Page 294 of 3040
1 292 293 294 295 296 3.040

Brasil: Aprovar Reforma Administrativa é assinar um cheque em branco, diz assessor jurídico

América do Sul/Brasil/18-06-2021/Autor e Fonte: sinasefe.org.br

Live do Sinasefe Santa Maria esclareceu principais pontos trazidos no texto da PEC 32, que inaugura a Reforma.

A aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32/20 pelo Congresso Nacional significaria condenar a população brasileira a assinar um cheque em branco. Isso porque a proposta representa apenas a primeira fase de implementação da Reforma Administrativa, sendo sucedida de mais duas etapas que poderiam trazer uma série de leis complementares responsáveis por autorizar o desmantelamento de direitos constitucionais até então resguardados.

“Não sabemos quais serão os desdobramentos da PEC nas outras fases. A partir do momento em que a Constituição Federal é alterada, as consequências podem ser inenarráveis”. A análise é do assessor jurídico Heverton Padilha, que participou da live promovida pelo Sinasefe Santa Maria na última quinta-feira (10/06). Com ele estiveram, também, o professor Moacir Bolzan, vice-diretor do Colégio Politécnico, e a professora Adriana Bonumá, Secretária de Assuntos Legislativos e Jurídicos do sindicato local.

Num primeiro momento, Padilha desconstruiu alguns argumentos falaciosos apresentados pelo governo Bolsonaro e seus ministros para justificar a aprovação da Reforma. Um deles diz respeito a um suposto inchaço do Estado brasileiro, que seria responsável por empregar uma quantidade muito grande de servidores públicos.

Contrapondo este argumento, o assessor jurídico trouxe dados que atestam estabilidade no número de nomeações ao longo dos anos, bem como uma proporção de servidores públicos pequena se comparada com a totalidade da população empregada no Brasil – segundo dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento (OCDE), apenas 12,1% da população brasileira ocupada é composta por servidores públicos. Esse número é significativamente mais baixo que o observado em países como França (21,4% de servidores) e Dinamarca (29,1%).

Combate aos privilégios?

Junto ao argumento de que o Estado brasileiro é inchado de servidores públicos morosos e ineficientes, o governo Bolsonaro também vende a ideia de que a Reforma Administrativa vem para combater os supostos privilégios do funcionalismo público. Mais uma vez, Padilha demonstra, através de uma análise do texto da Reforma, que o cenário é exatamente o contrário: ao invés de dirimir privilégios, a Reforma os reforça.

A principal prova disso é que algumas categorias são excetuadas das alterações previstas pela PEC da Reforma, a exemplo dos magistrados, dos integrantes do Ministério Público, dos parlamentares e dos militares. A justificativa do governo para “poupar” essas camadas é de que seriam agentes de poder cujas carreiras são disciplinadas por leis complementares. Padilha, no entanto, avalia que se trata de uma escolha política do governo. “Estamos falando de uma profunda reforma na Constituição. Não haveria, a priori, barreiras para isso”, pondera o assessor.

Ainda que a Reforma fosse aprovada, os integrantes da alta cúpula do governo continuariam a receber rubricas como as referentes ao auxílio paletó ou auxílio moradia, além das verbas de gabinete e o chamado “cotão” – cota para exercício das atividades parlamentares, com característica indenizatória e no valor de até R$ 45 mil reais. No que tange ao Judiciário, seus integrantes também seguiriam tendo acesso a benefícios como o auxílio moradia para aposentados, por exemplo.

Enquanto preserva essas benesses, contudo, a Reforma joga a esmagadora maioria dos servidores públicos para uma realidade de contratos de trabalho precários, redução remuneratória, extinção da estabilidade e do Regime Jurídico Único, além de facilitar perseguições político-ideológicas.

Eixos elementares

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 32 não é, por si só, a Reforma Administrativa. Trata-se, na verdade, de um instrumento que, se aprovado, viabilizará as outras etapas da Reforma (fase regulatória e fase da lei complementar das carreiras).

No entanto, a PEC já expressa os eixos elementares da Reforma pretendida. São sete pontos que alicerçam todo o projeto de Estado contido na proposta:

1 – Dificuldade de acesso à estabilidade. Padilha explica que só as carreiras típicas de Estado manteriam esse direito. Todo o restante do funcionalismo (a considerável maioria) já não teria acesso;

2 – Estabelecimento da avaliação de desempenho. Tal avaliação irá acompanhar o servidor público durante toda a sua vida laboral, sendo utilizada como condição para garantir a permanência ou não no cargo. Podem ser aplicadas aos atuais servidores – e não somente àqueles que ingressarem depois da aprovação da Reforma;

3 – Possibilidade de extinção do Regime Jurídico Único (RJU). Padilha explica que o RJU, da forma como o conhecemos hoje, não coexiste com a Reforma. Logo, a extinção do RJU seria uma consequência lógica da aprovação da reforma;

4 – Redução da remuneração média no decorrer da carreira, principalmente para servidores estaduais e municipais;

5 – Ampliação da contratação de servidores temporários e possível aumento de terceirizações;

6 – Facilidade para privatizações. “A privatização é o mote da Reforma. Aquilo que é rentável no serviço público deve ir para a iniciativa privada”, destaca Padilha;

7 – Relativização do concurso público, ferindo o princípio de impessoalidade.

