América del sur/Chile/18 Julio 2019/Fuente: Telesur tv
El Colegio de Profesores de Chile hizo un llamado al gremio docente de esa nación suramericana a que se mantenga en paro de actividades por séptima semana consecutiva, en reclamo por reivindicaciones salariales y mejoras laborales para los profesionales de la educación chilena.
Asimismo, el presidente del Magisterio de la Educación de Chile, Mario Aguilar, informó que el venidero miércoles, 17 de julio, se llevará a cabo una asamblea a nivel nacional para determinar las venideras acciones que tomarán para exigir sus derechos como educadores.
Aguilar aclaró que pese al arribo de la época vacacional en el territorio chileno, se mantendrán en cese de actividades, y que además organizarán actividades de calle que apoyen sus reclamos.
Luis Mesina@LuisMesina1
Muy Bien @AguilarMario el tema central es salir más fortalecidos de este movimiento, los que juegan al agotamiento son enemigos de la educación.
Lo que importa es cómo se avanza a restituir al profesorado la dignidad que se merece.#ENACIONAL@ColegioProfes
“Estando en vacaciones todo el país, como es lo que pasa técnicamente ahora, evidentemente cambia un poco el carácter de la movilización (…) En la asamblea nacional evidentemente tenemos que revisar los cursos de acción, en base a eso también tomar decisiones sobre el plan de acción que viene”, dijo.
La determinación de continuar con el paro docente viene luego que este gremio rechazara la propuesta que ofreciera el Ministerio de Educación de Chile, que no satisfizo los requerimientos del sector educativo.
Por otra parte, la titular del Ministerio de Educación, Marcela Cubillos, no ha presentado comunicación formal alguna desde su despacho, lo que acrecienta la intención de los docentes chilenos de mantenerse en huelga indefinida, hasta tanto sean escuchados.
América del sur/Brasil/18 Julio 2019/Fuente: El país
As comunidades da região amazônica do Brasil enfrentam desafios devido às atividades industriais agressivas, hoje incentivadas pelo novo Governo de Bolsonaro. Esta série apresenta cinco jovens líderes que defendem a floresta. Neste capítulo: Ednei, representante de 45 aldeias de 13 povos indígenas
Um velho motor de barco (um Yanmar diesel de dois cilindros feito no Brasil) instalado em um chassi de caminhão, algumas chapas de aço, colocadas como uma cabine e uma caixa traseira sólida de madeira boa, compõem um veículo de aparência precária, mas poderoso em toda a sua simplicidade.
Utilizando-a há pouco mais de um ano, as 3 aldeias indígenas Borarí e Arapiun da Terra Indígena Maró (TI Maró) podem cobrir todo o perímetro de seu território em poucos dias. Isso é algo que a pé, como foi feito desde o início, leva muito mais tempo, cerca de duas longas semanas.
O grupo indígena Borarí chegou a esse território remoto, povoado há séculos pelos Arapiun, há relativamente pouco tempo. Eles fugiram da pobreza de Alter do Chão, terra predominantemente Borarí, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Santarém, hoje a capital do Baixo Tapajós, no Pará. Eles subiram todo o rio Arapiuns até a sua nascente, e de lá eles entraram no pequeno rio Maró, que é o que dá nome ao território.
O grupo é modesto, composto por cerca de 300 pessoas espalhadas pelas três aldeias: Novo Lugar, Cachoeira do Maró e São José III. Mas o território é relativamente grande: abrange cerca de 42.000 hectares de floresta primária, isto é, floresta amazônica intacta, que nunca foi derrubada.
Povos indígenas dos grupos étnicos borari e arapiun durante a inspeção mensal do território na prevenção da presença de madeireiros ilegais.Pablo Albarenga
Para um observador inexperiente, a floresta inteira parece igual, mas há uma diferença fundamental entre essa floresta virgem e aquela que já foi explorada. Em uma primeira fase de exploração madeireira, são derrubadas as árvores que contêm as madeiras tropicais mais valiosas, que são cotadas nos mercados internacionais.
Uma segunda fase consiste em explorar a madeira restante, e uma terceira e última, na eliminação total da vegetação, geralmente para fins de agricultura industrial ou pecuária extensiva. Embora ao longo do tempo a floresta possa recuperar o espaço destruído, a biodiversidade original é extinta para sempre.
No Brasil, o avanço devastador do desmatamento ilegal parece irrefreável. Mas comunidades como as do Maró são aquelas que ainda oferecem resistência, e sua presença tem sido uma garantia de conservação, mesmo com dificuldades e mobilizações diante da agressão. Mas a chegada de Bolsonaro ao poder em janeiro deste ano já está mudando as coisas muito rapidamente.
Diante dessa nova realidade, eles precisam se preparar para enfrentar uma ameaça ainda maior: aqueles que se sentem protegidos pelas palavras agressivas do presidente contra os indígenas e contra a Amazônia. Muitos de seus seguidores acreditam que podem finalmente fazer o que querem, levando à letra o fato de Bolsonaro considerar os índios um «obstáculo à agroindústria e ao desenvolvimento”.
Bolsonaro foi eleito com um discurso racista, atacando minorias, negros e indígenas, dizendo que eles devem ser «integrados» a um uniforme distópico e ao Brasil «produtivo» que ele imagina. Essa ideia de preservar territórios indígenas, derivar suas terras e respeitar seus direitos, acabou, apesar de estarem incluídos na constituição brasileira de 1988.
No pacote, Bolsonaro também inclui ambientalistas e ativistas dos direitos humanos e dos direitos civis. Em seu famoso discurso eleitoral gravado em um pretenso vídeo caseiro, do quintal da sua casa, ele deixou claro suas intenções: «ou eles vão embora ou vão para a cadeia».
Até que ponto algumas pessoas se sentem protegidas pelo discurso de Bolsonaro e agem por conta própria, pudemos presenciar durante nossa viagem ao interior do território indígena Maró. Pilotado por Dadá Borarí, o segundo-cacique depois do seu tio-avô, que é o primeiro-cacique do território, o veículo improvisado nos levou pela estrada que marca o perímetro do território indígena, rota cheia de obstáculos e perigos que, no entanto, os vigilantes enfrentam com entusiasmo e determinação.
