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Red de Intelectuales exige a EE.UU. derogar decreto contra Venezuela

Caracas/11 abril 2016/http://www.telesurtv.net/

Desde Caracas, los intelectuales pidieron derogar el decreto imperialista, rechazaron la ley de Amnistía de la derecha y repudiaron la salida de la señal de teleSUR de Argentina.

La Red de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad exigió este lunes la derogación inmediata del decreto injerencista del Gobierno de EE.UU. contra Venezuela, que declara a esa nación como «una amenaza inusual y extraordinaria».

Tras cuatro días de actividades en Caracas, capital venezolana, en el marco del duodécimo encuentro nacional de la red, los intelectuales emitieron una declaración final en la que también rechazaron la aprobación de la ley de Amnistía de la derecha venezolana, que promueve la violencia y busca perdonar crímenes de lesa humanidad cometidos desde 1999 hasta la actualidad.

En el documento también manifestaron su rechazo al cierre del canal multiestatal teleSUR en Argentina, medida tomada por el presidente de ese país, Mauricio Macri.

>> Borón: EE.UU. no enfrenta a una América Latina subordinada

La declaración final fue divulgada desde el patio central de la Casa Antonio José de Sucre, sede de la Cancillería de la República, en Caracas (capital).

Los intelectuales estuvieron acompañados del ministro del poder popular para la Cultura, Freddy Ñáñez; y de la coordinadora de la red, Carmen Bohórquez.

En contexto

Del 8 al 14 de abril la Red de Intelectuales, Artistas y Movimientos Sociales en Defensa de la Humanidad celebran el duodécimo encuentro, que reúne a más de 100 intelectuales de 18 países, esta vez en Caracas (Venezuela).

Atilio Borón, por Argentina; el cubano Abel Prieto, la mexicana Ana Esther Ceceña y el venezolano Vladimir Acosta debatieron este viernes 8 de abril los desafíos que enfrenta Venezuela y cómo radicalizar la Revolución Bolivariana para superar la Guerra No Convencional de la que es objeto esta nación suramericana.

>> Venezuela en la encrucijada: Nuevos tiempos, nuevos desafíos

Fuente de la Noticia y Fotografia:

Este contenido ha sido publicado originalmente por teleSUR bajo la siguiente dirección:

http://www.telesurtv.net/news/Red-de-Intelectuales-exige-a-EE.UU.-derogar-decreto-contra-Venezuela-20160411-0061.html.

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Argentina. Myriam Bregman presentó proyecto para que toda la comunidad educativa pueda viajar gratis

Argentina/10 abril 2016/Por Izquierda Diario/Fuente: http://kaosenlared.net/

El mismo día en que comenzó regir el aumento del transporte público en la Ciudad y el Gran Buenos Aires, la diputada nacional del Frente de Izquierda Myriam Bregman presentó un proyecto de ley para crear un régimen de Boleto Educativo Gratuito, cuyos beneficiarios serán “todos los estudiantes, docentes y trabajadores pertenecientes a las instituciones educativas”.

“Con el tarifazo al transporte que se empezó a implementar hoy, las familias obreras y los jóvenes estudiantes no tendrán posibilidad de solventar sus viajes diarios, lo que atenta contra la educación pública y gratuita. Por eso sostenemos que hay que implementar ya mismo un boleto gratuito para toda la comunidad educativa, solventado por las propias empresas del transporte público que recibieron cifras multimillonarias con los subsidios pagados por el Estado”, explicó Bregman.

“Este proyecto es complementario a otro, que presentamos la semana pasada y que cuenta con las firmas de diputados de otros bloques, donde se plantea la anulación de los tarifazos a todos los servicios públicos hasta tanto no se haga una profunda auditoría sobre qué es lo que hicieron las empresas con los subsidios que recibieron del Estado desde al año 2002 hasta la fecha. No nos parece correcto que ahora esos subsidios salgan directamente del bolsillo del trabajador para solventar a empresas que prestan pésimos servicios porque no hicieron ninguna inversión”, sostuvo la diputada del PTS en el Frente de Izquierda.

Proyecto L – Boleto Educativo Gratuito

http://laizquierdadiario.com/Bregman-presento-proyecto-para-que-toda-la-comunidad-educativa-pueda-viajar-gratis

Fuente de la Noticia:

Source: Argentina. Myriam Bregman presentó proyecto para que toda la comunidad educativa pueda viajar gratis

Fuente de la Foto:

http://www.pts.org.ar/Escucha-a-Myriam-Bregman-en-los-ultimos-dias-de-campana-portena

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Brasil:UnB e ONU debatem violência contra mulher nas universidades

América del Sur/Brasil/Abril 2016/Fuente: y Autor: Nodal

Resumen: La Universidad Nacional de Brasilia y la ONU sostuvieron un encuentro para discutir propuestas entre la comunidad academica para la conscientización, prevención y penalización de la violencia hacia las mujeres en la institución.

O Decanato de Assuntos Comunitários da Universidade de Brasília (UnB) discutiu propostas da comunidade acadêmica para a conscientização, prevenção e enfrentamento à violência contra as mulheres na instituição.

O debate ocorre após a morte da estudante de biologia Louise Ribeiro, 20 anos, assassinada na UnB em 10 de março pelo ex-namorado e colega de curso, e em meio a relatos de machismo e violência contra mulher dentro dos campi.

A reunião e as ações propostas têm apoio da ONU Mulheres no Brasil. Segundo a decana de Assuntos Comunitários, Thérèse Hofmann, a ideia é otimizar todas ações e competências que a universidade tem e organizar uma rede para atender à comunidade acadêmica, incluindo parcerias externas.

As ações propostas hoje foram pensadas a partir de demandas das alunas, professoras e funcionárias. “Ficamos muito felizes com as novas contribuições. Partimos de uma base que poderia ser rejeitada, mas teve um bom acolhimento. Mas a Reitoria não vai fazer nada sozinha, o pressuposto da criação de uma rede é isso, agregar as competências”, disse.

Segundo a coordenadora da campanha da ONU Mulheres “Valente não é violento”, Amanda Kamanchek, a agência das Nações Unidas e a UnB assumiram o compromisso institucional de atuar para prevenir a violência contra mulheres por meio de um memorando de entendimento assinado em outubro de 2015, e algumas ações já foram desenvolvidas de lá para cá.

