Page 2606 of 2675
1 2.604 2.605 2.606 2.607 2.608 2.675

A todas as pessoas amigas de perto e de longe

CARLOS RODRIGUES BANDÃO
Neste 21 de abril de 2016 quero deixar clara a minha compreensão a
respeito do que estamos vivendo neste momento. Desde mais de 50 anos
vivo uma definida e clara vocação altermundista (“um outro mundo é
possível”), fundada em princípios de uma vida solidária, uma
sociedade humanizada e personalizadamente socialista, e também uma
adesão ativa ao povo brasileiro e aos seus movimentos.

Sou um professor universitário desde 1967 e um militante de causas
humanistas e populares desde 1961. Minhas aulas, meus vários livros e
minhas incontáveis falas e palestras aqui no Brasil e no exterior são
testemunhas disto.

Se tenho críticas ao governo ao PT (ao qual nunca pertenci mas que
sempre apoiei) elas correm na contramão de todas as críticas feitas
por forças e interesses de direita, e submetidas aos poderes do capital
neoliberal e do mundo empresarial.

Lamento que sobretudo o que realizou o Governo Dilma não tenha ousado
ultrapassar uma vocação entre populista e popular, em direção a uma
política de real compromisso com as causas populares.

Lamento o apoio maior ao agronegócio que aos camponeses e à
agricultura orgânica e familiar. Lamento os titubeios e recuos em favor
da demarcação efetiva das terras camponesas, indígenas e quilombolas.
Lamento terras e territórios devastados, florestas queimadas, entre o
Cerrado e a Mata Atlântica e outros biomas mais. Lamento árvores
arrancadas, animais carbonizados, pessoas e famílias ancestrais
expulsas para que tudo se transforme em pasto ou, pior, nos desertos
verdes da soja e do eucalipto.

Lamento a fragilidade da reforma agrária e de outras urgentes reformas
(quase revoluções necessárias, a meu ver). Lamento a maneira como
educadoras e professores das redes públicas de educação são tratadas
até hoje. Lamento que ainda não tenhamos saído de uma democracia
formal em direção a uma efetiva democracia ativa e de raízes e
vocações humanizadoras e populares.

Considero que o que se pratica agora contra um governo eleito nas urnas
é mais uma experiência de violência política. Não foi a primeira.
Poderia ser a última. Ela é a meu ver algo pior do que um golpe.
Lembro que em toda a América Latina as forças submetidas aos
interesses capitalistas sempre souberam – entre golpes militares e
golpes parlamentares (como o que vivemos agora) – comprometer ou mesmo
estancar avanços dos governos, das frentes e das causas populares. O
sistema capitalista é histórica e intrinsecamente perverso. Ele é
excludente, injusto, devastador. E aquilo a que a que damos o sonoro
nome de “corrupção” é apenas uma de suas assinaturas. E, bem
sabemos, diante de seu poder de “compra-e-venda” governo político
algum escapa. Se o PT errou nisto (e ele errou) apenas seguiu a lição
que aprendeu com governos e partidos políticos anteriores.

Lamento, mais ainda, o triste e melancólico nível de mediocridade e
ausência de um mínimo de crítica justa e de criatividade e jurídica
e política no escuro momento que vivemos. Relembro com saudade e com
pesar que os nossos encontros, debates e confrontos de estudantes
universitários da década dos anos 60 – quando eu fui um estudante
universitário, um militante da Juventude Universitária Católica e um
educador popular – sempre foram bastante mais inteligentes, dialógicos,
críticos e criativos do que o que com perplexidade e tristeza assisto
entre os debates parlamentares de agora.

Considero revoltante estarmos sendo “governados” por um Congresso
com pessoas e grupos políticos de um tão baixo nível de
inteligência, de um tão voraz interesse pessoal, partidário ou
empresarial, e de tão ínfima sensibilidade (guardadas raras e honrosas
exceções) para com o sofrimento da gente brasileira.

Não me sinto só, pois desde companheiros/as de longos anos até as
pessoas ainda lúcidas, críticas, solidárias e militantes que conheço
pessoalmente, ou cujas ideias me chegam de perto ou de longe – cada uma
em seu campo de pensamento e ação, – eu as vejo todas dizendo,
escrevendo, partilhando, vivendo e agindo de um modo ou de outro com as
palavras e os gestos semelhantes aos que eu quis expressar neste
depoimento.

Que este testemunho seja encerrado com palavras não minhas, mas de
Eduardo Galeano.

_Nossa autêntica identidade coletiva nasce do passado e se nutre dele
– pegadas sobre as quais caminham nossos pés, passos que representem
nossas andanças de agora – mas não se cristaliza na nostalgia. Somos
o que fazemos e, sobretudo, o que fazemos para mudar o que somos: nossa
identidade reside na ação e na luta. Por isso a revelação do que
somos implica na denúncia do que nos impede de ser o que podemos ser._

Trata-se de um texto de 1976 chamado _Em defesa da Palavra_. o primeiro
do pequeno livro _A descoberta da América (que ainda não houve). _

Comparte este contenido:

Significado de la discriminación sudafricana

Alberto Benegas/ 20/04/2016/Informe21

Como es sabido y está en todos lados registrado, la historia en territorio sudafricano comienza hace más de cien mil años y se divide en el período pre-colonial, colonial, post-colonial, la era del apartheid y, finalmente, el post-apartheid.

Los primeros visitantes extranjeros a la zona fueron los portugueses Bartolomé Dias en 1488 y en 1497 Blasco de Gama. Luego lo hizo el holandés Jan van Riebcek en 1652 y un grupo numeroso de ingleses en 1795.

A partir del descubrimiento de oro y diamantes durante el período decimonónico esa región comenzó a mudar de las faenas agrarias a las industriales en el contexto de luchas encarnizadas entre la dominación holandesa y la inglesa que culminaron en las guerras Boer entre 1899 y 1902 y que en gran medida sustituyeron las feroces batallas y las consiguientes matanzas entre tribus nativas. En aquellas guerras triunfó el imperio inglés de donde surge la unión sudafricana en 1909. Mucho más adelante, por un referendo de 1961 se decidió la independencia y el establecimiento de la república. Ya en 1934 se había proclamado un así llamado “self-government” en cuyo contexto dominó la situación el nacionalismo local de 1948 a 1994 y el más crudo apartheid (llamado “separateness”, un espantosamente violento sistema opresivo a favor de la casta gobernante y sus amigos que acentuaron muchos de los aspectos repulsivos de la era colonial y pre-colonial). En este último año se concretó el sufragio universal y asume Nelson Mandela con un gobierno de coalición y unidad nacional al efecto de eliminar el apartheid, ya terminada la ingerencia de la Unión Soviética debido a su colapso sellado con el derrumbe del Muro de la Vergüenza.

Si bien la expresión apartheid se comenzó a utilizar a partir de la década del cuarenta del siglo xix , la discriminación por el color de la piel comenzó de facto mucho antes. El apartheid fue la segregación de jure. En todo caso esta espantosa situación significaba el apartamiento legal de los negros del derecho a trabajar en ciertos lugares, la obligación de vivir en barrios asignados, la imposibilidad de casamiento con blancos y de no mantener relaciones sexuales entre colores diversos de piel “que significan inmoralidades e indecencias” (!), colegios separados, medios de transporte segregados y en general la conculcación de los derechos individuales y restricciones de la mayoría nativa, incluyendo el debido proceso. En otras palabras, lo opuesto a los valores de una sociedad abierta.

