América del Sur/Brasil/Abril 2016/Fuente: Prefeitura Municipal de Contagem/Autora:Carol Cunha
Resumen: En el encuentro con el prefecto, la delegación compartio las experiencias y señalaron sus planes de como aplicar lo aprendido en los salones de clase, con enfasis en las actividades requeridas en relacion a la obligatoriedad de la enseñanza de la historia y cultura afro-brasileria en todas las escuelas del municipio. La delegación viajo a Cabo Verde con la intención de fortalecer el aprendizaje en la temática Étnico-Racial.
O prefeito de Contagem, Carlin Moura, recebeu, em seu gabinete, na quarta-feira (13/4), professores e profissionais da Educação que participaram do intercâmbio com o país africano, República de Cabo Verde. No encontro, eles compartilharam experiências e contaram como pretendem aplicá-las em sala de aula, sobretudo, nos trabalhos que são desenvolvidos em consequência da implementação da Lei 10.639/03, que tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira em todas as escolas do município, do ensino fundamental ao médio.
A delegação, formada por 12 educadores que integram os Grupos de Trabalho (GTs) com a temática Étnico-Racial, visitaram Cabo Verde entre os dias 26/2 a 4/3. A proposta da viagem foi construída em conformidade com o conceito Cidade Aprendizagem implantado no município, e teve o intuito de promover a continuidade da formação desses educadores.
«Quando entramos em contato com outros povos, conseguimos entender melhor a nossa realidade. A África, ao contrário dos que se pensa, é um continente de grandes civilizações que tem muito a nos ensinar, que nos coloca novos desafios. Portanto, quero parabenizá-los pela iniciativa. Tenho a convicção que, ao implementarem novos projetos, vocês abriram novas possibilidades para que os jovens tenham um papel ainda mais revolucionário e possam transformar a realidade em que vivem», destacou Carlin Moura.
Para o secretário municipal de Educação, professor Ramon, a viagem proporcionou significativas experiências pedagógicas e culturais. Ramon também integrou a comitiva e destacou, em especial, a concepção que os cabo-verdianos têm sobre a escola. «Durante a viagem, a situação que mais chamou minha atenção foi a visão deles em relação à educação. Apesar das escolas serem mais pobres, se comparadas com as nossas, é possível perceber que eles prezam pela organização e que o nível de aprendizagem é elevado. Eles valorizam esse saber e guardam uma relação de pertencimento. Em vez de criticarem, eles se ajudam. De fato, foi uma experiência enriquecedora», contou.
O coordenador do GT Étnico-Racial, João Alves de Souza, explicou como as propostas advindas deste intercâmbio serão trabalhadas dentro da sala de aula. «A ideia é que façamos um processo de troca de cartas entre os alunos de lá e os daqui. Além disso, pretendemos fortalecer o processo de intercâmbio, por meio da Universidade de Cabo Verde (UCV). Pensamos, ainda, em premiar e reconhecer os profissionais que implementarem projetos com temática da igualdade racial», esclareceu Souza.
Para ele, essa troca ampliará horizontes. «A carga de sonho dos cabo-verdianos é muito maior do que a nossa. Eles trabalham com convicção, autoestima e com a certeza de que o fazem, não apenas para satisfação própria, mas para a satisfação do coletivo e da sociedade. Nesse sentido, acredito que o intercâmbio pode inspirar muitos de nós», pontuou.
A percepção sobre o fazer educativo também foi destacado pela professora Carla Oliveira Alves, uma das intercambistas. «Tinha dúvidas como aplicaria e materializaria esse conhecimento com os alunos. Após a viagem, vi que essa materialização vem depois que você tem o olhar para o fazer. Por mais que tenhamos uma bagagem de conhecimento, fiz grandes descobertas, meu olhar mudou. Acredito que conseguirei fazer trabalhos melhores. Foi uma verdadeira quebra de paradigmas, uma experiência que guardarei para o resto da vida», relatou
Ao final do encontro, o prefeito Carlin Moura e o secretário de Educação, professor Ramon, entregaram um certificado em reconhecimento à iniciativa do projeto e à dedicação dos professores, que se organizaram e viajaram com recursos próprios.
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