“Isso foi reforçado agora, com a morte da Louise, quando vimos a importância de trabalhar esse assunto e quanto os homens ainda precisam ouvir essa mensagem de que valente não é violento”, disse.

A UnB também já aderiu ao Movimento ElesPorElas (HeForShe) de Solidariedade pela Igualdade de Gênero, proposto pela ONU Mulheres, para mobilizar especialmente os homens e meninos na defesa dos direitos de mulheres e meninas.

Propostas para a UnB

Segundo Thérèse Hofmann, algumas propostas já podem ser efetivadas em 2016 e devem ser continuadas e repetidas a cada semestre, quando a universidade recebe mais de quatro mil novos estudantes. As propostas recebidas da comunidade acadêmica durante o debate serão analisadas e articuladas com os demais entes da universidade.

A primeira sugestão apresentada nesta terça-feira foi a de um curso de extensão sobre masculinidade para homens, incluindo docentes e técnicos administrativos.

“A ideia é que os homens possam refletir quais são as atitudes e comportamentos que levam à violência contra as mulheres. Para que eles entendam e possam desconstruir valores machistas. É um espaço para que eles se modifiquem”, disse Amanda, da ONU Mulheres.

Outras iniciativas de formação incluem cursos de extensão sobre feminicídio; formação de professoras e professores em gênero e relações raciais; criação de disciplina sobre pensamento social brasileiro e relações de gênero; e realização de um ciclo de palestras sobre direitos das mulheres.

Entre as propostas administrativas estão a auditoria de segurança das mulheres nos campi da UnB; campanha pelo fim da violência contras as mulheres, preparadas e discutidas pelos próprios estudantes; concurso de vídeos de um minuto com o tema da campanha da ONU Mulheres; promoção de trote sem violência, racismo, sexismo e lesbohomotransfobia; e inclusão do tema diversidade na revista ParticipAção, do Decanato de Extensão.

Acolhimento

Para a professora Lourdes Bandeira, do Núcleo de Estudos e Pesquisa sobre a Mulher, a violência contra mulher tem se acirrado não só na universidade mas na sociedade brasileira.

“E como universidade temos que contribuir para que essa violência deixe de existir, como o caso que tivemos recentemente [da morte da estudante Louise], sem contar o cotidiano que é pautado por assédios e violências simbólicas, além do estupro”, disse.

Segundo Lourdes, as atividades propostas no debate de hoje são positivas, mas devem ser articuladas para ter visibilidade e abrangência maiores. A professora sugere que a UnB tenha um centro de acolhimento, com equipe multidisciplinar, para prestar informações, alertar e atender a mulheres e homens que sofrem ou sofreram violência de gênero.

“Quando a Louise recebeu o e-mail do ex-namorado dizendo que ele queria se matar, se ela tivesse passado em um centro desse teria sido mais difícil aquilo acontecer.”

 

Fuente de la noticia:http://www.nodal.am/2016/04/brasil-universidad-y-onu-discuten-propuestas-para-erradicar-las-violencias-hacia-mujeres/

Fuente de la imagen:http://www.nodal.am/wp-content/uploads/2016/04/size_810_16_9_mulher-luta-pelos-seus-proprios-direitos-e-pela-vida.jpg

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Alicia Peresutti: «La trata de personas es esclavitud y tortura, la gran ignorada de las agendas políticas»

«Hay esclavitud porque como sociedad lo permitimos. Y porque el Estado lo permite»

Jesús Bastante, 10 de abril de 2016 / periodistadigital.com

Alicia Peresutti es una activista contra la trata de mujeres, que desde hace décadas trabaja en la ONG argentina«Vínculos en Red». Amiga del Papa Francisco, asegura que es muy difícil encontrar personas que se impliquen en esta lucha. A continuación la entrevista realizada por Jesus Bastante de Periodista Digital, en la que nos habla de la importancia de llamar a las cosas por su nombre para que existan y puedan ser enfrentadas.

Alicia, bienvenida.Buenos días.Vienes a presentar en Madrid una nueva asociación, la asociación «Liberata». Es algo similar a lo que llevas haciendo más de dos décadas en Argentina en la asociación «Vínculos en Red». Cuéntanos un poco qué es Vínculos en Red.

Es una asociación que nació como una comisión. Pasaron muchos años hasta que pudimos tener la personalidad jurídica. No teníamos fondos. Seguimos con el mismo problema, esto no ha cambiado mucho. Pero al menos pudimos hacer la personalidad jurídica y avanzar. Sobretodo porque queríamos construir un albergue, una casa para las víctimas, y que la tenemos a medio construir.

¿En Buenos Aires?

En el interior. En Villamanín (Córdoba). Es una casa inmensa.La organización nace muy chiquita. Por eso les decía a las chicas que no se preocupen por ser pocos. En estos temas siempre es así. En Vínculos en Red, estamos mi marido, y una amiga, Sandra. Después se sumó un pastor. Y así fue creciendo. Es una asociación bastante cristiana: católicas, católicos, evangélicos y evangélicas. Digo bastante porque ahora hay dos chicos agnósticos. Lo que nos une es la lucha contra la trata. Y no es fácil encontrar gente que quiera trabajar estos temas.Ayer les decía a las chicas a manera de broma: «mira que había para ocuparse y ¡justo se fueron a preocupar de este!».

El tema de la trata de mujeres es algo que sobre el papel todo el mundo condenamos. Y luego también en el papel vemos un montón de anuncios de contenido sexual. El uso y el abuso de la mujer es práctica cotidiana en todas las mal llamadas «civilizaciones occidentales, industrializadas, avanzadas». ¿Por qué se da esa dicotomía?