Novos cargos e vínculos

Como já mencionado, a Reforma Administrativa, se aprovada, tenderá a extinguir o RJU tal como hoje o conhecemos. Em seu lugar, institui três novos tipos de cargo e dois novos tipos de vínculo. São eles:

  • Cargo Típico de Estado. Tais cargos serão reservados a postos considerados estratégicos no setor público, explica Padilha. A definição do que será estratégico não consta no texto da PEC, devendo ser feita na segunda fase da Reforma, a fase regulatória, embora o Ministério da Economia já tenha citado carreiras ligadas às áreas de segurança e fiscalização como aquelas a serem consideradas prioritárias. Aqui, o ingresso é via concurso público e a posse do servidor ocorre após o período do vínculo de experiência, que, para este cargo, tem a previsão de dois anos. Esse é o único cargo que, com a aprovação da Reforma, manterá a estabilidade. Porém, o tempo necessário para se alcançar a estabilidade é de três anos – após concluído o vínculo de experiência, será necessário mais um ano para adquirir o direito. Ainda assim, tais servidores podem ser demitidos mais facilmente que na atualidade, como explicitado mais abaixo. Esse cargo é vinculado ao Regime Jurídico Único e recolhe contribuição para o Regime Próprio de Previdência;
  • Cargo por prazo indeterminado. Avaliado por Padilha como uma “aberração jurídica”, tal cargo seria destinado a servidores considerados de apoio administrativo, sendo aqui possivelmente enquadrados a maioria dos cargos de servidores da Administração Pública do país, a exemplo de professores e técnico-administrativos em educação. O ingresso é via concurso público e não há previsão de estabilidade. A posse ocorre ao final do vínculo de experiência, cuja duração, para esse cargo, é de um ano, podendo ser alterado a critério de cada Administração. O servidor é vinculado ao Regime Jurídico Único, porém também passível de ser mais facilmente demitido do que nas regras atuais;
  • Vínculo de experiência. A natureza jurídica de tal vínculo é bastante diferente da que rege o atual estágio probatório. Se a Reforma for aprovada, ocorrerá a seguinte situação: serão convocadas para o serviço público mais pessoas que o número de vagas previsto para determinado cargo. Isso significa que o vínculo de experiência funcionaria quase como um prolongamento do concurso público, pois, ao final deste período, só seriam nomeados alguns servidores.  A previsão do vínculo de experiência existiria para dois cargos: o cargo típico de Estado (vínculo com prazo de dois anos) e o cargo por tempo indeterminado (vínculo, a priori, de um ano).
  • Vínculo de prazo determinado. O vínculo do servidor seria com a Administração, mas regulado pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). Não há previsão de estabilidade. São contratações por prazos temporários, para fins de necessidades temporárias em decorrência de calamidade, emergência, paralisação das atividades essenciais (em uma greve, por exemplo, o governo poderia contratar trabalhadores precarizados para dar conta do trabalho paralisado pelo movimento paredista) ou acúmulo transitório de serviço. Tais servidores contribuiriam para o Regime Geral de Previdência.
  • Cargo de liderança e assessoramento. Para ocupar este cargo, não seria necessária a aprovação em concurso público, sendo realizada, em seu lugar, uma seleção simplificada que ficaria a critério dos gestores. Atualmente, o servidor que ocupa cargos dessa natureza tem de já possuir cargo efetivo naquela determinada carreira. A partir da aprovação da PEC, não seria necessária tal vinculação prévia, podendo ser nomeado qualquer servidor – inclusive, por exemplo, militares, para ocuparem cargos dentro da universidade.

Demissões facilitadas

Hoje, o servidor público pode ser demitido como forma de penalidade a alguma conduta, mas há o direito à ampla defesa em todas as etapas do processo. Com a Reforma, a demissão do servidor poderá ser atribuída a três motivos: decisão judicial, processo disciplinar ou insuficiência na avaliação de desempenho. As duas principais mudanças residem no âmbito da decisão judicial e da avaliação de desempenho.

