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La jaula neoliberal

Frei Betto

«El mercado se apropia de todo»

Al contrario del liberalismo, el neoliberalismo defiende la supremacía del mercado y la reducción del Estado a mero gestor de intereses corporativos privados. La democracia, entendida como participación popular, es un estorbo para el neoliberalismo. Como cierto general brasileño, no soporta «el olor del pueblo».

Ya en 1975, los autores del Informe Rockefeller, que enunció las bases de la Comisión Trilateral (Estados Unidos, Europa y Japón), se quejaban del «exceso de democracia» y admitían, sin ningún pudor, que solo funcionaría con cierto grado de apatía por parte de la población y desinterés de individuos y grupos.

Max Weber nos había advertido sobre la tiranía del mercado, que instaura en nuestras vidas -desde la subjetividad más íntima hasta la actividad política- la «jaula de hierro» de la que no resulta fácil librarse. El mercado se apropia de todo. Y le transfiere la culpa de sus males a la responsabilidad del Estado.

En la década de 1960, el hambre, la devastación ambiental, la corrupción, el desempleo, etc., se calificaban de (d)efectos del capitalismo. Hoy se atribuyen a la ineptitud del Estado. Él es el gran villano, responsable de todos los malestares sociales y económicos.

De ahí el apresuramiento para aprobar la reforma laboral propuesta por Temer, para hacer retroceder los derechos laborales duramente conquistados, anular el papel del Estado como árbitro de las cuestiones sociales y restringir los derechos de los trabajadores a las parcas concesiones patronales formalizadas en acuerdos privados.

El neoliberalismo es la nueva razón del mundo. Promueve el desmontaje de la democratización, en la misma medida en que favorece la formación de monopolios y oligopolios. Desde los bancos hasta los medios de comunicación. La pirámide social y cultural se estrecha cada vez más.

En el neoliberalismo impera la teología de la culpa. En teoría, el Dios Mercado les ofrece a todos iguales oportunidades. Si en la práctica reina una desigualdad brutal, la culpa es de quienes no han sabido evitar el propio fracaso…

Pregúntele a un ciudadano corriente qué es el neoliberalismo. Es probable que no le sepa responder. Pregúntele entonces qué cree de la vida, del país, del mundo. Sin duda expresará esa ideología del éxito individual y de la supremacía de unos sobre otros, que legitima todo tipo de prejuicios y discriminaciones.

Dos áreas en las que el neoliberalismo invierte sin tasa son la educación y la cultura. Los libros didácticos se someten a la lupa censora de lo que hoy se denomina Escuela Sin Partido. La cultura se reduce a mero entretenimiento.

Los medios masivos exaltan el mercado y execran al Estado. Si este favorece a la mayoría de la población, es populismo. La finalidad del Estado es facilitar el crecimiento de las grandes empresas y la elevación de los índices de la Bolsa de Valores, engordar a las corporaciones financieras y garantizar la seguridad del juego mercantil ante el descontento y, quizás, la revuelta de los excluidos de sus beneficios (huelgas, manifestaciones, etc.).

El neoliberalismo es una plaga que solo se puede combatir con un antídoto: el neosocialismo o ecosocialismo.

(Traducción de Esther Perez)

 


Fuente del Artículo:

http://www.periodistadigital.com/religion/opinion/2017/04/05/religion-iglesia-opinion-frei-betto-la-jaula-neoliberal-el-mercado-se-apropia-de-todo-neoliberalismo-neosocialismo-ecosocialismo.shtml

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Para que o futuro seja de novo possível, por Boaventura de Sousa Santos

Boaventura de Sousa Santos

E se o divórcio entre Democracia e Revolução estiver na origem dos tempos sombrios que vivemos? E se Democracia e Revolução puderem se amigar de novo? (Imagem: Robert Doisneau).

Quando olhamos para o passado com os olhos do presente, deparamo-nos com cemitérios imensos de futuros abandonados, lutas que abriram novas possibilidades mas foram neutralizadas, silenciadas ou desvirtuadas, futuros assassinados ao nascer ou mesmo antes, contingências que decidiram a opção vencedora depois atribuída ao sentido da história. Nesses cemitérios, os futuros abandonados são também corpos sepultados, muitas vezes corpos que apostaram em futuros errados ou inúteis. Veneramo-los ou execramo-los consoante o futuro que eles e elas quiseram coincide ou não com o que queremos para nós. Por isso choramos os mortos, mas nunca os mesmos mortos. Para que não se pense que os exemplos recentes se reduzem aos homens-bombas – mártires para uns, terroristas para outros – em 2014 houve duas celebrações do assassinato do Arquiduque de Francisco Fernando e sua esposa em Sarajevo, e que conduziu à I Guerra Mundial. Num bairro da cidade, bósnios croatas e muçulmanos celebraram o monarca e sua esposa, enquanto noutro bairro, bósnios sérvios celebraram Gravilo Princip que os assassinou, e até lhe fizeram uma estátua.

