Educação também compunham o colegiado, coordenado pelo MEC.

Porém, a Portaria MEC 142 foi revogada em 15 de março de 2018, com a criação do Comitê Permanente de Avaliação de Custos da Educação Básica (CPACEB) pelo governo Michel Temer. Esse é o primeiro revés do processo de gestão democrática e participação social.

A nova Portaria MEC 233/2018, que institui a CPACEB, excluiu a Campanha Nacional pelo Direito à Educação e a Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, além de suprimir os prazos para implementação do CAQi/CAQ.

A tentativa de escantear o CAQi/CAQ e a Campanha Nacional pelo Direito à Educação se intensificaram no governo de Jair Messias Bolsonaro, que retirou o CAQi/CAQ das atribuições do CPACEB/MEC por meio da Portaria MEC 649/2019. Além disso, também alterou os artigos 1° e 2° da Portaria de 2018, excluindo representação do Fórum Nacional de Educação e acrescentando ao Comitê o Subsecretário de Gestão Fiscal do Tesouro Nacional do Ministério da Economia e o Subsecretário de Planejamento e Orçamento do MEC. Por último, alterando a atribuição do órgão, determinou como objetivo analisar “mecanismos federativos de cooperação e colaboração”, reiterando a supressão dos mecanismos de CAQi e CAQ. Agora, com o novo Decreto, a CPACEB/MEC fica ainda mais desfigurada.

Apesar dos retrocessos na consagração dos direitos sociais, ocorridos desde o processo de impeachment de 2016, as entidades signatárias desta carta estão resistindo e têm conseguido obter vitórias. A maior delas foi, sem dúvida, a inclusão do CAQ na Emenda à Constituição 108/2020. Com isso, segundo a Lei Maior, o padrão mínimo de qualidade deve ser baseado em insumos, com o objetivo de garantir a boa realização do processo de ensino-aprendizagem.

Esse foi um passo firme em prol da garantia de financiamento adequado para a qualidade da educação básica pública no país. Infelizmente, menos de um ano após a aprovação da EC 108/2020 e meses após a aprovação da Lei 14.113/2020, que regulamenta o Fundeb, fomos surpreendidos com a publicação do Decreto 10.660.

Com ele fica ainda mais explícita a verdade: o governo de Jair Messias Bolsonaro quer inviabilizar uma escola que dê as condições adequadas para as educadoras e os educadores ensinarem e as alunas e os alunos aprenderem. Esse é objetivo do sistema CAQi/CAQ e é isso que o governo quer evitar, como promotor do obscurantismo contra a Ciência. A pandemia causada pela a Covid-19 mostrou à sociedade as precárias condições das nossas escolas, desde a infraestrutura física aos insumos pedagógicos, número alto de estudantes por turma, salas sem ventilação adequada, muitas sem abastecimento de água tratada e rede pública de esgoto. Além disso, muitos estudantes não tiveram acesso aos conteúdos escolares ou tiveram de forma precária. A implementação do CAQ é fundamental para resolução dos problemas apontados, inclusive para um retorno seguro e para recuperar os prejuízos pedagógicos causados pela suspensão das aulas presenciais, durante a pandemia.

O rebaixamento dos recursos para o Ministério da Educação e para as áreas de saúde, ciência e tecnologia, aprovado semana passada em âmbito do orçamento federal de 2021, juntamente com as propostas governamentais que tergiversam a necessidade de maior investimento público para melhorar a qualidade da educação ofertada às mais de 37 milhões de crianças, jovens e adultos matriculados nas escolas públicas – a exemplo do projeto de educação domiciliar que o governo Bolsonaro tenta aprovar a toque de caixa no Congresso, assim como a expansão do programa de militarização de escolas públicas, que privilegia o atendimento em algumas unidades de ensino com o agravante da imposição da doutrina militar a estudantes não emancipados – reforçam a necessidade de luta social em prol do financiamento e da aprovação imediata de lei complementar para instituir o Custo Aluno Qualidade e o Sistema Nacional de Educação articulado, público, gratuito, democrático, laico, desmilitarizado e de qualidade social para todos e todas.