No que se refere à esfera da justiça, a demissão do servidor, que hoje só pode ser efetivada com o trânsito em julgado do processo, poderá, se aprovada a Reforma, já ocorrer após a primeira decisão colegiada. Isso torna muito mais fácil que o servidor seja demitido e desmonta as garantias legais de ampla defesa até então preservadas.

Já em relação à avaliação de desempenho, esse é um instrumento novo que será um condicionante para a permanência do servidor no cargo, podendo ser aplicado inclusive para aqueles servidores já efetivos quando da entrada em vigência das novas normas. Ou seja: o governo é falacioso quando diz que os atuais servidores não serão atingidos pela Reforma Administrativa.

Vulnerabilidade política

No serviço público regido pela Reforma Administrativa, coexistiriam servidores estáveis (uma minoria) e não estáveis (ou com uma estabilidade extremamente frágil e suscetível, por exemplo, a avaliações de desempenho elaboradas por chefias). Sabe-se, contudo, que a estabilidade não é uma benesse. Como destacou Padilha, não se trata de uma proteção descomunal ao servidor, mas de uma proteção ao próprio serviço público.

“Se não tivéssemos a estabilidade, será que teríamos um ministro de Estado hoje investigado pela Polícia Federal em razão de vários crimes cometidos contra o meio ambiente, como exportação ilegal de madeira, atrapalhar fiscalização ambiental ou até mesmo organização criminosa? Isso ocorre em razão de termos servidores estáveis. Se a estabilidade for retirada, como acontecerá no futuro?”, questiona o assessor jurídico, referindo-se ao fato de que a estabilidade garante ao servidor a protetividade necessária para, por exemplo, denunciar situações de corrupção, sem temor a represálias.

Outra importância da estabilidade refere-se à capacidade de pressão dos servidores em processos de negociação salarial com o governo federal. “Os servidores atuais que poderão discutir com o governo por terem estabilidade vão se aposentando. E nós sabemos que o governo não negocia com os aposentados. Então teremos uma vulnerabilidade grande em relação às políticas com o governo”, destaca Padilha. Afinal, vínculos de trabalho precários, como os previstos pela PEC, não conferem segurança e força política necessária para o enfrentamento com o governo.

O desmonte do Estado mínimo

Moacir Bolzan, vice-diretor do Colégio Politécnico da UFSM, se dedica, já há algum tempo, a estudar sobre as concepções de Estado hegemônicas em cada momento e os diferentes projetos de lei que vêm para reforçar ou reestruturar aspectos centrais desse Estado.

Para o docente, a Reforma Administrativa, além de afrontar as necessidades atuais da população, que precisa de trincheiras fortes para conter o avanço da COVID-19 no Brasil, também torna ainda mais precário um Estado que já é mínimo.

“Eu não sei o que vai sobrar. Vamos eliminar definitivamente a ideia do Estado como uma forma de proteção social, convertendo o cidadão em consumidor. Isso é profundamente lamentável. Essa desconstitucionalização dos serviços públicos é muito preocupante”, analisa Bolzan, lembrando que a Reforma Administrativa caminha ao lado de outros projetos (já aprovados), como a Reforma Trabalhista e a Reforma da Previdência.

Adriana Bonumá, Secretária de Assuntos Legislativos e Jurídicos do Sinasefe Santa Maria, acredita que é o momento de envolver a população usuária dos serviços públicos na mobilização contra a Reforma Administrativa. “Como vamos fazer com que a população compreenda o prejuízo social que essa Reforma traz? Porque não é um prejuízo só para o servidor, mas para a população como um todo. Muitos serviços que temos hoje não vão mais existir ou estarão totalmente precarizados a partir dessa reforma. É preciso mostrarmos que não se trata só de nossos empregos e de nossas colocações dentro do serviço público. Vai muito além disso”, conclui a dirigente.

Heverton Padilha também aposta na mobilização para impedir que a proposta avance entre os parlamentares.

Tramitação

A PEC 32/20, que inaugura a Reforma Administrativa, precisa de aprovação, tanto na Câmara dos Deputados quanto no Senado, de três quintos de seus respectivos componentes. Na Câmara, isso representa 308 votos. No Senado, 49. Em ambas as Casas, o texto tem de ser aprovado em dois turnos pelo plenário e, antes disso, pelas Comissões de Constituição e Justiça (CCJ) e pelas comissões especiais.

Atualmente, a PEC tramita na Câmara e já foi aprovada, com algumas alterações, pela CCJ. Agora, o texto segue para análise de uma comissão especial instituída pelo presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

“Temos que agir agora. É momento de mobilização, de pressionar a categoria política para que essa questão não avance e se tenha um debate mais aprofundado com a sociedade”, defende Padilha.