No início do século XXI, a ideia de futuros abandonados parece obsoleta, aliás tanto quanto a própria ideia de futuro. O futuro parece ter estacionado no presente e estar disposto a ficar aqui por tempo indeterminado. A novidade, a surpresa, a indeterminação sucedem-se tão banalmente que tudo o que de bom como de mau estava eventualmente reservado para o futuro está a ocorrer hoje. O futuro antecipou-se a si próprio e caiu no presente. A vertigem do tempo que passa é igual à vertigem do tempo que pára. A banalização da inovação vai de par com a banalização da glória e do horror. Muitas pessoas vivem isto com indiferença. Há muito desistiram de fazer acontecer o mundo e por isso estão resignados a que o mundo lhes aconteça. São os cínicos, profissionais do ceticismo. Há, porém, dois grupos muito diferentes em tamanho e sorte para quem esta desistência não é opção.

O primeiro grupo é constituído pela esmagadora maioria da população mundial. Exponencial desigualdade social, proliferação de fascismos sociais, fome, precariedade, desertificação, expulsão de terras ancestrais cobiçadas por empresas multinacionais, guerras irregulares especializadas em matar populações civis inocentes – tudo isto faz com que uma parte cada vez maior da população do mundo tenha deixado de pensar no futuro para se concentrar em amanhã. Estão vivos hoje, mas não sabem se estarão vivos amanhã; têm comida para dar aos filhos hoje, mas não sabem se têm amanhã; estão empregados hoje, mas não sabem se estarão amanhã. O amanhã imediato é o espelho do futuro em que o futuro não se gosta de ver, pois reflete um futuro medíocre, rasteiro, comezinho. Estas imensas populações pedem tão pouco ao futuro que não estão à altura dele.

O segundo grupo é tão minoritário quanto poderoso. Imagina-se a fazer acontecer o mundo, a definir e controlar o futuro por tempo indeterminado e de maneira exclusiva para que não haja qualquer futuro alternativo. Esse grupo é constituído por dois fundamentalismos. São fundamentalistas porque assentam em verdades absolutas, não admitem dissidência e acreditam que os fins justificam os meios. Os dois fundamentalismos são o neoliberalismo, controlado pelos mercados financeiros, e o Daesh, os jhiadistas radicais que se dizem islâmicos. Sendo muito diferentes e até antagónôcos, partilham importantes características. Assentam ambos em verdades absolutas que não toleram a dissidência política – num caso, a fé científica na prioridade dos interesses dos investidores e na legitimidade da acumulação infinita de riqueza que ela permite; no outro, a fé religiosa na doutrina do califa que promete a libertação da dominação e humilhação ocidentais. Ambos visam garantir o controle do acesso aos recursos naturais mais valorizados. Ambos causam imenso sofrimento injusto com a justificação de que os fins legitimam os meios. Ambos recorrem com parificável sofisticação às novas tecnologias digitais de informação e comunicação para difundir o seu proselitismo. O radicalismo de ambos é do mesmo quilate e o futuro que proclamam é igualmente distópico – um futuro indigno da humanidade.

Será possível um futuro digno entre os dois futuros indignos que acabei de referir: o minimalismo do amanhã e o maximalismo do fundamentalismo? Penso que sim, mas a história dos últimos cem anos obriga-nos a múltiplas cautelas. A situação de que partimos não é brilhante. Começámos o século XX com dois grandes modelos de transformação progressista da sociedade, a revolução e o reformismo, e começamos o século XXI sem nenhum deles. Cabe aqui recordar, de novo, a Revolução Russa, já que foi ela que radicalizou a opção entre os dois modelos e lhe deu consistência política prática. Com a Revolução de Outubro, tornou-se claro para os trabalhadores e camponeses (diríamos hoje, classes populares) que havia duas vias para alcançar um futuro melhor, que se antevia como pós-capitalista, socialista. Ou a revolução, que implicava ruptura institucional (não necessariamente violenta) com os mecanismos da democracia representativa, quebra de procedimentos legais e constitucionais, mudanças bruscas no regime de propriedade e no controle da terra; ou o reformismo, que implicava o respeito pelas instituições democráticas e o avanço gradual nas reivindicações dos trabalhadores à medida que os processos eleitorais lhes fossem sendo mais favoráveis. O objetivo era o mesmo – o socialismo.