É preciso um esforço coletivo para barrar essa empreitada de desmantelamento das maiores conquistas da educação brasileira e por isso convocamos toda a sociedade civil e tomadores de decisão comprometidos com a educação pública, gratuita, inclusiva e de qualidade a se mobilizarem para impedirmos os retrocessos e voltarmos a caminhar pela regulamentação do Custo Aluno Qualidade e pelo financiamento justo da educação.

Assinam:

Campanha Nacional pelo Direito à Educação
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação
Fineduca – Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação

  • https://www.cnte.org.br/index.php/menu/comunicacao/posts/noticias/73843-carta-a-sociedade-brasileira-o-decreto-10-660-e-excludente-concentrador-e-um-risco-ao-custo-aluno-qualidade-caq-e-para-escolas-do-pais
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La quema de residuos sólidos tendría buenos efectos en América Latina

Por: Daniela López/scidev.net

La quema controlada de residuos sólidos urbanos podría disminuir el impacto ambiental y contribuir a generar energía en ciudades no metropolitanas, fuera de las grandes urbes, donde la gestión de los residuos no es adecuada.

Si bien la tecnología de incineración propuesta es común en países desarrollados, en la región más del 30 por ciento de los residuos sólidos urbanos terminan en depósitos abiertos, por lo que su implementación representaría un desafío en términos de políticas públicas.

“Proponemos que se recupere energía de la quema controlada de los residuos sólidos de la ciudad para que esta energía pueda ser enviada a una cantidad importante de viviendas y que se use en lugar de madera”, dijo vía Zoom a SciDev.Net Ián Vázquez Rowe, uno de los autores del artículo publicado en la revista Waste Management.

El estudio evaluó la ciudad de Valdivia, al sur de Chile, como un caso ilustrativo y comparable con otras ciudades no metropolitanas del Sur global. Allí, el 95 por ciento de los residuos sólidos municipales van a botaderos a cielo abierto y presenta una de las tasas de contaminación ambiental más altas de América Latina.

Para fundamentar su propuesta y modelar los sistemas de tratamiento y gestión de residuos, los autores utilizaron un software especializado. Además, calcularon el ahorro de energía para uso residencial en caso de aprovechar los residuos sólidos urbanos bajo seis escenarios diferentes, buscando la mejor solución a estos problemas.

“Tuvimos que recolectar mucha información sobre la tipología de residuos, fracciones, cómo se recoge el residuo, dónde se dispone y después entender la parte energética”, señaló Vázquez Rowe sobre la procedencia de los datos en los que basaron su análisis.

Al final, determinaron que el mejor escenario de conversión de residuos en energía generaría un ahorro de 11,3 por ciento en emisiones de gases invernadero y 21,8 por ciento de material particulado, que puede resultar dañino para la salud humana.

“Un 11 por ciento [de reducción] no es la panacea, ojalá fuese muchísimo más, pero es un buen comienzo. Estamos diciendo que si a todas las actividades de la ciudad somos capaces de aplicar ese 11 por ciento la ciudad estaría cumpliendo con lo estipulado en el tratado de París”, dijo Vázquez Rowe, investigador del departamento de ingeniería de la Pontificia Universidad Católica del Perú.

“Proponemos que se recupere energía de la quema controlada de los residuos sólidos de la ciudad para que esta energía pueda ser enviada a una cantidad importante de viviendas y que se use en lugar de madera”. (Ian Vázquez Rowe, Departamento de Ingeniería, Pontificia Universidad Católica del Perú)

El Acuerdo de París firmado en 2015 tiene entre sus principales objetivos reducir de forma sustancial las emisiones mundiales de gases de efecto invernadero para atenuar el calentamiento global.

Sin embargo, para Martín Sabbatella, titular de la Autoridad de la Cuenca Matanza Riachuelo (ACUMAR), en la provincia de Buenos Aires, Argentina, el desafío actual está en la recuperación de los recursos renovables y la generación de una conciencia social que permita reducir -o reciclar- antes de que los residuos lleguen a los vertederos.

Él cree que no es el momento oportuno para aplicar la quema controlada, por lo menos en su Cuenca, porque “no hemos desarrollado todas las herramientas existentes para la recuperación y revalorización de los residuos”.