Hay dos obras que a mi juicio resultan las más esclarecedoras respecto a Sudáfrica que son South Africa´s War against Capitalism de Walter E. Williams y The Economics of The Colour Bar de W. H. Hutt. En el primer libro, el autor subraya que la referida discriminación se basa en puro racismo que siempre descansa en la atrabiliaria idea de la superioridad en la naturaleza de unas personas sobre otras, sustentada en la completamente falsa noción de diferencias de naturaleza biológica (más abajo volveremos sobre la noción equivocada de “raza”). Esto no es patrimonio de los sudafricanos, por ejemplo, el profesor de educación de la Universidad de Yale, Charles Duram, y el historiador estadounidense Edgar Brookes le escribían los discursos apoyando el segregacionismo al primer ministro sudafricano James Hertzog.

Por otra parte, también escribe Williams que los profesores de la Universidad de Cape Town, Bronislaw Malinowski y A. R. Radcliffe-Brown, argumentaban lo que estimaban un peligro de permitir que los nativos tomen contacto con la sociedad Occidental por lo que concluían la necesidad de mantenerlos separados, tal como insistió el Rev. Charles Bourquín en cuanto a que “la segregación disminuye la tensión racial” lo cual, claro está ha sido demostrado una y mil veces que lo contrario es la verdad (además de la lesión a los derechos de las partes interesadas).

También el primer ministro sudafricano Jan C. Smuts decía que permitir la unión de blancos y gente de color “en lugar de hacer que se eleven los negros, degradarán a los blancos”. Y hasta el “educador” sudafricano John Cecil Rhodes sostenía que “el propósito de Dios fue hacer de los anglo-sajones la raza predominante”.

Por otro lado, Alfred Milner, comisionado de Sudáfrica comenzó en 1904 a justificar la proscripción de los procesos electorales de “los incivilizados, sean estos del color de piel que fueran”, fundamentación que luego condujo a acalorados debates en ese país. Este tipo de propuesta ha calado en distintas partes del mundo en diversas épocas debido a la preocupación del futuro de la democracia que a veces aludía a cierto nivel patrimonial para poder acceder al antedicho escrutinio. Sin embargo, está visto que completar doctorados no asegura la adhesión a los principios de la sociedad libre, lo cual también ocurre con personas de gran patrimonio (aun suponiendo que lo haya adquirido legítimamente).

Williams le atribuye gran relevancia el destacar que el inicio del desmoronamiento del inaceptable apartheid comenzó con trabajos intelectuales al iniciarse los años ochenta y ejecutada en forma más acabada el 31 de enero de 1986 con el discurso ante el Parlamento del presidente Pier W. Botha al decir que “creemos que la dignidad humana, la vida, la libertad y la propiedad de todos debe ser protegida, independientemente del color, la raza o la religión”.

Pero hay dos puntos que son los centrales en el libro que comentamos. En primer término, el gravísimo dislate de asimilar durante décadas el apartheid con el capitalismo cuando en realidad es su antónimo. Así, por ejemplo, el Obispo Desmond Tutu, el premio Nobel de Sudáfrica de enorme predicamento, escribió en Frontline en el número de septiembre de 1980 que “De entrada debo decir que soy anticapitalista […] lo aborrezco debido a que estimo es un orden económico esencialmente de explotación […] Lo que he visto en mis 48 años en todo el mundo me ha convencido que ninguna dosis de cirugía plástica puede alterar su básicamente cara fea”.

En esta misma línea argumental, Raymund Sutter, el conocido activista anti-apartheid, consignó en Business Day el 22 de agosto de 1985 que “cualquier programa que pretenda terminar con la opresión racial en Sudáfrica debe ser anti-capitalista”. Y Winnie Mandela dijo a Pravda el 14 de febrero de 1986 que “la Unión Soviética es la antorcha de todos nuestros anhelos y aspiraciones. En la Unión Soviética el poder genuino del pueblo ha transformado los sueños en realidad”.

Concluye Williams con acopio de documentaciones que todas las medidas fiscales, del sector externo, y laborales del anti-apartheid apuntaban a profundizar en grado sumo el intervencionismo y el estatismo de los gobiernos segregacionistas. Enfatiza que en el terreno laboral las legislaciones sobre salarios mínimos naturalmente barrían del mercado a los menos eficientes al efecto de proteger el trabajo de los blancos respecto a los que se hubieran ofrecido por salarios más bajos para realizar las faenas marginales.

Este último punto lo desarrolla extensamente Hutt en su obra mencionada más arriba para concluir que el mercado no distingue color de piel ni religión, “es ciego ante las diferencias personales” lo que pretenden los consumidores es la mejor calidad al menor precio, “la ética del mercado libre es que le niega al estado el poder de discriminar”. En este contexto la sociedad abierta es consubstancial a la igualdad ante la ley.

Lo dicho sobre el apartheid va para Nelson Mandela quien en su autobiografía apunta que “adquirí las obras completas de Marx, Engels, Lenin, Stalin y Mao Tse-tung […] me sentí muy estimulado por el Manifiesto Comunista, El Capital me dejó exhausto. No obstante, me sentí fuertemente atraído por la idea de una sociedad sin clases, que a mi parecer era un concepto similar al de la cultura tradicional africana, en que la vida es comunal y compartida. Suscribía el dictado básico de Marx, que tiene la simplicidad y la generosidad de una regla de oro: “De cada cual según su capacidad, a cada cual según sus necesidades” […] Descubrí que los nacionalistas y los comunistas africanos tenían, en términos generales, muchas cosas en común”.

Los veintisiete años en prisión de Mandela no modificaron sus ideas básicas (lo cual surge en su autobiografía, ya liberado con motivo de su visita a París a Mitterand y su extremista mujer Danielle), aunque su obsesión seguía siendo finiquitar los vestigios de segregación aun vigentes, lo cual logró en pasos muy significativos durante su mandato en los que mitigó su estatismo con algo de keynesianismo a raíz de sus conciliaciones para gobernar. Así escribe que su plataforma electoral ponía en primer plano “el Programa para la Reconstrucción y Desarrollo, en que se exponía nuestro plan de creación de puestos de trabajo a través de las obras públicas”. Como es sabido la obra pública “para la creación de puestos de trabajo” solo reasigna factores de producción desde las áreas que reclama el mercado a las impuestas por burócratas con lo que se consume capital y se reducen salarios.

Esa obsesión por integrar blancos y negros es indudablemente el mérito de Mandela más allá de sus ideas en otros campos por lo que fue muy merecido su premio Nobel de la Paz nada menos que junto a de Friederik de Klerk con quien venía en negaciones desde hacía algún tiempo.

Por último, para cerrar esta nota reitero el tema de la raza que, en gran medida, estaba presente en ambos bandos enfrentados por el apartheid. Hitler y sus sicarios, después de sus descabelladas, embrolladas y reiteradas clasificaciones con la intención de distinguir “la raza” aria de la judía (sin perjuicio de su confusión con lo que es una religión), adoptó la visión marxista y concluyó que se trata de “una cuestión mental”, mientras tatuaba y rapaba a sus víctimas para diferenciarlas de sus victimarios. A lo dicho cabe enfatizar que en todos los seres humanos hay solo cuatro posibilidades de grupos sanguíneos y que las características físicas son el resultado de la ubicación geográfica.