Não vou hoje tratar das vicissitudes por que esta opção passou ao longo dos últimos cem anos. Apenas mencionar que depois do fracasso da revolução alemã (1918-1921) foi-se construindo a ideia de que na Europa e nos EUA (o primeiro mundo) o reformismo seria a via preferida, enquanto o terceiro mundo (o mundo socialista soviético foi-se constituindo com o segundo mundo) iria seguir a via revolucionária, como aconteceu na China em 1949, ou alguma combinação entre as duas vias. Entretanto, com a subida de Stalin ao poder, a Revolução Russa transformou-se numa ditadura sanguinária que sacrificou os seus melhores filhos em nome de uma verdade absoluta que se impunha com a máxima violência. Ou seja, a opção revolucionária transformou-se num fundamentalismo radical que precedeu os que mencionei acima. Por sua vez, o terceiro mundo, à medida que se ia libertando do colonialismo, começava a verificar que o reformismo nunca conduziria ao socialismo, mas antes, quando muito, a um capitalismo de rosto humano, como aquele que ia emergindo na Europa depois da II Guerra Mundial. O movimento dos Não-Alinhados (1955-1961) proclamava a sua intenção de recusar tanto o socialismo soviético como o capitalismo ocidental.

Por razões que analisei na minha última coluna, com a queda do muro de Berlim os dois modelos de transformação social ruíram. A revolução transformou-se num fundamentalismo desacreditado e caduco que ruiu sobre os seus próprios fundamentos. Por sua vez, o reformismo democrático foi perdendo o impulso reformista e, com isso, a densidade democrática. O reformismo passou a significar a luta desesperada para não perder os direitos das classes populares (educação e saúde públicas, segurança social, infraestruturas e bens públicos, como a água) conquistados no período anterior. O reformismo foi assim definhando até se transformar num ente esquálido e desfigurado que o fundamentalismo neoliberal reconfigurou por via de um facelift, convertendo-o no único modelo de democracia de exportação, a democracia liberal transformada num instrumento do imperialismo, com direito a intervir em países “inimigos” ou “incivilizados” e a destruí-los em nome de tão cobiçado troféu. Um troféu que, quando entregue, revela a sua verdadeira identidade: uma ruína iluminada a néon, levada na carga dos bombardeiros militares e financeiros (“ajustes estruturais”), estes últimos conduzidos pelos CEOs do Banco Mundial e pelo Fundo Monetário Internacional.

No estado atual desta jornada, a revolução converteu-se num fundamentalismo semelhante ao maximalismo dos fundamentalismos acuais, enquanto o reformismo se degradou até ser o minimalismo da forma de governo cuja precariedade não lhe permite ver o futuro para além do imediato amanhã. Terão estes dois fracassos históricos causado direta ou indiretamente a opção prisional em que vivemos, entre fundamentalismos distópicos e amanhãs sem depois de amanhã? Mais importante que responder a esta questão, é crucial sabermos como sair daqui, a condição para que o futuro seja outra vez possível. Avanço uma hipótese: se historicamente a revolução e a democracia se opuseram e ambas colapsaram, talvez a solução resida em reinventá-las de modo a que convivam articuladamente. Por outras palavras, democratizar a revolução e revolucionar a democracia. Será o tema de próxima coluna.

Fuente del Artículo:

http://jornalggn.com.br/noticia/para-que-o-futuro-seja-de-novo-possivel-por-boaventura-de-sousa-santos

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La educación, clave contra la violencia de género

Reflexiones

De un tiempo a esta parte, uno de los temas que más preocupa a las autoridades relacionadas con la seguridad provincial (Ministerio de Seguridad, Poder Judicial, fuerzas policiales, etc.) es la imposibilidad de bajar los números de casos relacionados con la violencia de género contra las mujeres.

A la hora de analizar los números, algunos analistas afirman que el mayor grado de crispación que observa la sociedad ha llevado a que, por correlación, más casos de violencia de género se registren en la actualidad respecto a épocas pasadas. Otros, en cambio, se animan a sostener que el aumento en los guarismos obedece a que son más las mujeres que ahora se animan a denunciar las situaciones que ponen en riesgo su integridad.

Sea cual fuere la causa, llama la atención y preocupa grandemente la cantidad de hechos violentos contra las mujeres que se presentan día a día, desde acciones psicológicas de presión hasta femicidios. De hecho, y si de datos objetivos se trata, actualmente existen en el sistema penitenciario provincial casi 300 hombres presos por situaciones de este tipo. Además, nadie puede soslayar que en 2016 Mendoza fue la provincia con más muertes de mujeres en forma violenta de todo el país.

San Rafael no es ajeno a este escenario ya que, según los registros de la policía y el Poder Judicial, en el último fin de semana largo (Semana Santa), más de 40 denuncias quedaron registradas por hechos violentos contra mujeres. Si se tiene en cuenta los cuatro días que integraron ese fin de semana, se recibió por día un promedio de 10 denuncias  al respecto. Un número impresionante.