ACUMAR es una entidad autónoma encargada de atender el deterioro ambiental de la cuenca Matanza Riachuelo, integrada por 14 municipios, ninguno de los cuales aplica esta tecnología para los residuos sólidos urbanos. En su lugar utilizan rellenos sanitarios donde encapsulan los materiales de la cubierta superior y aplican un sistema de membranas.

“La gestión integral de residuos sólidos urbanos de la Cuenca está dirigida a disminuir los residuos generados a través de la separación en origen para posteriormente ser reciclados”, añadió.

Fuente: https://www.scidev.net/america-latina/news/quema-de-residuos-solidos-tendria-buenos-efectos-en-la-region/

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Sindemia: las fragilidades de la actual civilización neomoderna

Fuentes: Economistas frente a la crisis/ Varias autoras 

Más de dos millones y medio de personas fallecidas por Covid-19, y más de un año de expansión del virus a lo largo y ancho del planeta, nos apremian a reflexionar sobre aquellos elementos de nuestras globalizadas sociedades neomodernas que puedan haber favorecido la intensidad del daño.

Para ello necesitamos un nuevo marco conceptual como el sindémico que fue propuesto por Merril Singer en los 90 y que evidencia las interacciones biológicas y sociales de las enfermedades para mejorar el diagnóstico, tratamiento y diseño de las políticas sociosanitarias. El enfoque sindémico en la presente pandemia significa repensar, al lado de los factores propiamente bio-sanitarios, las insuficiencias de nuestra organización social, de nuestra cultura ciudadana, y especialmente los puntos débiles de nuestra relación con los sistemas de gobernanza que nos hemos dado en los países democráticos.

La crisis producida por Covid-19 es un ejemplo de sindemia, pues no puede entenderse sin considerar el golpeado entorno social. Con el propósito de entenderla, abordaremos los cuatro grandes condicionantes sindémicos de este caso: cognitivos y culturales, sociales, económicos y políticos que han favorecido el desarrollo de la sindemia.

1.  La falsa sensación de seguridad (por parte tanto de los poderes públicos como de la ciudadanía) de nuestras sociedades neomodernas. Las sociedades occidentales posteriores a la II Guerra Mundial nos hemos acomodado a unos buenos niveles de seguridad (física, económica, social, y también sanitaria) individuales y colectivos. Esta red multidimensional de seguridades, asumidas como obvias y alimentadas por varios sesgos cognitivos, incluyendo la ilusión de control, se ha visto desafiada por la presente sindemia, aunque ya lo fue por la gran recesión de 2008.

2.  Un desastre que no pudimos (¿quisimos?) prever. Desde hace décadas, la Organización Mundial de la Salud (OMS) venía advirtiendo sobre el riesgo de una pandemia global. El informe anual de la OMS de septiembre de 2019, advirtió del riesgo de una pandemia global por una enfermedad infecciosa. Estas advertencias no movieron a los gobiernos para prevenir tal riesgo de pandemia, por diversos motivos: Por la falta de priorización de medidas de prevención en las agendas políticas frente a una atención a lo urgente y a la mitigación de problemas existentes: la reacción prima sobre la pro-acción; y por las dificultades en la comunicación a la ciudadanía de riesgos hipotéticos y las consecuencias potenciales en el sentimiento colectivo.

3.  El impacto de los humanos en el ecosistema global. En nuestro desarrollo como especie hemos generado un ecosistema humano cada vez más complejo, cada vez con un mayor número de elementos conectados de manera más y más compleja y cuasi-instantánea. Esa interconexión se desarrolla en tres niveles principales.

– En el nivel geofísico, con la crisis climática, causada por la quema de combustibles fósiles y que modifica la composición de la atmósfera terrestre y los equilibrios que sostienen la vida sobre la Tierra.

– En el nivel biológico, nuestro desarrollo ha conllevado una reducción de la biodiversidad del planeta y un aumento del número de humanos y su mayor movilidad. Es el escenario soñado por cualquier agente biológico oportunista –de creación natural o artificial– con el potencial de extenderse con inmensa rapidez.