Mira, molesta mucho cuando digo que la trata no está en la agenda política. Es el tema 339-340 de cualquier agenda política de cualquier país del mundo. Solo los suecos y los noruegos han avanzado un poco. Me dicen que por qué digo esto.No está en al agenda política porque países como España no tienen una ley anti-trata, una ley integral. Que la tienen que tener. Un fiscal me dijo que en esta cuestión se manejan con directrices de la Unión Europea. Me está hablando de persecución penal del delito.La trata es un fenómeno muy complejo. En realidad es la arista más débil de este tema. Donde más hay que apuntar y donde tiene más la obligación el Estado. No se tienen que dedicar las monjas a atender a las víctimas. En todo caso, si las hermanitas arreglan con el Estado. Pero la obligación es del Estado.Si no hay ley anti-trata, que al menos se establezca que van a tener programas de asistencia a largo plazo. Porque hay víctimas a las que tienes que asistir de por vida. Médica y psicológicamente. Con una ley anti-trata se puede plantear los avisos. Esto de los avisos hace ya tiempo que lo tenemos en Argentina. Y mira que somos un país subdesarrollado. Pero allí las organizaciones somos bastante batalladoras. En las mesas de diálogo con el Estado, dialogamos. Pero luego salimos a criticar al estado.Les decía a chicas de «Liberata» que no tengan miedo a marcar. De manera correcta y bien. Están para controlar al Estado, que es el papel de las organizaciones. También lo creo de las organizaciones de fe. No entiendo por qué cuesta tanto que estas organizaciones se sienten en estas mesas. Los únicos que trabajamos trata somos organizaciones de fe u organizaciones feministas.

Un tratamiento integral que aborde la prevención, la educación. Este es un tema que va más allá de un maltrato puntual a la mujer o de la prostitución. Va del tema de igualdad. Tampoco se soluciona con una política exclusivamente de cuotas.

La trata es violencia de género, pero no podemos dejarlo ahí porque es la máxima violación de todos los derechos humanos. Y esto de los avisos que te decía significa que en Argentina ya se condena la oferta de comercio de los cuerpos de las mujeres. En los periódicos o en lo que sea.A veces es tanto el dinero que reciben los periódicos por esos anuncios, que pagan la multa porque les sale rentable. Mira si mueve dinero el comercio de seres humanos. Por eso hay que tener mucho cuidado, porque la trata es violencia de género, pero es mucho más complejo.Las mafias, tráfico de personas…Y tortura. Una persona que es violada 10 veces por día y que es esclavizada. También hay que pensar en esto, la esclavitud. Cuando alguien habla de esclavitud la gente se imagina a Kunta Kinte. Actualmente, las cadenas son las cadenas de la cabeza y del corazón.Sí. Te ayudan a entrar en el país. Como no pagas un dinero que supuestamente deberías haber pagado secuestran a tu hijo. Y para pagar esa deuda tienes que prostituirte.Ahora se hacen la fiesta con los refugiados y refugiadas. Les cierran las fronteras y como no pueden volver, los están esperando las redes mafiosas como buitres. Es tremenda esta situación.

Y solo conocemos la punta del iceberg. Se ha hablado de 10.000 niños desaparecidos secuestrados, de los que han venido a Europa por redes mafiosas. Y no quiero ni imaginar la cantidad de mujeres que tienen que estar ganándose la vida prostituyéndose porque no tienen alternativa.Estamos viendo las imágenes de donde viven pero no de cómo viven o de cómo tiene que ganarse la vida.

Supuestamente deberíamos haber avanzado en valores. Pero es como si las personas tuviéramos precio y quien puede comprar, compra a quien está vulnerable, y hace con esa persona lo que quiera.¿Por qué a la gente le cuesta tanto imaginárselo?. Quizás solo los que estamos en contacto con personas que han sufrido tanto, sabemos que han sido sometidos a tortura. Hay que entender esto así. Incluso el poder poder judicial. Deberíamos hacer cursos de sensibilización. Los hacemos, lo que pasa es que después nadie va.

En España al menos, hay gente que se imagina que todas las mujeres que están metidas en este mundo es gente que quiere hacerlo voluntariamente, y que necesitan seguridad social. Supongo que las hay, pero la gran mayoría, y esto está comprobado, son personas que que se ven forzadas por redes mafiosas.

En la prostitución, esta idea de que son libres si se piensa bien, no es tan fácil de asumir. Cuando te dicen algo sí y preguntas, entonces ¿por qué no te dedicas tú a la prostitución o tu hermana?. Porque significa ser violada un montón de veces a cambio de unas monedas. Y la personas que ingresan, niñas o jóvenes que emigran a la ciudad para estudiar y luego no se pueden mantener, entran muy fácil. Entran en una red. Y en estos temas, como es todo clandestino, siempre hay alguien que está esperando para captarte. Y luego te mata a palos.Es muy fácil doblegar a un ser humano. Somos todos muy valientes hasta que nos agarran y nos muelen a palos. Hay que vivir la situación de estas mujeres.

Tú lo sigues siendo (valiente), porque llevas tiempo denunciando esta situación. Y también has padecido y padeces esas amenazas más o menos veladas. Y algunas nada veladas.

Sí. Lo que más he padecido ha sido el ataque a mi segundo hijo, Brunito. Yo tengo cuatro hijos y Brunito es adoptado. Y en ese momento de su vida él estaba en los dieciocho años. Se le habían juntado muchas cosas. Sus hermanos son todos rubios y él es bien moreno. No tiene nada que ver, hasta que se van juntando las variables. Cuando esto ocurre crea una situación que hace sufrir mucho. Y pienso que ese momento era el más vulnerable. Le pegaron, le hicieron de todo. Y se salvó porque apareció un policía. En realidad le pegó la policía. No la institución, sino policías determinados.

Policías corruptos que están metidos en esa trama.

Claro, y aparece otro policía, y lo salva. Pero después de estas cosas en las familias, (pasó en mi casa), vienen los planteos. Él entró en una depresión muy severa. Dejó de hablar. Estuvimos muy asustados mi esposo y yo. Pero nunca paré. Lo pude hacer porque mi marido me apoyaba y mis otros hijos también. Nunca me he quejado de mis hijos, pero es muy difícil mantenerlos, llevarlos a la escuela. Mi casa ha sido muy sacrificada por este tema. No los hemos mandado a otras actividades porque había que poner en la ONG. Además siempre hubo chicas en mi casa. Siempre más para comer. Cosas mínimas que pesan.

Pero también curten y educan. Imagino. Una sensibilidad absolutamente especial.