Los especialistas sostienen que la educación es fundamental para revertir estas conductas. Educar (y educarnos) en valores de igualdad, desterrar estereotipos y roles en función del sexo, rechazar toda forma de discriminación, inculcar el respeto hacia los demás y potenciar la igualdad real entre hombres y mujeres, parecieran ser la clave para lograr una evolución que, por ahora, no podemos conseguir.

Fuente de la Reflexión:

http://www.diariosanrafael.com.ar/editorial/78528-la-educacion-clave-contra-la-violencia-de-genero

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Los informes del INEE al Congreso

Roberto Rodríguez

La reforma a la normativa educativa federal del 2012-2013 estableció el carácter de “organismo público autónomo” del Instituto Nacional para la Evaluación de la Educación (INEE). Entre las obligaciones y competencias del INEE autónomo se determinó la de presentar anualmente, en el mes de abril, al Congreso de la Unión, “el informe sobre el estado que guarden componentes, procesos y resultados del Sistema Educativo Nacional derivado de las evaluaciones.” (Artículo 63 de la Ley del INEE).

A partir de entonces, el INEE ha elaborado y publicado tres informes. El correspondiente a 2017 fue presentado el día de ayer a los integrantes de la Comisión de Educación Pública y Asuntos Educativos de la Cámara de Diputados. Los tres primeros se titulan, respectivamente, “El derecho a una educación de calidad” (2014), “Los docentes en México” (2015), y “La educación obligatoria en México” (2016). El nuevo repite el título del año pasado, aunque presenta variaciones importantes de estructura, datos y contenido.

Al igual que en el informe de 2016, el nuevo documento se inicia con datos y consideraciones sobre el acceso a los niveles de la educación obligatoria -preescolar, primaria, secundaria y media superior-, tomando en cuenta indicadores de cobertura, asistencia escolar, y resultados de aprendizaje según los exámenes nacionales estandarizados. Los datos que se presentan indican que los niveles de cobertura de la educación básica pueden ser considerados adecuados en términos generales: la cobertura en preescolar es prácticamente universal salvo en el primer grado del nivel, el que corresponde al primero de preescolar para niños de tres años. Según el informe 2016 sólo 42% de los niños de tres años están en la escuela. La situación se corrige en los grados segundo y tercero de preescolar y durante los seis años de primaria en que prácticamente la totalidad, el 97.3% por ciento de los niños de 4 a 12 años, está inscrito en el sistema.

A partir de ese punto, es decir al inicio de la secundaria, las tasas de cobertura decrecen sostenidamente. El informe 2017 agrega que si bien las tasas de eficiencia terminal son altas en primaria (98.2%), decrecen fuertemente a medida que se avanza en los siguientes niveles obligatorios: en educación secundaria es de 86.8%, y apenas de 67.3% en EMS. Según el diagnóstico, en la educación media superior la tasa de abandono, ubicada en 14.4%, sigue siendo uno de los mayores problemas para garantizar que todos los jóvenes del país cuenten con estudios completos de educación obligatoria.

En cuanto a indicadores de cobertura, asistencia escolar y tasas de terminación de los ciclos escolares los dos reportes enfatizan el agravamiento de condiciones en poblaciones específicas: indígenas, migrantes, jornaleros, población discapacitada y población en pobreza extrema. Para cada uno de estos subconjuntos, representativos de segmentos demográficos en condiciones de desventaja, las posibilidades de acceso, retención y éxito escolar son significativamente inferiores a las medias nacionales en cada rubro analizado.

En materia de infraestructura escolar ambos informes (2016 y 2017) dan evidencia de la precariedad de la mayor parte de los planteles de educación preescolar, primaria y secundaria en el sistema público, más aún en aquellos que corresponden a las escuelas multigrado, las rurales, y las ubicadas en localidades en condición de pobreza. La cantidad de planteles que disponen con biblioteca escolar, bibliotecas de aula, acceso a cómputo, y condiciones físicas satisfactorias continúan siendo una proporción minoritaria en el conjunto. Lo más grave, según se muestra en dichos informes, es que la ausencia de políticas y acciones que tiendan a revertir la brecha de infraestructura que separa a las escuelas con equipamiento adecuado de aquellas en que no se satisfacen los requisitos mínimos en este renglón.

Más preocupantes aún los datos que reportan el aprovechamiento escolar en primaria, secundaria y educación media superior. En primaria pública, en el área de lenguaje y comunicación, más de la mitad de los estudiantes se ubica en el nivel mínimo de aprendizaje. De ello, en escuelas indígenas el 80% corresponde a este nivel, en escuelas comunitarias el 67.9% y en primaria general pública el 51.6%. En contraste, sólo 13.3% de los estudiantes de primarias primadas está en el nivel mínimo. Peor aún el caso de aprendizaje de matemáticas, en que más del 60% del total de niños en escuelas públicas se ubica en el nivel mínimo, repitiéndose las brechas entre escuelas indígenas, comunitarias y generales. En cambio, en primarias privadas solo una cuarta parte del total de estudiantes evaluados se colocó en este nivel.