– En el nivel comunicacional, los mensajes y con ellos las nuevas ideas, conceptos y modas, buenas o malas, se transmiten y comparten viralmente –gracias a los medios digitales de comunicación e interacción social. Esos medios nos permiten e invitan a tratarnos (tanto en modo “modo biológico” como en “modo digital”) en contextos más diversos y con más gente de la que nos era accesible antes. Este es terreno abonado para la emergencia de innovaciones biológicas tan súbitas y dañinas como las pandemias; y de innovaciones potencialmente desestabilizadoras de tal complejidad y densidad que son imposibles de abarcar por cualquier mente humana, individual o colectiva. Nuestra propia capacidad de interacción y comunicación, en esta neomoderna era global, nos desborda. Escapa a nuestro control.

4. Los nuevos problemas de agencia: La externalización de la responsabilidad, la alienación de la gente y el extrañamiento de una parte de la ciudadanía. Nuestra neomodernidad conlleva un auge del individualismo y la reclamación de una libertad individual casi ilimitada. La vemos en la reivindicación de fiestas clandestinas o en el negacionismo del virus. Paradójicamente, este afán ilimitado de libertad y de afirmación de la voluntad individual como medida de todas las cosas, se da a la vez que depositamos la responsabilidad de las consecuencias dañinas de nuestras acciones en las autoridades. Podría decirse que somos sociedades doblemente infantilizadas. En el ámbito personal, no aceptamos aquello que nos frustra, culpamos a las autoridades de nuestra falta de responsabilidad y, aun teniendo el nivel educativo más elevado de la historia, creemos en bulos y noticias pseudocientíficas que sintonizan con nuestros deseos o refuerzan nuestros temores. Desde el ámbito político, con frecuencia, se corteja esa infantilización y se emiten mensajes demagógicos, simplistas y categóricos que parecerían indecorosos a la clase política de hace sólo unas décadas.

La falta de agencia, la impotencia y el desengaño, producen también un extrañamiento cognitivo. Esto es, personas que no se sienten referidas o representadas por lo que se dice desde el poder o desde los medios y que manifiestan un malestar social que ya es duradero. El desengaño lleva a la pérdida de confianza en quienes nos gobiernan. Así, según ourwoldindata.org, la pérdida de confianza en los gobiernos lleva décadas produciéndose. En España sólo un 32% de la población tiene confianza en nuestro gobierno, pero el 97% confía en el personal de medicina y enfermería.

En los últimos 50 años hemos crecido vertiginosamente e incrementando nuestra calidad de vida. Pero no hemos sido capaces de adaptar nuestro modelo de gobernanza a los riesgos, demandas y retos planteados por el desarrollo de nuestra civilización, cosa evidenciada por la sindemia del SARS-CoV-2. No olvidemos que todo reto es una oportunidad. Aprovechemos esta terrible pandemia para evolucionar nuestro sistema de interacción social y de gobernanza hacia un modelo que combine lo urgente con lo importante, el corto con el medio y largo plazo, que sea más participativo, más basado en la evidencia, más justo y sostenible.

Autoras:

Capitolina Díaz, socióloga especializada en Sociología de la Educación, Sociología del Género y Metodología de las Ciencias Sociales.

María Ángeles Sallé, doctora en Ciencias Sociales y especialista en políticas públicas de desarrollo socioeconómico, igualdad y sociedad digital.

Cecilia Castaño, Catedrática de Economía Aplicada de la Universidad Complutense de Madrid (UCM.) Miembro de Economistas Frente a la Crisis.

Nuria Oliver, ingeniera en telecomunicaciones, doctora por el Media Lab del Instituto Tecnológico de Massachusetts (MIT).

Fuente: https://economistasfrentealacrisis.com/sindemia-las-fragilidades-de-la-actual-civilizacion-neomoderna/

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Qué nos enseña Francia sobre la canción protesta y la libertad de expresión

Por: Ana María Iglesias Botrán

Fuentes: The conversation

La guerra, la monarquía, la Resistencia, la marginación, los políticos… Las canciones cuentan lo que pasa en la sociedad, y Francia es un ejemplo enorme de canciones comprometidas, subversivas y ofensivas.