Há alguns anos, desde que as incursões dos madeireiros se tornaram mais agressivas, e seguindo uma recomendação da FUNAI, um grupo de homens eleitos pelas aldeias viraram vigilantes do território e percorrem seu perímetro regularmente, em jornadas que geralmente duram cerca de dez dias.
Esses homens experientes, que conhecem a floresta desde pequenos, centímetro a centímetro, incluem há pouco tempo Ednei, um jovem Arapiun de Cachoeira do Maró, a aldeia vizinha de Novo Lugar, que também foi recentemente eleito como coordenador do Conselho Indígena Tapajós-Arapiuns (CITA), representante legítimo de 45 aldeias de 13 povos indígenas diferentes, pertencentes aos povos indígenas do Baixo Tapajós, Rio Arapiuns, Rio Maró e Planalto Santareno.
Ednei, com apenas vinte anos, é uma pessoa de poucas palavras, mas mostra grande determinação. Ele entende bem o papel atribuído a ele e está disposto a continuar com toda a coragem de sua juventude.
A incorporação de jovens ao grupo de vigilantes é fundamental para a continuidade de sua missão ao longo do tempo. É essencial que eles adquiram o conhecimento e experiência necessários para a defesa de um território submetido à pressão de um ambiente hostil e ganancioso, que busca extrair suas muitas riquezas.
A pressão, acima de tudo, vem das madeireiras que operam na região e de alguns caçadores furtivos que vêm para roubar madeira ou caçar a rica diversidade de animais que fazem parte da subsistência das aldeias. Estes últimos são, muitas vezes, moradores de terras vizinhas que venderam suas florestas e que agora, empobrecidos, não têm outra opção a não ser tentar obter alimentos na Terra Indígena Maró, ainda intacta.
As rodovias de vigilância são longas e as condições na floresta difíceis, mas as crenças desses nativos fornecem a sabedoria e a coragem para garantir o sucesso de suas expedições. A Terra Indígena Maró, conta Dada, além de sustentar, abriga lugares sagrados, igarapés que alimentam o rio Maró, ervas e plantas medicinais e, acima de tudo, vive a Curupira.
Um caminhão de grande tonelagem transporta madeira por uma trilha na fronteira com a Terra Indígena Maró.Pablo Albarenga
Por essas terras, a entidade protetora das matas adquire um sentido muito mais profundo, e enigmático. Como entidade sagrada, a Curupira tem poderes mágicos que determinam o que acontece àqueles que entram na floresta. A missão que se propuseram esses indígenas é a de respeitar e proteger a terra, e, dessa forma, respeitar e proteger a si mesmos.
Aprender a defender o território é um dos desafios importantes do jovem Ednei, que também cursa o primeiro ano de Ciências Atmosféricas na Universidade de Santarém, a metrópole que fica a meio dia de barco da aldeia.
Comandado por Dada, junto com Ednei e o grupo de vigilantes da TI Maró, entramos na mata para uma viagem de reconhecimento. No caminho, eles mostram restos de madeira roubada, 26 grandes e valiosos troncos já enumerados que uma madeireira não pôde terminar de remover: é um triste cemitério de árvores derrubadas antes que o território conseguisse avançar na demarcação como terra indígena e ser protegido por lei.
Essa madeira abandonada, que lentamente se decompõe para servir como nutriente para a mesma terra em que cresceu, é o trágico testemunho de uma depredação real e muito próxima. A passagem de um caminhão de grande tonelagem transportando troncos majestosos pela faixa fronteiriça com o território, que provavelmente leva o seu tesouro abatido aos mercados internacionais, nos recorda que a ameaça não é virtual.
Os povos indígenas do Maró têm grande interesse em denunciar um descampado onde uma antiga madeireira abandonou máquinas sem uso e outros detritos de sua atividade predatória no território. Mas para eles significa uma ferida, um traço execrável que eles exigem apagar, e parece que a sua concepção sagrada da floresta dá ao depósito o caráter de uma profanação.
O conflito adquire uma dimensão explícita quando a disputa territorial se materializa na propriedade imobiliária. É o caso de uma casa que pertenceu a um madeireiro, mas como o território começou a ser demarcado e a construção foi incluída no território indígena, ela por lei passou a pertencer aos indígenas do Maró.
Mas o antigo proprietário insistiu em mostrar seu poder contratando caseiros para habitar a casa e confrontar os índios, que desejam dar a essa propriedade um uso comunitário.
Integrantes do grupo de vigilantes do Território Indígena Maró.Pablo Albarenga
Desde que o processo de demarcação foi retomado, em 2016, a casa permaneceu desabitada. Mas, recentemente, pichações ameaçadoras começaram a aparecer em uma parede lateral: «Índio ladrão», lia uma, «vá para o inferno». “Bonsonaro”, dizia outro, com erro de ortografia incluído. O apelo a Bolsonaro já significava uma premonição de algo pior, um mau presságio.
Mas a surpresa desta vez foi que, quando chegamos, encontramos a casa fechada, vigiada por dois cães. Quando o grupo conseguiu abrir a porta trancada e finalmente entrar na casa, encontrou comida fresca e sinais óbvios de que a casa estava novamente invadida. O suposto dono havia retornado à sua política de confronto.
Ajudados por uma equipe de jovens ativistas indígenas que acompanharam a expedição, e liderados por Ednei, também membro desse grupo, eles decidiram pintar em dois cartazes uma mensagem muito clara. «Aqui é terra indígena», disse o primeiro. «MARÓ», em maiúsculas, o segundo.
Eles dedicaram tempo para pintar os cartazes. Decoraram com grafismos indígenas, mostrando sua disposição em reafirmar a posse do território e tudo o que ele contém. E fazê-lo com dignidade e orgulho. Ednei se esmerou pessoalmente até o último detalhe, cuidando da combinação de vermelho e azul nas bordas geométricas, um sinal de identidade indígena.