En secundaria los indicadores mejoran el área de lenguaje y comunicación, pero se agravan en matemáticas. Según los resultados reportados, prácticamente el 60% de los estudiantes de escuelas públicas (contra el 39.9% en privadas) apenas satisfacen el perfil mínimo de aprendizaje en dicha área de conocimiento y únicamente un 2.5% de los estudiantes de secundarias públicas consiguen el nivel de aprendizaje superior de la prueba PLANEA.

El informe de 2017 incluye una nueva sección, por primera vez incorporada a los informes del INEE, la correspondiente a la evaluación de políticas públicas. En esta se consideran tres aspectos puntuales, sobre los que el INEE ha emitido directrices de política educativa: tutorías para inserción a la docencia, políticas para población indígena en educación básica, y política de atención para el abandono escolar en educación media superior. En los tres casos se informa de las acciones de política pública instrumentadas hasta el momento, de los programas encaminados al logro de sus objetivos, y de algunos resultados alcanzados. Se hace notar que al ser de nueva generación los resultados son iniciales, y por ello los efectos en materia de calidad y otros indicadores educativos son mínimos. Lo más relevante, se llama la atención sobre la necesidad de revisar las acciones instrumentadas a la luz del análisis de fortalezas y debilidades que se deriva de los primeros indicadores sobre los procesos de instrumentación.

Fuente del Artículo:

Los informes del INEE al Congreso

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Thinking Dangerously in Dark Times

Henry Giroux

The conditions that produce the terrifying curse of totalitarianism seem to be upon us and are increasingly visible in President Trump’s denial of civil liberties, the stoking of fear in the general population, and a reckless hostility to the rule of law and a free and critical press. Totalitarian elements of the past are also evident in Trump’s contempt for the truth, and a willingness to create a new political formation through an alignment of religious fundamentalists, racists, xenophobes, Islamophobes, the ultra-rich, and unhinged militarists. Hannah Arendt once argued that all thinking is dangerous. This appears particularly true in an age when radical extremists who trade in hate-filled discourses, white nationalism, and racist policies move from the margins of society to the center of American politics.

Against the current assault on critical thinking and the institutions that nurture it, it is crucial for Americans to reclaim the call to think dangerously again and employ language in the service of compassion, justice, and civic responsibility. In part, this suggests learning how to hold authority accountable, search for the truth, make authoritarian power visible, and recognize that no society can escape self-reflection, deny the injuries of state induced injustice, or dispense with truth itself. Dangerous thinking should cause trouble, exercise its right to both understand and interrogate critically the major problems people face while being able to connect such issues to larger structural considerations. Thinking dangerously means refusing a culture of immediacy and sensationalism. Such thinking requires using historical memory as a resource and connecting private troubles to broader political, structural, and economic issues. Such thinking nurtures the social imagination and envisions a future in which the impossible becomes possible once again.

What happens to democracy when the President of the United States labels critical media outlets as “enemies of the people” and derides the search for truth by disparaging such efforts with the blanket term “fake news”? What happens to democracy when individuals and groups are demonized on the basis of their religion? What happens to a society when critical thinking becomes an object of contempt and is disdained in favor of raw emotion or disparaged as fake news? What happens to a social order ruled by an “economics of contempt” that blames the poor for their condition and subjects them to a culture of shaming? What happens to a polity when it retreats into private silos and becomes indifferent to the use of language in the service of a panicked rage that stokes anger but not about issues that matter? What happens to a social order when it treats millions of illegal immigrants as disposable, potential terrorists, and criminals? What happens to a country when the presiding principles of a society are violence and ignorance? What happens is that democracy withers and dies, both as an ideal and as a reality.

How else to explain the present historical moment with its collapse of civic culture and the future it cancels out? What is to be made of the undermining of civic literacy and the conditions that produce an active citizenry at a time when massive self-enrichment and a gangster morality at the highest reaches of government undermine the public realm as a space of freedom, liberty, dialogue, and deliberative consensus? Americans are in the midst of a crisis of history, politics, and agency, made all the more obvious by a government populated by right-wing extremists attempting to implement death-dealing policies regarding health care, the environment, the economy, foreign policy, immigration, and civil liberties.