A las canciones francesas les ha pasado de todo: juicios y apelaciones, debates políticos… Pero también alguna es Monumento Histórico Nacional. A los cantantes, desde ser encarcelados a homenajeados con funerales de estado.

Las canciones y los cantantes de todo tipo se consideran un tesoro nacional. Esto se entiende, en términos de Morgan Jouvenet, porque el artista no sólo manipula instrumentos o escribe textos, sino que es también un miembro de una comunidad cultural, que expone con sus canciones un punto de vista sobre la sociedad.

Béranger: a la cárcel por criticar a la monarquía

 

Pierre Jean de Beranger. Wikimedia Commons / Victor Frond

Dos veces encarcelado por sus canciones comprometidas, considerado el poeta nacional, el autor Pierre-Jean de Béranger fue uno de los artistas más importantes de la primera mitad del siglo XIX.

Tenía una enorme popularidad; era admirado por sus letras subversivas y desafiantes, a la vez sensibles y profundas. En ellas criticó al clero, a la nobleza y a Napoleón; pero sus ataques más duros fueron contra la Restauración de la monarquía de los Borbones, que volvieron a reinar desde 1814 y 1815 hasta 1830.

Sus letras antimonárquicas y en defensa de la libertad de prensa fueron castigadas por la justicia. Primero estuvo tres meses en prisión (1821). La segunda vez llegó a estar diez meses (1829). No fue el único: durante los años veinte del siglo XIX más de dos mil personas fueron encarceladas por delitos de opinión.

Su segundo encarcelamiento provocó un enorme rechazo popular y la consagración de su leyenda. Cientos de personas le visitaron, incluidos los intelectuales, novelistas y poetas más prestigiosos del momento. En prisión, siguió escribiendo y publicando letras desafiantes que fueron casi más influyentes que en libertad.

Según el crítico literario Visarión Belinski, gracias a Béranger, la poesía era política, y la política era poesía.

Monumento Histórico Nacional

Durante la Segunda Guerra Mundial y la Ocupación nazi en Francia, se publicaron canciones que representaban al bando que se apoyaba. El himno de la Resistencia era Le Chant des partisans (1943). En las montañas, ocultos en los bosques planeando sabotajes, los maquis sabían que estaban acompañados silbándose en la lejanía las notas de esta canción

Cantar era una forma de extender el apoyo a la Resistencia. Pero había que tener cuidado y esquivar la censura. Para difundir las canciones, se enviaban por carta sólo a tres personas cercanas y afines a la ideología. Dentro del sobre se incluía la partitura, la letra y las instrucciones precisas para no ser descubiertos al aprenderla.

Francia considera fundamental la labor de estas canciones para la Liberación. Por eso, el manuscrito de la letra de Le Chant des partisans, compuesta por Maurice Druon y Joseph Kessel, fue declarado en 2006 Monumento Histórico Nacional, y se conserva desde entonces en el Museo de la Legión de Honor.

Vídeo: Germaine Sablon – Le Chant des partisans (subtitulado Español).

El ruido y el olor

El 20 de junio de 1991, el entonces alcalde de París, Jacques Chirac, en su discurso durante una cena del partido, habló de la inmigración y se refirió “al ruido y el olor” que tienen que soportar los vecinos, e insistió en que “no es racista decir esto”.

Estas palabras suscitaron mucha polémica. La protesta musical la materializó el grupo Zebda en una canción titulada precisamente Le bruit et l’odeur (El ruido y el olor).

La letra recuerda la historia reciente de la inmigración en Francia, cuyos trabajadores fueron claves en la reconstrucción del país tras la Segunda Guerra Mundial.

“¿Quién ha construido esta carretera? ¿Quién ha edificado esta ciudad? ¿Y quién no la habita? A los que se quejan del ruido, a los que condenan el olor, me presento: Me llamo Larbi, Mamadou y Juan. Abran paso”

Decir “Ruido y olor” en Francia recuerda tanto al discurso de Chirac como a la canción de Zebda, y supone una designación racista por sí misma. Jacques Chirac reconoció su error en 2009 en una entrevista en la radio.