No exato momento em que posaram para a foto, mostrando com satisfação e orgulho as duas faixas coloridas antes de finalmente pendurá-las, uma índia de aparência muito humilde apareceu na estrada, carregando na cabeça um macaco e acompanhada de um porquinho, que parecia ter escapado da fazenda de George Orwell.
Depois de um momento de perplexidade geral, Dada se dirigiu a ela, com uma mistura de autoridade e solenidade que explica o seu status de cacique. Dada explicou que a ação de protesto não era contra ela, mas contra quem a enviou para ocupar a casa.
Pediu que ela notificasse os encarregados, que ele queria falar com o madeireiro, e que o encontraria na sexta-feira seguinte para lhe dizer pessoalmente que não tem direito a essa propriedade que está construída em terra Maró e que não pretende ceder aos atos de intimidação. Após a conversa, a jovem pôde entrar novamente, acompanhada pelo macaco e pelo porquinho.
Eles então colocaram as faixas na frente da casa. Ao dar a última martelada no último prego que os afixava, Dada demonstrou a ferocidade e a determinação de quem sabe que enfrenta uma ameaça real, agora protegida por aquele Bonsonaro que o madeireiro evoca como garantia de impunidade.
Essa comunidade de não mais de trezentos indígenas, que defende seu território contra o poder potencialmente avassalador de qualquer indústria madeireira ou extrativa que seja suficientemente fortalecida pelo bolsonarismo que congelou os processos de demarcação, representa a enorme vulnerabilidade desses pedaços de floresta virgem.
Já de volta ao acampamento onde passamos a noite anterior, Ednei permanece de pé na caixa do veículo, segurando sob intensa chuva tropical sua carabina de caça, incorporando uma nova geração de afirmação e resistência. Pertence a uma geração que, tendo assumido orgulhosamente os valores de seus pais e avós, está preparada para enfrentar os desafios de um futuro ameaçado por todos os lados.
Herdeiros de uma luta de gerações, aprendem a defender esses pequenos territórios da enorme e devastadora destruição da mata. E eles sabem que sua luta também contribui para a defesa de uma causa mais global, a defesa do pulmão e da biodiversidade do planeta, a luta contra a mudança climática, embora Trump, Bolsonaro e muitos outros agora neguem que o fenômeno realmente exista.
Essa nova geração, já educada em autoafirmação, começa a usar as ferramentas do ativismo para lutar por seus direitos, com a eficiência necessária para resistir ao desafio que está por vir.
Desafiando a noite na mata virgem, sob um céu brilhante de estrelas que não conhecem a poluição luminosa, o veículo nos leva de volta à vila, onde chegamos bem a tempo de embarcar em uma barcaça velha que nos levará de volta.
Ednei e seu povo conhecem, junto com tantas outras comunidades indígenas brasileiras sobreviventes de genocídios devastadores, que o simples fato de existir é resistir.
De gente como eles, dependem muitas coisas, para que nós façamos vista grossa.
Imagen tomada de: https://ep01.epimg.net/elpais/imagenes/2019/06/06/planeta_futuro/1559816628_912175_1559819532_sumario_normal_recorte1.jpg
Entrevista/América del sur/Colombia/18 Julio 2019/Autor y fuente: Semana
Marcela Bautista es socióloga e investigadora experta en temas de educación rural integral. Bautista participará en la Cumbre Líderes por la Educación el próximo 18 y 19 de septiembre. Semana Educación habló con ella sobre los retos que enfrenta la educación en el campo colombiano.
Marcela Bautista: Colombia tiene unas brechas importantes en términos educativos. Los entornos rurales y urbanos se diferencian de una manera significativa en el sentido de garantizar los aprendizajes que requieren los niños en las poblaciones. Estas brechas principalmente se reflejan en el acceso a la educación. Esto quiere decir que los niños en las ciudades y en las cabeceras municipales tienen mayores oportunidades de educación que los niños en los entornos rurales.
Por otro lado, si miramos el número de años de escolarización de las poblaciones, las urbanas cuentan con 9,6 años en promedio, mientras que los entornos rurales tienen 6 años en promedio. En cuanto al nivel de aprendizaje, es decir, cómo están sus resultados en las pruebas estandarizadas, vemos que los menores desempeños están en las zonas rurales. Y en educación superior, solo el 20% de las poblaciones que están en la ruralidad acceden a educación superior, comparado con el 50 o 60% que están reportando las grandes ciudades.
S.E.: ¿Qué es lo más urgente para resolver esta situación?
M.B.: Esto requiere una serie de acciones integrales y por eso hablamos de Educación Rural Integral, para garantizar que los niños aprendan en contexto y lo que necesitan para el mundo de hoy, no solo para su territorio, porque claramente deben mejorar las condiciones de su territorio, pero también con miras a un mundo que está globalizado.
Eso requiere una serie de reformas. El país tiene un recorrido importante en hacer reformas y procesos de mejoramiento de la calidad de la educación en los entornos rurales, que pasa por la infraestructura, la alimentación, las dotaciones, las aulas, los libros. Pero el principal reto de la educación rural es mejorar y fortalecer el desarrollo profesional de los maestros rurales.
S.E.: ¿Es necesario generar incentivos para que los maestros quieran estar en la ruralidad?
Hay entornos rurales dispersos donde la infraestructura no es suficiente para garantizar todos los niveles educativos de los estudiantes.
M.B.: Es necesario incentivos para que maestros formados vayan a la ruralidad, pero especialmente para que los que estén se queden y se formen. El 35% de los maestros oficiales del país están en la ruralidad. Hay que lograr que esos 112 mil maestros se quieran quedar, pero además que se queden en buenas condiciones en términos de calidad de vida. Y que se les garanticen procesos de formación continua para que ellos puedan mejorar los procesos de aula.
S.E.: ¿Cuál es esa relación entre la baja escolaridad en la ruralidad y los altos índices de pobreza en estas áreas?
