Brasil debate educação de última hora

América do Sul/ Brasil/ 21.07.2020/ Por: Ricardo Corrêa/Fonte: www.otempo.com.br.


Discussões de última hora sobre o Fundeb demonstram que não há políticas de Estado para a educação no país

Nada é tão representativo acerca do descaso do Brasil com a educação do que o debate de última hora sobre o futuro do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação, o popular Fundeb. Um fundo criado provisoriamente para substituir o antigo Fundef e que vigora até o dia 31 de dezembro quando, caso não seja prorrogado, deixará de existir, levando junto mais de 60% dos investimentos em educação realizados hoje no Brasil.

Percebam que não é de hoje que se sabe que o Fundeb se encerra no fim do ano e, mesmo assim, governos não se moveram para definir uma regra para o futuro. Só agora, de última hora, quando o Câmara preparava-se para aprovar uma proposta que amplia a participação da União de forma paulatina nos próximos anos é que veio uma proposta informal do governo. Horas antes da votação. E que já foi modificada de ontem para hoje.

O governo conseguiu adiar de segunda para terça-feira a votação. Alegou, entre outras coisas, que o atual ministro da educação, Milton Ribeiro, acabou de assumir e que quer participar da discussão. Ele é o terceiro ministro da Educação só neste governo. E se quer participar da discussão é a prova concreta de que não há uma política de Estado na questão. Apenas opiniões que mudam a cada governo ou, pior, a cada ministro.

No centro do debate que vinha dificultando a votação estavam dois pontos propostos pelo governo inicialmente. O primeiro empurrava para 2022 o aumento da participação da União no Fundeb. Hoje, 90% do fundo é composto por arrecadações estaduais e municipais. A União completa o bolo com apenas 10%, mesmo arrecadando muito mais. A proposta construída no Congresso amplia essa participação para 12,5% já em 2021 e ia elevando esse percentual até chegar a 20% em 2026. O governo federal, porém, queria que esse aumento ocorresse só a partir de 2022. O ano que vem ficaria no limbo. Sem Fundeb.

Havia também outro ponto de divergência. O governo federal queria tirar R$ 6 bilhões do Fundeb para criar um voucher de auxílio creche de R$ 250 dentro do Renda Brasil, o substituto do Bolsa Família. Assim, esse dinheiro seria retirado da educação pública e repassado a famílias em vulnerabilidade para que usassem os recursos para pagar mensalidades em escolas privadas.

A reação do Congresso impediu essa manobra. Com isso, houve uma costura de acordo ao longo da noite de segunda-feira e da manhã desta terça-feira. O governo recuou e aceitou ampliar sua participação no novo Fundeb já a partir do ano que vem. Além disso, em vez de fazer a transferência de dinheiro do Fundeb para o Renda Brasil, concordou apenas vincular 5% dos recursos desse fundo para o apoio à educação infantil. Além disso, topou ampliar a participação federal para 23% em 2026. Se nada mudar, há um acordo. Mas que ninguém se surpreenda se for totalmente desfeito ao longo do dia.

Seja qual for a conclusão das discussões no Congresso, certo será que a decisão tende a ser tomada de afogadilho, sem muitos estudos sobre essas mudanças de última hora. E isso, por si só, já indica que os resultados tendem a ser piores do que merece um setor que define o destino de um país.

Fonte de notícias: https://www.otempo.com.br/politica/ricardo-correa/brasil-debate-educacao-de-ultima-hora-1.2362339
Comparte este contenido:

Brasil: Parcela de R$ 981 milhões do salário-educação apoia ensino básico

Brasil / 17 de enero de 2018 / Fuente: http://www.brasil.gov.br/

Repasse será investido na construção de escolas e creches e na compra de material escolar

Repasse de R$ 981,4 milhões do Ministério da Educação será aplicado no pagamento de parcela do salário-educação referente ao mês de dezembro de 2017. Os valores podem ser usados para financiamento de programas, projetos e ações voltados para a educação básica.

Entre as finalidades da parcela, repassada aos estados e municípios pelo Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), estão construção de escolas, aquisição de material escolar e manutenção das atividades da secretaria.

Essa contribuição social é recolhida de todas as empresas e entidades vinculadas à Previdência Social, a partir de uma alíquota de 2,5% sobre a folha de pagamento.

Fuente noticia: http://www.brasil.gov.br/educacao/2018/01/parcela-de-r-981-milhoes-do-salario-educacao-apoia-ensino-basico

Comparte este contenido:

Brasil: Escolas em situação de vulnerabilidade terão apoio para alfabetização

Brasil / 10 de enero de 2018 / Fuente: http://www.brasil.gov.br

Unidades das redes federal, estadual e municipal receberão apoio técnico e financeiro do Governo do Brasil por meio do programa Mais Alfabetização, instituído pelo Ministério da Educação

As unidades escolares em situação de vulnerabilidade receberão apoio do Governo do Brasil no processo de alfabetização das crianças que cursam os anos iniciais do ensino fundamental. O apoio, técnico e financeiro, será oferecido a escolas das redes federal, estadual e municipal por meio do programa Mais Alfabetização, instituído pelo Ministério da Educação nesta sexta-feira (5).

