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Para não reduzir crianças a consumidores

STJ classifica publicidade infantil como abusiva e rechaça esforço de empresas para “fidelizar” seres humanos desde cedo, associando-os a marcas e produtos

Por Lais Fontenelle

Nesta semana, quando celebramos 25 anos do Código de Defesa do Consumidor, uma notícia nos faz acreditar que a transformação é não apenas possível, como está próxima. Em 10 de março, pela primeira vez o abuso da publicidade voltada ao público infantil chegou a um tribunal superior e foi analisado em seu mérito. Por decisão unânime, o Superior Tribunal de Justiça (STJ), conhecido por ser o Tribunal da Cidadania, julgou abusiva uma publicidade de biscoitos da Bauducco.

A vitória é resultado de uma longa trajetória. Em 1983, a ONU reconheceu os direitos do consumidor e tornou a causa internacionalmente legítima. No Brasil, o Código de Defesa do Consumidor, um dos mais completos do mundo, foi publicado em 11.09.1990, mas só entrou em vigência em 11.03.1991, três anos após a promultação da Constituição Federal – uma resposta do poder público aos anseios da sociedade em relação aos avanços desgovernados da atual sociedade de consumo.

Data também do início dos anos 90, segundo alguns autores, a crise conceitual da infância – quando as crianças, que eram tidas como um vir-a-ser e precisavam ser preparadas para o mundo adulto, foram elevadas pelo mercado ao status de consumidoras, antes mesmo de estar aptas ao exercício pleno de sua cidadania. Vale destacar que a criança nem sempre foi vista da mesma forma no decorrer da História. A sociedade medieval, até aproximadamente o século XII, não costumava nem retratar as crianças – indicando que elas pareciam não fazer parte do espaço social. A infância era vista como um período de transição, logo ultrapassado.

De lá para cá, o cenário mudou. A criança perdeu o anonimato e tornou-se foco das atenções do mercado, que passou a enxergá-la como consumidora final, além de alguém com forte influência sobre amigos e família. É o que indica pesquisa da Interscience, segundo a qual elas influenciam 80% dos processos decisórios das compras da família, funcionando como promotoras de venda dentro de casa (1). Nesse contexto é que ganhou força a publicidade dirigida às crianças.

Hoje, a publicidade infantil não só invadiu a web, as escolas e os parques, como também passou a endereçar à criança mensagens sobre objetos do universo adulto, somadas às de produtos infantis. Além de porta de entrada para influenciar os hábitos de consumo da família, o mercado considera que, quanto mais cedo uma criança é fidelizada a uma marca, mais chances há de ela manter-se fiel por toda a vida. Assim, vendem-se para elas coisas como carros e seguros de vida, roubando-lhes a infância – fase essencial de desenvolvimento da capacidade crítica, intelectual e afetiva do ser humano.

Cabem aqui algumas perguntas. Como podem as crianças, antes mesmo de autorizadas a trabalhar ou compreender totalmente a persuasão contida nas mensagens publicitárias, exercer relações de consumo que envolvem diretamente trocas monetárias? Ou ser alvo de mensagens que necessitam de compreensão crítica e capacidade de abstração, que a maioria das crianças ainda não têm formadas até cerca de doze anos? Não podem. Tanto que o próprio Código de Defesa do Consumidor Brasileiro previu protegê-las, como fica evidente no Art. 37 ao afirmar que “é proibida toda publicidade enganosa ou abusiva”, e explicar, no parágrafo §2º, que “é abusiva, dentre outras, a publicidade discriminatória de qualquer natureza, a que incite à violência, explore o medo ou a superstição, se aproveite da deficiência de julgamento e experiência da criança, desrespeite valores ambientais ou seja capaz de induzir o consumidor a se comportar de forma prejudicial ou perigosa à sua saúde ou segurança. (…)”.