Democracy fails in an age when its leadership is stripped of credibility. As a habitual liar, Trump has attempted to obliterate the distinction between the facts and fiction, evidence-based arguments and lying, and in doing so has dangerously enlarged the landscape of distortion, misrepresentation, and falsification. Not only has he reinforced the legitimacy of what I call “right-wing disimagination machines” such as Breitbart News, he has also created among large segments of the public a distrust for both the truth and the institutions that promote critical literacy and informed judgment. Consequently, he has managed to organize millions of people who believe that loyalty is more important than the truth and in doing so has emptied the language and the horizon of politics of any substantive meaning, thus contributing to an authoritarian and depoliticized culture of sensationalism, immediacy, fear, and anxiety. Trump has put in motion all the anti-democratic forces that have haunted American society for the last forty years. The broader consequence of his campaign of distortion, lies, and falsification has been captured in an interview Hannah Arendt gave to the New York Review of Books in 1947 in the aftermath of the horrors of fascism. She writes:

“The moment we no longer have a free press, anything can happen. What makes it possible for a totalitarian or any other dictatorship to rule is that people are not informed; how can you have an opinion if you are not informed? If everybody always lies to you, the consequence is not that you believe the lies, but rather that nobody believes anything any longer. This is because lies, by their very nature, have to be changed, and a lying government has constantly to rewrite its own history. On the receiving end you get not only one lie—a lie which you could go on for the rest of your days—but you get a great number of lies, depending on how the political wind blows. And a people that no longer can believe anything cannot make up its mind. It is deprived not only of its capacity to act but also of its capacity to think and to judge. And with such a people you can then do  what you please.”

In the present moment, it becomes particularly important for progressives and others to protect and enlarge the formative cultures and public spheres that make democracy possible. Under a relentless attack on the truth, honesty, and the ethical imagination, the need for the American public to think dangerously is crucial, especially in a society that appears increasingly amnesiac—a country where forms of historical, political, and moral forgetting are not only willfully practiced but celebrated. Rather than draining the swamp, the Trump administration has pushed cronyism and the rule of the elite to a new level of political corruption. All of which becomes all the more threatening at a time when the United States has tipped over into a social order that is awash in public stupidity and views critical thought as both a liability and a threat. Not only is this obvious in the presence of a celebrity culture that embraces the banal and the idiotic, but it is also visible in the proliferation of anti-intellectual discourses and policies among a range of politicians and anti-public intellectuals who are waging a war on science, reason, and the legacy of the Enlightenment.

At the core of thinking dangerously is the recognition that education is central to politics and that a democracy cannot survive without informed citizens. Critical and dangerous thinking is the precondition for nurturing both the ethical imagination and formative culture that enable engaged citizens to learn how to govern rather than be governed. Thinking with courage is fundamental to a notion of civic literacy that views knowledge as central to the pursuit of economic and political justice. Such thinking incorporates a critical framework and set of values that enables a polity to deal critically with the use and effects of power, particularly through a developed sense of compassion for others and the planet. Thinking dangerously is the basis for a formative and educational culture of questioning that takes seriously how imagination is key to the practice of freedom. Thinking dangerously is, thus, not only the cornerstone of critical agency and engaged citizenship, but also the foundation for a democracy that matters.

Source:

Thinking Dangerously in Dark Times

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Mujeres atrapadas en las redes digitales

Por: Cristina Sen

El ‘sexting’, tipificado como delito en el 2015, será incluido en la nueva ley contra la violencia de género.

Las nuevas tecnologías crean nuevas formas de comunicarse y relacionarse, propagan el mundo, lo bueno y lo malo, reproduciendo por tanto con otras formas pero el mismo fondo el grave problema de la violencia machista. El uso de estos recursos ha ampliado el perímetro en el que se puede producir esta violencia, entendida no como agresión física sino psicológica, como el afán de control o venganza. Por ello, el Observatorio contra la violencia doméstica y de género del Consejo General del Poder Judicial incluyó el pasado mes de noviembre los nuevos delitos de acoso y sexting en la Guía de Criterios de Actuación Judicial frente a la Violencia de Género.

El objetivo es ampliar el concepto de violencia de género y, por tanto, es un primer paso para actualizar durante esta legislatura la Ley Integral de Violencia de Género. De hecho, la reforma del Código Penal realizada en el 2015 incorporó como nuevos delitos el sexting –envío de mensajes, watsaps, imágenes o videos para dañar la intimidad y la imagen de una persona- y el stalking–el acoso y persecución utilizando las nuevas tecnologías– para dar respuesta a los problemas que se generan en las redes.

La Guía del Observatorio del CGPJ recuerda que el sexting y el stalking deben vincularse también a la violencia de género, entendida como la que se ejerce sobre una persona en función de su sexo o su género que perpetúa roles según estereotipos sexuales que niegan la dignidad humana. En el caso del sexting, o la pornovenganza, la reforma del Código Penal especifica que es delito la difusión de imágenes que aunque fuesen grabadas con consentimiento no cuentan con el permiso de la víctima para ser difundidas. La pena es de tres meses a un año de prisión.

Peritos informáticos señalan que aún hay demasiado desconocimiento sobre los delitos tecnológicos

Encarni Iglesias creó la asociación y la plataforma Stop Violencia de Género Digital después de sufrir ella misma el acoso de su ex pareja en las redes y en el teléfono móvil.

