Page 2269 of 3040
1 2.267 2.268 2.269 2.270 2.271 3.040

Boniteza de um sonho Ensinar-e-aprender com sentido

América del Sur/Brasil/Octubre 2016/ Moacir Gadotti/http://www.ebooksbrasil.org/

I. Parte

1. Por que ser professor?

Abeleza existe em todo lugar. Depende do nosso olhar, da nossa sensibilidade; depende da nossa consciência, do nosso trabalho e do nosso cuidado. A beleza existe porque o ser humano é capaz de sonhar.

Inspirei-me em Paulo Freire para escrever esse livro. Paulo Freire nos fala em sua Pedagogia da autonomia da “boniteza de ser gente”1 , da boniteza de ser professor: “ensinar e aprender não podem dar-se fora da procura, fora da boniteza e da alegria”2 . Paulo Freire chama a atenção para a essencialidade do componente estético da formação do educador. Coloquei um título que fala de sonho e de sentido que querem dizer a mesma coisa. “Sentido” quer dizer caminho não percorrido mas que se deseja percorrer, portanto, significa projeto, sonho, utopia. Aprender e ensinar com sentido é aprender e ensinar com um sonho na mente. A pedagogia serve de guia para realizar esse sonho.

Paulo Freire, em 1980, logo após voltar de 16 anos de exílio, reuniu-se com um grande número de professores em Belo Horizonte, Estado de Minas Gerais. Falou-lhes de esperança, de “sonho possível”, temendo por aqueles e aquelas que “pararem com a sua capacidade de sonhar, de inventar a sua coragem de denunciar e de anunciar”, aqueles e aquelas que, “em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora, que em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelem a um passado de explora- ção e de rotina”3

Dezessete anos depois, em 1997, em seu último livro, lançado três semanas antes de falecer, ele se mantinha fiel à mesma linha de pensamento, reafirmando o sonho e a utopia diante da “malvadez neoliberal”, diante do “cinismo de sua ideologia fatalista e a sua recusa inflexível ao sonho e à utopia”4 . Denúncia de um lado, anúncio de outro: a sua “pedagogia da autonomia” frente à pedagogia neoliberal.

Lembrando os cinco anos da morte de Freire, nesse pequeno livro5 , quero retomar o que ele disse e entender o seu significado no contexto de hoje. Paulo Freire nos falava da “boniteza” do sonho de ser professor de tantos jovens desse planeta. Se o sonho puder ser sonhado por muitos6 deixará de ser um sonho e se tornará realidade.

A realidade, contudo, é muitas vezes bem diferente do sonho. Muitos de meus alunos e alunas, seja na Pedagogia, seja na Licenciatura, não pensam em se dedicar às salas de aula. Muito revelam desinteresse em seguir a carreira do magistério, mesmo estando num curso de formação de professores. Pesam muito nesse decisão as condições concretas do exercício da profissão. Preparam-se para ser professor e irão exercer outra profissão.

O brasileiro desvaloriza o professor. É o que se poderia deduzir de um dito que se tornou popular nas últimas décadas no Brasil: “Quem sabe faz, quem não sabe ensina”. É sinistro. Essa destruição da imagem do professor custará muito caro, dizia já em 1989, o jornalista Leonardo Trevisan7 : “Todos dizem que gostam muito dos professores, mas não chegam a incomodar-se muito com o fato de que há tempos eles recebem um salário de fome. O salário é a parte mais visível de uma condição – da qual decorre um papel social que se descaracterizou por completo… Só quem não quer ver não percebe o sentimento de cansaço, de esgotamento de expectativas de quem encarava com dignidade o seu desempenho profissional”.

A situação vem se arrastando há anos. Tenho 41 anos de magistério e não tenho visto grandes melhorias. Ao contrário, tenho ouvido muitas promessas. As melhorias existem aqui e acolá, mas são pontuais e localizadas – servem apenas de exemplo – são conjunturais e não estruturais, são provisórias, passageiras e não permanentes. Correspondem a uma política de governo e não a uma política pública de estado.

A situação vem se arrastando há anos. Tenho 41 anos de magistério e não tenho visto grandes melhorias. Ao contrário, tenho ouvido muitas promessas. As melhorias existem aqui e acolá, mas são pontuais e localizadas – servem apenas de exemplo – são conjunturais e não estruturais, são provisórias, passageiras e não permanentes. Correspondem a uma política de governo e não a uma política pública de estado.