Vale destacar a declaração de voto do ministro Herman Benjamin, do Superior Tribunal de Justiça, na decisão que considerou a publicidade infantil abusiva:

“O julgamento de hoje é histórico e serve para toda a indústria alimentícia. O STJ está dizendo: acabou e ponto final. Temos publicidade abusiva duas vezes: por ser dirigida à criança e de produtos alimentícios. Não se trata de paternalismo sufocante nem moralismo demais, é o contrário: significa reconhecer que a autoridade para decidir sobre a dieta dos filhos é dos pais. E nenhuma empresa comercial e nem mesmo outras que não tenham interesse comercial direto têm o direito constitucional ou legal assegurado de tolher a autoridade e bom senso dos pais. Este acórdão recoloca a autoridade nos pais”.

O resultado de 5×0 na decisão do STJ é fruto de ação movida pelo Ministério Público de São Paulo contra a Pandurata, dona da marca Bauducco. A ação, de 2007, teve origem numa denúncia do Projeto Criança e Consumo do Instituto Alana contra promoção de venda casada em que cinco embalagens do pacote de biscoitos, cada um ao custo de R$ 5, davam direito a um brinde. O processo foi julgado também pela ministra Assussete Magalhães, presidente da Segunda Turma do STJ, que considerou “um caso típico de publicidade abusiva e de venda casada, igualmente vedada pelo Código de Defesa do Consumidor, numa situação mais grave por ter como público-alvo a criança”. Se a Pandurata recorrer, o processo seguirá para o STF (Superior Tribunal Federal).

Desde já, contudo, a decisão é um marco a ser comemorado, uma vez que poderá influenciar novas decisões para casos semelhantes que cheguem a esse tribunal superior e certamente influenciará tribunais estaduais, juízes de 1ª instância e quem mais tem autoridade para fiscalizar ou coibir os abusos publicitários.

Esperamos ainda que influencie as decisões das empresas que atuam no país, para que cumpram a legislação vigente e repensem a comunicação dirigida às crianças.

A conquista é fruto do trabalho de gente comprometida com a causa, mas também de uma sociedade que não tolera mais abusos, fruto de um momento histórico muito particular em nosso país em que a sociedade – e aí incluem-se as empresas – estão tendo de pensar mais na ética e na sustentabilidade, e menos no lucro. Vale lembrar também que, há duas semanas, a Abir (Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes) anunciou que, a partir de agora, recomendará às marcas de refrigerantes que façam publicidade apenas para o público acima de 12 anos, e deixará de veicular propaganda em programas de tevê que tenham mais de 35% do público abaixo dessa faixa etária.

Como observou o advogado Pedro Hartung, do Instituto Alana, as empresas e as pessoas que nelas trabalham não podem mais se furtar à obrigação de cumprir a lei, mesmo que ela represente uma contrariedade aos seus interesses e uma suposta ameaça a seus ganhos econômicos. Ele explica: “Diz-se suposta ameaça, pois as normas existentes, inclusive a Resolução 163 do Conanda, não regulam a veiculação comercial de determinado produto ou serviço, mas sim seu direcionamento. Portanto, qualquer produto que hoje é massivamente direcionado às crianças – como macarrões instantâneos, frangos empanados, brinquedos ou até mesmo seguros ou carros –, continuará a ter publicidade, mas eticamente redirecionada aos adultos.”

Nesses 15 de março, Dia Internacional dos Direito do Consumidor, façamos então um brinde. Que essa decisão do STJ seja a primeira de muitas outras que honrem as crianças – não só como sujeitos de direitos, mas também como consumidoras. Façamos valer o que já está previsto na legislação.

Nota
(1) Interscience. Informação e Tecnologia Aplicada. Outubro de 2003

 

Publicado originalmente en http://outraspalavras.net/destaques/para-nao-reduzir-criancas-a-consumidores/

 

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Uruguay: Secundaria cambia plan 2016; ganó el sindicato

www.elpais.com.uy/19-03-2016/

Tras el paro, el Consejo dio marcha atrás en medidas y reconoció errores en comienzo de cursos.

Sin clases: Esta semana fue el primer paro del año por la agresión a una docente.

Tomaban café y se reían. Antes de la reunión con la prensa los referentes de los gremios de Secundaria se mostraron exultantes. El secretario general de la Federación de Profesores de Enseñanza Secundaria (Fenapes), José Olivera, fue el encargado de repartir el documento que los ponía tan felices. Todas las reivindicaciones que hicieron el pasado 1° de marzo, el día del inicio de cursos, fueron tomadas en cuenta, e incluso el Consejo de Educación Secundaria (CES) reconoció los problemas que se habían generado por haberse iniciado las clases quince días antes de lo que se hace históricamente.

