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Educação: a mudança começa por aqui

Por: Germano Rigotto

A anunciada reforma do ensino médio começou com um grande erro de comunicação. E quando isso acontece, no âmbito do debate nacional, é um péssimo início. Isso porque a educação é um tema multifacetário, plural, abrangente, que envolve todos os setores da sociedade. Diz respeito à nação inteira. Portanto, qualquer mudança que se queira fazer precisa ser construída da forma dialogada, transparente, consistente e assertiva.

Porém, mesmo com esse erro estratégico, que ninguém se engane: o modelo educacional brasileiro precisa ser reformado quase que integralmente. A começar pelo papel do professor, que foi relegado a uma categoria secundária no mercado de trabalho, especialmente em relação aos seus salários. A profissão que estava no sonho de muitos jovens migrou para um sacerdócio – em que se manteve a vocação, mas desapareceu um reconhecimento proporcional à sua importância. E isso é muito pouco.

Mas não foi apenas a inatividade dos governos que paralisou a educação. Muitas vezes, o sindicalismo prestou um serviço de militância partidária no lugar de envolver-se mais amiúde na busca de alternativas capazes de melhorar a situação. Não é por outro motivo que essa cultura corporativa transformou o meandro educacional num dos setores mais arraigados e resistentes a qualquer mudança de fundo.

Não há, portanto, um círculo virtuoso de colaboração para melhorar a educação. Surgiram, evidentemente, diversas iniciativas bem sucedidas, seja na iniciativa privada, na área pública ou no terceiro setor. Todavia, elas são esparsas, não conversam entre si. O governo e o parlamento não conseguiram catalisar essas propostas em nome de uma profunda reforma da educação do país. Não há conexão social na área que mais precisa disso.

Não que tudo esteja dando errado. O aumento do acesso às universidades é um avanço que vem junto com a ascensão social das camadas mais pobres. Mas isso não é suficiente. Na verdade, começamos pelo final. O Brasil cuidou de ampliar o terceiro grau, mas descuidou de qualificar o ensino fundamental. E esse, hoje, é o nosso maior problema – o mais urgente de todos, acima inclusive do ensino médio.

Nossas crianças já chegam ao antigo segundo grau com grandes deficiências. As séries iniciais, muitas vezes, não conseguem capacitar nossas crianças com ferramentais básicos para que, quiçá, ele possa tomar uma decisão sobre o que deseja, pessoal e profissionalmente, quando chegar ao ensino médio. Ora, muitas vezes os alunos chegam nesse momento sem sequer construir uma frase compreensível ou sem fazer operações básicas de matemática. Quanto menos terão segurança para pensar em seu futuro. Um indivíduo precisa ser cuidado desde a primeira infância, pois a atenção ou a desatenção a esse período gera repercussão até a vida adulta.

A proposta apresentada pelo atual governo em relação ao ensino médio já foi gestada outras vezes. Mesmo que tenha tido esse problema em seu lançamento, não pode ser simplesmente desprezada. Todos sabem que o desinteresse e a falta de foco desse período não têm produzido bons resultados na vida dos alunos. Precisamos recuperar o papel do ensino profissionalizante, encaminhando jovens para o mercado de trabalho, o que muda significativamente sua vida como cidadão. Ter um emprego permitirá, inclusive, que um indivíduo adulto venha a custear seus estudos superiores, se assim desejar.

Defendo que se comece a reforma da educação pelo começo – ensino fundamental. Mas uma dinâmica não deve obstruir a outra. A educação brasileira precisa ser repensada integralmente, a começar, como citei no início, pela valorização do professor. E pensar mais no aluno e no resultado da aprendizagem. A maior, mais verdadeira e mais perene mudança de um país, em relação ao futuro, começa por aqui.

Fuente: http://www.sul21.com.br/jornal/educacao-a-mudanca-comeca-por-aqui/

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Vietnan: Education Ministry insists on multiple-choice math exam questions

Vietnan / 21 de septiembre de 2016 / Fuente: http://english.vietnamnet.vn/

Though the Ministry of Education and Training (MOET) is satisfied with multiple-choice questions for high-school finals, the Vietnam Mathematical Society (VMS) has advised against implementing the plan.

VMS on September 12 held a meeting with the press to discuss its official view about the MOET plan to apply multiple-choice math exam questions for the 2017 finals.

VMS believes that multiple-choice questions is not appropriate to the education reform being carried out. The new test model will cause students to only find answers to math questions, and skip different stages of thinking.

VMS emphasized that the most important goal in teaching math at high school is helping students improve their thinking skills.

The society representing Vietnamese leading mathematicians has warned that multiple-choice questions will destroy all the achievements gained by Vietnam’s math education in the last tens of years.

Pham Hong Danh, director of Vinh Vien Exam Preparation Center in HCMC, warned that they will thwart students’ creativity.

“With currently designed questions, students not only need to have knowledge, but also have logical thinking and creativity to solve them. In many cases, students cannot solve the questions though they know the answers,” he explained.

“If MOET changes the way math questions are raised, students will rely on rote-learning method. In many cases, they just need to press the calculator’s keyboard to find the answers,” he said.

A high school teacher in Hanoi also said that students should be asked to show the steps of solving math problems, because this shows their thoughts and abilities.

“There are many ways to solve the same problems. Higher marks should be given to those who can solve problems in original ways,” he said, adding that Le Ba Khanh Trinh, a well-known mathematician, once won a special prize because of his original way to solve a math problem at the International Mathematics Olympiad in London in 1979.

“Multiple-choice math questions will create new generations of students who are better at using calculators than thinking,” he said.

However, MOET said that multiple-choice questions have been applied in many developed countries in the world.

SAT and ACT in the US are an example. Each test comprises about 50 math questions in multiple-choice. Millions of students attend the exams to apply for 1,800 universities in the US every year.

MOET said that multiple-choice questions «have many advantages, especially the objectivity and fairness for all students».

Fuente noticia: http://english.vietnamnet.vn/fms/education/163798/education-ministry-insists-on-multiple-choice-math-exam-questions.html

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