Spencer Wells, el biólogo molecular de Stanford y Oxford, ha escrito que “el término raza no tiene ningún significado”. En verdad constituye un estereotipo. Tal como explica Wells en su obra mas reciente (The Journey of Man. A Genetic Odyssey), todos provenimos de África y los rasgos físicos, como queda dicho, se fueron formando a través de las generaciones según las características climatológicas en las que las personas han estado ubicadas, lo cual también ha sido expresado por Darwin y
Dobzhansky.

Fuente del articulo: http://informe21.com/blog/alberto-benegas-lynch/significado-de-la-discriminacion-sudafricana

Imagen: https://rosanasalinas.files.wordpress.com/2014/06/image0041.jpg

Comparte este contenido:

Enseñando a los hombres a ser honestos con sus emociones

Andrew Reiner/20/04/2016/ The new york time.

El semestre pasado, una estudiante en una clase sobre masculinidad mostró un video que había encontrado en línea de un niño al que le ponían lo que parecían ser sus primeras vacunas. Fuera de cámara, escuchamos la voz de su padre: “Voy a tomarte de la mano, ¿está bien?”. Después, conforme su hijo se pone más nervioso: “¡No llores!… ¡Vamos, niño grande! ¡Dame cinco, dame cinco! Di que eres un hombre: ‘¡Soy un hombre!’”. El video termina con el niño sollozante con cara de enojado golpeándose el pecho. “¡Soy un hombre!”, dice con lágrimas en el rostro y los dientes apretados.

El video casero era muy pertinente, pues ilustraba la lección de la clase: cómo a los niños se les enseña, a veces con las mejores intenciones, que transformen su sufrimiento emocional en enojo. De manera más inmediata, el video capturó concisamente los primeros pasos de una identidad masculina que lucha consigo misma.

No es cualquier cosa. Como lo descubren los estudiantes en este curso, un seminario del Honors College titulado “Real Men Smile: The Changing Face of Masculinity” (“Los hombres de verdad sonríen: el rostro cambiante de la masculinidad”), lo que al parecer necesitan los niños es lo mismo que temen. Sin embargo, cuando los hacen inmunes a esta honestidad emocional más profunda, los resultados tienen consecuencias trascendentales y a menudo devastadoras.

A pesar del surgimiento del metrosexual y un aumento en el número de padres que se quedan en casa, los estereotipos del tipo rudo son duros de matar. Mientras los hombres siguen rezagándose en comparación con las mujeres en la universidad y las superan cuatro a una en la tasa de suicidios, algunos colegas están dándose cuenta del hecho de que los hombres podrían tener la necesidad de aprender a pensar más allá de sus propios estereotipos.

En muchas maneras, los jóvenes que toman mi seminario –por lo general es el 20 por ciento de la clase– reflejan las tendencias nacionales. Con base en sus calificaciones y sus trabajos escritos, está claro que pasan menos tiempo haciendo la tarea que las jóvenes estudiantes, y aunque son igual de inteligentes, sacan calificaciones más bajas con una indiferencia ensayada.

En un informe basado en el libro de 2013 “The Rise of Women: The Growing Gender Gap in Education and What It Means for American Schools” (“El ascenso de las mujeres: la diferencia creciente en la educación y lo que esto significa para las escuelas estadounidenses”), los sociólogos Thomas A. DiPrete y Claudia Buchmann observan: “El menor rendimiento de los niños en las escuelas tiene que ver más con las normas de la sociedad acerca de la masculinidad que con la anatomía, las hormonas o la estructura cerebral. De hecho, los niños que se involucran en actividades culturales extracurriculares como la música, el el arte, el drama y las lenguas extranjeras obtienen niveles más altos de compromiso escolar y mejores calificaciones que los otros niños. Pero los niños preadolescentes y adolescentes a menudo denigran estas actividades culturales y las tachan de no ser masculinas”.

Continue reading the main storyPhoto

CreditBen Wiseman para The New York Times

En toda la escuela primaria y después de esta, escriben los autores, las niñas muestran consistentemente “habilidades sociales y de comportamiento más altas”, lo cual se traduce en “tasas más altas de aprendizaje cognitivo” y “niveles más altos de compromiso académico”.

No debería sorprendernos que la tasa de inscripciones de mujeres en la universidad haya superado la de los hombres. En 1994, de acuerdo con un análisis del Pew Research Center, 63 por ciento de los hombres se inscribieron en la universidad en Estados Unidos justo después de terminar la preparatoria; para 2012, el porcentaje de mujeres jóvenes había aumentado a 71 por ciento, pero el porcentaje de hombres no cambió.

Para el momento en que muchos hombres jóvenes llegan a la universidad, un estereotipo de género muy arraigado ha echado raíces que se alimentan de las historias que han escuchado sobre ellos mismos como estudiantes. Es mejor ganar tu masculinidad que tener éxito como una chica, todo por tener que probar constantemente una identidad a sí mismos y a los otros.

La clase “Real Men Smile”, que examina cómo han cambiado o no las percepciones de masculinidad desde el siglo XVIII, se originó a partir de una conferencia provocadora que dio Michael Kimmel, el investigador y autor dedicado al campo en crecimiento de los estudios de masculinidad.

El Dr. Kimmel vino a mi campus en la Towson University en 2011 para hablar sobre el “Bro Code”, que dicta la etiqueta universitaria de los hombres. En su charla, deconstruyó el kit de supervivencia de muchos estudiantes varones, blancos, de clase media: la pornografía en línea, beber en exceso, una hermandad en la que el respeto es proporcional a la falta de respeto que le infrinjan a las mujeres jóvenes durante el ligue y, finalmente, la afirmación más extendida de su débil poder: los videojuegos.

Mientras el Dr. Kimmel enfrentaba habilidosamente una tormenta de protestas, la atmósfera se hizo palpablemente tensa. Un hombre joven que usaba ropa con letras de una fraternidad se levantó. “Lo que usted no entiende es que a las chicas les gusta ligar tanto como a nosotros; ellas se nos acercan también”, dijo. El Dr. Kimmel negó con la cabeza, lo cual dejó evidentemente inquieto al estudiante.

Con voz temblorosa, el joven tartamudeó acerca de cómo las mujeres pueden ser tan insensibles e hirientes como los hombres. Sonaba como una víctima. Pero después cuando le pregunté si se había acercado a alguno de sus amigos para que lo aconsejaran o lo consolaran, se quedó viéndome, incrédulo: “No, yo puedo solo”.

Quería que la clase explorara este rasgo distintivo de la psique masculina: la vergüenza que sienten cuando experimentan cualquier tipo de tristeza, desesperanza o emoción fuerte que no sea la ira. Muchos hombres jóvenes, al igual que ese estudiante, se ponen máscaras convincentes, pero en el fondo no son quienes fingen ser.

Las investigaciones muestran lo que los profesores en la niñez temprana siempre han sabido: que desde la infancia hasta la edad de 4 o 5 los niños son más emotivos que las niñas. En 1999, un estudio de Harvard Medical School y Boston Children’s Hospital halló que era más probable que los niños de 6 meses tuvieran “expresiones faciales de enojo, que se comportaran mimados, hicieran señas para que los cargaran” y “tendían a llorar más que las niñas”.