Amenazas constantes, comentarios denigrantes en Facebook visibles para mucha gente que le llegaron a hacer muy difícil salir de casa. Iglesias cuenta que casi por casualidad dio con una asociación de peritos informáticos que le ayudó a hacer frente a este ciberacoso. Poco después, se animó ella misma a estudiar la materia y montó la plataforma de asesoramiento y ayuda.

“Aunque estas violencias estén catalogadas como delito la posibilidad de tener sentencias condenatorias aún depende demasiado del juez que lleva el caso”, señala.

Hay un desconocimiento de los temas tecnológicos, subraya, y también hay cuestiones difíciles de probar ya que las evidencias digitales pueden ser manipuladas. Pero, sobre todo, recuerda que internet y las redes sociales han entrado en todas las casas sin que la gente sea consciente de las repercusiones de un mal uso.

“En estos momentos estamos ayudando a una mujer que durante siete años ha sido acosada en WhatsApp y Facebook y no era consciente”. Llegan casos de todo tipo, hombres que cuelgan las fotos de sus ex parejas con el número de teléfono en páginas de contacto, explica a modo de ejemplo.

En su informe del 2015, la ONU alertó de la ciberviolencia contra mujeres y niñas al señalar que el 73% de las mujeres han estado expuestas o han experimentado violencia machista en las redes. Un tipo de violencia que aún amplia más las fronteras de las agresiones ya que trascienden la esfera de lo privado, mensajes que se multiplican amparados en el anonimato y se perpetúan. “La violencia en línea ha subvertido la promesa positiva original de libertad en internet y, en demasiadas ocasiones la ha convertido en un lugar escalofriante que permite la crueldad anónima y facilita actos perniciosos contra mujeres y niños”, advierte ONU Mujeres.

Fuente: http://www.lavanguardia.com/vida/20170413/421660064458/sexting-acoso-delito-ley-violencia-genero.html

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Un cómic y las aulas de un instituto para luchar contra la islamofobia

Por: Natalia Quiroga Díaz

Sobre los pupitres del Instituto Dolores Ibárruri de Fuenlabrada apoyan sus codos cada día jóvenes españoles de más de 20 nacionalidades distintas. «Marruecos es el país extranjero más común y el hecho de que los estudiantes con este origen compartan o no la religión musulmana parece importarme más a mí —que insisto en preguntar— que al resto de sus compañeros».

Lo cuenta María José Arroyo, directora del centro en la ciudad madrileña y uno de los 15 institutos de Madrid y Cataluña que están participando en el proyecto Kifkif, de la Fundación Al Fanar, una experiencia innovadora para prevenir la islamofobia desde las aulas. El trabajo de prevención arranca aquí, no porque el problema esté fundamentalmente en los institutos, sino porque son los jóvenes y los niños los que mejor pueden descolgarse de los prejuicios. «La necesidad de este tipo de iniciativas proviene en realidad del entorno social ajeno al centro. Los alumnos pueden ser, en sus domicilios y en su entorno no educativo, promotores y ejemplos de una buena convivencia, tolerancia y comprensión», explica Arroyo.

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El proyecto se desarrolla a través de cinco talleres a lo largo de dos meses y cuenta como eje central con el cómic Las afueras, elaborado también por adolescentes, alumnos de 3º de la ESO del Instituto Maria Aurèlia Capmany de Cornellà de Llobregat e ilustrado por Manu Ripoll. En el cómic se narran las desventuras, prejuicios y problemas reales a los que se enfrenta su protagonista Nora, una jovende Barcelona de origen magrebí y religión musulmana.

Para la Nora del cómic las aulas de su instituto sí que están cargadas de comentarios y argumentos que insisten en relacionar velo con sumisión, islam con terrorismo, religión con fundamentalismo. «Tú debes ser la terrorista de la clase», le increpan en un momento de la ficción. Un reflejo bastante aproximado del limitado debate que está teniendo lugar en determinados entornos, medios de comunicación y redes sociales y que está generando un peligroso clima de violencia y discriminación.

La Plataforma Ciudadana contra la Islamofobia recogió durante 2016 un total de 278 incidentes, un 567,35 % más que el año anterior. Cataluña, la Comunidad Valenciana y Madrid concentraron cerca del 63% de estos casos.

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Pero lo más interesante del álbum La afueras es el proceso de búsqueda de una identidad propia que atraviesa la protagonista, que se siente española y a su vez profundamente vinculada a la cultura y tradición del país de origen de su familia. «En el primer taller abordamos precisamente el tema de la identidad para exponer que las identidades son algo heterogéneo, es decir, la identidad de una persona está formada por varios componentes. Una chica puede ser musulmana, española, mujer feminista, solidaria, amante de la música… y todo lo que quiera. Queremos llegar a la idea de que los musulmanes son musulmanes y muchas otras cosas más”, explica Fátima Tahiri, investigadora de la Universidad Autónoma y encargada de diseñar e impartir los talleres.