Vídeo: Zebda – Le Bruit Et L’Odeur.

Contra el Frente Nacional y la extrema derecha

En el libro Cette chanson qui emmerde le Front National (“Esta canción que jode al Frente Nacional”) se recopilan 50 canciones que se refieren a este partido político de ideología de extrema derecha.

Grupos famosísimos como como IAM, Assassin, NTM, Zebda y cantantes como Francis Cabrel, Renaud o Diam’s atacan con sus letras tanto a las ideas racistas y xenófobas del Frente Nacional, como a sus representantes, sin ahorrar insultos.

Como en Nique le système (“Que le jodan al sistema”):

“Si Auschwitz sólo es un detalle, es porque Le Pen es un cerdo”.

En la segunda vuelta de las elecciones presidenciales de 2002 se enfrentaron el partido de derecha de Jacques Chirac y el Frente Nacional de Jean-Marie Le Pen. Muchos artistas organizaron conciertos en contra de Le Pen. Los raperos franceses se unieron para publicar juntos el álbum Sachons dire non (“Sepamos decir no”) en el que pedían con insistencia ir a votar, y exponían su tajante rechazo al Frente Nacional. Finalmente, fue Chirac quien ganó las elecciones.

Insultos y amenazas a la República

“Francia es una zorra y nos ha traicionado (…) es este sistema el que nos hace odiarla (…) como misión exterminar a los ministros y a todos los fachas (…) la única forma de hacerse escuchar es quemar coches (…) al Estado que le jodan”.

Estos versos pertenecen al tema La France (2001), del grupo de rap Sniper. La letra denuncia el racismo, la discriminación, pero también insulta a la República y amenaza a sus políticos.

En 2003, el entonces ministro del Interior, Nicolas Sarkozy, habló de esta canción en la Asamblea Nacional por considerar que la letra era inadmisible e injuriosa. También declaró que les llevaría ante la justicia. Por su parte, el grupo musical exigió una disculpa del ministro, amenazando con denunciarle por estimar sus declaraciones populistas y difamatorias.

Poco después, Sniper publicó una nueva versión de la canción con el título “Francia, itinerario de una polémica”. La letra dice lo mismo, pero de distinta forma:

Francia es una farsa, nos ha traicionado; lo sabes, han intentado descreditarnos. Sí, yo hablé de fulanas, sobre todo de Francia. Ellos me prohíben decirlo a las claras, pero no te preocupes, lo pienso.”

Además de esto, en 2005, el Ministerio de Interior llevó al grupo a juicio. En esta ocasión les acusaban de alentar la violencia contra la policía en un concierto celebrado en Rouen. Fueron absueltos: no se pudo demostrar que incitaran con sus canciones a agredir físicamente a las personas.

Funerales de Estado para sus artistas

Tras el fallecimiento de los míticos cantantes Johnny Hallyday (2017) y Charles Aznavour (2018), el clamor popular pidió un funeral de Estado, y así fue.

El homenaje nacional al rockero Johnny Hallyday se emitió en directo en la televisión pública y otros canales nacionales; asistieron multitud de representantes de la cultura y la política francesa, incluidos todos los expresidentes del Gobierno. Congregó a más de un millón de personas, dejando impresionantes imágenes de todo París acompañando el féretro escoltado, aplaudiendo, llorando y cantando.

Un solemne último adiós en el que el presidente, Emmanuel Macron, dejó claro que el cantante Johnny Hallyday es un héroe nacional. En el funeral de Charles Aznavour, terminó su discurso afirmando que, en Francia, los poetas no mueren nunca.

Ana María Iglesias Botrán. Profesora del Departamento de Filología Francesa en la Facultad de Filosofía y Letras. Doctora especialista en estudios culturales franceses y Análisis del Discurso, Universidad de Valladolid

Fuente: https://theconversation.com/que-nos-ensena-francia-sobre-la-cancion-protesta-y-la-libertad-de-expresion-156196

[Foto portada: El grupo francés Zebda en una actuación en Toulouse en 2012. Wikimedia Commons / Thierry Bennamoun, CC BY-SA]
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