Mira, Piero fue anoche a una jornada con universitarios. Estuvo dos horas y los chicos estaban con los ojos grandes porque Piero hablaba desde lo testimonial. Él es de la misma edad de Bruno. Nosotros adoptamos a Bruno cuando yo estaba embarazada de cuatro meses de Piero. Bruno cumple veintiuno en abril y Piero los cumple en septiembre. Ellos están muy unidos. Son casi como mellizos. Y Piero ayer contaba el episodio de su hermano y hablaba de nuestra casa.Es una casa modesta, en un barrio modesto. Y cuenta cómo nos amontonábamos en la madrugada todos en una habitación para dejar libre la otra a alguna chica que venía a dormir.Cuenta: «en la adolescencia nosotros íbamos a la escuela, es muy gracioso, porque las profesoras nos decían «qué bueno lo que hace tu mamá».Y yo decía: «odio lo que hace mamá».Entonces las profesoras decían: «no es que lo odies…»Y yo aseguraba: «odio lo que hace mamá, no está nunca en casa, tiene dos trabajos y encima se de viaje con la ONG y no vuelve».Pasé por todas las etapas. Desde que todo el mundo me dijera que estaba loca y lo que debería de hacer era ocuparme de mi familia hasta ahora, que están todos mis hijos colaborando.En Buenos Aires yo le contaba estas cosas a Jorge Bergoglio. Le decía: «mire lo que pasa con esto» y él me decía: «tranquila, tranquila. Si vos sos coherente con lo que decís, con lo hacés y con lo que pensás. Si vivís de acuerdo a eso, vas a ver que los chicos, tarde o temprano van a terminar colaborando.» «Vos sabés que es así.»Pasaron todos por esa etapa de rechazo. Y todos conocieron a Francisco. Y al último que vio fué a Bruno y le hizo muchísimo bien.Pienso, «pobrecitos los otros chicos que a lo mejor no tienen esta posibilidad». Siempre pienso en eso y estoy muy agradecida a Dios. Porque la familia sufrió, pero siempre es mucho más lo que hemos recibido. Y mucho más lo que hemos recibido de la providencia. Lo que pasa es que hay que sentarse para poder verlo.Hablo con Dios y le digo: «no me devuelvas todo acá, porque allá arriba no vas a tener nada para devolverme.» Y siempre Dios nos ha cuidado, aún en los momentos más duros. Porque aparte de lo de Bruno, hemos pasado mucho. Siempre me pasaron cosas duras.

Si te metes con los poderes establecidos, y más con los poderes oscuros… No es cuestión de bien y mal pero a veces da esa sensación. Hay malos, malos.

Acá la oscuridad es «oscura». No, «un poco oscura». En violencia familiar. Es un marido violento, al que le viene culturalmente de familia. Esto hay que revertirlo. Hay que cambiar los métodos de crianza de los varones. Los chicos también trabajan eso en la ONG. Acá es otra cosa. Hablamos de gente muy oscura. Hablamos del poder.

Los mismos que en África matan a gente para esquilmar los minerales, en Asia han hecho masacres. Están financiando terroristas islámicos. Al final los malos, malos, ojalá que sean muy pocos en el mundo, pero son muy destructivos.

Sí, hacen mucho mal. Y es por dinero.

Decías antes que la trata, lamentablemente no está en la agenda de los grandes países. En contrapartida, tenemos un pequeño país pero muy importante, que sí que ha metido la trata en la agenda. Es El Vaticano, con el padre Jorge que hoy es el papa Francisco. Es uno de los ejes del pontificado.

Lo ha puesto a nivel mundial. Y esta movida que está habiendo dentro de la Iglesia, porque aunque la Iglesia seamos todos. Son sobretodo las organizaciones de dentro, las que han de salir de sus lugares de comodidad, abrir las puertas. Porque estos de de los que hablamos, son los cristos rotos. Es la gente que realmente sufre.Y Francisco incide. Por supuesto que en Naciones Unidas no le han dado cabida con esto de la trata como delito de lesa humanidad. Porque si no, todos los países van a tener que reparar los derechos de las víctimas. Lo van a tener que hacer. Cosa que correspondería. Porque en realidad la trata es una violación de los derechos humanos. Y los únicos que violan los derechos humanos son los Estados. No somos las personas. Y se da esto porque los Estados lo permiten. Hay esclavitud porque como sociedad lo permitimos. Y porque el Estado lo permite.

Vamos a decirlo otra vez. Es España y en muchos países existe esa esclavitud.

Exacto. Tal vez a diferencia con Latinoamérica es que allí lo ponemos en la mesa y acá lo esconden bajo la alfombra. Pero que hay, es seguro. Casos de tortura, de trata y de explotación.Valoro mucho poner una ley anti-trata. Porque con la ley van agregar cosas que con el protocolo de Palermo no tienen. Como hicimos en Argentina. La tipificación del delito puede allanar el camino. Porque realmente ¿adónde tiene que estar un mafioso?, ¡entre rejas! No hay otra. Y no un perejil. Un mafioso es un empresario que vive en una ciudad, o es un político, un ministro. Yo entiendo que es difícil.

Son hombres de bien.

Exacto. Eso es lo más duro de entender en este tema. Y entender que las víctimas, son víctimas. Sigo diciendo que la trata es un tema que no aceptamos como sociedad. Es el no tema.La «Laudato si «es la hoja de ruta de todos. No solamente entre los cristianos. El Papa salió con ella. Leerla un poquito cada día, o leértela veinte veces. Ahí tenés la vida.

El papel que tenemos como seres humanos respecto al mundo, y dentro del mundo respecto a los otros seres humanos.

Y si queremos seguir viviendo en la humanidad o vamos a llegar a la destrucción total.

Es la hora de ese momento crítico de la humanidad, de la tercera guerra mundial a pedacitos. Que no solo son guerras las de las bombas y misiles sino que también estas violencias.

Y donde los que más sufren son los que menos tienen. La gente ha tomado todo esto que tiene que ver con la trata de personas y con la esclavitud, hacia el cambio climático. Todo el mundo se ha cerrado en este tema. Está más en onda, suena más lindo.

Ha coincidido con la Cumbre de París.

De pronto en tu casa, si vos clasificás la basura en tres lugares, sentís que estás contribuyendo con el cambio climático. En cambio el tema trata, no lo tomó nadie. Y si todos como sociedad no lo tomamos, si todas las organizaciones no presionamos, no va estar en la agenda política.Hay que trabajar en incidencia política. «Liberata», junto con las otras organizaciones, tiene que presionar en esta incidencia. Dialogar para que el Estado responda. Ese es el tema que tiene que ver con el subsidio a las organizaciones. Hay que tener mucho cuidado. Porque por eso estamos en números rojos.