“Los niños también estuvieron más orientados socialmente que las niñas”, indicó el informe; era más probable que miraran a su madre y “mostraran expresiones faciales de alegría”.

Esto se desarrolla en la obra de Niobe Way, una profesora de psicología aplicada de la Universidad de Nueva York. Después de 20 años de investigación, la Dra. Way concluye que muchos niños, especialmente adolescentes tempranos y medios, desarrollan amistades profundas y significativas, con lo que compiten fácilmente con las mujeres en cuanto a su honestidad emocional e intimidad.

Pero les quitamos esa debilidad mediante la socialización. Una vez que llegan a los 15 o 16 años, “comienzan a sonar como estereotipos de género”, escribe la Dra. Way en “Deep Secrets: Boys’ Friendships and the Crisis of Connection” (“Secretos Profundos: Las amistades de los varones y la crisis de conexión”). “Comienzan a utilizar frases como ‘no soy homo’… y nos dicen que no tienen tiempo para sus amigos, aunque su deseo de mantener ese tipo de relaciones sigue ahí”.

Algunos críticos culturales ven una relación entre una creciente vulnerabilidad emocional con la erosión del privilegio masculino y todo lo que conlleva. Esta amenaza percibida de disminución del poder revela defectos espantosos y a veces amenazantes en la psique masculina. Los expertos señalan los ataques sexuales en las universidades e incluso los asesinatos en masa como los que ocurrieron en una universidad en Oregon y un cine en Colorado. Se creyó que estos atacantes compartían dos rasgos hipermasculinos: sentimientos de aislamiento profundo y una obsesión con la notoriedad viral.

Con todas las investigaciones que muestran que los hombres jóvenes sufren debajo de la gravedad de la masculinidad convencional, los estudios de los hombres están ganando validez como un campo por sí mismo, no solo una derivación de los estudios de la mujer.

¿Entonces por qué los campus no tienen más centros de estudio para los hombres? Hablar de darle poder emocionalmente a los hombres provoca que la gente voltee los ojos. Pero ¿acaso a las mujeres no les beneficiaría que se anime a los hombres para que acepten todas sus emociones? ¿Por qué seguimos limitando las vidas emocionales de los hombres si eso no le sirve a nadie? Esa pregunta es el plano retórico que les presento a los estudiantes antes de comenzar con lo que llamo el experimento del “Hombre Real”.

En esa actividad, los estudiantes entablan conversaciones con extraños para explorar, de primera mano, las normas socializadas de la masculinidad y para determinar si esas normas alientan una identidad saludable y sostenible.

Un estudiante exploró la cortina de silencio y ansiedad que flotan en la atmósfera de las habitaciones de los hombres en la universidad; dos estudiantes averiguaron cuáles eran las percepciones de género que tenían los niños en una tienda de juguetes. Uno de los proyectos más reveladores fue una presentación que creó un estudiante: se grabó a sí mismo y después a una amiga mientras fingían que lloraban en el vestíbulo lleno de gente de la biblioteca de la universidad, para así evaluar las reacciones distintas de quienes pasaban por ahí.

“¿Por qué crees que algunas mujeres jóvenes se detuvieron para ver si tu amiga estaba bien, pero nadie hizo lo mismo contigo?”, le pregunté.

Incluso en este punto del semestre, los estudiantes, algunos de los cuales han estudiado temas de género antes, parecían estar cegados cuando se trataba de sus propias suposiciones arraigadas. Así que su respuesta sorprendió a muchos. “Es como si tuviéramos miedo”, dijo, “de que el orden natural de las cosas colapse por completo”.

Fuente de la noticia: http://www.nytimes.com/es/2016/04/20/ensenandole-a-los-hombres-a-ser-honestos-con-sus-emociones/

Imagen: https://static01.nyt.com/images/2016/04/20/universal/es/hombresES/hombresES-superJumbo.png

Comparte este contenido:

El sistema educativo venezolano: De la instrucción a la educación bolivariana

Oscar Alberto García Rivas/18/04/2016/ mundoacademico/ Fuente eltubazodigital

La educación venezolana hoy más que nunca es motivo de interesantes debates entre diversos sectores del país. Una de las cuestiones planteadas es la referida a la calidad de la educación y a los fines que ésta persigue.

Sin embargo, es importante para argumentar y comprender mejor la realidad educativa actual, revisar un poco -a la manera del dios Jano de la mitología romana-,  la evolución histórica del sistema educativo venezolano y específicamente el aspecto concerniente al cambio nominal o semántico de los términos.

Es así como en Venezuela durante más de un siglo se utilizó el términoinstrucción para referirse a todos los procesos de la enseñanza, incluyendo los instrumentos jurídicos, el ámbito administrativo y en general  a las acciones del Estado.

Ejemplos del carácter nominal de la instrucción los podemos observar tanto en las palabras de Simón Rodríguez y Simón Bolívarrespectivamente.Consideraba Rodríguez que los Jefes de Estado deben estar persuadidos  que “nada conseguirán si no instruyen”.

Por su parte, Bolívar sostenía que la instrucción es el complemento esencial del hombre, instando a los gobiernos a jugar un papel fundamental en el sostenimiento de la misma. Debido a la importancia dada a la instrucción, la Constituyente de Cúcuta de 1821 se proponía crear la instrucción pública, otorgando al Estado la responsabilidad de crear escuelas y brindar la enseñanza a la población.

De esta manera,  el lento proceso de la evolución del sistema educativo, en su aspecto nominal, el término instrucción se mantuvo vigente hasta el año de 1936 del siglo pasado cuando éste cambia al nombre deEducación. Ahora bien, antes de proseguir y para apreciar la importancia de estos cambios terminológicos es necesario referirnos aunque someramente a  cada uno de ellos:

La instrucción, según el diccionario de la Real Academia Española  (del latíninstructio-ónis) presenta dos acepciones: caudal de conocimientos adquiridos; y primera enseñanza, la que se da en establecimientos sostenidos por el Estado,  comprende la primera y segunda enseñanza, las facultades, las profesiones y las carreras especiales.

En el caso de la educación (del lat.Educatio,-ónis) igualmente ofrece dos acepciones: crianza, o enseñanza que se da a los niños y jóvenes así como la instrucción por medio de la acción docente. Podemos observar que ambos términos se refieren al proceso de enseñanza como una de las funciones del docente; pero entre cada término existe marcada diferencia.

Cuando se habla de educación, se amplía la cobertura de esta acción puesto que incluye un nuevo aspecto como lo es el de la formaciónconcepto que permite pensar más en la integralidad del ser humano como fenómeno complejo donde no sólo es la capacidad de acumular algún tipo de conocimiento práctico sino la posibilidad de aprender, autorrealizarse y relacionarse social y culturalmente en un contexto determinado.

De vuelta a nuestra consideración histórica de la terminología, podemos considerar que durante el siglo XIX, y en la primera etapa del XX, las políticas educativas marcaron énfasis sobre la enseñanza en su acepción de instrucción debido al contexto social y cultural, la mayoría de la población era analfabeta.

Pero es a partir de 1936 cuando se hace el cambio semántico. Si bien es cierto que aún existía un alto índice de analfabetismo, las influencias externas permitidas por el  avance de la democracia hacen posible tal cambio de término.