La Circular N° 3264/15, de diciembre del año pasado, que contiene la firma de la directora general del CES, Celsa Puente, prohibía la salida de los alumnos de los centros educativos durante el horario de clase, sin importar que tuvieran horas libres. Fenapes ha calificado esto como un «disparate» y pidió que el sistema sea el mismo de siempre, que los alumnos puedan irse antes o entrar más tarde en caso de que falten profesores. El acta de la reunión de ayer advierte que se tomará en cuenta una «sugerencia dada por Inspección General Docente», por la cual se establece que «se hará todo lo posible para que esto sea así», pero que no existe obligatoriedad.

Con esto, sostuvo la presidenta de Fenapes, Virginia García Montecoral, «todo quedará igual que antes». Y explicó que es «imposible» retener a los estudiantes, cuando «no hay suficiente personal» en los centros educativos. Por otro lado, señaló que muchos de los problemas logísticos que se están dando hoy en los liceos, son porque «la ministra María Julia Muñoz no sabe nada de educación, sabe de salud». En tanto, Olivera, acusó al presidente de la Administración Nacional de Educación Pública (ANEP), Wilson Netto, de haberle «declarado la guerra» al sindicato (ver nota aparte).

El documento redactado tras la reunión del CES y Fenapes, también exime a los alumnos de comprar un libro de inglés, el cual «no se puede compartir entre los estudiantes porque contiene un código de barras y lo comercializa una multinacional», en palabras de Olivera, y se aclara que este «texto no será obligatorio», al tiempo que se van a «buscar soluciones abarcativas» para la bibliografía de los estudiantes. Olivera pidió dejar de «favorecer» prácticas que llevan a la «mercantilización de la educación».

Secundaria también reconoció, indirectamente, que el haber empezado las clases antes generó problemas. En el liceo 6 de Maldonado, que tiene una nómina de unos 700 estudiantes, las clases todavía no se iniciaron debido a la falta de profesores, adscriptos e incluso director. Caso similar es el que vive el liceo de Las Piedras, que además de la falta de profesores, pese a ser uno de los pocos de tiempo extendido, no cuenta con un comedor para que los jóvenes almuercen. El CES advirtió que «la creación de nuevos cargos» que se necesitan, para estos como para otros centros «fue solicitada» al Consejo Directivo Central (Codicen) de la ANEP en «tiempo y forma», pero que aún se está «a la espera de una resolución». Olivera advirtió que el llamado para estos cargos se hizo recién el pasado miércoles. Los sindicalistas, por otra parte, acusaron ayer al Codicen de «no respetar la autonomía» del Consejo de Secundaria.

El escrito deja en evidencia que no está asegurada la determinación de Secundaria de que la elección docente que se llevó a cabo el año pasado sea por dos años, y se establece que el propio «Consejo planteó la necesidad de constituir lo antes posible la Comisión de Trabajo para la elección de horas por más de un año» para los que tienen mayor grado.

 La reunión entre el sindicato y la cúpula del CES se realizó tras el primer paro de Secundaria en todo el país que se lleva a cabo en el año, luego de los 21 que hubo en 2015. Por la cláusula de paz que firmó el gremio, no puede tomar esta medida de fuerza en caso de reclamos salariales, pero sí por protestas de otra índole. En este caso la protesta fue por estas irregularidades y luego que una docente del liceo N° 25 del barrio Don Bosco fuera agredida verbal y físicamente por un alumno en plena clase.

«Netto hizo una declaración de guerra».

El presidente de la ANEP, Wilson Netto «hizo una declaración de guerra» al sindicato, advirtió a El País el presidente de Fenapes, José Olivera. Otras fuentes del gremio dijeron a este diario que «Netto está entre la espada y la pared, porque se comprometió a realizar una gran cantidad de cosas ante Tabaré Vázquez, pero no tiene presupuesto para hacerlas; entonces se desespera y va contra los trabajadores».