No presionar demasiado no vaya a ser que te quiten las subvenciones.

Por eso siempre estamos en default, pero es interesante porque podemos seguir diciendo estas cosas que yo digo. Y otra cosa: incidir en el ámbito educativo. Ya logramos que esté en la currícula. Trata de personas. Lo logramos separar porque antes lo ponían en educación sexual y en violencia de género. Lo pudimos separar como espacio propio. Si no, por ejemplo si es en educación sexual, nada más se habla de la trata sexual. Si lo ponen como violencia, también. La trata laboral y el trabajo esclavo lo dejan.Fíjate que el término «trabajo esclavo» no lo usan mucho. Suena feo. Hay que tener mucho cuidado, porque cuando se dejan de nombrar las cosas, dejan de existir.

Por eso te decía que era importante que repitiéramos lo de que exista la esclavitud.

Claro. Prostitución. Es una palabra que hay que nombrar porque se deja de nombrar. Esto, que entra en el debate si la reglamentación o no. La reglamentación siempre fue para favorecer a los clientes. Los derechos de las mujeres, quédate tranquilo que nunca nos van a favorecer. Porque lo que se le garantiza al cliente son mujeres sanas.

Que te vas a poder desgravar de la factura.

Que no te van acusar, ni te van a llevar en una causa de testigo. Buscá el perfil de algún varón que en el facebook dice: Alicia Peressutti la pasa viajando a Roma y hace poco acá. Después, pregúntame a mi y yo te mando en qué causa está como testigo. Es lo más probable que lo hayan citado como testigo. Porque no hay penalización del cliente, que frenaría, como pasa en Noruega.

Penalizar en los dos sitios, en la mafia y en el cliente. Porque penar a las mujeres, es penar a las víctimas.

Claro. Toda la carga está sobre la víctima. Lo que tiene que hacer el Estado es un programa de asistencia a las víctimas. En el tema de la legislación, hay que ir sobre el cliente.En Liberata digo: «chicas, ustedes tienen un papel importantísimo».

Háblanos un poco de Liberata.

Es hermoso. Son hermosas las chicas. Cinco mujeres, Mª José, Corina, Teresa, Isabel y Mónica. A Mª José la conocí en Roma y me dijo que se quería unir a nosotros. Me alegré mucho porque somos muy pocos. Tienen mucho empuje y muchas ganas. Y son muy independientes. Es nuestro perfil. Me identifiqué mucho.

La libertad a largo plazo es el gran patrimonio de cualquiera.

La independencia te va costar siempre, pero son las organizaciones que inciden políticamente para bien. La gente que está en nuestra ONG es gente que está comprometida y que sabe que con esto no se juega. Y que los beneficios personales están detrás de los institucionales. Mientras tengan claro esto, tengo muchas esperanzas.

Alicia, ha sido un placer. Ojalá Liberata sea como lo que está siendo Vínculos en Red en Argentina. Y podamos entre todos trabajar para que este sistema mafioso que afecta a las mujeres y a toda la humanidad, acabe siendo erradicado. Aunque sea poco a poco. Y sobretodo que hagamos en nuestra vida lo que decías del reciclaje, encontrar la forma de que no sea tan difícil comprometerse.

Gracias a ustedes. Y hay que terminar con el paradigma del descarte. Como dice el Papa. Muchas gracias.

Fuente de la entrevista: 

www./religion/opinion/2016/04/10/trata-de-personas-ignorada-agendas-politicas-religion-iglesia-dios-jesus-papa-francisco-laudato-si-prostitucion-esclavitud-tortura-refugiados-violencia-genero.shtml

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Venezuela: Instalan sala de prevención para combatir violencia escolar en Zulia

América del Sur/Venezuela/Abril 2016 /Fuente:El Tiempo.com.ve /Autor: AVN

La coordinadora de la Autoridad Única de Educación, María De Queipo, anunció que se instalará una mesa de trabajo en cada escuela para la discusión sobre la prevención y seguridad.

Caracas.- En el estado Zulia fue instalada la sala de prevención y resguardo, dirigida a combatir la violencia escolar y promover la tolerancia y el respeto a la diversidad en las instituciones escolares de la entidad.
Esta sala será impulsada desde la Autoridad Única de Educación de Zulia y contará con el apoyo del Instituto Autónomo Consejo Nacional de Derechos de Niños, Niñas y Adolescentes (Idena) y de la Oficina Nacional Antidrogas (ONA), así como de las coordinaciones de Protección y Desarrollo Estudiantil, de Intendencias, de Gestión Escolar y por la de Prevención del Delito.
Asimismo, se incorporarán la comunidad educativa y el pueblo organizado en las adyacencias de cada institución, informó la coordinadora de la Autoridad Única de Educación, María De Queipo, citada en una nota de prensa de la Zona Educativa del estado Zulia.
Anunció que además se instalará una mesa de trabajo en cada escuela para la discusión sobre la prevención y seguridad, y en ese sentido llamó a la revisión y evaluación interna y externa de cada espacio educativo.
Fuente de noticia: http://eltiempo.com.ve/venezuela/educacion/instalan-sala-de-prevencion-para-combatir-violencia-escolar-en-zulia/215850
Fuente de la imagen:http://www.prensa.ula.ve/index.php/violencia-escolar-y-familiar-sera-objeto-de-analisis-en-seminario-internacional/acoso1/
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Perú: Minedu, agencias internacionales y sector privado plantean crear Grupo de Educación para la Selva

Minedu Usaid

 

Lima, Perú/12 de abril de 2016/Fuente: Minedu

 

El ministro de Educación, Jaime Saavedra Chanduví y el embajador de los Estados Unidos en el Perú, Brian A. Nichols plantearon junto a representantes de organismos cooperantes internacionales y el sector privado la posibilidad de formar el Grupo de Educación para la Selva.

El objetivo de este grupo es darle sostenibilidad al trabajo que viene desarrollando el Ministerio de Educación (Minedu) en las regiones de la Amazonia a través del Plan Selva, el cual forma parte de la estrategia orientada a mejorar las condiciones del servicio educativo en las zonas rurales principalmente.

En la cita, el ministro Jaime Saavedra planteó las acciones de monitoreo y la sistematización de las acciones que vienen realizando las organizaciones cooperantes para unificarlas bajo una estrategia promovida desde el Minedu.