O Sinasefe Santa Maria vem atuando em conjunto com outros sindicatos locais no sentido de construir a mobilização contra a Reforma Administrativa na cidade de Santa Maria-RS. No próximo dia 19 de junho, nova mobilização contra o governo Bolsonaro está marcada e, na pauta de reivindicações, a rejeição à Reforma assume centralidade. Na cidade gaúcha, o protesto ocorre a partir das 10h, na Praça Saldanha Marinho. Quem não conseguiu acompanhar a live pode conferir o material no Canal de YouTube da SS Santa Maria ou em sua página de Facebook .

Fonte e Imagem: https://sinasefe.org.br/site/aprovar-reforma-administrativa-e-assinar-um-cheque-em-branco-diz-assessor-juridico/

Comparte este contenido:

Perú: ¿Eres docente? Participa en las capacitaciones sobre el uso de herramientas digitales

América del Sur/Perú/18-06-2021/Autor(a) y Fuente: www.andina.pe

Las sesiones virtuales serán gratuitas entre el 12 y 14 de julio.

Si bien ya se ha iniciado el proceso de vacunación y el Ministerio de Educación ya prepara el retorno a clases presenciales de manera gradual y voluntaria, la educación a distancia ha llegado para quedarse. La reapertura de las escuelas del país no implicará el abandono de las herramientas digitales que alumnos y docentes han aprendido a utilizar desde el inicio de la pandemia.

Es por ello que el continuo desarrollo de capacidades digitales y el aprovechamiento de las ventajas de la tecnología es importante para los docentes.  Para reforzar estos conocimientos, la Universidad de Ingeniería y Tecnología (UTEC) y el Ministerio de Educación anunciaron una nueva edición de Educamp Virtual, un programa que ofrece capacitaciones gratuitas en herramientas digitales para que los profesores puedan brindar educación online de calidad.
En la edición de este año, que se llevará a cabo del 12 al 14 de julio, el Educamp Virtual contará con más de 50 ponentes y expertos de primer nivel procedentes de 12 países y con más de 20 universidades e instituciones educativas de América y Europa.
El Dr. Eric Mazur, reconocido docente de la Universidad de Harvard, en Estados Unidos, es uno de los invitados destacados de este evento, cuya temática girará en torno a la innovación, el aprendizaje autónomo y la educación híbrida.
Los asistentes contarán con espacios de interacción con la colaboración de distintas universidades e institutos, además de tener la posibilidad de interactuar en 3 charlas principales, 6 mesas de discusión, 12 talleres y 12 webinars.
El evento es coorganizado por Ministerio de Educación (Minedu), la Universidad Nacional de Educación a Distancia (España), la Escuela Superior Politécnica del Litoral (Ecuador), el Fondo Nacional de Desarrollo de la Educación Peruana y la Fundación Telefónica.
Para participar, los interesados solo deberán registrarse en la web principal del evento.
 
Potenciar metodologías en entornos digitales
“Estamos comprometidos con la educación peruana de calidad y creemos firmemente que la innovación es real cuando impacta en la sociedad; por eso queremos compartir nuestros aprendizajes y metodologías con todo el sector educativo», indica la Dra. Silvia Lavandedra, directora del Centro de Excelencia en Enseñanza y Aprendizaje de UTEC.
«Nuestro propósito es promover y fortalecer nuevas formas de enseñanza y aprendizaje que orienten a los docentes hacia la educación del futuro, en entornos presenciales y virtuales”, apunta.
“Este evento internacional -dirigido a académicos, directivos y educadores- nace con el ideal de promover y fortalecer nuevas formas de enseñanza en línea que permita el intercambio de reflexiones y experiencias de aprendizaje en esta nueva normalidad y en el futuro educativo postpandemia”, agrega Lavandera.
Fuente e Imagen: https://www.andina.pe/agencia/noticia-eres-docente-participa-las-capacitaciones-sobre-uso-herramientas-digitales-849298.aspx
Comparte este contenido:

Uruguay: Vuelven a la presencialidad alumnos de 4°, 5° y 6° de Primaria

América del Sur/Uruguay/18-06-2021/Autor(a) y Fuente: www.republica.com.uy

Excepto las escuelas de Montevideo y Canelones, en total son 607 centros educativos que retornan a la presencialidad.

De a poco avanza el plan de retorno a la presencialidad en la educación. Este lunes volvieron a las aulas los estudiantes de cuarto, quinto y sexto de escuela en todo el país, menos en Montevideo y Canelones.

“Estoy muy contenta, como ellos, de empezar”, dijo Alejandra, maestra de la escuela N°53 de San José, en un video de la Administración Nacional de Educación Pública (Anep) en su página de Twitter. “La idea es poder seguir trabajando más cerca de ellos. El reencuentro es un momento de mucha ansiedad y nerviosismo, pero estamos con muchas ganas de trabajar”, agregó.