A resposta talvez possa ser encontrada numa mensagem deixada por um prisioneiro de campo de concentração nazista na qual, depois de viver todos os horrores da Guerra8 – “crianças envenenadas por médicos diplomados; recém-nascidos mortos por enfermeiras treinadas; mulheres e bebês fuzilados e queimados por graduados de colégios e universidades” – ele pede aos professores que “ajudem seus alunos a tornarem-se humanos”, simplesmente humanos. E termina: “ler, escrever e aritmética só são importantes para fazer nossas crianças mais humanas”.

Talvez esteja aí a chave para entender a crise que vivemos: perdemos o sentido do que fazemos, lutamos por salário e melhores condições de trabalho sem esclarecer a sociedade sobre a finalidade de nossa profissão, sem justificar porque estamos lutando.

O que me leva agora a escrever esse pequeno livro é justamente esse imperativo histórico e existencial que me obriga a colocar a questão do sentido do que estou fazendo. Qual é o papel do educador, da escola, da educação? O que um professor pode fazer, o que ele deve fazer, o que é possível fazer?

Em inúmeras conferências que tenho feito a professores, professoras, por este país e fora dele, além de constatar um grande mal-estar entre os docentes, misturado a decepções, irritação, impaciência, ceticismo, perplexidade, paradoxalmente, existe ainda muita esperança. A esperan- ça ainda alimenta essa difícil profissão. Há uma ânsia por entender melhor porque está tão difícil educar hoje, fazer aprender, ensinar, ânsia para saber o que fazer quando todas as receitas governamentais já não conseguem responder. A maioria dessas professoras – elas são a quase totalidade – com a diminuição drástica dos salários, com a desvalorização da profissão e a progressiva deterioração das escolas – muitas delas têm hoje cara de presídio – procuram cada vez mais cursos e conferências, para buscar uma resposta que não encontraram nem na sua formação inicial e nem na sua prática atual.

Poucas são as vezes em que encontram resposta nesses cursos. Na sua maioria, ou encontram receitas tecnocráticas que causam ainda maior frustração, ou encontram profissionais da “pedagogia da ajuda” que encantam com suas belas e sedutoras palavras, fazem rir enormes platéias numa catarse coletiva. E voltam vazios como entraram depois de assistirem ao show desses falsos pregadores da palavra. Voltam com a mesma pergunta: “O que estou fazendo aqui?” – “Por quê não procuro outro trabalho?” – “Para que sofrer tanto?” – “Por quê, para que ser professor?”.

Se, de um lado, a transformação nas condições objetivas das nossas escolas não depende apenas da nossa atuação como profissionais da educação, de outro lado, creio que sem uma mudança na própria concepção da nossa profissão ela não ocorrerá tão cedo. Enquanto não construirmos um novo sentido para a nossa profissão, sentido esse que está ligado à própria função da escola na sociedade aprendente, esse vazio, essa perplexidade, essa crise, deverão continuar.

Hoje vale tudo para aprender. Isso vai além da “reciclagem” e da atualização de conhecimentos e muito mais além da “assimilação” de conhecimentos. A sociedade do conhecimento é uma sociedade de múltiplas oportunidades de aprendizagem. As conseqüências para a escola, para o professor e para a educação em geral são enormes: ensinar a pensar; saber comunicar-se; saber pesquisar; ter raciocínio lógico; fazer sínteses e elaborações teóricas; saber organizar o seu próprio trabalho; ter disciplina para o trabalho; ser independente e autônomo; saber articular o conhecimento com a prática; ser aprendiz autônomo e a distância.

Nesse contexto, o professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito do sua própria formação. O aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o quefazer dos seus alunos. Ele deixará de ser um “lecionador”10 para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem.

Nesse contexto, o professor é muito mais um mediador do conhecimento, diante do aluno que é o sujeito do sua própria formação. O aluno precisa construir e reconstruir conhecimento a partir do que faz. Para isso o professor também precisa ser curioso, buscar sentido para o que faz e apontar novos sentidos para o quefazer dos seus alunos. Ele deixará de ser um “lecionador”10 para ser um organizador do conhecimento e da aprendizagem.

Ser professor”, não será “um ofício em risco de extinção”, pergunta-se Luiza Cortesão11 . Um certo professor está em risco de extinção. O funcionário da eficácia e da competitividade pode existir mas terá se demitido da sua função de professor.