El enojo del sindicato con el presidente de la ANEP radica, entre otras cosas, en unas declaraciones que este hizo a Canal 12, donde señaló que aunque «rechaza cualquier acto de violencia» y se «solidariza» con la profesora agredida del liceo 25, advirtió que los sindicatos utilizan esta situación políticamente.

«Ese liceo viene haciendo un trabajo muy importante, a pesar del contexto en que trabajan han logrado resultados muy buenos y hay un compromiso muy fuerte», dijo el presidente de la ANEP. El núcleo del colectivo entendió en su momento que era una situación para resolver en la interna, porque ya existían protocolos. (…) Pero vienen actores externos, referentes de orden sindical que toman la situación que la enmarcan dentro de otra situación», precisó Netto.

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Obama visita la Argentina en sintonía con el gobierno Macri

Julio C. Gambina

El presidente de EEUU estará en Argentina para el 24 de marzo, en momentos en que se recupera para la memoria popular el oprobio del golpe genocida hace 40 años.

Muchos se preguntan el porqué de la visita y son variados los argumentos, aunque concentrados en el sustento de los intereses estratégicos de la potencia imperialista.

Sostienen algunos que se trata de compensar el encuentro con el gobierno de izquierda y revolucionario en Cuba, muy criticado por sectores de la ultra derecha de EEUU, y por eso, la visita a Macri, a quien imaginan la punta de lanza para contrarrestar el cambio político regional en curso en este comienzo del Siglo XXI.

También existen argumentos de lavada de cara de EEUU en su responsabilidad en el golpe y el acompañamiento a la Dictadura (1976-1983),
los que se apoyan en las actitudes del gobierno Carter (1977-1981), omitiendo el papel de los gobiernos previos de Richard Nixon y Gerald Ford, especialmente el papel del Secretario de Estado, Henry Kissinger, Nobel de la Paz en 1973.

Este personaje fue clave en la promoción del golpe chileno de septiembre del 73, inaugurando el ensayo neoliberal extendido por las dictaduras del terrorismo de Estado en el Cono Sur y para la ejecución del Plan Cóndor. Fue una experiencia necesaria para instalar luego, con Thatcher y Reagan, ya en los ochenta del siglo pasado, esas políticas liberalizadoras en el capitalismo desarrollado y promoverlo en el ámbito mundial.

La pretensión apunta a diferenciar demócratas respecto de republicanos como si pudiera abstraerse el carácter de la Jefatura política de la principal potencia capitalista y su capacidad de intervención militar en todo el planeta. Vale recordar que la invasión a Cuba en Playa Girón en 1961 ocurrió bajo la presidencia demócrata de John Kennedy, responsable también por el envío de tropas militares a Vietnam y la autorización del uso de armas químicas. Resulta necesario destacar, más allá de la alternancia entre demócratas o republicanos, los intereses permanentes de EEUU para afirmar la dominación estadounidense en el desarrollo del sistema capitalista mundial.

¿Cuáles son esos intereses en la Argentina actual?

Se trata de intereses comerciales, económicos y financieros muy concretos, sea las relaciones de intercambio (exportaciones e importaciones) crecientemente deficitarias para la Argentina desde el 2005; como el papel de las inversiones estadounidenses, una constante en expansión desde hace un siglo, y muy especialmente la proyección de la explotación de hidrocarburos no convencionales vía fracking con la punta de lanza del acuerdo secreto entre YPF y Chevron; pero también la negociación con los holdouts a instancias de la sentencia de la Justicia de Nueva York.

El déficit comercial de la Argentina para el 2015 alcanzó los 4.272,7 millones de dólares, con exportaciones desde nuestro país por 3.382,3 millones de dólares e importaciones provenientes desde EEUU por 7.655 millones de dólares. La tendencia de la década pasada fue la expansión del saldo favorable para EEUU, sobre la base de la disminución de las exportaciones argentinas y el crecimiento de las importaciones provenientes del país del norte. Este déficit exacerba la necesidad de divisas de la Argentina para cancelar saldos negativos del balance comercial.