En tal contexto, las políticas educativas se enfocan no sólo hacia la enseñanza de la lectura y la

Mariano Picón Salas

escritura sino también hacia la formación en valores ciudadanos. La justificación del cambio de nombre lo realiza a través de un comunicado la Superintendencia de Educación Nacional que para el momento se encontraba a cargo del ilustre intelectual Mariano Picón Salas.

Para el año 1940, cuando esta nueva denominación es llevada a la Ley, el Ministerio de Instrucción pasa a llamarse Ministerio de Educación Nacional el cual se simplifica hacia los años 50 adquiriendo el nombre de Ministerio de Educación; para este momento se apreciaban indicios de concepciones tecnocráticas.

Para 1999, el cambio político que opera en Venezuela, ejerce nuevamente un giro nominal, el ministerio cambia a Ministerio de Educación, Cultura y Deporte y más recientemente por la denominación de Ministerio del Poder Popular para la Educación.

En este sentido, observamos que el término educación en su concepción filosófica y teleológica de formación integral del ser humano seguirá su largo viaje acompañada de tendencias y concepciones políticas; pero que en definitiva lo que se busca con ella es el modelo político y social.

En la actualidad, la Ley orgánica de Educación de 2009 en su artículo 14 destaca la función formadora de la Educación como un proceso integral sustentándose en tres pilares doctrinarios: el ideario de Simón Bolívar, Simón Rodríguez y en el Humanismo social. De igual manera, en el artículo 15 muestra los fines que persigue la Educación Bolivariana.

Hecho este recorrido, podemos darnos cuenta que en el desarrollo de nuestro sistema educativo los cambios nominales son de gran importancia para intentar entender el complejo proceso educativo; conocer como ha sido la evolución conceptual es entender el presente y vislumbrar el futuro educativo del país.

La educación es un proceso complejo y nuestro sistema educativo no escapa a ello es por eso que la constante reflexión y acción podrá fortalecer tal proceso, quizá en materia educativa sería bueno plantearse las tres preguntas de un famoso cuadro del Pintor francés Paul Gauguin:¿De dónde venimos? ¿Qué somos? ¿A dónde vamos?.

Autor: Esp. Oscar Alberto García Rivas

9.888.405

Facilitadora: Dra. Luz Mijares

Unidad Curricular Sistema Educativo Venezolano

Doctorado en Ciencias de la Educación

Universidad Nacional Experimental de los

Llanos  Centrales  Rómulo Gallegos

Fuente de la noticia: http://www.eltubazodigital.com/noticias-de-venezuela/el-sistema-educativo-venezolano-de-la-instruccion-la-educacion-bolivariana/

Imagen: http://i0.wp.com/www.eltubazodigital.com/wp-content/uploads/2016/04/articulo-maestria-4.jpg

Comparte este contenido:
puntos, cooperación genuina, ABACOenRed, Herman Van de Velde

«Pongamos al menos algunos puntos en las i-es»

«Pongamos al menos algunos puntos en las i-es»

Autor: Herman Van de Velde

Fuente: http://abacoenred.com/wp-content/uploads/2015/10/22_pongamos_al_menos_algunos_puntos_en_las_i.pdf

Pongamos al menos algunos puntos en las i-es…

Reflexión crítica respecto a características esenciales de un trabajo socio-educativo de calidad

Inspirado por anotaciones desde el pensamiento complejo, promovido por Edgar Morín[1], por reflexiones de Eduardo Galeano y Mario Benedetti, por aportes teórico-prácticos desde una pedagogía crítica y una educación alternativa popular posible[2] en Nuestramérica, y principalmente por comentarios de estudiantes sobre sus ‘clases’, comparto unas ideas que me cuestionan en mi quehacer docente, en mi quehacer socio-educativo.  Al mismo tiempo de cuestionarme, estos aportes y comentarios también me motivan a superar y a trabajar diferente.

Pretendo que el cambio que anhelo (mayor calidad en el aprender, ya sea en espacios escolarizados, institucionales en general o más bien comunitarios) inicia por un cambio en mí mismo (un trabajo, facilitador del aprender, alternativo popular orientado al aprender juntas/os a mis estudiantes, a las personas entre quienes trabajamos).

¿Me sigues en esta travesía?

Juntas/os, sin duda alguna, caminaremos mejor y más lejos.

Aquí 8 puntos sobre las i-es, en cuanto a la esencia de nuestro trabajo socio-educativo:

  1. Compartir

Aprender a compartir implica aprender a inter-cambiar, es decir desarrollar una actitud abierta hacia la otra persona, una actitud caracterizada por ternura. Es difícil compartir, de verdad, con alguien a quien no queremos mucho, con alguien a quien no respetamos profundamente, con alguien de quien no disfrutamos su ser diferente, con alguien a quien hacemos referencias negativas, aún en su ausencia (¿ocurre no?), con…

Se trata de una actitud ética profunda, esenciada por un sentir compartido de ‘SER parte juntas/os’ y de ‘TOMAR parte juntas/os’ (“com-partir” justamente es eso, ¿no?), activamente.

Compartir e intercambiar son acciones de doble vía, no se trata de simplemente ‘dar’ (clase) y de ‘recibir’ (clase), sino de compartir e intercambiar de verdad. ¡Qué interesante la palabra ‘inter-cambiar’: cambiar como personas involucradas a partir de nuestra inter-acción. Entonces vale la pregunta: En cada encuentro con estudiantes, ¿qué cambios han provocado en mi propia persona? Si yo, como docente, no cambio, desde cada encuentro, entonces tampoco hubo ‘inter-cambio’, ¿no? Y si no hay intercambio, entonces lo que hay es imposición. Y la imposición no es parte de una educación alternativa popular, no es liberadora, no es concienciadora.

¿Todas/os nuestras/os estudiantes realmente son parte activa de la construcción de cada nueva oportunidad de aprendizaje? ¿Qué papel juego para contribuir a que de verdad lo sean? ¿En qué medido lo facilito o en qué medida lo obstaculizo? ¿Qué piensan y sienten mis estudiantes al respecto?

¿Cómo auto-valoro mi disposición y voluntad a compartir, tanto con estudiantes como con colegas?

  1. Comprender

¿Qué implica comprender? Por ejemplo: comprender a quien no entregó la tarea a tiempo, comprender a quien está distraída/o durante el encuentro, comprender a quien tiene otras prioridades momentáneas que estar en clase, comprender que alguien tiene otro punto de vista, comprender ese otro punto de vista aún sin compartirlo, comprender… Esta lista es interminable, colega. ¿Y qué tal los pre-juicios? ¿Qué tal estos juicios que nos formamos aún sin conocer, sin saber, sin comprender? En muchas ocasiones nuestros pre-juicios más bien nos impiden poder comprender. ¿Cómo y qué hacer para liberarnos y desprendernos de nuestros pre-juicios?

Para aprender a comprender, es una condición necesaria e indispensable ejercer el arte de escuchar. ¿De verdad, escuchamos a las y los demás? ¿Escuchamos para comprender o nos quedamos en la escucha para responder? ¿Y nuestras evaluaciones, las hacemos para comprender las respuestas a las preguntas o más bien las hacemos para juzgar? ¿Y en las jornadas científicas, nos apostamos a comprender lo que se expone y comparte o apuntamos solamente a juzgar desde nuestro propio punto de vista considerándolo como único válido?