Agradeció el interés de las organizaciones cooperantes para sumarse a este esfuerzo de proveer un mejor servicio de calidad a las poblaciones que se encuentran en estas zonas de intervención.

En el encuentro, realizado en la sede de la embajada de Estados Unidos, participaron representantes del Banco Interamericano de Desarrollo (BID), el Banco Mundial (BM), el Programa de las Naciones Unidas para el Desarrollo (PNUD), el Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (UNICEF), la Embajada de Japón y la Agencia de los Estados Unidos para el Desarrollo Internacional (USAID). También participaron representantes de la organización Perú 2021.

El jefe de Plan Selva, Ernesto Galmez explicó los avances del plan y mencionó que tiene como ejes estratégicos básicos: la atención de los alumnos, la asistencia a los profesores, implementación de infraestructura y entrega de materiales educativos.

En los ámbitos más lejanos de la selva hay 16 mil instituciones distribuidas en regiones como Amazonas, Iquitos, Madre de Dios, San Martín, Junín, Ucayali, así como algunas provincias en el Valle de los ríos Apurímac, Ene y Mantaro (Vraem).

 

 

FUENTES DE LA NOTICIA:

http://www.minedu.gob.pe/n/noticia.php?id=37485

 

FUENTE DE LA FOTO:

http://www.minedu.gob.pe/fotosmed/portada/mineduagenciasinternacionales87523366541.jpg

 

PROCESADO POR:

Hans Mejía Guerrero

hans_mguerrero@hotmail.com

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La inseguridad. La necesidad de un Shock

Por: Esteban Valenti

Esta nota ha sido redactada luego de conocer en primera persona ciertas situaciones territoriales, que se reflejaron en la nota anterior, de conversar con diversos actores importantes del tema del combate a la delincuencia y de analizar otras experiencias nacionales, considerando que hay países de la región donde la situación de la inseguridad es muy mala, mucho peor que la nuestra y hay otros en el mundo que han logrado invertir la tendencia al crecimiento de la delincuencia y mejorar su seguridad.

No soy un experto y no pretendo serlo. Soy un observador político y periodístico.

Hablar de shock de seguridad es fácil, hacerlo es muy difícil. Están dadas las necesidades y las condiciones. Se ha consolidado un nivel y un tipo de delincuencia que hay que frenar e invertir la tendencia al crecimiento y su consolidación. Hay condiciones políticas, sociales y materiales para adoptar en forma simultánea una serie de medidas y para sostenerlas en el tiempo.

La inseguridad es hoy en el país el punto en el que se encuentran los principales problemas que debe resolver la sociedad uruguaya actual, por lo tanto el gobierno y el Estado y, es el factor que más ha influido para empeorar la vida de los uruguayos, que en otros aspectos ha mejorado de forma muy importante en la última década.

En la inseguridad confluyen factores materiales y culturales. Primero la profundidad de la fractura que divide socialmente a los pobres e indigentes del resto de los uruguayos. Esa brecha es hoy muy profunda no solo materialmente sino culturalmente. Y el que diga que la situación social no tiene nada que ver con la inseguridad, lo hace desde la ignorancia o desde la mala fe. Es la base de todo el proceso de crecimiento y consolidación de una masa de delincuentes muy importante. Así como el que diga que resolviendo esa «causa» de la inseguridad, resolveremos el problema, no aprendió nada en los últimos 11 años. Y los hay y son persistentes.

El último informe del INE establece que la pobreza se estancó luego de 11 años de bajar, en el 9.6% del total de la población, mientras que la indigencia es del 0.2%. Siguió bajando. En cuanto a los hogares el total nacional es que el 6.4% viven en la pobreza.

En Montevideo es la región con mayor incidencia de la pobreza el 8,7% de los hogares eran pobres, esto es 0,2 puntos más que en 2014. En las localidades del Interior de 5.000 habitantes o más, la incidencia de la pobreza alcanzó al 5% de los hogares, frente al 4,9% en 2014, en las localidades del Interior de menos de 5.000 habitantes, los hogares pobres eran el 5,6% del total, frente al 6,4% que eran en 2014. En las zonas rurales, la pobreza bajó de 2,2% de los hogares en 2014 a 2% en 2015.

En la inseguridad confluye la presencia y el control del estado en todo el territorio nacional, no con la policía solamente ni principalmente, sino en sus diversas estructuras, educativas, sociales, culturales, sanitarias. La batalla por la seguridad es una batalla social, cultural y territorial.

En la inseguridad confluyen los actuales niveles, limitaciones y problemas que tiene la educación pública, asumiendo que no habrá solución de fondo y sostenible en el tiempo sin educación, educación, educación. Pero que también hay que asumir que es una solución que requiere de tiempo, de varios años y la inseguridad no admite la menor demora y si esperamos el impacto de la educación en la inseguridad sin actuar en todos los otros terrenos simultáneamente, perderemos la batalla, nos cambiará el país, para mal, para mucho peor.

En la inseguridad, confluye el funcionamiento adecuado de los diversos niveles del combate del estado contra la delincuencia, la prevención, la inteligencia, la represión, la investigación, el papel de los fiscales, el poder judicial, las cárceles y su capacidad de rehabilitación, la reincidencia y el fracaso de la rehabilitación.

En la inseguridad, confluyen las capacidades numéricas, profesionales, técnicas, de armamento, comunicaciones y transporte, operativas y la capacidad de liderazgo y de compromiso de las fuerzas policiales y de inteligencia del país. Uno de los principales errores es el ping-pong que se ha instalado de pasarse las responsabilidades entre la policía y los jueces. La seguridad no es solo responsabilidad de la policía, ni mucho menos. Es una responsabilidad política central. Y si me dijeran cual es el error principal que hemos cometido, además de pretender socializar exclusivamente la lucha contra el delito, fue policializar el Ministerio del Interior cada día más.

Voy a decir algo que no es un «empate», y es duro, pero lo he visto con mis propios ojos, tenemos un proceso de burocratización extendido y muy peligroso en las dos estructuras, en la policial y en la judicial. Y eso no se arregla con más policías, con mejores armas, ni siquiera con mejor entrenamiento etc etc, ni con jueces y fiscales mejor pagos. Hace falta, es imprescindible un fuerte liderazgo, una épica de la lucha contra el delito que no tenemos y transformaciones en los procedimientos. Cambios radicales.