Alejandra destacó, además, la diferencia de trabajar presencialmente. “En la presencialidad el contacto es diferente. Creo que el niño genera una confianza con el maestro que le da otras oportunidades”, afirmó.

Los protagonistas de la vuelta a clases son los niños y las niñas. Alejandro, alumno de cuarto año de la misma escuela contó cómo comenzó la jornada: “Me desperté y estaba un poquito enojado cuando me llamó mamá, pero después me alegré porque iba a ser mi primer día de clase”. “Me alegra estar con mis amigos y jugar. Tenía muchísimas ganas de volver. Extrañaba a la maestra y a los compañeros”, expresó.

Plan escalonado

La semana pasada Robert Silva, presidente del Codicen, dijo que a nivel nacional la presencialidad en primaria era de un 70%, mientras que en las escuelas rurales de un 80%. El retorno de este lunes comprende a 607 centros educativos públicos y privados, y unos 60.000 alumnos. Cabe recordar que el pasado lunes volvieron a la presencialidad los estudiantes de 1° a 3° de Primaria de escuelas urbanas de todas las áreas de Montevideo, Canelones y Salto.

Se espera, que para el próximo lunes 21 vuelvan los niños y niñas del segundo ciclo de primaria (cuarto, quinto y sexto) de todo el país. La vuelta en Secundaria será luego de las vacaciones de julio, que serán del 28 de junio al 10 de julio.

 

Fuente e Imagen: https://www.republica.com.uy/vuelven-a-la-presencialidad-alumnos-de-4-5-y-6-de-primaria-id847990/
Comparte este contenido:

Argentina: COAD se pronuncia sobre los 103 años de la Reforma Universitaria

En un contexto de crisis, pensar y luchar por una nueva Reforma Universitaria es la tarea

Conmemorar la Reforma Universitaria del 18 es reivindicar un universo de transformaciones, resistencias y luchas que protagonizó el pueblo argentino y latinoamericano en los últimos 103 años.
 
La disputa por una Universidad al servicio de un cambio social profundo e igualitario son las claves de una tradición rebelde que en las universidades tiene su impulso inicial en la segunda década del siglo XX. Un legado que se actualizó en clave obrera y popular durante el primer peronismo, del que son parte las juventudes revolucionarias de los 60 y 70, que continúa con la recuperación de la democracia y con la resistencia a la política neoliberal en los noventa y su Ley de Educación Superior (LES).
 
En este contexto de crisis social y sanitaria, la pregunta por las reivindicaciones y las características de una nueva Reforma adquiere una renovada relevancia y una mayor urgencia. Necesitamos ampliar el debate y fortalecer la lucha por una Universidad pública popular, critica, feminista y tranformadora.
 
Una tarea de primer orden es la elaboración de una nueva ley de educación superior que barra con la LES sancionada durante el gobierno de Menem y restituya a la educación superior como un derecho y que oriente a la Universidad pública como un espacio y una herramienta de transformación al servicio de las necesidades del pueblo argentino.
 
Necesitamos democratizar la universidad. Para ello es preciso establecer formas de elección más democráticas de las autoridades, restituir la igualdad docente-estudiantil en los órganos de cogobierno, avanzar en el ejercicio concreto de la ciudadanía universitaria de las Escuelas Medias y pelear por un mayor protagonismo de las mujeres y disidencias en los espacios y órganos de decisión política y de gobierno. A su vez, impulsar el fortalecimiento y la implementación de nuevas políticas de inclusión que permitan el acceso, la permanencia y el egreso de la universidad a todos los sectores sociales, especialmente a los más vulnerados en sus derechos.
 
La Reforma Universitaria de nuestro tiempo debe abonar la construcción de un país soberano, con independencia económica y democracia participativa. La universidad pública tiene que desarrollar conocimiento y planes de estudio con un sentido crítico y liberador y direccionar la investigación hacia problemáticas científicas, sociales, políticas y económicas que resultan claves para atender las necesidades populares. La extensión  debe ser reformulada para que exista un ida y vuelta entre la universidad y la comunidad de forma tal que la generación de conocimiento sea parte de la resolución de los problemas de la vida cotidiana. Precisamos tejer un vínculo universidad-comunidad que no puede ser una acción lineal “desde la Universidad hacia el medio” ni tampoco la puerta abierta para el lobby de los poderes concentrados.
 
Para esta tarea no partimos de cero. Contamos no solo con décadas de historia de la que aprender y en la que inspirarnos. La consecución de nuestro Convenio Colectivo de Trabajo, el avance de las políticas y los contenidos feministas hacia adentro de las universidades, el triunfo de la ciudadanía para las escuelas medias y las masivas resistencias contra el ataque a la educación pública llevado adelante por el Gobierno de Cambiemos son algunos hitos de los últimos años que marcan un rumbo. 
 