Em sala de aula, os professores terão apoio de um assistente de alfabetização para o desenvolvimento de atividades pedagógicas. “Tudo será feito de acordo com a organização de cada escola, que deverá seguir orientação da secretaria de educação e o seu próprio projeto político pedagógico”, informou o MEC. A expectativa, segundo o órgão, é atender a 4,6 milhões de estudantes em 2018. O investimento será de R$ 523 milhões neste ano.

O programa visa fortalecer a capacidade das escolas em desenvolver, em estudantes do 1º e 2º ano do ensino fundamental, capacidades ligadas à leitura, escrita e matemática. O apoio técnico, segundo o texto, vai ocorrer “por meio de processos formativos, auxílio do assistente de alfabetização às atividades estabelecidas e planejadas pelo professor alfabetizador, monitoramento pedagógico e sistema de gestão para redes prioritárias”.

Apoio

O auxílio financeiro, por sua vez, vai ocorrer “por meio da cobertura de despesas de custeio, via Programa Dinheiro Direto na Escola”, para fins de: aquisição de materiais de consumo e contratação de serviços; e ressarcimento de despesas com transporte e alimentação dos assistentes de alfabetização.

As “escolas vulneráveis” definidas pelo texto da portaria que cria o programa, para serem consideradas como tal, devem atender aos seguintes critérios: mais da metade dos estudantes do 1º e 2º ano do ensino fundamental deve estar nos níveis insuficientes nas três áreas avaliadas no Sistema de Avaliação da Educação Básica (Saeb); e apresentar Índice de Nível Socioeconômico abaixo de médio, segundo a classificação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Nessas escolas, a implementação do programa ocorrerá 10 horas por semana com os assistentes de alfabetização e, nas demais, 5 horas por semana. A participação no programa é voluntária. “A partir de 12 de janeiro os estados e municípios terão 30 dias para fazer a adesão ao programa pelo Sistema Integrado de Monitoramento, Execução e Controle do MEC (Simec). A expectativa é de que o programa esteja em pleno funcionamento a partir de março”, de acordo com o Ministério da Educação.

Fuente noticia: http://www.brasil.gov.br/educacao/2018/01/escolas-em-situacao-de-vulnerabilidade-terao-apoio-para-alfabetizacao

Comparte este contenido:

Brasil: Base comum vai trazer “equidade e qualidade” ao ensino, diz ministro

Brasil / 05 de enero de 2018 / Fuente: http://www.brasil.gov.br

Currículos escolares devem começar a se adaptar à nova base a partir do próximo ano; implementação nas escolas deve ocorrer entre 2019 e 2020

O texto da Base Nacional Comum Curricular foi aprovado pelo Conselho Nacional de Educação (CNE) na última sexta-feira (15). Segundo análise do ministro da Educação, Mendonça Filho, as diretrizes que o documento apresenta vão conferir mais “equidade e qualidade” ao ensino nas escolas brasileiras.

“Com a BNCC, o Brasil se alinha aos melhores e mais qualificados sistemas educacionais do mundo, que já se organizam em torno de uma base comum”, afirmou.

O texto passará, em seguida, por uma revisão técnica e análise jurídica para ser, então, homologado pelo ministro da Educação. «Vamos entregar aos brasileiros um texto plural e contemporâneo”, garantiu Mendonça Filho.

Os currículos das escolas devem começar a se adaptar ao estabelecido na base a partir do próximo ano, para que a implementação ocorra entre 2019 e 2020.

O que é a base?

A elaboração da base levou em conta as dimensões continentais do Brasil, que geram uma grande diversidade do panorama educacional.

O documento estabelece quais são os conhecimentos, competências e habilidades que os alunos da educação básica em todo o território nacional devem e têm o direito de desenvolver na escola.

A base vai orientar, para as escolas privadas e públicas de todo o País, a elaboração dos currículos, propostas pedagógicas e material didático, a formação dos professores e as avaliações acadêmicas.

Para a secretária executiva do MEC, Maria Helena Guimarães de Castro, a base vai aproximar a realidade dos estudantes dos sistemas público e privado de diferentes regiões.

“A base é um avanço histórico para a educação brasileira e certamente vai contribuir para reduzir as desigualdades educacionais e promover a qualidade das aprendizagens”, avaliou.

Fuente noticia: http://www.brasil.gov.br/educacao/2017/12/base-comum-vai-trazer-equidade-e-qualidade-ao-ensino-diz-ministro

Comparte este contenido:

Brasil: Piso salarial dos professores tem reajuste de 6,81%

Brasil / 31 de diciembre de 2017 / Fuente: http://www.brasil.gov.br/

O reajuste de 6,81% no piso salarial de professores no ano que vem vai valorizar a categoria. A medida foi publicada pelo Ministério da Educação nesta quinta-feira (28). O ganho real para o magistério será de 3,9%, já que supera a inflação esperada de 2,8% para este ano.