M.B.: La explicación es estructural. En muchas zonas rurales del país la pobreza se refleja en el bajo nivel de acceso a servicios básicos como agua, energía, conectividad, y en la escasez de bienes de la canasta como alimentos o ropa. O, por ejemplo, en que no hay garantía de una infraestructura vial que les permita a los ciudadanos movilizar sus productos o transportar los insumos para sus negocios.
La ruralidad en Colombia tiene el doble de población pobre que los entornos urbanos. Esto se relaciona con la precariedad en las instituciones educativas. Hay entornos rurales dispersos donde la infraestructura no es suficiente para garantizar todos los niveles educativos de los estudiantes. Por ejemplo, cuando los muchachos llegan al grado noveno no cuentan con infraestructura, con aulas, con docentes, con oferta, para transitar a grado décimo y terminar el bachillerato. Tienen que trasladarse a otros municipios, entonces requieren transporte, alimentación, y el sistema educativo no logra satisfacer al 100% las necesidades de esos estudiantes.
S.E.: ¿Qué países deberían ser ejemplo para Colombia en educación rural?
M.B.: Hay que tener presente que no hay una fórmula perfecta. La ruralidad es continua, con muchos grados de ruralidad y muy diversa. Todas las políticas educativas que hagamos tienen que ser desde una perspectiva territorial. Es decir, son los territorios, con el acompañamiento de los maestros, los estudiantes, los padres de familias, las secretarías de educación, quienes tienen que desarrollar las políticas educativas para los territorios.
Está muy bien hacer unos lineamientos generales desde el nivel nacional, pero nosotros abogamos por fortalecer los procesos de descentralización. Pensar una educación desde la ruralidad para la ruralidad. Perú, Chile y Canadá podrían ser referentes en ese proceso.
S.E.: ¿Cómo lograr a través de la educación que la sociedad decida realizar su proyecto de vida en el campo y no necesite migrar a las ciudades?
M.B.: La migración empieza cuando los niños inician la juventud y pueden tomar decisiones. Los jóvenes son actores racionales y evalúan las oportunidades que tienen en su territorio. Si al finalizar el grado noveno, ven que la educación media no les garantiza un valor agregado para sus trayectorias de vida, desertan o migran a las ciudades. Eso quiere decir que el sistema educativo debe garantizar oportunidades educativas para ellos, en el sentido de fortalecer esas competencias básicas para que puedan entender el mundo, pero además para que puedan insertarse a otros niveles de escolaridad, ya sea educación superior o formación para el trabajo. Esto va acompañado de las opciones de empleabilidad que pueden tener allí.
S.E.: En la reforma rural integral que contempla el Acuerdo de Paz se incluía un espacio para la educación rural, ¿en qué va esto?
M.B.: El Ministerio empezó a hacer una serie de acciones de cumplimiento que vincularon a las organizaciones de la sociedad civil. Para eso, se hizo una propuesta de Educación Rural Integral, que define los objetivos y los principales retos que tiene la educación rural. Cuando llega el nuevo Gobierno, empieza a revisarla y en este momento el Ministerio está formulando una nueva política de educación rural. Hay un elemento en el que se ha avanzado y es el concurso público para docentes en zonas PDET.
S.E.: ¿Ha sido conveniente que con el cambio de Gobierno se haya parado por un año la implementación de esa propuesta de Educación Rural Integral?
M.B.: Lo mejor hubiera sido tomar ese documento y partir de él. En este momento ya habríamos tenido acciones más concretas de mejoramiento de la ruralidad. Pero el Ministerio y el Gobierno, en general, se tomaron mucho tiempo en aceptar ese avance que ya se tenía y en reconocer lo que se había hecho desde los territorios. Empezar de cero no era la solución.
S.E.: Si Colombia está llamada a ser la despensa del mundo, ¿cuál es el papel de la educación en ese proceso?
M.B.: El papel de la educación no es formar competencias específicas y operativas para la productividad, sino generar innovaciones científicas y tecnológicas desde los territorios. La educación permitiría generar procesos de innovación productiva, muy anclados desde un desarrollo científico, que le permita a Colombia hacer cosas distintas frente al mundo. El país no puede convertirse solamente en el productor de bienes básicos de consumo, sino generar innovaciones; para esto se requieren inversiones.
S.E.: ¿Cuál es el papel de la tecnología en la educación rural?
Es muy importante, especialmente en los entornos rurales dispersos. La tecnología entendida como los dispositivos que permiten el acceso a la información y a la comunicación con el mundo, pero también entendida como la que permite generar nuevos procesos de innovación desde las instituciones educativas. Un ejemplo es la formación de los docentes rurales por medios tecnológicos. Hoy los maestros lo están haciendo. Cuando uno recorre el país se da cuenta que muchos maestros planean sus clases a través del uso de plataformas digitales, usan recursos tecnológicos en el aula y les brindan nuevas experiencias a sus estudiantes. Hoy necesitan un acompañamiento para que esa formación en tecnología sea más pertinente.
Marcela Bautista y otros expertos nacionales e internacionales sobre educación rural y distintos temas neurálgicos para el sector educativo estarán en la Cumbre Líderes por la Educación.
Esta colección de documentos históricos ofrece mapas, libros y artículos datados desde 1810 hasta 1820 sobre la historia de la Argentina.
Esta colección de recursos contiene «mapas» históricos, que son en su gran mayoría mapas políticos y «escritos», tales como cartas, documentos o cualquier papel manuscrito, mecanografiado o impreso.
Encontrarán documentos escritos originados en contextos no tradicionales sobre todo en relación con la historia argentina reciente. Se trata de textos cuyos originales no son manuscritos ni impresos en soporte papel, sino que han sido producidos y publicados en diversos formatos audiovisuales y digitales.
Estos materiales son documentos que, tradicionalmente, los historiadores han considerado y consideran como «fuentes históricas» y utilizan como una de las principales «materias primas» en el proceso de construcción del conocimiento histórico.
Si de algo somos culpables los docentes es de enseñar a dudar, dudar de los padres, de la iglesia, del partido, del Estado, de los medios de comunicación, dudar al mejor estilo cartesiano sin ser dogmáticos.