Desde las inversiones externas hoy destaca el carácter estratégico de Monsanto y la inserción subordinada del complejo sojero local derivado del paquete tecnológico de la producción de transgénicos; y claro, sobresale el conflicto asociado al acuerdo secreto de YPF con Chevron. Este trato secreto responde a una política estratégica de EEUU, ya que bajo la administración Obama y en 2015, EEUU se convirtió nuevamente en el primer productor mundial de petróleo, superando a Arabia Saudita. La base de esa situación se explica en el fracking y la explotación de hidrocarburos no convencionales, por lo que resulta de interés de la política exterior estadounidense la evolución de las inversiones petroleras y su expansión desde Argentina al resto de Latinoamérica.

El conflicto con Fondos buitre y su tratamiento parlamentario en estos días está asociado a los ritmos impuestos por la Justicia de Nueva York al intento de acordar con holdouts y habilitar la reinserción de la Argentina en nuevas rondas de endeudamiento externo. El peso de Wall Street y la banca transnacional en la afirmación de la dependencia local al sistema mundial es clave para entender la lógica de amistad económica y política que busca el gobierno Macri con la gestión Obama.

Visitas y símbolos

En 100 días de gobierno Macri son constantes las señales de acercamiento al poder mundial del capitalismo contemporáneo. Resalta la presencia del Jefe del gobierno argentino en el Foro Económico Mundial en Davos, Suiza, cónclave del poder mundial del orden capitalista, como la presencia de visitantes de organismos internacionales y especialmente de Jefes de Estado de los principales países del capitalismo desarrollado. Ya pasaron por Buenos Aires el jefe del gobierno italiano, el francés y ahora el de EEUU.

Obama en la Argentina para el 40° aniversario del golpe de 1976 pretende disputar el sentido de una fecha emblemática en materia de derechos humanos, donde el papel de esa potencia está asociado a poderosos intereses económicos y a una estrategia de subordinación de la región a la política exterior definida en Washington.

La evidencia más concreta es la búsqueda del gobierno Macri en lograr acuerdos de libre comercio con EEUU y un papel más activo para llevar al país y la región al Tratado Transpacífico (TPP) en el que participan Chile, Perú, México, Canadá y EEUU por el continente, más Australia, Nueva Zelanda, Brunei, Japón, Malasia y Vietnam. El TPP es una estrategia de EEUU para aislar a China en su proyecto global y complementario del acuerdo comercial entre Europa y EEUU.

La operación “visita de Obama” supone una versión más prolija de las “relaciones carnales”, en una versión moderna de sometimiento que supone la continua prórroga de jurisdicción para contratos con inversores (nueva ley para el endeudamiento) y un programa acelerado de liberalización de la economía local vía suscripción de tratados de libre comercio, especialmente con EEUU y con los que éste país impulsa, caso del TPP.

En el marco de lo simbólico no es menor constatar que Obama asume en enero del 2009, momentos de auge del cambio político en la región (2005-2010) y despliegue recesivo de la crisis mundial originada en EEUU en 2007/08. Entre 2005 y 2010 se procesa el triunfo del No al ALCA y variadas novedades en los procesos de integración que involucran instancias de debate regional sin incluir a Norteamérica (base de lo que luego sería CELAC), e incluso formulaciones por una nueva arquitectura financiera (aun constituye una asignatura pendiente). A posteriori se desplegó una fuerte iniciativa política para contrarrestar el proceso de cambio en una lógica de pretendida reversión y reinstalación de la hegemonía imperante en los 90, por la liberalización económica y la subordinación regional a la estrategia exterior de EEUU.

Las situaciones del cambio de gobierno en Argentina, la modificación de la hegemonía parlamentaria en Venezuela y el resultado en el plebiscito boliviano, ocurridos entre diciembre y febrero pasado, anima a las clases dominantes en la región para reinstalar la ofensiva liberalizadora y pro capitalista. Nada mejor que la bendición de Obama, que en enero del 2015 consideró a Venezuela como una amenaza para la seguridad nacional de EEUU y privilegia en su paso por Argentina la lucha contra el narcotráfico y el papel de sus agencias especializadas, caso de la DEA.