Tampoco estamos solxs. Por convicción y experiencia histórica, sabemos que la reforma popular, feminista, crítica y latinoamericanista que necesita nuestro tiempo solo puede hacerse a partir de la lucha y la construcción conjunta del pueblo argentino.
Comparte este contenido:

Piden a CIDH documentar violencia sexual como forma de represión en Paro Nacional en Colombia

Por: Aline Espinosa Gutierrez

Organizaciones civiles colombianas exigieron a la Comisión Interamericana de Derechos Humanos (CIDH) durante su visita de trabajo en este país, que incorpore en sus conclusiones que la policía ha utilizado la violencia sexual, detenciones arbitrarias y el uso excesivo de la fuerza contra las mujeres como una forma de represión y control del Paro Nacional, lo que les niega ejercer su libertad de expresión y asociación, y gozar de espacios seguros.

Estas demandas fueron descritas por las organizaciones civiles en el informe “Violencia sexuales y otras violencias contra mujeres en el contexto del Paro Nacional de Colombia 2021”, el cual entregaron a la CIDH durante su visita a este país del 8 al 10 de junio con el fin que registre los casos de violencia contra las mujeres y recomiende a su gobierno la creación de un Grupo Interdisciplinario de Expertos Independientes (GIEI) con enfoque de género y así las víctimas puedan acceder a la justicia.

De acuerdo con el documento, desde el 28 de abril (fecha de inicio del Paro Nacional) al 2 de junio de 2021, la policía ha cometido contra las mujeres, 307 detenciones arbitrarias e ilegales, 48 casos de violencia sexual, 32 de violencia de género, y 491 de uso excesivo de la fuerza. Agresiones que tienen diversos impactos psicosociales en la vida de las víctimas, desde episodios de ansiedad, sensación de indefensión, entre otros.

En suma, explicaron, la policía y los funcionarios públicos de este país se han dedicado en encubrir todas estas agresiones, en particular la de violencia sexual al enfocarse en criminalizar a las personas e informar sobre los daños a bienes y comercios en medios de comunicación, en lugar de publicar el reporte sobre el Grupo de Género que según creó la policía colombiana.

Los 48 casos de violencia sexual, dijeron, se refieren a violaciones, tocamientos indebidos, amenazas de violación, hostigamiento y acoso sexual, donde además las víctimas son golpeadas, privadas de su libertad e insultadas de forma sexista. Son tantas las agresiones contra las mujeres que a pesar de contar con un total aproximado de casos, gracias a la labor de las organizaciones civiles, prevén que los números sean mayores porque no todas denuncian o no viven para hacerlo.

Resaltaron que existen 9 casos representativos que evidencian la violencia extrema contra las colombianas por parte de agentes del Escuadrón Móvil Antidisturbios (ESMAD) y la policía, que fueron documentados por Human Rights Watch y por la Campaña Defender la Libertad en el mes y medio del Paro Nacional.

Algunos de ellos, agregaron, son los dos casos ocurridos el 28 de abril de una joven afrodescendiente detenida arbitrariamente y violentada sexualmente dentro de un vehículo del ESMAD en el municipio de Soacha, Cundinamarca y de otra joven acosada por miembros de la policía cuando salía de una manifestación en Bogotá; el caso de abuso sexual y agresión contra una mujer dentro de las instalaciones de la unidad de Reacción Inmediata (URI) en la localidad de Kennedy en Bogotá el 2 de mayo.

Otro caso, dijeron, es el de la joven de 17 años detenida arbitrariamente y agredida sexualmente en Popayán Cauca el 12 de mayo de 2021, quien como consecuencia, se suicidó. Estos hechos evidencian que  la policía y el ESMAD aíslan a las víctimas en lugares escondidos o las llevan a los recintos resguardados por ellos para cometer estos hechos.

En las detenciones arbitrarias, agregaron, además de ejercer violencia sexual, la policía roba las pertenencias de las mujeres como sus celulares o documentos de identidad y las amenazan de procesarlas bajo delitos graves.

Evidenciaron que la policía de este país no cuenta con protocolos con enfoque de género para saber cómo actuar en las protestas, ni en la detención de mujeres, ni mucho menos en cómo atender las denuncias hacia integrantes de su propio cuerpo de seguridad, del ESMAD o de paramilitares, por lo que las denuncias no son investigadas y todos los casos siguen en la total impunidad hasta el momento.

Detallan que las colombianas han tenido un papel importante en el Paro Nacional, ya que muchas de ellas se mantienen en la primera línea de lucha, ejemplo de ello son el grupo conocido como “Mamás en primera línea”, quienes salieron con escudos a proteger a las y los jóvenes en las protestas y realizan vigilias feministas, reuniones , crean espacios seguros y acompañan a otras mujeres en sus casos.

Ante este contexto, exigieron que la CIDH siga recibiendo los testimonios de las víctimas posterior a su visita y recomiende la creación del (GIEI) con enfoque de género para así garantizar  el acceso de las mujeres a la verdad, la reparación del daño y la no repetición del hecho y comparta su informe con la Relatora sobre los Derechos Humanos de las Mujeres.

Demandaron que la CIDH exija al gobierno colombiano, a la Fiscalía General de la Nación, a la Procuraduría General de la Nación y a la Defensoría del Pueblo de este país, cifras del número total de hechos de violencia sexual y agresiones contra las mujeres en el Paro Nacional y sobre los avances en las denuncias ya presentadas en estas instituciones.

Asimismo, solicitaron que recomiende al gobierno colombiano la realización de una reforma profunda a la policía para que sus acciones se orienten a un enfoque de seguridad ciudadana y no de represión y sean capacitados en género y Derechos Humanos, así como definir protocolos de actuación e impulse la eliminación de la presencia del ESMAD en el país.

Fuente e imagen:  CIMAC Noticias

Comparte este contenido:

El amor no hace daño

Por:  Eliana Soza Martínez

Las noticias cada día nos dejan más alarmados, especialmente por los crímenes cometidos hacia los grupos vulnerables, en este caso las niñas y niños, quienes se ven afectados por todo tipo de violencia. La peor es el infanticidio, cometido dentro del seno de los hogares en la mayoría de los casos.

Estos hechos los vemos todos los años y los casos que se presentan en Bolivia cada vez son más espantosos. Pensemos en los niños que fueron ahogados por sus propios padres en Sucre, hace unos días. Parece ser que la situación se agravó en el tiempo de pandemia, cuando la educación se realiza desde casa.

Esto puede llevarnos a una amplia reflexión, empezando por la necesidad de mejores políticas de protección a este grupo etario; o por otra parte, la premura de castigos más duros a los victimarios. Sin embargo, creo que como sociedad y ciudadanos de a pie tenemos que ir a un nivel más profundo de meditación. Por ejemplo, preguntarnos: ¿cuáles son las características de la educación que damos a niños y niñas?

¿Por qué hablo de la educación? Pienso que venimos reproduciendo un modelo “adultocentrista” en nuestro estilo de vida. Lo que hacemos y todo lo importante se centra en los adultos; por tanto son ellos quienes detentan el poder sobre los demás, en este caso los menores. Al tener esta potestad, creen poseer vía libre de cometer cualquier abuso. Ven eso como algo natural, ya que cuando fueron niños es probable que hayan sufrido la misma violencia, y ahora al ser mayores es como si hubieran ascendido de rango, teniendo el derecho de abusar de los pequeños.

Me parece también que los victimarios son personas que no aprendieron a gestionar sus emociones ni sentimientos; que se caracterizan por un comportamiento impulsivo. Así mismo, la falta de comunicación e interacción con los menores, mezcladas muchas veces con el alcohol y otras enfermedades, son las que llevan a que se ejerza violencia contra los infantes. Otro aspecto que demuestra lo “adultocentrista” de la sociedad es que no se cree a un niño o niña al informar sobre un abuso. Sólo cuando estos traen consecuencias físicas se hace una denuncia. Finalmente, lo alarmante es que las vejaciones se den en el ámbito familiar, lo que se traduce en que uno de los lugares más peligrosos es el propio hogar.

¿A qué se debe esto? ¿Por qué los que tendrían que proteger, cuidar y dar amor llegan a hacer tanto daño? No soy una especialista ni una científica para responder estas preguntas desde la ciencia; sin embargo quiero compartir con ustedes lo que yo pienso. Lamentablemente muchos conceptos son enseñados, aprendidos y vividos de forma errada en nuestras familias, por ejemplo los del amor, la pertenencia y la sexualidad.

El amor no es un valor que se lo enseñe de manera sana, ya que como lo hemos desdibujado en chistes y otros, todavía muchas mujeres entienden que la violencia es una manera de demostrarlo, por eso es tan común escuchar “me pega porque me quiere” y eso es lo que estamos transmitiendo a los pequeños. De la misma forma la pertenencia. ¿El ser amado nos pertenece? Pienso que muchos responderían “sí”; por lo tanto, se puede hacer cualquier cosa con esa persona porque es de nuestra propiedad. Finalmente, la sexualidad. Existen tantas instancias públicas y privadas preocupadas por una educación de este tipo que se centra solo en el uso de preservativos para evitar embarazos no deseados. Cuando los problemas dentro de los hogares van mucho más allá, pues los adultos sienten que pueden ejercer su dominio sobre los infantes a través de su sexualidad. Por lo que en realidad se necesitaría una educación sexual enlazada con la gestión de emociones para así controlar impulsos y darse cuenta de que no los hace fuertes lastimar a los débiles.

En conclusión, pienso que el tema de violencia en contra de los niños y niñas tiene aristas de las cuales no se está hablando, por lo que es más difícil encontrar soluciones estructurales de fondo, y de prevención. Insisto que necesariamente pasa por la educación a todo nivel. Cada uno de nosotros puede contribuir a aquello, informándonos, deteniéndonos a pensar y analizar qué estamos enseñando a nuestros hijos y qué están aprendiendo, ellos dentro y fuera de los hogares. En especial concentrarnos en transmitir que el amor, por sobre todas las cosas, nunca causa daño ni es sinónimo de dolor.

Fuente e imagen: http://blogs.e-consulta.com

Comparte este contenido:

Colombia: Colegio de Piedecuesta, el primero en el nororiente colombiano en recibir la certificación ISO 21001

Colegio de Piedecuesta, el primero en el nororiente colombiano en recibir la certificación ISO 21001

El Colegio de La Presentación de Piedecuesta logro la recertificación en la norma ISO 9001 y el otorgamiento de la norma ISO 21001, siendo el primer colegio en el nororiente colombiano en recibir la certificación de esta normativa, específica para instituciones educativas de alta calidad.

El pasado jueves 10 de junio, la institución celebró un paso más al servicio de la educación, siendo los únicos en certificarse con la norma ISO 21001, otorgada por el Instituto Colombiano de Normas Técnicas y Certificación, Icontec.

Este avance se enfoca en el desempeño y desarrollo del estudiante como uno de los principales actores de las instituciones educativas, lo que resalta que la educación debe contener indicadores de alta calidad.

Entre estos indicadores se destacan el currículo pertinente al contexto, la consistencia en la propuesta pedagógica, el impacto en los procesos de inclusión, la ética en las relaciones, los procesos de bioseguridad, el mejoramiento de la infraestructura y los ambientes virtuales de aprendizaje; también el monitoreo de índices de deserción y promoción, la empleabilidad de egresados, los avances en investigación y la responsabilidad social en las acciones.

¿Cómo se logró la certificación?

La hermana Yanira Carrillo Figueroa rectora de la institución, le contó a Vanguardia que el proceso inició en el 2017 cuando el colegio tomó la decisión de certificarse con la norma ISO 9001, que es de carácter netamente empresarial, esta tiene como requisito renovarse cada 3 años y debido a la emergencia sanitaria ocasionada por el Covid-19, esta renovación se aplazó para marzo del año 2021.

Debido a la cercanía y el conocimiento con los procesos de certificación conocieron la existencia de la norma ISO 21001, y como gestores en la educación, en ella vieron la respuesta a sus inquietudes acerca de la mejoría del proceso de desarrollo de los estudiantes.

La hermana asumió la rectoría el año pasado y junto a un equipo de calidad lograron «comprender la naturaleza de esta norma y asumir el reto de mejorar sus procesos para alcanzar la certificación». De esta manera, le solicitaron Icontec realizar las auditorías externas y los estudios reglamentarios obligatorios.

En este momento el plantel educativo cuenta con 895 estudiantes matriculados, que se verían totalmente beneficiados por esta certificación, que como la hermana rectora resaltó “no solo es una certificación, es un proyecto de vida, de cotidianidad y mejoras permanentes en calidad. Es un compromiso no solo por motivar a otros, también es un proyecto de sostenibilidad y mejoría constante con todos”.

El colegio se proyecta con un objetivo fundamental que se basa en dignificar a los seres humanos acorde a las normas legales y coherentes bajo la responsabilidad social, desarrollar el servicio educativo, la participación de padres y continuar con el diseño educativo en acción y pedagogía estudiantil.

“La calidad es una condición de vida, nos lleva a mejorar relaciones y conectar con el momento en el que vivimos. Los colegios que nos visibilizamos con los entes calificadores, estamos haciendo un llamado para lograr relaciones armoniosas y de valor, el respeto y la diferencia deben ser motivos para lograr objetivos comunes” lo expresó la hermana Yanira para definir lo aprendido durante esta experiencia.

Fuente de la Información: https://www.vanguardia.com/area-metropolitana/piedecuesta/colegio-de-piedecuesta-el-primero-en-el-nororiente-colombiano-en-recibir-la-certificacion-iso-21001-EA3893125

Comparte este contenido:
Page 294 of 3040
1 292 293 294 295 296 3.040