Las buenas gentes del pueblo
han escrito al ministerio
y dicen que no está claro
como piensa este maestro
dicen que lee con los niños
lo que escribió un tal Machado
que anduvo por estos vagos
antes de ser exilado.
El Maestro (fragmento)
Patxi Andion
Un cambio de gobierno no es únicamente el canje de una persona por otra, es todo un redireccionamiento de las políticas Estatales y su relacionamiento con la sociedad, es la consolidación de un proyecto de nación, que para Colombia lastimosamente no existe por la mezquindan de nuestros gobernantes. La actual campaña de desprestigio en contra de la educación pública, los maestros/as y el sindicato no es una casualidad e intentaré explicar brevemente como esta situación es algo planeado y con unos objetivos bien concretos a favor del partido de gobierno.
El día 2 de febrero el senador por el Centro Democrático Fernando Araujo publicó en Twitter el Hashtag: #FecodeNoEducaAdoctrina acompañado de una fotografía del ex candidato presidencial y líder del movimiento Colombia Humana Gustavo Petro, cuando éste participaba en un seminario de formación de FECODE, días después el Ex presidente y ahora senador Álvaro Uribe trinó en contra de la Federación por un comunicado en dónde se solicitaba respeto por la soberanía nacional colombiana, cuando estaba en pleno furor el murmullo de la llegada de tropas extranjeras, y por la no injerencia de nuestro Estado en los asuntos internos del hermano país de Venezuela.
Sumado a esto, empezaron a circular algunos videos aislados, individuales y no orientados por la Federación que mostraban efectivamente una evidente manipulación de un adulto para que los niños y niñas dijeran efectivamente lo que este quería; sin embargo, no es claro que fue un docente el adoctrinador, y si lo fuera, este estaría incurriendo en delitos que están enmarcados en el código penal, código disciplinario único y código de infancia y adolescencia.
Así pues, tanto el senador como el expresidente proponen con sus trinos una guerra mediática abierta en contra del magisterio, utilizan su poder político para adoctrinar a sus bases. Como profesor de sociales entiendo profundamente la injerencia de Colombia en la situación venezolana, a pesar que el ex presidente señale que el sindicato apoya las dictaduras nunca lo hemos escuchado referirse al caso Arabia Saudita, solo por poner un ejemplo de una monarquía autoritaria que es apoyada por los Estados Unidos, digamos que hace parte de la postura política del Centro Democrático que acomoda sus normas morales de acuerdo a sus intereses y prioridades.
Lo cierto, es que la crisis Venezolana tiene varias aristas más allá de las que le interesa al ciudadano de a pie, podríamos plantear que con el proceso de paz el Centro Democrático se quedó sin discurso, encontrando en el vecino la distracción perfecta para evadir la atención de los asuntos sustanciales de la nación hoy, como la discusión por la aprobación del PND, pero también ha resucitado la popularidad del presidente con las acciones del ELN, esta coyuntura catapultó la mala imagen de Iván Duque, tambores de guerra volvieron a sonar y muchos se alegraron porque veían como su negocio se salvaba ad portas del fin.
Ahora bien, para nadie es un secreto que tanto los estudiantes universitarios como los maestros, junto a los campesinos, indígenas y otro par de sectores en el país, son la piedra en el zapato para que este gobierno avance en sus políticas sin ningún tropiezo, ya lo demostraron los universitarios el año pasado, los maestros el antepasado y los campesinos en el 2015.
En ese orden de ideas, el partido de gobierno tiene un plan para desprestigiar estos y otros sectores sociales que históricamente han confrontado los malos gobiernos, al mejor estilo del seudo fascismo latinoamericano, tan de boga hoy, la hoja de ruta que ciegamente sigue el uribismo la traza Brasil, en el programa de su nuevo presidente, conservador, ultraderechista, ex militar, homófobo, racista y permisivo con la tortura, plantea en algunas líneas generales lo siguiente:
– Permitir armar a los ciudadanos.
– Impunidad frente al exceso de fuerza por las FF.AA.
– Campos de concentración para migrantes venezolanos.
– Escuelas sin partido.
Simultáneamente en Colombia y en extraña coincidencia con el programa de Bolsonaro se ha discutido la restricción de armas manteniendo dudosas excepciones para las “personas de bien”, el senador José Obdulio Gaviria afirmó en una entrevista en la W radio: “Yo soy amante del ESMAD, son absolutamente necesarios para controlar las manifestaciones”, a pesar de tener múltiples denuncias por violaciones a los derechos humano, según la revista Semana “entre 2002 y 2014 se registraron 448 casos de agresiones que dejaron alrededor de 3.950 víctimas y en las que presuntamente participó el ESMAD.”, sin contar las agresiones en el último paro universitario que le costó el ojo a un estudiante de música de la universidad del Cauca.
Frente al caso Venezuela, migración Colombia expone que los venezolanos en el país para este año llegaron a 1.174.743, es difícil detectar cuántos de esos seres humanos tienen conexiones familiares con ciudadanos colombianos, es decir, es necesario incluir en las cifras los colombianos repatriados o venezolanos hijos de Colombianos, para poder dimensionar hasta donde nosotros estamos recibiendo parte del desplazamiento forzado que había salido del país gracias a la guerra interna que hoy vuelve galopante a ser patrocinadora de red de informantes, por citar otro ejemplo.
El 19 de febrero el representante a la cámara Edward Rodríguez también del Centro democrático, anunció una propuesta de proyecto de ley mordaza, mal remedo del proyecto brasileño para limitar la libertad de cátedra de los docentes en el país, con propuestas que ya están tipificadas como delitos en la legislación que nombré con anterioridad, adicional a propuestas que rayan en la estupidez de coartar discusiones políticas en asignaturas no relacionadas con las ciencias sociales, acabando de tajo con lo que seguramente el honorable presentante no conoce: los proyectos de aula y la interdisciplinariedad.