También aprender a comprender implica ‘apertura’, implica no basarnos en ‘modelos’ cerrados, sino en ‘referentes abiertos y dinámicos’, implica no proyectar una actitud cuadrada, sino una actitud abierta y dinámica, con disposición al cambio, desde mi propio SER.

¿Cómo auto-valoro mi disposición a la escucha orientada a la comprensión (y no a la respuesta)?

  1. Trabajar constructivamente con ‘incertidumbre’

De hecho, nunca todo lo podemos prever. Después de 35 años de experiencia docente, te confieso que antes de iniciar un nuevo encuentro no me dejan de hacerse sentir los nervios, provocando muchas preguntas: ¿cómo será el grupo? ¿Qué intereses compartirán? ¿Qué experiencias ya habrán tenido? ¿De dónde serán? ¿Cómo me percibirán? ¿Lograré establecer una comunicación sincera? …. Y muchas preguntas más. Me satisface que estos nervios, aún después de 35 años, siguen siendo parte de cada nueva experiencia a construir juntas a otras personas. Son nervios que no me inhiben, ni me molestan, sino indican una capacidad de apertura hacia lo nuevo, lo inesperado, lo ‘no sabido’, lo creativo, lo único,… Todo un reto, y nada fácil.

Es indispensable saber calcular riesgos responsablemente y saber enfrentar los riesgos calculados con el mismo sentido de responsabilidad. Me refiero, además, a una responsabilidad compartida, desde el mismo proceso de la visualización inicial de estos riesgos.

El saber enfrentar situaciones de incertidumbre debe caracterizarse por una expresión de esperanza, construyendo juntas/os un ambiente de confianza, de confianza profunda en cada una de las personas integradas como ‘SERes EcoPerSociales’.  Una pedagogía de la esperanza debe acompañarse de una Pedagogía de la significación: construir juntas/os significados pertinentes que nos permitan ir avanzando en la calidad de nuestro aprender.

¿Cómo auto-valoro mi capacidad de enfrentar constructivamente situaciones caracterizadas por cierto nivel de incertidumbre?

  1. Identidad

Promover el cambio, iniciando con sí misma/o, es muy difícil si no ‘sentimos’ identidad en diferentes niveles. Este sentir de identidad, de pertenencia, la debemos construir muy conscientemente, debe ser parte esencial de nuestra planificación diaria, del diseño metodológico de todo encuentro.

Entre los niveles de identidad a construir no podemos dejar de mencionar:

. La identidad como ‘SER EcoPerSocial’, que implica nuestra integración esencial ecológica-social-personal, una unidad inseparable, una identidad terrenal. Es decir: ‘somos, en esencia, Madre Tierra – Pachamama’.

. La identidad como SER vivo y como SER humano, muy relacionado e inseparable de la identidad como ‘SER EcoPerSocial’.

. La identidad comunitaria: somos parte de una comunidad, somos parte de varias comunidades (desde el hogar, como estudiante, como trabajador/a, desde mis espacios de participación espontánea u organizada,…). No solo somos parte, también tomamos parte, conscientemente. Nos integramos en la medida que desarrollamos esta identidad.

La construcción de identidad contribuye sustancialmente al surgimiento del sentir de esperanza y nos facilita el proceso de ‘significación’, ya que contamos con un referente identitario, el cual nos toca seguir construyendo colectivamente como responsabilidad compartida y desde un enfoque, fundamentalmente, EcoPerSocial.

¿Cómo auto-valoro mis aportes en procesos de construcción colectiva de identidad positiva, desde el hogar, entre colegas, entre estudiantes?

  1. Aprender a identificar lo pertinente

Todo aprender se construye desde un contexto singular y particular. Singular porque este mismo contexto es interpretado (significado) por un SER ‘EcoPerSocial’ y particular porque es compartido con otros SERes, también EcoPerSociales. En este sentido el reto planteado está en construir el aprender, en todo su complejidad, desde los contextos singulares y particulares justamente para trascenderlos. Este saber trascendente debe permitirnos volver a concretarlo en nuevos contextos singulares y particulares.

Solo con esta dinámica, tal como lo describí en el párrafo anterior, podremos construir conciencia respecto a los límites de su validez y la esencia de sus interrelaciones (entre todo y partes). Lo que no es pertinente, no se aprende, sino provoca rechazo, no se integra en nuestro saber, sino es aislado y ‘temporalizado’ (= consciente por un tiempito como cuando memorizamos para un examen, no para aprender de verdad).

¿Cómo auto-valoro la pertinencia de lo que aprendemos en mi trabajo socio-educativo? ¿En lo singular – cada quien, incluyéndome? ¿En lo particular – a nivel de identidad colectiva?

  1. Curiosidad – Criticidad

¿Dónde está el asombro en nuestro quehacer socio-educativo? ¿Cómo lo puedo provocar? ¿Cómo lo provoco? ¿Con qué frecuencia? El asombro se relaciona íntimamente con lo pertinente. Solo lo pertinente me puede provocar asombro. Solo lo pertinente me provoca curiosidad.

La curiosidad, como condición básica para una actitud investigativa, me lleva a descubrir, me lleva a buscar datos. No todos los datos que encuentro necesariamente son válidos para mi contexto (pertinencia). Por lo mismo es indispensable una actitud crítica constructiva, una actitud crítica que me permite valorar la validez de dichos datos, procesarlos para construir una información pertinente que, en el mejor de los casos, provoca asombro, que es satisfacción y valoración de lo nuevo, siempre pertinente.

¿Cómo auto-valoro mis aportes en la provocación del asombro, de la curiosidad y de la criticidad constructiva.

  1. Actitud emprendedora de calidad creciente

Desde el asombro y con una dosis de pensamiento divergente (creatividad) surge la idea, surge lo inédito sensible, lo que no es sino podría ser (hay potencia(lidad) para ser – ‘es en potencia’). En este primer paso se trata de una intuición fundamentada, una concepción inicial, de una idea: un sueño.

Al compartir la idea, al reflexionarla conscientemente, al desarrollarla (ampliarla y profundizarla) se convertirá en lo inédito viable (Paulo Freire), lo que será posible: el sueño a concretar juntas/os.

A partir de allí nos toca concretar el sueño y podemos identificar tres pasos fundamentales: (1) la concreción planificada y contextualizada; (2) la concreción continuada (permanente con mejora continua); (3) la concreción sistematizada (aprender de la experiencia para la construcción colectiva de nuevos saberes y nuevas experiencias relacionadas).

En el tercer paso, si lo hacemos bien surgirá necesariamente, no como producto, sino como parte esencial del proceso, el asombro, la curiosidad ante lo imprevisto y la incertidumbre, tal que tendremos nuevos caminos por andar, siempre juntas/os, bajo responsabilidad compartida y una interdependencia positiva.

¿En qué medida facilito y promuevo espacios para la iniciativa, tanto a nivel del inédito sensible, como a nivel del inédito viable y su concreción (3 pasos)?

  1. Cooperación Genuina

A partir del reconocimiento profundo de la realidad ‘EcoPerSocial’, la interacción social contextualizada se convierte en base para todo aprender. “No aprendo sin vos, no aprendo sin las y los demás.” El aprender es esencialmente un fenómeno de actuación colectiva.