Diz ela que há hoje uma evidente contradição entre o professor em branco e preto, o professor“monocultural”, bem formado, seguro, claro, paciente, trabalhador e distribuidor de saberes, eficiente, exigente e o professor “intermulticultural” que não é um “daltônico cultural”, que dá-se conta da heterogeneidade, capaz de investigar, de ser flexível e de recriar conteúdos e métodos, capaz de identificar e analisar problemas de aprendizagem e de elaborar respostas às diferentes situações educativas.

Um não se pergunta porque ser professor. Simplesmente cumpre ordens, currículos, programas, pedagogias. Outro questionase sobre seu papel. Um está centrado nos conteúdos curriculares e outro no sentido do seu ofício. Sim, um certo professor está em risco de extinção. E isso é muito bom. – O que é ser professor hoje? – Ser professor hoje é viver intensamente o seu tempo com consciência e sensibilidade. Não se pode imaginar um futuro para a humanidade sem educadores. Os educadores, numa visão emancipadora, não só transformam a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também formam pessoas. Diante dos falsos pregadores da palavra, dos marqueteiros, eles são os verdadeiros “amantes da sabedoria”, os filósofos de que nos falava Sócrates. Eles fazem fluir o saber – não o dado, a informação, o puro conhecimento – porque constróem sentido para a vida das pessoas e para a humanidade e buscam, juntos, um mundo mais justo, mais produtivo e mais saudável para todos. Por isso eles são imprescindíveis.

Fuente

http://www.ebooksbrasil.org/adobeebook/boniteza.pdf

Fuente imagen:

https://lh3.googleusercontent.com/tZJpdLMrMeBojKCYyeA1NGnqDeL87bnWHGuHcYCyhZHnjRJPYZo5AcDlviLYJ0mSHjnG=s85

Comparte este contenido:

Bolivia pide a organizaciones internacionales estudiar costos de paros en puertos chilenos

América del Sur/Bolivia/ Octubre 2016/Noticias/http://www.publimetro.cl/

Bolivia solicitó a organismos internacionales estudiar los supuestos daños económicos que provocan los constantes paros en puertos chilenos, por donde fluye su comercio, para preparar una demanda por resarcimientos, dijo este domingo la cancillería, en medio de contradicciones bilaterales sobre trabas al transporte.

«Hemos encargado a estos organismos internacionales estudios independientes, hay instituciones especializadas, por ejemplo la Cepal, hay varias instituciones que están realizando» estudios sobre el daño económico de los paros laborales en los puertos de Arica y Antofagasta, sobre el océano Pacífico, y en la frontera, afirmó el canciller David Choquehuanca.

Bolivia asegura que de 2010 a 2014 se registraron en los puertos de Chile un total de 146 días de huelgas laborales, por diferentes motivos, que afectaron el movimiento de su nutrida carga de importación y exportación, generando daños económicos.

Insistió que esos problemas son un incumplimiento al Tratado de Paz de 1904, por el que Chile le garantiza libre tránsito.

Por su parte, la Cancillería chilena calificó de infundadas las acusaciones vertidas por el gobierno boliviano, que han señalado que un paro de trabajadores de aduana y de control sanitario paralizó el tránsito fronterizo, pues dijo que los empleados realizaron turnos para permitir el tránsito de los transportistas.

Choquehuanca señaló a la red de medios gubernamentales que el propósito de esos estudios es que «nos den datos sobre los costos que están ocasionando estos paros, porque tiene que haber una reparación» económica.

Consultado sobre qué vías se usarían para reclamar a Chile por daños económicos, el jefe de la diplomacia boliviana precisó que aún no tiene «el camino», pero «deben haber opciones y alternativas donde podemos acudir o puede ser parte de una demanda mayor, donde se incorporarán estos estudios».

PUB/CHS

Fuente:

http://www.publimetro.cl/nota/mundo/bolivia-pide-a-organizaciones-internacionales-estudiar-costos-de-paros-en-puertos-chilenos/xIQpjD!TsvzZCh2oGhY/

Fuente Imagen:

https://lh3.googleusercontent.com/n5PGbo-hy7zsgJVaARgmaG8YvPPBGBMnk21N4xw95qfmwrALG48EvXQVURsZBsfOt4wI=s85

 

Comparte este contenido:

Una mala educación, país hacia el desastre

Por: Rolando Niella

Creo no exagerar si afirmo que tener y sostener una mala enseñanza, en el mundo actual, es la peor traición que se le puede hacer a un país, por sus consecuencias catastróficas para el porvenir de las nuevas generaciones de los paraguayos como individuos y para el futuro del Paraguay como nación.

