Reseña: En una asociación de contenido con el Instituto CPFL, el Estado del Arte ofrece al público tres dramatizaciones de escenas protagonizadas por niños en la obra de Charles Dickens (1812-1870).
Radiodrama para a série «Grande Teatro do Mundo» em parceria com o Café Filosófico – CPFL.
Em mais uma parceria de conteúdo com o Instituto CPFL, o Estado da Arte oferece oferece ao público três dramatizações de cenas protagonizadas por crianças na obra de Charles Dickens (1812-1870).
Celebrando ao longo de 2017 o tema da “Responsabilidade”, o Café Filosófico dedicou todo um ciclo de palestras a discutir o estatuto da infância na contemporaneidade: “O tempo da infância e a infância de nossos tempos”. Com curadoria da psicanalista Julieta Jerusalinsky, essa série trouxe, além da sua própria palestra (“Intoxicações eletrônicas na primeira infância”), as participações do cientista social e escritor Antonio Prata (“Infância e memória”) e da também psicanalista Ilana Katz (“Infância e política”).
Como se vê por esses títulos, o módulo abordou a vida infantil por ângulos multifacetados, tratando desde as novas configurações familiares e a invasão do mundo infantil pela tecnologia digital até os efeitos da polarização política característica de nossos tempos. Na conclusão de sua introdução ao ciclo, Jerusalinsky pontuava:
Estas questões colocam em relevo a importância de que seja possível às crianças terem acesso a narrativas que historizem as experiências de gerações anteriores, recuperando-as, não de modo idealizado, mas como testemunho de possibilidades e impasses vividos em outros tempos, considerando que os desafios de cada geração não são equivalentes aos da anterior, mas que justamente por isso tornam necessária uma transmissão com lugar à invenção.
Esse esforço de cercar de reflexão a vida infantil e o seu invólucro imediato, a família, vem se juntar a uma longa linha de discussões promovidas pelo Instituto CPFL. Os exemplos são vários. Só na última década, o Café Filosófico promoveu os ciclos “Os desafios da nova escola”; “Família” (2012); “Jovem urgente no século XXI” (2012); “Saberes necessários para a educação do futuro”(2011); “A família no ritmo contemporâneo” (2011); “A reinvenção da família” (2011) e “Relações familiares no mundo contemporâneo”(2010)
Não por mera coincidência, as raízes de grande parte dos problemas abordados nestes encontros podem ser diretamente identificadas no século XIX, da revolução industrial e das grandes revoluções políticas. É justamente nesses momentos mais conturbados de transição, nos quais a “transmissão com lugar à invenção” de que falava Jerusalinsky se faz mais necessária, que o grande artista revela sua missão primordial de exprimir a essência da realidade que toma por seu objeto. No caso da infância, possivelmente nenhum outro autor antes de Dickens revelou com tanta nitidez a substância da vida da criança.
As dramatizações apresentadas nessa seleção reunem três casos dos mais exemplares: as memórias mais antigas de Pip, de Grandes esperanças (1861); o dia em que Oliver Twist, no romance homônimo de 1837, conhece o bando de meninos marginais, liderados por um velho judeu, que será a sua “família”, por assim dizer; e finalmente o desfecho da Loja de Antiguidades (1841) com o adoecimento da pequena e incansável (e inesquecível) Nell.
Confira:
No acervo do Café Filosófico
Fuente: http://cultura.estadao.com.br/blogs/estado-da-arte/minhas-criancas-tres-cenas-infantis-de-charles-dickens/