Y al hablar de un aprender (colectivo) de calidad debemos referir al carácter ético, es decir a la equidad y justicia social. No se trata de una calidad en el aprender para una élite, para unas cuantas personas, sino se trata de aprendizaje de calidad para todas y todos, sin exclusión alguna.

Para lograr lo anterior, es indispensable establecer una base firme de ‘cooperación genuina’. En el siguiente gráfico visualizo a qué me refiero:

Cooperación genuina, Herman Van de Velde, ABACOenRed
Cooperación genuina, Herman Van de Velde, ABACOenRed

La lógica planteada en este esquema implica que el trabajo socio-educativo debe orientarse a un mejoramiento continuo, es decir a la transformación del escenario apuntando a mayor calidad de vida creciente para todas las personas involucradas, sin excepción alguna.

Partimos del hecho que debe construirse un ambiente caracterizado, esencialmente, por confianza, tanto auto-confianza como confianza en el equipo. La construcción de confianza irá acompañada, necesariamente por una disposición y capacidad creciente de crítica y auto-crítica constructiva.

En este tipo de ambiente, la participación activa de cada quien desde su propio rol, estará también caracterizada por el ejercicio del arte de la escucha, empezando con el o la profesional del trabajo social. La escucha intensa permitirá interpretar las experiencias que se viven, ya sean positivas o negativas, no solo desde un punto de vista propio sino también desde el punto de vista ‘de la otra persona’, con el debido y profundo respeto.[3]

‘Experienciar’ implica vivir una experiencia y aprender de ella y para eso es importante saber interpretar, no para juzgar sino para comprender. Solo una comprensión respetuosa de la situación que se presenta me permitirá concienciar, es decir: construir mi propia conciencia respecto a lo que estamos viviendo.

Otro pilar fundamental en el trabajo social, desde una óptica de ‘cooperación genuina’, es la voluntad de compartir, saber compartir, saber comunicarse, con la debida actitud ética, el respeto, y el disfrute de la diversidad.

La sistematización es un eje esencial del trabajo social e implica un proceso de reflexión crítica que lleva a la comprensión y a la construcción colectiva de aprendizajes que apuntan, desde la integración, a una transformación orientada a mayor calidad de vida en el escenario que nos toca. La sistematización nos facilitará la decisión del compromiso, la identificación con el papel que me toca como trabajador o trabajadora social, tanto por el proceso mismo de sistematización (integración) como por los aprendizajes resultantes.

Sea esta breve referencia al sentido y significado de nuestro enfoque principal ‘la cooperación genuina’, una guía para nuestro quehacer socio-educativo.

¿En qué medida mis estudiantes reconocen que les escucho atentamente? (¿Se lo has preguntado a ellas/os?)

Cada uno de estos ejes y de estos pilares, así como ambos ambientes, ¿en qué medida están presentes en los encuentros que me toca facilitar?

 

¡Pongamos unos puntos sobre las i-es!

Vale, no la pena, sino el esfuerzo, ya lo verás.

Herman Van de Velde, abril 2015

herman@abacoenred.com

[1] Morín E. (1999), Los siete saberes necesarios para la educación del futuro. París: UNESCO. Internet: http://www.virtual.unal.edu.co/cursos/humanas/mtria_edu/2021082/und1/anexos/sietesaberes.pdf

[2] www.abacoenred.com

[3] Observa cómo se van integrando en este punto 8 todos los aspectos anteriores.

Comparte este contenido:

Brasil: Bienvenidos a la lucha de clases

Joao Pedro

Nosotros somos un grupo de militantes, dirigentes, pensadores que soñamos con el socialismo en Brasil. Y estamos en la lucha de clases, entre el primer y el segundo tiempo de un partido de un campeonato que no terminó. Estamos en el vestuario analizando las próximas jugadas.

Es evidente que Brasil vive una grave crisis, una crisis de proyecto. Va mucho más allá del gobierno. La crisis que estamos viviendo es semejante a la del 29, del 60, del 80. Y en estas crisis históricas del país las salidas tardan. Exige una reorganización de las clases. Y es eso lo que está en juego.

Del otro lado, ellos sólo tienen una salida: el regreso del neoliberalismo. Por qué en una crisis – que es una crisis del modo capitalista – necesitan limpiar el terreno para volver a aumentar sus ganancias, acumular y hacer crecer su economía. Pero para eso, tienen que destruir los derechos de los trabajadores, tienen que apropiarse de nuestras riquezas como el petróleo, la minería, el agua, la biodiversidad, los ríos para las hidroeléctricas, para fortalecer así el capital y volver a controlar nuestra economía, subordinándola – como ellos dicen públicamente – a la economía de los Estados Unidos. Ese es su proyecto histórico.

En esta batalla decidieron que para limpiar el terreno, tenían que librarse de algunas trabas. La primera: el gobierno de Dilma (Rousseff), que aunque no sea una gran traba, aún así no les permitía ganar 7 a 1. Además, tenían que desmoralizar a Lula, porque Lula es el fantasma de la clase trabajadora.

Para conseguir esos objetivos armaron un equipo con 3 actores fundamentales. Primero, el poder económico. Hay un enorme poder de los capitalistas que operan a través de sus porta-voces mediáticos. Como dijo Paulinho da Força Sindical (sindicalista y diputado) en su ingenuidad: “Esta sobrando dinero para financiar el impeachment”. Es el capital que compra obispos, jueces, la Red Globo. Hay mucho poder económico en disputa y ellos están moviéndose aunque tienen sus diferencias. No están unidos. ¡Gracias a Dios y a la Dialéctica!

Parte de ellos no acepta la vuelta el neoliberalismo porque empresas como Friboi (de producción de carne) dependen del mercado interno y saben que solo van a recuperar su tasa de ganancia si el pueblo mejora. Esas diferencias entre el poder económico nos benefician.
El segundo equipo son los parlamentarios. Es el equipo más sucio. Están entrando sin calzoncillos a la cancha. El origen de la elección de estos parlamentarios es ilegal, ilegítima.
Y tercer equipo, es el núcleo ideológico donde está la dirección política del proyecto. Hay en ellos una mezcla. Una mezcla de la derecha del Ministerio Público, la Policía Federal y la Justicia, en alianza con la Red Globo. Usaron la excusa de la corrupción pero también tienen contradicciones: “¿Vamos a sacar a Dilma y después qué hacemos con Cunha? (Eduardo. Presidente de la Cámara de Diputados, investigado por corrupción, segundo en la línea de sucesión presidencial)

¿Del otro lado – el pueblo trabajador – quién tiene a su lado? El gobierno de Dilma que nosotros elegimos y que se pasó dos años haciendo goles en contra. Nosotros ya lo hemos dicho: ¡Basta de hacer goles en contra! Hay que cambiar la política económica a favor del pueblo. Por suerte, ella cambió de entrenador y puso Lula. Y eso ya anuncia nuevas señales.