En la inseguridad confluye las leyes obsoletas, superadas absolutamente por los cambios operados en la delincuencia y en particular por el cambio más importante, la droga como base de la delincuencia organizada y como columna central de la delincuencia en el país y en la región.

En la inseguridad confluye la incapacidad manifiesta del Código del Proceso Penal viejo  para asegurar los derechos básicos de las víctimas, de la sociedad en su conjunto, e incluso de los propios acusados. Todo esto es inseparable.

Pero también se expresa algo que considero muy importante de acuerdo al trabajo que realice con diversos especialistas, el nuevo Código del Proceso Penal tiene un aspecto muy mal resuelto que es la discrecionalidad de los fiscales que puedan determinar que por el «principio de oportunidad» que algunos delitos «menores», considerando la gravedad de la ola delictiva y la violencia sus presuntos autores no sean acusados y eso sería grave. El nuevo Código del Proceso Penal no tiene previsto mecanismos alternativos, incluso sin penas de prisión, pero que demuestren que la sociedad persigue, repudia todos los delitos, manteniendo naturalmente las debidas proporciones.

Para lograr un shock de seguridad hay que incluir el concepto que incluso esos delitos menores, son perseguidos y reciben una sanción, porque esa es una experiencia unánime a nivel de los países que han triunfado o fracasado en bajar los niveles de inseguridad. En la carrera delictiva se comienza muchas veces por esos delitos menores y se sube por una escalera que llevan al hurto, a la rapiña y a cosas peores, en particular cuando la droga tiene una red tan extendida de captación para sus diversas actividades.

En la inseguridad confluyen las capacidades y limitaciones de toda la sociedad civil uruguaya de actuar en un terreno clave y donde su aporte es insustituible.

En la inseguridad confluye la cultura social, la violencia creciente que existe en nuestra sociedad, que a su vez es influida por la propia inseguridad, que despierta y aviva al pequeño enano fascista que todos, absolutamente todos llevamos dentro. Hasta San Francisco de Asis, que por algo predicaba su amor irrenunciable, también se lo predicaba a sí mismo. Violencia en el tráfico, en los barrios, en el deporte, en la educación. La política es hoy uno de los terrenos menos violentos de la sociedad uruguaya.

Si en la inseguridad confluyen tantos factores, no habrá manera de resolverla si no los afrontamos todos, de manera inteligente, profunda, simultánea y oportuna. Es decir ya e integralmente.

Si los partidos blancos y colorados se siguen concentrando en pedir la renuncia del ministro Eduardo Bonomi y determinando la reacción casi obligada del gobierno de negarse a esa posibilidad, el que va a perder es el país, somos todos. Seis años al frente de esa tarea policial en estos tiempos, partiendo de una policía en la ruina, debe haber sido lo más ingrato que le tocó a un gobernante desde la salida de la dictadura. Es demasiado, pero no es lo principal.

Si efectivamente asumimos la gravedad de la situación, y voy a reiterar un criterio que utilicé en el artículo anterior, 22 mil rapiñas anuales y más de 300 asesinatos, una parte de los cuales son ajustes de cuenta, para 3.300.000 habitantes, podrá resultar explicativo compararlo con otras cifras de países de la región, pero para los uruguayos que hace 20 años teníamos 12 mil rapiñas para la misma cantidad de habitantes y con muchos menos policías y en pésimas condiciones operativas, es una barbaridad. Los porcentajes de crecimiento del delito, no deben compararse solo con el pasado, ni con la región, sino con la base de la que partimos y su proporción con los habitantes y el impacto en sus vidas.

Esto no es una justificación, fue en la década del 90 – gobierno de Luis. A. Lacalle – donde en base al desmoronamiento del instituto policial (huelga incluida), a la miseria, la indigencia de los policías, y los problemas sociales, el delito tuvo un  crecimiento exponencial, lo mismo sucedió luego en la crisis del 2002 -2004 y siguió de largo. Pero si nos vamos a dedicar a tironearnos las responsabilidades el delito se va a divertir de lo lindo.

Hay que asumir otro aspecto clave, el tiempo juega un papel fundamental en la batalla por la seguridad. Y aquí voy a reiterar una frase de mi anterior artículo, que no fue pronunciada por ningún pensador de «izquierda», dijo Benjamín Franklin: «Cualquier sociedad que renuncie a un poco de libertad para ganar un poco de seguridad, no merecen ninguna de las dos cosas»

Todo depende de que es lo que consideremos libertad y seguridad y como lo veamos en el tiempo. Si renunciamos a priori a considerar los cambios en las leyes necesarios para no perder una supuesta «libertad», lo que estamos confundiendo es el concepto. Una libertad fundamental que debemos preservar es la de los ciudadanos honestos que sufren la acción de la delincuencia y deben replegarse y empeorar sus condiciones materiales y espirituales de vida, incorporando el miedo como un factor permanente en su existencia y la de su familia.

La izquierda nos comprometimos a bajar en un 30% el número de rapiñas al final del periodo. Es un objetivo muy ambicioso y que representaría un cambio cualitativo más que cuantitativo. No lo estamos logrando.

Los cambios imprescindibles en un abordaje integral al tema de la inseguridad, una propuesta de shock.

Hay que reducir el número de delitos y por lo tanto de delincuentes en las calles, no desplazar los delitos geográficamente y socialmente. Para ello hay que resolver un tema clave, no puede ser que el 94.5% de los delitos queden sin resolver (cifras del Fiscal General de la Nación Jorge Díaz). Esto implica revisar críticamente donde están las bases de esta situación. Si esto persiste, la inseguridad seguirá creciendo, inexorablemente.

En mi opinión, pero hay que admitir que en este sentido que luego de un breve, intenso debate a nivel político institucional, donde hay diversas opiniones, hay que llegar a conclusiones, lo que es claro es que estos problemas dependen de la capacidad de investigación. Si no mejoramos urgentemente este aspecto, no habrá cambios importantes. Creo que los fiscales deben pasar en forma urgente a ser los titulares de la investigación, lo han reclamado la propia Fiscalía y esa sola actitud, de reclamar una tan grande responsabilidad, refuerza la idea de que es un cambio fundamental. Además es la experiencia de todos los países que mejoraron su investigación y su seguridad.