Como interpretar la doble moral del Centro Democrático cuando el canciller Carlos Holmes Trujillo violando explícitamente la ley, anunció que iría a los comicios electorales del 2022 como candidato a la presidencia de la república, en sus excusas publicas hizo amparo de la libre cátedra:
“Si se considera inadecuado lo que mencioné de manera espontánea, en un ambiente académico y amparado por la libertad de cátedra (…) pido excusas por haberme dejado llevar del humor y de la espontaneidad propias de esos ambientes en los cuales me he desenvuelto durante muchos años de mi vida”, dijo Trujillo García en una declaración dada en la sede de la Cancillería” (LA FM, 2019)}
Libre cátedra sí, pero no así, sería el lema del partido de gobierno para sintetizar la intención de desprestigiar a los sectores sociales que lo confrontan.
Ahora bien, dejemos claras algunas cosas, pensar la neutralidad en las instituciones sociales es una afrenta a la inteligencia humana, ya lo había señalado Althusser en su libro “Ideología y Aparatos Ideológicos del Estado”, más aún cuando las escuelas tienen un Proyecto Educativo Institucional (PEI), que estructura el tipo de sujeto que quiere formar, el currículo, las materias, las intensidades, las temáticas, y allí está implícita la subjetividad política que se quiere construir, las formas en que el sujeto va interactuar con la comunidad para agenciarla y padecerla al tiempo.
Pero sobre todo, para desarrollar el pensamiento crítico. Ese tamiz que permite filtrar las enormes cantidades de información que se producen por segundo hoy en el mundo, ese es el papel de la escuela, y los maestros/as los encargados de brindar las herramientas para que ese filtro realmente funcione. Si de algo somos culpables los docentes es de enseñar a dudar, dudar de los padres, de la iglesia, del partido, del Estado, de los medios de comunicación, dudar al mejor estilo cartesiano sin ser dogmáticos.
Para ir concluyendo, estoy de acuerdo con que las escuelas públicas no deben ser partidistas, deben seguir siendo lo que son hasta hoy, un espacio de construcción de diversidad en todos los ámbitos y todos los niveles, tanto así que el colegio público no puede negar el derecho por razones de identidad, genero, raza, posición política, religiosa, etc., mucho menos por el aspecto físico o limitar el libre desarrollo de la personalidad, esto es permitido en la educación privada. Lo cierto es que con el discurso de la libertad y neutralidad quieren limitarla, lo que incomoda al partido de gobierno no es otra cosa que el aumento del descontento con argumentos de los jóvenes del país, ¿Qué culpa tienen de no ser conservadores?
Que los sindicatos tiene mucha cercanía con sectores de izquierda y alternativos del país, sí, lo que no quiere decir que el sindicato sea un partido, es más fueron esos sectores los que históricamente han favorecido la creación de organizaciones de trabajadores contra la explotación, de no ser por ellos trabajaríamos más de 8 horas diarias. Que esa cercanía se debe a que esos sectores convergen por ejemplo, en el aumento de los recursos para la financiación de la educación, garantías plenas para los estudiantes y dignificación de la profesión docente, ¿Qué hacemos? Si al Centro Democrático no le gusta el dialogo social, sino el ESMAD ¿Qué hacemos? Si al Centro Democrático no le gustan los comunistas, la comunidad LGTBI, la crítica, la defensa del medio ambiente y el derecho que tenemos algunos colombianos de no meternos en los asuntos de los vecinos ¿Qué hacemos? Si ser profesor es poder tener la mente abierta, no discriminar por ningún motivo, respetar la opinión del otro así no esté de acuerdo, con disentir que la única solución para nuestros problemas es el plomo, parafraseando al ciudadano que marchó hace poco contra violencia. ¿Qué hacemos?
Finalmente, parece ser que la respuesta del Centro Democrático para estas preguntas es la censura, el señalamiento y la exclusión, FECODE quieran o no reconocerlo ha sido participe de la vida pública y política de este país, con sus errores y aciertos ha contribuido a la modernización de la educación en Colombia (impulsó el movimiento pedagógico, la ley general de educación, la constituyente, etc.), es más, me atrevo a asegurar que sin FECODE no existirá educación pública, porque con la fiebre neoliberal de los fundamentalistas del mercado, en palabras de Stiglitz, todas las escuelas serian privadas y la comunidad educativa lo sabe, sabe que quien esta con sus hijos la mayor parte del día no es Uribe o José Obdulio, sino un profesor o profesora que seguro gana mucho menos que los honorables padres de la patria.
M.H.: A pesar de la difícil situación que vive Venezuela en este momento, también se da un lugar para el arte, hoy tenemos invitado en nuestros estudios a un poeta venezolano, Joel Linares Moreno, del Foro itinerante de participación popular, que nos visita en la ciudad de Buenos Aires y a partir del sábado irá a la provincia de Mendoza, como parte de un Festival internacional de poesía. ¿De qué se trata este festival de poesía?J.L.M.: El festival “Va Poesía” ya está en su séptima edición, es un festival que como su nombre lo indica, va donde otros no van. Un festival que no está destinado a las salas, sino a las realidades y a los movimientos que hacen acción y vida en los territorios de la Argentina profunda. Que es como el compañero Ricardo Rojas Ayala, que es el director, y Marta Miranda, la otra compañera dentro del tren ejecutivo del festival, han venido definiendo en cuanto a todo lo que tiene que ver con las acciones del mismo. Es un festival que se dedica a ir a las villas, en el caso concreto de Buenos Aires, a los centros de detención de menores, a los espacios de formación y alfabetización como los Paebyt, movimientos de mujeres, de personas en situación de calle. Trabaja de esa forma, está dedicado a trabajar y llevar la poesía a los espacios más pauperizados y a las poblaciones más excluidas de la Argentina.
M.H.: ¿Es posible hacer poesía en un contexto como el que vive Venezuela?
J.L.M.: Roque Dalton, el poeta salvadoreño, decía que todo artista que se precie de serlo, debe comprometerse con la construcción cultural más grande de su época. Comprometerse con ella o contra ella. En el caso concreto de este momento histórico, la revolución bolivariana y la revolución popular en general de América Latina, es la construcción cultural más grande de este tiempo histórico. Todo aquel que se precie como artista debe comprometerse con ella o contra ella.