Puede afirmarse que la continuidad de la crisis mundial y de la propia situación de EEUU requiere del reordenamiento político y la subordinación de los gobiernos en la región. Los desafíos a la dominación mundial demandan para la política exterior desde Washington cerrar filas en las adhesiones en nuestros países, por eso los elogios al nuevo gobierno y de éste para con los dirigentes de los principales países capitalistas, especialmente Obama.

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Perú: avance de reforma educativa requiere de un incremento presupuestario del 15% anual

 

Jaime saavedra

En los siguientes diez años, sostiene ministro de Educación

 

Lima, Perú /19 de marzo de 2016/ Fuente: Poder

 

El Perú debe incrementar su presupuesto en educación en 15 % anual a lo largo de los siguientes diez años, a fin de lograr que las presentes y futuras generaciones sean más competitivas, empleables y marquen la diferencia en los ámbitos académicos y laborales, sostuvo el titular del sector, Jaime Saavedra.

Señaló que Perú sí cuenta con recursos para reforzar la educación y que “no hay excusas” para no avanzar con un eforma que implica dar mayor calidad y equidad educativa a los peruanos.

En tal sentido, dijo que esta reforma pasa porque los futuros gobiernos se obsesionen por alcanzar este reto asumiendo un “compromiso financiero, político y de gestión” como política de Estado.

Fue al inaugurar la 17 Conferencia Anual de Desarrollo Global “Educación para el Desarrollo: Calidad e inclusión de las necesidades cambiantes del capital humano” que reúne a más de 400 expertos en economía y educación de más de 50 países.

La misión de esta conferencia es proponer alternativas de solución para mejorar la calidad educativa en el mundo adecuándola a las exigencias del cambiante mercado laboral.

Saavedra sostuvo que el incremento presupuestal del sector educativo es fundamental para avanzar la reforma que implica mejorar los aprendizajes sobre la base de una mayor revalorización de la carrera docente, una gestión moderna y de excelencia, así como una infraestructura adecuada.

Explicó que si bien en términos fiscales es difícil gestionar un incremento de recursos, “esto es posible y es necesario hacerlo para cumplir con los retos de desarrollo que queremos alcanzar”.

Y en esto observó que es importante el compromiso y participación de funcionarios, académicos, sector público y privado.

Remarcó que es esencial usar una importante parte de esos recursos para garantizar condiciones básicas tales como que todas las escuelas puedan contar con servicios de agua, electricidad e Internet, aspecto que aún representa un desafío para el Perú.

El embajador del Reino Unido en Perú, Anwar Choudhury, coincidió con Saavedra en que se debe tener “una obsesión por mejorar la educación y la infraestructura en los próximos diez años para poder dar el salto al desarrollo”.

En tal sentido, felicitó al gobierno por haber emprendido una reforma educativa. Y recordó que en este desafío el Reino Unidos es un aliado del Perú.

En la inauguración del cónclave participaron también  Alan Winters, presidente de la Junta Directiva de GDN; Pierre Jacquet, presidente de Global Development Network; Miguel Jaramillo, director ejecutivo de Grade y Elsa del Castillo, rectora de la Universidad del Pacífico.

Todos ellos felicitaron la reforma educativa emprendida en Perú y coincidieron en la urgente necesidad de establecer una agenda común con compromisos y mecanismos que contribuyan a mejorar la calidad de la educación para asegurar el progreso sostenible de los países.

 

(FIN) NDP/LIT

JRA

Publicado: 17/3/2016

 

FUENTES DE LA NOTICIA:

http://www.andina.com.pe/agencia/noticia-avance-reforma-educativa-peru-requiere-un-incremento-presupuestal-del-15-anual-603722.aspx

 

FUENTE DE LA FOTO:

https://poder.pe/media/uploads/2016/3/t/e867bfcede7f80eb955d7da313835c3d.jpg

 

PROCESADO POR:

Hans Mejía Guerrero

hans_mguerrero@hotmail.com

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USA: Teachers, students and parents stage massive walk-ins for public schools

Source: USA: Teachers, students and parents stage massive walk-ins for public schools

In 900 schools in 30 cities teachers were joined by students and parents in “walk-ins for the schools all our children deserve” to “reclaim our schools”.