Dessa maneira, o piso vai a R$ 2.455,35 para aqueles que cumprem 40 horas de trabalho. Esse é o segundo aumento consecutivo que fica acima da inflação. Em dois anos, os salários subiram R$ 124,96.

A Lei do Piso exige que o reajuste da categoria seja estabelecido anualmente em janeiro. O Plano Nacional de Educação descreve ainda como uma de suas metas que o piso salarial dos professores seja equivalente ao de outras profissões até 2020.

O valor divulgado vale para os professores da rede pública de todo o País em início de carreira e que atuem na educação básica. A base de cálculo desde 2009 segue a evolução do valor aluno-ano.

Esses valores partem da quantia que o Ministério da Educação destina a cada estudante de acordo com o orçamento disponibilizado pelo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb).

Fuente noticia: http://www.brasil.gov.br/educacao/2017/12/piso-salarial-dos-professores-tem-reajuste-de-6-81

Comparte este contenido:

Brasil: Política Nacional de Alfabetização vai aperfeiçoar aprendizagem no País

Brasil / 13 de diciembre de 2017 / Fuente: http://www.brasil.gov.br/

A partir do próximo ano, assistentes de alfabetização vão trabalhar em conjunto com os professores em sala de aula; cerca de 4,6 milhões de alunos devem ser beneficiados

Para melhorar os índices da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA), o Ministério da Educação lançou, nesta quarta-feira (25), a Política Nacional de Alfabetização. A iniciativa vai envolver a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), a formação de professores, o protagonismo das redes e o Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Uma das principais medidas da nova política será o Programa Mais Alfabetização. A partir do próximo ano, assistentes de alfabetização vão trabalhar em conjunto com os professores em sala de aula para reforçar o aprendizado. A previsão é de que a ação beneficie cerca de 4,6 milhões de alunos em todo o País.

Ainda para 2018, a expectativa do Ministério da Educação é de atingir o número de 200 mil turmas em todos os municípios brasileiros, entre o 1º e o 2º anos do ensino fundamental.

Já no âmbito da Política de Formação de Professores, lançada na semana passada, o investimento será de cerca de R$ 2 bilhões, e incluirá o Programa de Residência Pedagógica, que vai ofertar 80 mil vagas a partir do próximo ano.

A criação da Política Nacional de Alfabetização pretende modificar um cenário preocupante. De acordo com os dados da Avaliação Nacional de Alfabetização (ANA) 2016, divulgados também nesta quarta-feira (25), 45,2% dos estudantes do ensino fundamental avaliados tiveram níveis satisfatórios em leitura, com desempenho nos níveis 3 e 4. Em 2014, esse percentual era de 43,8%. A maioria dos estudantes, no entanto, ainda permanece nos níveis indesejáveis. Em 2016, 54,7% dos estudantes estavam nos níveis 1 e 2. Em 2014, eram 56,1%.

Fuente noticia: http://www.brasil.gov.br/educacao/2017/10/politica-nacional-de-alfabetizacao-vai-aperfeicoar-aprendizagem-no-pais

Comparte este contenido:

Brasil: MEC libera R$ 415 milhões para merenda de estados e municípios

Brasil / 15 de noviembre de 2017 / Fuente: http://portal.mec.gov.br/

Os recursos da nona parcela do Programa Nacional de Alimentação Escolar (Pnae) serão liberados até o fim da próxima semana para estados, municípios e Distrito Federal. No total, são R$ 415 milhões, que devem ser investidos na merenda de estudantes da educação básica de todo o país. Também serão repassados R$ 59,50 milhões para o Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar (Pnate). Os repasses são feitos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia vinculada ao Ministério da Educação.

Os recursos do Pnae são repassados anualmente em dez parcelas, de forma a cobrir os 200 dias do ano letivo. As secretarias da educação, responsáveis pelas redes de ensino, recebem os valores e operam a alimentação escolar. São atendidos pelo programa estudantes da rede de educação básica – educação infantil, ensino fundamental, ensino médio e educação de jovens e adultos – matriculados em escolas públicas, filantrópicas e em entidades comunitárias conveniadas com o poder público.

A coordenadora-geral do Pnae, Karine Santos, lembra que o programa atende a quase 42 milhões de estudantes com 54 milhões de refeições por dia. “O objetivo é garantir o fornecimento de alimentação que contribua para suprir as carências nutricionais dos estudantes durante o seu período de permanência na escola”, destaca.

Pelas regras do programa, o mínimo de 30% da verba transferida deve ser utilizado na compra de produtos da agricultura familiar, de maneira a movimentar as economias locais. Apenas neste ano, o FNDE repassou R$ 3 bilhões voltados à alimentação escolar.

Transporte – Já o Pnate atende os estudantes da educação básica da rede pública de ensino que residem em área rural e que constam no censo escolar do ano anterior. Os recursos, de caráter suplementar, são utilizados por estados e municípios na manutenção de veículos, compra de combustível ou terceirização do serviço de transporte escolar.

Fuente noticia: http://portal.mec.gov.br/component/content/article?id=56931

Comparte este contenido: