Brasil: FASUBRA participa de audiência pública para debater Autonomia Universitária e liberdade de Cátedra

América do Sul/Brasil/16-04-2021/Autor e Fonte: fasubra.org.br

Entidades da Educação e do movimento estudantil, entre elas a FASUBRA Sindical, participaram de audiência pública da Comissão de Educação da Câmara dos Deputados, na última segunda-feira (05), para discutir Autonomia universitária e liberdade de cátedra. A proposta é dos deputados Sâmia Bomfim (Psol-SP), Glauber Braga (Psol-RJ) e Ivan Valente (Psol-SP), com o apoio do deputado Reginaldo Lopes (PT-MG).

Na ocasião foi debatido sobre o princípio da “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, inscrito no artigo 207 da Constituição Federal e reiterado na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB), que estaria sendo desrespeitada pelo atual governo federal. Citaram como exemplos a nomeação de reitores não incluídos nas listas tríplices formadas pelas universidades; a interferência na participação de servidores em congressos acadêmicos e medidas de cerceamento da liberdade de expressão nas instituições de ensino.

O coordenador-geral da FASUBRA Sindical Antônio Alves Neto (Toninho) foi um dos convidados e destacou a solidariedade da FASUBRA Sindical para com todos os familiares e todas as vidas ceifadas em decorrência do vírus Covid-19. Toninho lembrou também sobre o descaso do governo Bolsonaro diante de toda a tragédia a qual o povo brasileiro vem sendo submetido.

Toninho criticou a apresentação realizada pelo representante do Ministério da Educação (MEC). Para ele, a fala não condiz com a realidade vivida pela comunidade acadêmica atualmente, um modelo de Universidade distinta da realidade do País e a que o presidente da República Bolsonaro defende. “Esses dados apresentados das Universidades não condiz, inclusive com os cortes em 2021 denunciados pelo setor Docente das Universidades” frisou ele.

A Universidade Brasileira não é de hoje que vem sendo atacada. “Na questão da autonomia e liberdade de cátedra, um processo histórico que nós vivemos, desde o período da ditadura militar até o período da abertura democrática do País. Os processos atravessados e agora caminhando para uma Universidade operacional, organização social e deixando de ser uma instituição pública, social, voltada para as questões das crises sociais do País”, concluiu Toninho.

Estavam presentes no debate: Wagner Vilas Boas de Souza, secretário de Educação Superior do Ministério da Educação (MEC); Rivânia Lúcia Moura de Assis, presidente do Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes/SN); Christian Vincenzi, presidente do Diretório Central dos Estudantes do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (Cefet/RJ); Ana Paula Santos, coordenadora-geral do Diretório Central de Estudantes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS); José Geraldo de Sousa Júnior, professor e ex-reitor da Universidade de Brasília (UnB).

A audiência atendeu a requerimento nº 14/21 de autoria da deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP), subscrito pelo deputado Reginaldo Lopes (PT-MG). No encerramento, Toninho reafirmou que o MEC tem que escutar as entidades, mas em momento algum se mostrou aberto ao diálogo. Ele disse que a FASUBRA quer debater, porém a FASUBRA em nenhum momento foi recebida por esse Governo e, mais uma vez, cobrou a reunião de negociação com o MEC. O coordenador-geral concluiu dizendo que a FASUBRA oficializou o desejo de se fazer uma reunião com o MEC e o novo ministro da Educação, Milton Ribeiro, para discutir questões relacionadas à Autonomia Universitária e as intervenções nas Universidades pelo presidente da República.

Assista a audiência na íntegra.

Estagiária sob supervisão.

Com informações da Agência Câmara.

Fuente e Imagen: https://fasubra.org.br/noticias/fasubra-participa-de-audiencia-publica-para-debater-autonomia-universitaria-e-liberdade-de-catedra/

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Brasil: Ministro da Educação quer empurrar estudantes e trabalhadores para a morte

América do Sul/Brasil/Autor e Fonte: sinasefe.org.br

Desde que assumiu o Ministério da Educação, Milton Ribeiro se limitou a desmontar o palco em que Weintraub se exibia, mas o circo continua o mesmo.

Sob sua gestão, foi realizado o pior Enem da história do país, com mais de 55% de evasão.