Y es ese sistema educativo actual de nuestro país, perverso, obsoleto, de mala calidad, que conduce al desastre, el que están defendiendo con uñas y dientes, con artimañas y chicanas judiciales, con amenazas y dilaciones las autoridades académicas de la UNA.

El espectáculo que están dando es denigrante: de una inconsciencia ética absoluta, de un completo desprecio por el conocimiento, de una despreocupación total por el futuro de los estudiantes y, por extensión, del futuro de toda la nación paraguaya y de todos los ciudadanos.

Ya es evidente que las autoridades universitarias no están dispuestas a aceptar ninguna clase de reforma ni para mejorar el nivel de la educación, ni para hacer más transparente y menos arbitraria la administración… Pero si ellos no lo hacen alguien debería hacerlo desde los Poderes del Estado, sobre todo desde la Justicia.

Esa es la causa más que justificada de las protestas estudiantiles. Esa es también la causa de que padres y familiares de los estudiantes, que tradicionalmente se oponen a la rebeldía de los jóvenes, en esta ocasión estén apoyando mayoritariamente las protestas no solo de los estudiantes universitarios, sino también de los secundarios.

Esas familias, esos padres, evidentemente, padecen en carne propia al ver a sus hijos enfrentados a un sistema que se empecina en obligarlos a toda costa a aceptar una pésima formación y soportar un ambiente académico de arbitrariedad y corrupción.

El aspecto más catastrófico del problema es la propia inoperancia del sistema educativo, que en mi opinión conduce al país entero (y no solamente a los estudiantes) hacia un abismo, hacia una historia futura de fracasos y de agudo deterioro económico y social.

Que la educación es territorio de desastre en Paraguay no es una opinión particular mía, una idea caprichosa de estudiantes díscolos o una percepción generalizada de una porción cada vez mayor de la ciudadanía; es un hecho objetivo, que se refleja en las mediciones internacionales de calidad educativa; en todas ellas, ya sean de primaria, secundaria o superior, estamos en los últimos lugares.

¿Hacia dónde va un país donde en la primaria no se aprende a leer, escribir y calcular como es debido; donde en la secundaria no se adquieren suficientes conocimientos técnicos ni humanísticos, ni preparación para el mercado de trabajo; donde las universidades no proporcionan una verdadera formación profesional? En un mundo donde el desarrollo y la prosperidad dependen cada vez más del conocimiento, el destino de tal país es el deterioro económico y una creciente conflictividad social que (¡no nos engañemos!) ya está comenzando.

Fuente: http://www.abc.com.py/edicion-impresa/opinion/una-mala-educacion-pais-hacia-el-desastre-1530613.html

Comparte este contenido:

Argentina: Alumnos y docentes se oponen a la prueba «Aprender» del Gobierno

Argentina/31 de Octubre de 2016/Novargentina

El Gobierno nacional arrancó con el operativo “Aprender 2016” para evaluar el nivel de 1,4 millón de alumnos de escuelas públicas y privadas de todo el país. La iniciativa desató medidas de fuerza por parte de sindicatos docentes y centros de estudiantes en los establecimientos educativos.

Varios colegios amanecieron ocupados por grupos de jóvenes, padres y maestros que exigen a la Casa Rosada dar marcha atrás con los exámenes al considerarlos estandarizados y cerrados y sostener que no permiten reflejar el aprendizaje real estudiantil y las particularidades de cada alumno, las regiones y las problemáticas específicas de cada escuela.

Sin embargo, el presidente Mauricio Macri se adelantó a las protestas y salió a responder, afirmando que el plan servirá para conocer “qué es lo que nos está faltando” y “construir las soluciones necesarias”. “Necesito que todos colaboren: padres, gremios, docentes y gobiernos en cada rincón de la Argentina, porque si no sabemos la verdad no vamos a poder construir las soluciones”, reiteró el mandatario.

