Brasil / 17 de agosto de 2016 / Fuente: http://canaltech.com.br/
As universidades públicas brasileiras não vão ficar sem internet — ao menos é o que afirma o Governo Federal. No início deste mês, o país recebeu com espanto as notícias de que a falta do repasse de verbas por parte do Ministério da Educação (MEC) e do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações (MCTI) poderiam comprometer a manutenção da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) e, consequentemente, desconectar da rede mundial várias instituições de ensino superior do país. Nesta segunda-feira (15), porém, as duas pastas ministeriais se reuniram para anunciar a liberação de verbas para a RNP. Com isso, a rede que atende diversas universidades do interior do país vai receber dinheiro de parte do orçamento do MEC para 2016 e também valores do orçamento de 2015 do MCTI. Com a novidade, o Conselho de Administração da RNP afirmou que não há qualquer ameaça à manutenção dos serviços de internet em todos os 739 campi universitários atendidos pela rede. A Lei Orçamentária Anual prevê um repasse de US$ 36,6 milhões de reais, valor que deve ser enviado à RNP ainda em 2016. Contudo, como o sistema está garantido somente até o final deste ano, a nova fase da luta para não frear as pesquisas nas universidades públicas brasileiras é garantir a verba também para o orçamento de 2017. Para isso, é preciso que o MTCI assine o Termo Aditivo ao Contrato de Gestão com a RNP, algo que segundo a pasta deve acontecer em breve. Assim, a ampliação do funcionamento da rede está garantida não somente para 2016, mas também para todo o ano que vem. Rede Nacional de Ensino e Pesquisa Desde 2010, a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa é um órgão fundamental na universalização da internet no interior do Brasil. Ela conecta diversas universidades e mantém projetos importantes para o fomento de pesquisas e da ampliação do acesso à internet por aqui, usando inclusive conexões via satélites e cabos subaquáticos para alcançar áreas remotas. Atualmente, a rede engloba 1,3 mil instituições de ensino e pesquisa em todo o Brasil, com 800 delas localizadas no interior do país. Segundo o diretor-geral da RNP Nelson Simões, todas as conexões oferecidas pelo sistema são de alta velocidade, com grandes centros oferecendo pontos de distribuição de acesso de 40 Gbps e os mais afastados garantindo acessos de 1 Gbps. Entre os projetos atendidos pela RNP destaca-se o Amazônia Conectada, que pretende integrar em uma rede única vários institutos de ensino e pesquisa, órgãos públicos e unidades militares da região amazônica por meio de 8 mil quilômetros de fibra óptica — estima-se que o valor total para a implementação deste projeto seja de R$ 1 bilhão até 2018. Outro programa importante da RNP é a Rede Universitária de Telemedicina, desenvolvida para interligar centros universitários de medicina de todo o país.
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