Nora lucha por combatir el prejuicio fuera pero también se encuentra con que dentro, en su propia familia, se le cuestiona por su forma de actuar, de pensar y de estar en el mundo. «A veces me siento como pez fuera del agua», explica la protagonista en una de las viñetas. «La actividad busca abrir el debate y generar argumentos, pero no pretende idealizar la situación de los musulmanes en todo el mundo sino acabar con ciertos estereotipos y prejuicios para poder desarrollar un planteamiento crítico alejado de todo tipo de odio y discriminación», puntualiza Tahiri.

Durante otra de las sesiones del taller, los estudiantes teatralizan algunas de las escenas del cómic para tratar de experimentar los conflictos a los que se enfrenta Nora y con los que cada día se encuentran muchas personas por el simple hecho de pertenecer a una religión que poco o nada tiene que ver con el radicalismo. A través de dinámicas propias del Teatro del oprimido se busca que sean los propios estudiantes los que propongan soluciones.

«Las impresiones que recogemos en los talleres están siendo muy positivas y nos permiten confirmar lo señalado: los alumnos son, en ocasiones, más maduros que los adultos y aceptan con bastante normalidad que hablemos de exclusión, de terrorismo, del papel de la mujer, etc. No se rasgan las vestiduras, sino que argumentan su visión de las cosas», añade Arroyo.

Los talleres profundizan también en dos conceptos ajenos pero profundamente relacionados: el de la violencia y el miedo. En la búsqueda de soluciones se invita a los jóvenes a recorrer y conocer en profundidad el camino de la no violencia por el que personajes como Gandhi o Martin Luther King se convirtieron en verdaderos líderes de la historia de la humanidad.

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La experiencia está siendo tan positiva que además de los dos institutos en los que arrancó en Cataluña y los 13 de la Comunidad de Madrid, en breve comenzarán los talleres en centros de Ceuta y es posible que la vida de Nora se traduzca al francés para utilizar el cómic en las aulas de Molembeek, el barrio de Bruselas a donde apuntan todas las miradas al repasar la lista de atentados en Europa durante los últimos años.

Esa es la otra cara de la moneda del proyecto: combatir la islamofobia es a su vez una forma de combatir el radicalismo. La marginación y la estigmatización empujan irremediablemente al aislamiento y desde ahí, siempre es más fácil acabar perdido y atrapado en la maraña de argumentos vacíos que utilizan los radicales.

Especialmente en la adolescencia, ese momento de la vida en el que todos luchamos por encontrar un lugar en el mundo. «Hay jóvenes musulmanes que intentan crear ejemplo y romper estereotipos mediante sus prácticas religiosas y hay quienes prefieren obviar en público la cuestión religiosa para evitar problemas en su día a día. Así como existe un número reducido que decide marginarse y vivir excluido en la sociedad. La islamofobia es un factor clave a la hora de montar el hecho religioso porque abre el camino a dos opciones: el dialogo y el compromiso para una sociedad mejor o la marginación y el odio», añade Tahiri, que precisamente dedica su tesis a investigar sobre las prácticas religiosas de los jóvenes musulmanes en España.

Uno de los puntos clave de la experiencia en las aulas es analizar desde distintas perspectivas la islamofobia de género, quizás la más común y sobre la que más alegremente opina la sociedad en general. En las sesiones se exponen frases con un sesgo claramente machista y se pregunta a los alumnos a quién creen que pertenecen, a qué religión, a qué época. Citas como la de «hay que amar más al padre que a la madre porque él es el principio activo de la procreación mientras que la madre es el pasivo», de Santo Tomás de Aquino, teólogo por antonomasia de la Iglesia católica, ayudan a los jóvenes a entender que el machismo es una lacra que nos atraviesa a todos independientemente de nuestra cultura, religión, raza o clase social.

La islamofobia, como cualquier otra patología fundamentada en el odio, se basa en la idea de dividir entre un nosotros y un ellos, lo propio y lo ajeno, lo de aquí y lo de fuera. «La sociedad española ha cambiado y ahora encontramos españoles que se llaman Mohamed y Fátima y son musulmanes. Estos jóvenes se ven excluidos o tildados de inmigrantes sólo porque no se amoldan al modelo de «ciudadano español tradicional» y por lo tanto en ocasiones se les excluye», apunta Tahiri. Sentados alrededor de una clase, desde las aulas de un puñado de institutos, un grupo de estudiantes reflexiona estos días sobre qué es eso que nos hace ser iguales y de dónde sale esa otra cosa que nos aleja.

Fuente: http://www.yorokobu.es/islamofobia-las-afueras/

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