En el caso concreto de nosotros como poetas que planteamos como proyecto de vida la revolución bolivariana, con un imaginario, con una estética y con una plataforma de la imaginación como discurso, creemos que es necesaria e imprescindible la palabra poética. La poesía camina todos los días por la calle, los poetas deben tratar de codificar esa realidad y transformarla en palabra.
Entonces, no solo es posible, son imprescindibles tanto la poesía como el arte en general en estos momentos de acoso hegemónico. De hecho, necesitamos construir una nueva hegemonía cultural y la única manera de hacerlo es que aquellos que tienen el oficio de convertir las realidades en códigos artísticos se comprometan con esos procesos.
M.H.: ¿Qué lugar ocupa la poesía en el arte popular venezolano?
J.L.M.: De hecho venimos intentando trascender la definición que separa las Bellas Artes y el Arte Popular. El arte es arte. Y el arte es cotidianeidad, es el ejercicio cotidiano de la acción humana. Intentando trascender eso, la poesía como oficio y no como esencia transversalizadora de las artes, sino como oficio, ocupa un lugar bien importante. Lo único es que por tradición los poetas venezolanos no se leen mucho afuera, tenemos una tradición muy vasta de escritores venezolanos muy interesante pero no se han leído afuera, apenas algunos grandes como Gustavo Pereira, de los que están vivos, de los que recientemente nos dejaron, Ramón Palomares, Juan Calzadilla, Rojas Guardia, Rafael Cadenas. Pero de la nueva camada, de las nuevas generaciones fuera del país no se escucha mucho.
Y es que el bloqueo impacta todas las esferas de la vida, en el caso concreto de la literatura no tenemos posibilidad en este momento de importar papel, por ejemplo, ni tinta ni repuestos para las imprentas. Hoy en día editar en Venezuela es una acción heroica.
M.H.: Pensar que años atrás iba a la Feria del libro, al stand de Venezuela y me llevaba de a diez libros que tenían un costo muy bajo.
J.L.M.: El Presidente Chávez era muchísimas cosas, una de ellas un promotor de la lectura impresionante, nosotros tuvimos una Misión que se llamó Dulcinea, en la que se entregaron en las plazas un millón de copias de El Quijote y se entregaron más de 200 bibliotecas populares donde estaban los grandes textos de la humanidad. Se entregó casi un millón de copias de Los Miserables de Víctor Hugo. Existía una política de reproducción y publicaciones muy profunda. De hecho el Plan Revolucionario de Lectura permitió la edición de un libro por día desde las editoriales nacionales.
Desde el 2015, cuando la nefasta Orden ejecutiva de Obama comenzó a generarse, la posibilidad de hacer publicaciones comenzó a espesarse. Y eso que decían, y que todavía lo mantienen los dirigentes de la oposición venezolana, que esas medidas coercitivas, unilaterales, que ellos les dicen sanciones, estaban dirigidos directamente a los jerarcas del gobierno y no a afectar al pueblo venezolano, hoy lo vemos claro, no solo afecta a la salud, a la educación, sino a todas las esferas de la vida y en el caso concreto de las artes y particularmente la literatura, las ediciones de libros se han visto limitadas completamente.
Todo el avance que se había logrado en la política nacional de la distribución masiva de libros, para un pueblo que había superado el analfabetismo con la Misión Robinson se pierde, sin embargo, la gente sigue leyendo, la gente sigue buscando libros usados, tratando de seguir de alguna manera con ese proceso de lectura, así sea produciendo ediciones cartoneras. Se sigue produciendo, la poesía sigue. Así como la vida aparece donde sea y en cualquier edificio viejo, lleno de concreto puede aparecer una flor en la pared y crece y se reproduce; así también la poesía como esencia fundamental y esencia transversalizadora de las artes, va a aparecer en cualquier lado y de la forma que sea. En ese sentido la gente también va a seguir haciendo cosas, va a seguir buscando la forma de materializarlo.
M.H.: Te pido si nos podés regalar una de tus poesías para el final.
J.L.M.: Voy a leerles un poema que está basado en el sarcasmo y es resultado del momento en que se perdió el referéndum en Bolivia, habíamos perdido las elecciones legislativas en Venezuela, se veía que se iba a perder el gobierno en Argentina. Esa serie de retrocesos de la izquierda latinoamericana, porque tenemos que entender que las revoluciones no las hacen los gobiernos, las hacen los pueblos, desde ahí tenemos que ir generando otros procesos que superen esa realidad.
Se llama “Solicitud de tu amigo secreto. O de cómo perder un proceso humanizador”
Fuente de la Información: https://www.rebelion.org/noticia.php?id=258308
“Porque no engraso los ejes
Me llaman abandona’o …
Si a mí me gusta que suenen,
¿Pa qué los quiero engrasaos ?”
(Atahualpa Yupanqui, “Los ejes de mi carreta”)
La incisiva nota de Martín Granovsky en la edición de hoy de Página/12 (https://www.pagina12.com.ar/206186-entre-el-miedo-y-nicolino) plantea serios interrogantes en torno a la campaña política en curso. Una de las afirmaciones cruciales de ese artículo señala que el gobierno movilizó a sus tres principales espadas para atacar a la oposición, con la desembozada cooperación de la oligarquía mediática (que no periodística, porque hace rato que abandonaron esa noble profesión para ser operadores políticos) y la Justicia Federal, que coordina sus ritmos con las necesidades de la campaña. La primera cuando de pura casualidad nomás da inicio a una miniserie dedicada al “Tigre Verón”, sindicalista del gremio de la carne, en feliz coincidencia con los virulentos ataques proferidos en contra de algunos dirigentes sindicales por el propio presidente y el jefe de gobierno porteño. Una simple casualidad, no hay que pensar mal. Y un Juez Federal de Comodoro Py, también por obra del azar, decide convocar a Alberto Fernández para declarar sobre el remanido Memorando de entendimiento con Irán. Y la Casa Rosada, refuerza todo este combo de mafia y corruptela preparándose agasajar a Mike Pompeo, Secretario de Estado de Donald Trump en su inminente visita a la Argentina, emitiendo un decreto por el cual se declarará a Hezbollah como “organización terrorista”. Lo absurdo de todo esto es que esa fuerza política detenta varios cargos ministeriales en el gobierno de El Líbano, país con el cual la Argentina mantiene amigables relaciones diplomáticas. Se trata de una barrabasada más de las muchas que ha cometido el actual gobierno para complacer al imperio.