Hay que cambiar partes importantes del Código Penal, adecuarlo en forma urgente a las nuevas formas delictivas, en particular dos que me parecen claves: aumentar las penas en forma muy importante para los diversos niveles del narcotráfico, para lo cual importa que  la investigación no se detenga o concentre en los autores materiales de los delitos, sino en los mandantes, en las organizaciones, incluyendo en el hurto y la rapiña a las estructuras de comercialización, los ganglio vitales de esos delitos. Ya no son las ferias periféricas, son el nudo del delito. En especial en la droga. Y estoy hablando de penas muy, muy duras, ejemplares en América Latina, para los traficantes, los lavadores de dinero de la droga, los contratantes y los sicarios. No creo que debamos esperar la actualización total del Código Penal  completo, que es de 1934 y reclama una urgente reforma. Llevará su tiempo.

El combate al sicariato, un fenómeno nuevo, no puede limitarse a aplicar el viejo código, necesita una respuesta actual, en especial para los menores. Milité con todo entusiasmo en la batalla contra la «baja», eso no quiere decir que mantengamos las condiciones para que los menores de edad sean la mano de obra preferida para el sicariato y para formar parte de organizaciones criminales. No pueden ir a las cárceles de mayores, pero no puede ignorarse que el sicariato ha cambiado muchas cosas.

El otro aspecto que hay que considerar es la reincidencia. Lo fundamental sigue siendo construir, gestionar cárceles donde los delincuentes: a) no esperen durante años sus condenas, eso lo asegura el nuevo Código del Proceso Penal, b) haya un real proceso de rehabilitación. Llegado un momento, van a salir de la cárcel y está demostrado a través de experiencias concretas y actuales que se puede contar con cárceles que rehabiliten. Esto vale para mayores y menores. Y c) No puede ser que alguien que tiene decenas de antecedentes penales, siga reincidiendo sin casi consecuencias. Eso llevará durante un tiempo a aumentar el importante número de presos por habitante que tenemos (320 por cada 100.000 habitantes). Sus condenas en tiempo y forma a través de nuevo código, deberían cambiar toda la situación penal, pero habrá un periodo en el debemos reducir drásticamente, con todas las garantías, pero drásticamente los delincuentes sueltos.

Los cambios en las leyes deben incluir necesariamente acotar la discrecionalidad de los jueces en particular en el tema de las libertades anticipadas.

Junto con los cambios operativos que se anuncian en el Ministerio de Interior, principal preocupación se le debe brindar a construir a todos los niveles liderazgos importantes, ejemplares en la batalla contra el delito. No tenemos como en otros países una policía de gatillo fácil. En absoluto. las cifras son muy elocuentes y positivas. Pero la contracara no puede ser burócratas con pistolas 9mm, sub fusiles y escopetas.

Comencé por lo más polémico, porque lo que viene a continuación, con matices es compartido por todos, pero…el problema es actuar en todos los planos.

La planificación del desarrollo de escuelas y centros de estudio debe tener una especial atención en cubrir en calidad, en la tipología de esos centros las zonas más vulnerables del territorio metropolitano, donde se concentra notoriamente la mayor cantidad de menores en situación de pobreza y de indigencia. Solo el estado no lo logrará. La inversión social en niños y menores de edad debe aumentar y mejorar substancialmente su calidad y sus resultados medibles.

Hay que rever y reforzar la presencia permanente del estado en todo el territorio, disputar y ocupar ese territorio a las bandas que se han instalado en algunas zonas, no solo ni principalmente con la policía, sino con los diversos instrumentos que dispone el estado, escuelas, centros educativos, Mides, policlínicas. Algunos proyectos, hay que revisarlos en su estado actual y en su rápido deterioro. Y en esas zonas requiere políticas concentradas y especiales. Políticas sociales con una propia épica de la labor de sus educadores, de sus profesionales, de sus trabajadores.

He visto y he conocido por relatos experiencias de acciones concretas de instituciones de la sociedad civil, construyendo centros, gestionándolos en combinación y con el apoyo de instituciones del estado, que son muy importantes y en barrios con situaciones de gran fragilidad y que logran resultados muy buenos. Medibles, concretos. Sacan a los pibes de la calle y le construyen en conjunto hábitos de estudio, de trabajo, de convivencia, de higiene diferentes. Sin integrar a esta batalla madre al conjunto de la sociedad civil, no ganaremos esta batalla. No voy a dar uno o más nombres, pero sin esos centros la situación social de esos sectores sociales, sería mucho más grave y comprometida. Hay que integrar, no disputar. No todo la va a poder resolver el estado.

Cada vez que queremos abordar en algún debate un tema escabroso, complicado hay caminos difusos, uno es depositarlo en alguna comisión por tiempo indeterminado, otro más fumoso aún es ponernos a hablar del cambio cultural. En esa definición puede caber todo y el contrario de todo. Y sin embargo hace falta un cambio cultural en la sociedad uruguaya.

En un plano logramos un gran cambio cultural en estos 11 años, erradicamos la pregunta de si el Uruguay era viable. ¿La recuerdan? Ahora se trata de dar la batalla por mejorar substancialmente los niveles de convivencia entre los uruguayos, entre la gente, la sensibilidad frente a los que menos tienen, a los más débiles, y querernos un poco más, respetarnos bastante más y debemos derrotar la resignación de que el proceso actual de la inseguridad es inexorable. Es una gigantesca tarea que involucra todo, el principal obstáculo en ese horizonte es precisamente la inseguridad, la sospecha, el miedo. Voy a hablar de una nimiedad, tenemos que recuperar que cuando suba al ómnibus una embarazada, alguien con un bebé en brazos o una persona mayor, le cedamos el asiento…¿Estos muy despistado o los detalles son pinceladas de un clima de convivencia?

Las batallas culturales se nutren no solo de ideas, de diálogos, de arte, de cultura, también de hechos, de actos, a veces duros y firmes. Y hoy necesitamos una gran firmeza, una gran responsabilidad republicana, un reforzado sentido de la democracia y de la libertad. La libertad de todos. Y no tenemos mucho tiempo.

Publicado originalmente en: http://www.uypress.net/uc_67945_1.html

Información de la imagen:  http://www.bbc.com/mundo/noticias/2015/03/150227_uruguay_mujica_vazquez_herencia_vs

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