On 17 February, US education unions coordinated walk-ins across the country, which were promoted by both national teachers’ unions, the National Education Association (NEA) and the American Federation of Teachers (AFT) The two Education International (EI) affiliates organised the event through their coalition, the Alliance to Reclaim Our Schools.

This alliance also includes parents, youth, and community organisations who band together for educational justice and equity, particularly in schools serving low-income and working-class communities.

It aims at bringing national attention to challenges facing public education and, equally important, to the community generated, community backed solutions and supports needed to create quality schools.

NEA: No apology

“We are here today to say, we will not apologise for standing up for the needs of our students, our members, communities, and public schools,” NEA Vice President Becky Pringle told educators, parents, school administrators, and community leaders In Paterson. “We will not allow our schools to be underfunded, over-tested, and overlooked.”

She added that the NEA does not tolerate a system of public education “predicated on the false choice between delivering on the promise of a great education to the chosen few, or to none at all”.

AFT: Collective action

“All across the country, people are speaking up for racial and economic justice; and a high-quality public education is key to both of those goals,” saidAFT President Randi Weingarten while participating in the walk-in at Alexander Hamilton High School in Los Angeles.

The AFT demands that policymakers invest in public education, as well as rich curricula, programmes that support the whole student, multiple pathways to college and career, and a fair wage and voice on the job for educators and staff, she underlined.

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Alternativa Docente de Argentina denuncia: Bullrich en el lujo de Dubai, ¿premiar al mejor maestro…?

Bullrich en el lujo de Dubai, ¿premiar al mejor maestro…? Una “revolución educativa” PRO mercado

Alternativa Docente/18 de Marzo de 2016 /Al hablar en la Asamblea Legislativa, Macri dedicó pocas líneas a la educación. Se limitó a destacar la supuesta revolución educativa con “una escuela basada en la exigencia y el mérito”. Y resaltó dos áreas del negocio educativo que monta el PRO. La del “aprendizaje en entornos digitales y nuevas tecnologías” por la que despiden e intervienen en el Conectar Igualdad para armar un negocio con Clarín, Facebook y Microsoft.
Macri también habló de la obligatoriedad desde los 3 años, con la construcción de jardines y su ligazón a GEMS Education, la mayor cadena mundial de jardines privados del billonario Sunny Varkey. Con él se había reunido Macri cuando estuvo en Davos (ver foto de Varkey con Macri y con jeques árabes). Y esto no extraña para alguien que se formó en la universidad privada y manda a su hija Antonia al selecto jardín Le lycée franco-argentin Jean Mermoz con una inscripción de 17.000 pesos y una cuota mensual de 8.900. Allí va también su hija mayor, Valentina, por una cuota de $ 9 300, muy superior al inicial de una maestra.
Macri resaltó también su proyecto de Instituto de Evaluación Educativa diciendo que “para mejorar la educación tenemos que evaluar” como si no se evaluase cotidianamente. Según él, esto permitiría “la jerarquización del rol del docente…”. Pero lo dice mientras hay conflicto docente en 10 provincias. Y su ministro de Educación se niega a ver a la docencia santiagueña, pero viaja con su esposa al lujo de Dubai, para participar del Global Education & Skills Forum (ver fotos).
Un foro multimillonario del magnate educativo Varkey que premia con U$S 1 millón al mejor maestro. Ahí Bullrich compartió paneles con jerarcas de la OCDE y de las pruebas PISA, con Bill Gates, con jeques árabes, Clinton y hasta el secretario de Educación de Obama.
Inspirado en ese premio, dijo que va a premiar al mejor equipo docente de Argentina… Pero el mejor premio sería un salario que cubra la canasta familiar y aumentar el presupuesto de la escuela pública en vez de subsidiar a la privada.
Antes que revolución, un ajuste educativo PRO mercado, a enfrentar.

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Colombia: primer paro nacional del año frente al gobierno

Por Esteban Pombo

Con múltiples reclamos, miles de personas se movilizaron este jueves en Colombia en el primer paro nacional del año. A la convocatoria de las centrales sindicales se sumaron diversas organizaciones sociales y estudiantiles para decir basta al “modelo neoliberal regresivo” de Juan Manuel Santos.