Por tal motivo, no hay clases en todas las escuelas, aunque sólo participarán obligatoriamente los estudiantes de sexto grado de primaria y del último año de la secundaria y habrá una muestra representativa a evaluar de tercer grado de primaria y segundo y tercero de secundaria.

Fuente: http://www.novargentina.com/nota.asp?n=2016_10_30&id=45268&id_tiponota=4

Comparte este contenido:

Policía de Brasil detuvo a estudiantes que rechazan recortes la educación pública

Brasil/31 de Octubre de 2016/AVN

La Policía Militar (PM) de Brasil detuvo el jueves, sin orden judicial, a 26 estudiantes que habían tomado la Escuela Superior Centro de Doña Filomena Moreira de Paula, en el estado de Palmas, con el propósito de sumarse a las protestas en contra de la Reforma a la Enseñanza Media y a la Propuesta de Enmienda Constitucional (PEC) que congela por 20 años la inversión social.

Entre los estudiantes detenidos se encuentran menores de edad quienes, según la PM, son acusados por haber entrado en desacato a la autoridad aun cuando medios locales reseñan que la toma de la institución fue de forma pacífica, reseñó el portal Noticias de América Latina y el Caribe (Nodal).

Previo a esta detención, este martes la PM también apresó a 13 estudiantes que habían ocupado la Escuela Estatal Silvio Javier en Piqueri, al norte de Sao Paulo, quienes también protestaban en contra de la reforma de la escuela secundaria, refiere la Agencia de Brasil.

Dichas represiones al derecho a protestar que tienen los estudiantes en Brasil se realizan en medio de un escenario político donde el presidente de facto de dicha nación, Michel Temer, congeló la inversión pública e intenta, a través de reformas, limitar la cantidad de asignaturas del pénsum y disminuir el nivel de formación de los profesionales de la educación.

En rechazo a esa medida, más de 1.100 instituciones educativas —según datos de las Agencia Brasil—  han sido ocupadas por los estudiantes en todo Brasil para defender la escuela pública de calidad.

El Partido de los Trabajadores (PT) hizo público un comunicado donde rechazaron las agresiones del Gobierno de Temer hacia los estudiantes e hicieron un llamado para que «el Gobierno federal inicie de inmediato las negociaciones abiertas con los jóvenes que luchan por su expresión de los derechos democráticos y en defensa de la escuela pública de calidad».

Fuente: http://www.avn.info.ve/contenido/polic%C3%ADa-brasil-detuvo-estudiantes-que-rechazan-recortes-educaci%C3%B3n-p%C3%BAblica

Comparte este contenido:

Libro: Educación y pobreza: una relación conflictiva

Reseña: Autor: Miguel Bazdresch Parada

La relación entre la educación y la pobreza es una relación construida. No es obvia o “natural”, no obstante la idea muy difundida acerca de que la educación es una de las formas privilegiadas de evitar y/o salir de la pobreza. Las ideas de pobreza y de educación son constructos asociados a supuestos e intenciones sociales que responden a los intereses de diversos grupos sociales específicos. El propósito de este artículo es dar cuenta de cómo se construye la relación educación y pobreza, específicamente en la investigación educativa, y de cuáles son las consecuencias prácticas de esa elaboración. La relación entre educación y pobreza (REP) está constituida en la cotidianidad por una idea ampliamente generalizada en el imaginario social de nuestra sociedad. Una expresión que resume ese imaginario es “La educación es una vía hacia una mejor manera de vivir”. Tal idea consiste en términos generales en estimar como un bien de gran importancia a la educación, en tanto base, medio sine qua non y forma privilegiada de conseguir una posición económica y social más elevada dentro del conjunto social1 . Vale aclarar que en esta idea se entiende “educación” como “escolarización”.

Link de Descarga: http://dcsh.xoc.uam.mx/planeacion/bibliografia2014/Educacion_BAZDRESCH.pdf

Comparte este contenido:

Matrimonio, embarazo, esclavitud y abuso: cuatro amenazas a niñas paraguayas

Paraguay/ 31 de Octubre de 2016/ Terra

El matrimonio infantil, el embarazo forzado, la esclavitud a través del criadazgo y el abuso sexual son cuatro de las amenazas que afectan a niñas y adolescentes paraguayas a partir de los 10 años, edad considerada clave por el Fondo de Población de la ONU (UNFPA) para asegurar el desarrollo del país.