El oficialismo ataca, con todo, sin escrúpulos morales de ningún tipo, y el Frente de Todos “o esquiva o repele el ataque”, como acertadamente observa Granovsky. Lo que quiero argumentar en esta nota es que por ese camino, esquivar o repeler, el FdT se instala en una postura claramente defensiva que remata en una inexorable derrota. Evitar hablar del pasado tendrá el mismo efecto, puesto que sin rememorarlo y sin denunciar la interminable sucesión de mentiras dichas por este gobierno será difícil convencer a amplios sectores del electorado, aún indecisos, que no deben reiterar el error cometido en el 2015 cuando creyeron que con la elección de Macri se derramaría sobre este país una “lluvia de inversiones” que jamás llegó; se acabaría con la pobreza que no hizo sino acrecentarse; se derogaría el impuesto a las ganancias para los trabajadores y jubilados, que se ratificó; que se mejorarían los haberes de jubilados y pensionados, cuando ocurrió exactamente lo contrario; que se crearían millones de puestos de trabajo, cuando se perdieron por centenares de miles; que se construirían tres mil jardines infantiles y terminó construyendo 109 y hay otros nebulosos 877 supuestamente en construcción; que el PAMI es una zona de desastre que ya no ofrece la protección de antaño para nuestros abuelos; que hay centenares de miles de niños sin las necesarias vacunas; que en la provincia de Buenos Aires hay escuelas que cierran por falta de calefacción, o que estallan por instalaciones defectuosas cegando la vida de docentes; que los tarifazos hacen estragos; que vivimos bajo una inflación descontrolada; que se derrumbaron los salarios reales; que fábricas y comercios pymes cierran por doquier; que caímos en un demencial endeudamiento externo y “eterno” sin ningún otro resultado que financiar la fuga de capitales de amigos y compadres del régimen; que dejado a las Islas Malvinas libradas al antojo de Londres; que tenemos una una política exterior dictada por la Casa Blanca y una política económica manejada por el FMI. Ante tantas aberraciones, y hay muchas más, ¿cómo no hablar del pasado? ¿Cómo no proyectar, día y noche, 24 x 7, los videos y registros que certifican este gigantesco engaño perpetrado por Cambiemos y sus dirigentes? ¿Cómo no recordar los dichos de Macri en su debate con Scioli? ¿Cómo no denunciar el contubernio entre la Justicia Federal, los servicios de espionaje, la cloaca mediática que nos envenena y prominentes figuras del gobierno para arrasar con el Estado de Derecho, satanizar a opositores políticos y acallar las voces disidentes?
Apelo a la memoria de quien esto lee para comprobar que no falto en lo más mínimo a la verdad. Les digo más: he sido cauteloso y sobrio, evitando por razones de espacio detallar todas los daños y agravios producidos por el actual gobierno. Y también para no extenderme sobre las dos vigas maestras sobre las que reposa la estocada final que Macri reserva en caso de ser re-electo a la autodeterminación nacional y la democracia argentinas: una nueva reforma previsional que, en los hechos significará la lisa y llana desaparición de la jubilación como un derecho, al estilo de lo que hoy ocurre en Brasil; y una reforma laboral que termine instalando el “modelo Walmart” de empresas sin sindicatos ni negociaciones colectivas, con lo cual nuestra gente quedaría inerme ante las exacciones de los saqueadores de cuello blanco que hoy nos gobiernan. Eso es lo que se viene, y Macri ya lo ha anunciado. ¿Cómo no alertar ante esta amenaza inminente?
No descarto que dada la difundida y peligrosa confusión reinante entre “triunfalismo” y “optimismo” alguien que lea estas líneas pueda pensar que estoy exagerando. Quienes han leído mi obra o me conocen saben que soy un optimista incorregible. Pero el triunfalismo no es hijo del optimismo sino de la irracional confianza en el papel supuestamente conscientizador de las penurias económicas, mismas que inclinarían inexorablemente el voto de las mayorías a favor de la oposición. El economicismo que se encuentra en la raíz de aquella actitud no tiene asidero alguno en la realidad, porque las dificultades económicas de los sujetos están siempre mediatizadas por factores culturales y psicosociales. La creencia, bastante común en ciertos sectores de las clases populares de que “hay que pagar la fiesta kirchnerista” ilustra lo que venimos diciendo. Desechar la batalla de ideas y confiar ciegamente en la productividad política presuntamente progresista de la crisis es un error garrafal. El “triunfalismo” es la expresión de ese error. Recordemos que mezclado con una buena dosis de arrogancia fue el clima que se instaló a mediados del 2015, con los resultados que estamos viendo.
La vigorosa denuncia de todo esto, de las mentiras seriales del gobierno y de sus falsas y demagógicas promesas, deben ser los ejes de la campaña del FdT. Ejes que deben sonar muy fuerte, como dice la poesía de Yupanqui, para despertar a un pueblo que parece adormilado y anestesiado por la dictadura mediática y el desencanto por la política. Digo “parece”, porque sin duda hay un mar de fondo que puede desatar un tsunami político que derrote en las urnas al peor gobierno argentino desde 1983 hasta hoy. Pero para que tal cosa ocurra la dirigencia opositora, sin distinción de identidades partidarias, deberá hablar claro, pasar a la ofensiva, convocar al protagonismo popular y denunciar, una a una, las mentiras y falsas promesas de un gobierno que sólo un pueblo dispuesto a suicidarse querría re-elegir. Y esta es una tarea que debe comenzar ya, sin más dilaciones. No hay que esperar hasta Octubre. En las PASO se juega gran parte de la elección presidencial, mucho más de lo que suele imaginarse.
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