Las y los colombianos no dan más. El gobierno vendió la hidroeléctrica más importante del país, los acuerdos pasados con los indígenas y campesinos no han sido cumplidos, la salud y la educación cuesta cada día más, la minería transnacional envenena el agua y destruye ecosistemas. En materia de paz se recrudece el conflicto con el ELN, al mismo tiempo que siguen los asesnatos de militantes populares. Por su parte, Santos y Obama hacen lobby en Estados Unidos hablando del financiamiento del llamado “posconflicto”.

Un operativo militar con cuatro camionetas sin identificación, dos carros blindados de la policía y 50 agentes. ¿El objetivo? capturar a siete estudiantes que realizaban un mural en la biblioteca de la Universidad Nacional en Bogotá en apoyo a la jornada de movilización de este 17 de marzo. Con esta noticia inició la jornada de ayer, un paro cívico que movilizó  al menos 40 mil personas en todo el país, en un momento en el que el presidente no sabe qué hacer para subir los índices de popularidad que llegan al 73% de rechazo, según recientes encuestas. Se presentaron algunos enfrentamientos con la Policía en Bogotá, con un saldo de una persona judicializada y otras nueves llevadas a un centro de detención temporal.

El Comando Nacional Unitario de las centrales obreras convocó la movilización que pretende ser indefinida si no se cumple con los 15 puntos de exigencia. Juan Manuel Santos ha brillado por su silencio en este tipo de coyunturas; en el año 2011 quiso firmar una reforma a la educación superior forzadamente, decisión que tuvo que reversar por la movilización masiva de 600 mil estudiantes en todo el territorio nacional. En 2013, durante el paro agrario, se le fue la lengua diciendo que “el tal paro nacional agrario no existe”. Esto llevó a campesinos y habitantes de las ciudades a manifestar la solidaridad con jornadas de movilización prolongadas y bloqueos de vías por varios días. Murieron 12 personas víctimas de la represión policial, se registraron cuatro desapariciones y al menos 512 detenidos. Más de 400 personas resultaron heridas con balas y golpes del Escuadrón Móvil Anti Disturbios -ESMAD-.

Dentro de las exigencias se encuentra el rechazo a las decisiones gubernamentales en el marco de un “modelo neoliberal regresivo”, como afirma la carta enviada por la coalición de centrales obreras al presidente Santos, criticando además el aumento del salario mínimo por debajo de la inflación y el deterioro del patrimonio nacional con la venta de la generadora de energía Isagen. Por si fuera poco, hay hambrunas y muertes de niños por desnutrición en varias regiones y el derecho a la salud y a la jubilación están plagadas de corrupción. Igualmente, hace unos días se conoció el plan para vender a Ecopetrol, la principal empresa petrolífera  del país.

No se sabe qué le depara a Colombia en el futuro, lo que sí es claro es que persiste un agotamiento generalizado por la violación diaria a los derechos humanos y un descontento popular con una institucionalidad que ha dejado ver lo que ocurre por dentro: redes de narcotráfico, prostitución y trata de personas dentro de la Policía Nacional; las macabras consecuencias vislumbradas con los TLC; un Gobierno que es de paz en retórica, pero de guerra en la práctica. Mientras le pide al ELN que se siente a negociar el cese del conflicto armado, le manda varios batallones para asesinarlos.

Sin duda se espera más de este paro, pero el Gobierno está ausente del debate y se limita a ser cordial permitiendo el “derecho a la protesta siempre y cuando sea civilizadamente”. Esperemos que el aguante sea tan arduo como el del paro cívico de 1977, pero sin la represión. Parece que las protestas pacíficas no tienen el mismo eco en cuanto a exigencias políticas. Mientras Colombia pide en la calle trabajo, salud, dignidad, paz y educación, para la prensa amarilla siempre será vandalismo, desorden público, un problema de movilidad o lavados cerebrales ocasionados por terceros.

 Publicado en marcha.org.ar
http://www.marcha.org.ar/colombia-primer-paro-nacional-del-ano-frente-gobierno-colapsa/
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