Las niñas de 10 años son las protagonistas del último informe de UNFPA sobre el estado de la población mundial, presentado esta semana a nivel internacional.

La elección se debe a que se trata de una «edad decisiva», en el paso de su infancia a la pubertad y la primera adolescencia, en la que empiezan a ver un «horizonte de posibilidades» que influirán en su vida adulta, dijo hoy en una entrevista con Efe la oficial de Género y Adolescencia de UNFPA en Paraguay, Mirtha Rivarola.

Sin embargo, en muchos países, este abanico de posibilidades se trunca porque, a esta edad, «las niñas abandonan la escuela porque empiezan a trabajar, porque contraen matrimonio, o porque se quedan embarazadas», declaró Rivarola.

El embarazo en la primera adolescencia es, de hecho, la «preocupación principal» de UNFPA en Paraguay, donde cada día un promedio de dos niñas de 10 a 14 años dan a luz bebés vivos, como fruto de embarazos provocados por abusos sexuales.

«Una niña que quedó embarazada como producto de violencia sexual necesitará un apoyo importante en cuanto a su salud mental, su entorno y el fortalecimiento de su autonomía. Por lo general, la niña abandona la escuela, con lo que no accede a las herramientas necesarias para enfrentar una vida plena, no tendrá acceso a un buen empleo, y terminará por reproducir la pobreza», explicó Rivarola.

Los embarazos infantiles, que han registrado un aumento del 62 % en la última década en Paraguay, según datos de UNFPA, son producto de abusos sexuales, un delito que continúa registrando «cifras altas» en el país, aunque existe «mayor transparencia» en cuanto a las denuncias.

Pese a ello, en lo que va de 2016, la Fiscalía paraguaya registró un total de 669 denuncias por abusos sexuales contra niños, niñas y adolescentes, menos de la mitad que en todo 2015, cuando la cifra total alcanzó las 1.711 denuncias.

Otro de los factores que influyen en la tasa de embarazos infantiles y abusos sexuales es la salida temprana del hogar debido al matrimonio precoz o a la unión de hecho de las niñas.

Así, un 15 % de las adolescentes de Paraguay están casadas o unidas, y 4 de cada 10 niñas menores de 14 años que dan a luz en el país están en pareja a la hora del parto, según UNFPA, pese a que la ley paraguaya prohíbe el matrimonio por debajo de los 18 años, y solo lo autoriza en menores de edad que tengan más de 16 años y cuenten con autorización de los padres.

Rivarola expresó que el matrimonio precoz tiene un «fuerte arraigo cultural» en Paraguay, debido a que parte de la sociedad «ve como natural» que una niña tenga pareja e incluso quede embarazada antes de los 14 años, porque «se cree que el matrimonio es a lo que una mujer debe aspirar».

En otros casos, el matrimonio aparece como la «única vía» para salir de situaciones de vulnerabilidad económica, pese a que expone a las niñas a situaciones de violencia, y obstaculiza sus posibilidades de educación y participación en sus comunidades.

Se trata de algo similar a lo que ocurre con el criadazgo, un sistema por el que una familia entrega a uno de sus hijos a otra de mayores ingresos, a cambio de alimentación y educación, y que afecta al 2,5 % de los niños, niñas y adolescentes de Paraguay.

Para Rivarola, el criadazgo es una «forma moderna de esclavitud» que debe estar «específicamente penada por la ley», mientras el Estado promueve políticas públicas que permitan a las familias de menos recursos mantener a sus hijos dentro de sus hogares.

La experta de UNFPA insistió en la necesidad de que el Estado paraguayo continúe invirtiendo en las niñas de 10 años, que son un total de 65.000 en todo el país, y en general en los adolescentes y jóvenes menores de 30 años, que representan el 60 % de la población del país.

«Paraguay se encuentra en un momento de bono demográfico, con una proporción histórica de población activa. Para aprovechar este momento, se debe invertir lo suficiente en los jóvenes, e incluirlos en el desarrollo del país», concluyó Rivarola.

 Fuente: https://noticias.terra.com/mundo/latinoamerica/matrimonio-embarazo-esclavitud-y-abuso-cuatro-amenazas-a-ninas-paraguayas,746cf75b5daa236d1218f419d15482e3qq83quko.html
Comparte este contenido:
Page 2269 of 3040
1 2.267 2.268 2.269 2.270 2.271 3.040