Agora, sem vacina e sem imunização de estudantes, professores, técnicos e terceirizados, ele quer retomar as aulas presenciais nas Instituições Federais de Ensino a partir de 1º de março, sem nenhum protocolo claro de segurança e pondo em risco milhões de vidas.

Não podemos permitir esse absurdo! Aula presencial só com vacina para todos!

Fonte e imagem: https://sinasefe.org.br/site/ministro-da-educacao-quer-empurrar-estudantes-e-trabalhadores-para-a-morte/

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Brasil: Ato defende autonomia e democracia nas instituições federais de ensino

América do Sul/Brasil/11-12-2020/Autor e Fonte: sinasefe.org.br

Fortalecendo a luta em defesa da autonomia e democracia na Educação, o SINASEFE realizou nesta terça-feira (08/12), juntamente com entidades coirmãs, um ato nacional online. Com transmissão ao vivo, a atividade aconteceu em Brasília-DF, na sede da AdUnB, e contou com a participação de estudantes, parlamentares, lideranças políticas nacionais, sindicalistas e de 16 reitores/diretores gerais eleitos e não empossados em Universidades, Institutos Federais e Cefets. O grupo lançou recentemente uma Carta Aberta, afirmando que “a democracia deve prevalecer” e questionando as nomeações nas IFEs que desrespeitaram os vencedores das eleições.

Vídeos do Ato
A transmissão do ato se deu em duas etapas, por motivos técnicos. Acompanhe abaixo o material na íntegra:

 

 

 

 

Participação do SINASEFE
O SINASEFE esteve representado no espaço físico da transmissão da atividade pelo coordenador geral David Lobão, pelo diretor Diego Simões e pela diretora Fernanda Rosá. David Lobão se posicionou durante a atividade, assista aqui a intervenção do dirigente.

 

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Portugal: Desenvolvimento de competências sociais é fundamental para responder aos desafios do século XXI

Portugal / 22 de noviembre de 2017 / Fuente: https://www.portugal.gov.pt/

O volume V do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Programme for International Student Assessment – PISA), hoje divulgado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), sublinha que as políticas educativas devem dar prioridade ao desenvolvimento das competências sociais dos alunos, para que estes respondam melhor aos desafios do mundo atual.

Este relatório – que avalia internacionalmente o nível educacional de jovens de 15 anos por meio de provas de Leitura, Matemática e Ciências – apresenta um conjunto de dados referentes a 2015 em que conclui que as competências sociais são, a par das capacidades académicos, ferramentas centrais para o futuro das crianças e jovens.

Pela primeira vez, o PISA avaliou a Resolução Colaborativa de Problemas (RCP), ou seja, a capacidade de uma pessoa se envolver com outra(s) para tentar resolver um problema, uma vez que a OCDE considera que esta é uma competência crítica nos contextos de educação e de trabalho.

Caso português

Portugal, com uma pontuação de 498 pontos, integra um grupo de oito países cujos resultados não diferem significativamente da média da OCDE (500 pontos). Embora os alunos portugueses revelem dos índices mais elevados sobre o trabalho de equipa, os seus desempenhos na Resolução Colaborativa de Problemas são inferiores aos registados em Leitura, Matemática e Ciências.

Para o desenvolvimento de competências sociais, o relatório destaca a valorização do trabalho em equipa, focando a importância das escolas promoverem de forma sistemática:

 – Atividades de comunicação, exposição e argumentação;

– Realização de trabalho prático e experimental;

– Prática de atividade física regular;

– Equipas de trabalho diversas e multiculturais.

As conclusões do relatório validam a aposta do Governo nas políticas educativas em curso:

 – A necessidade de um Perfil do Aluno que valoriza a resolução de problemas, a autonomia e o relacionamento interpessoal como áreas a desenvolver;

– O investimento na Educação para a Cidadania;

– O envolvimento dos alunos fomentando a sua participação democrática, patente em medidas como a Voz dos Alunos ou o Orçamento Participativo das Escolas;

– O reforço do papel da escola fundamental junto das populações mais vulneráveis;

– A aposta na autonomia e flexibilidade enquanto oportunidade para implementação de metodologias de trabalho de projeto e de trabalho colaborativo entre alunos e entre os professores.

Fuente noticia: https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/comunicacao/noticia?i=desenvolvimento-de-competencias-sociais-e-fundamental-para-responder-aos-desafios-do-seculo-xxi

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