Del lado de los trabajadores también está la sociedad. Fue la que mejor jugó en estos tiempos. El día que intentaron detener a Lula, en más de 1500 ciudades hubo plenarias de militantes que dijeron “no”. Una sociedad independiente de los partidos, que fue por su propia cuenta. El equipo de la sociedad está jugando bien.
El tercero actor son las calles, donde hemos tenido partidos importantes. Ellos salieron el 13 y nosotros se la devolvimos saliendo el 18 y quedó en un 2 a 2. Pero aún no estamos ganando en las calles. Porque la gran masa aún no salió. Todavía está sentada esperando. Está asustada. El desafío que tenemos en las calles, como militantes, es mostrar para esta masa que el problema no es Dilma, ni la corrupción y si, lo que está en juego, es un proyecto del país. Eso es lo que el pueblo tiene que entender. En las calles, aún no ganamos pero hay elementos que pueden cambiar eso. El sábado por la mañana Lula estuvo en Fortaleza y llevó a 100 mil personas a la calle. Ahí está el pueblo. El Sindicato del ABC (en San Pablo) hizo una asamblea con 8 mil trabajadores de las plantas de automóviles. Ahí está el pueblo.

Este es el esfuerzo que tenemos que hacer: salir del vestuario e ir a la cancha con el pueblo. ¡Combinemos una fecha y que la favela ocupe las playas de la Zona Sur, en Río!

Por último, aún tenemos muchas tareas que hacer. Votarán el impeachment. Nosotros tenemos la obligación de frenar el golpe y exigir al gobierno que haga una limpieza en los ministerios, reconocer nuestros errores y mostrarle al pueblo que es un gobierno del pueblo y para el pueblo.

Hay que mantenerse en las calles pero esto no es suficiente. Si el problema de fondo es un proyecto, tenemos que ir delineándolo. Porqué en el 2018 hay elecciones. ¿Cuál es nuestro proyecto? ¿Es solamente Lula 2018? Tenemos que tener un proyecto de país. Y este proyecto de país – en la tradición de izquierda – lo construyen los intelectuales orgánicos de la clase trabajadora, que son ustedes. Empiecen a discutir este proyecto. Es necesario desde ahora ir cambiando la rueda de bicicleta mientras esté en movimiento. Es decir, mientras frenamos el golpe, tenemos que ir pensando en un proyecto de país, hablar con el pueblo y discutirlo con el pueblo, porque el pueblo no es bobo.
Ya estamos organizándonos. El Frente Brasil Popular y el MST, vamos a acampar en Brasilia para frenar el golpe. Son campamentos lúdicos, de reflexión donde discutiremos un proyecto de país. Les diremos: “aquí no pasarán”.
Y voy a provocarlos con una decisión que ya tomamos en la Asamblea del Frente Brasil Popular en Río Grande do Sul, donde haremos un campamento de legalidad en frente al Palacio Piratini (sede de gobierno), en homenaje a Leonel Brizola. Ustedes en Río de Janeiro, acampen en la Plaza de la Candelaria. ¡No tengan miedo! Tenemos que ser firmes, resistir, hasta sacar del escenario esta estupidez de intento de golpe. Organicémonos para crear un proyecto de país y seguir alerta en las calles.
¡Bienvenidos a la lucha de clases!

Comparte este contenido:

Largo camino, buen destino

El occidente de Honduras es una región extremadamente montañosa de bellos y exuberantes bosques de pinos. Está habitada por la población de origen lenka, descendientes de Lempira, quien fue gran antecesor de la independencia de América Latina. Por otra parte, es una de las regiones de Honduras con mayores retos de desarrollo en la actualidad.  Sus tasas de pobreza son mayores a las del resto del país, lo cual se relaciona con el escaso logro educativo de su población. Los jóvenes de 20 años solo cuentan con un promedio de siete años de educación, lo que significa que uno de cada dos niños que acaban sexto grado se matricula en séptimo. Es decir, en total, cada año aproximadamente 14.000 niños de 12 y 13 años interrumpen su proceso educativo.

Frente a ello, el gobierno de Honduras decidió adoptar medidas rápidas a través de su Secretaría de Desarrollo e Inclusión Social, la coordinación y empuje de la Secretaría de Educación y el apoyo del BID. A pesar de la intención de actuar velozmente, surgieron una cantidad de interrogantes: ¿Debemos instalar colegios en dichas comunidades? ¿Qué tipo de escuelas se podrían construir? ¿Debemos darles a los estudiantes un bono de transporte? ¿Vendrán los alumnos? ¿Estudiarán?

Se tomaron decisiones difíciles.

Se acordó, en una primera fase, atender áreas con una gran población graduada de sexto grado, pero que no continuaba en séptimo por falta de oferta educativa local. O, por otra parte, enfocarse en aldeas, centros poblados o ciudades cercanas accesibles durante todo el año.

Debido a los escasos recursos, se decidió emplear la experiencia del Sistema de Aprendizaje Tutorial (SAT), el cual es un programa de educación secundaria alternativa que ofrece instrucción de 7mo a 12vo grado a jóvenes que viven en comunidades rurales aisladas en cinco países de  Latinoamérica.

De esta manera, se brindaron servicios educativos a través de instructores que utilizan materiales en distintas materias para guiar el aprendizaje de los alumnos. También se empleó el conocimiento local y el entusiasmo del Instituto Hondureño de Educación por Radio (IHER). La experiencia fue lanzada a comienzos del 2014, creando oferta educativa en 100 aldeas rurales.

Dada la importancia del proyecto para el desarrollo de esta zona de Honduras, tuve la oportunidad de visitar algunas escuelas del área en Octubre de 2014. Una de mis visitas me llevó a la Escuela José Trinidad Cabañas de la comunidad El Portillón del municipio San Marco, en el departamento de Intibucá.  Para llegar a esta escuela, desde la capital departamental, primero tomamos un camino consolidado. Luego, pasamos a uno también asentado, pero mucho más angosto e irregular, un camino de herradura. Las lluvias de la época le añadieron un poco de emoción al viaje: por seguridad, tuvimos que descender del vehículo que nos transportaba en varios puntos del camino.

 

Nota: mapa elaborado en Google Earth. La línea morada representa el camino de herradura; la línea roja, representa la línea recta.

 

La comunidad cercana, San Marco de la Sierra, se encuentra aproximadamente a cinco kilómetros en línea recta y a diez kilómetros por el camino de herradura. La  vía directa tiene varias montañas en su camino, con una pendiente promedio de 24 grados y con picos que pueden llegar a 45. En época seca, les tomaría a los alumnos caminar dos horas de ida para llegar a la escuela y dos de vuelta para regresar. Por otro lado, el camino de herradura les tomaría a los estudiantes 30 minutos en transporte. Sin embargo, este camino se cierra en época de lluvias, lo que afecta la asistencia a las clases. Cabe acotar que la pendiente promedio de esta vía es de 14%, dificultando así que los alumnos se trasladen en bicicleta.

 

NOTA: Perfil de elevación del terreno en base a GoogleEarth

 

Al final del camino, llegamos a la escuela. El viaje (y el dolor de espalda) fue gratamente recompensado al ver un aula que, si bien, se encontraba en condiciones muy precarias, estaba llena de estudiantes ¡estudiando! Los alumnos, acompañados por un instructor totalmente comprometido, estaban avanzando de acuerdo al plan educativo. Debido a nuestra visita, la mayoría de los padres estaban presentes, extremadamente agradecidos por la oportunidad de la que disfrutaban sus hijos. Como gesto de gratitud, nos ofrecieron un manjar de la zona: una rica sopa indígena de gallina.

El éxito del programa no solo se ha registrado en esta aldea. En total, se matricularon más de 2.500 estudiantes en 100 centros educativos en 2014. La deserción durante el año fue mínima. Las escuelas han empezado clases en el 2015, atendiendo nuevos alumnos en séptimo grado y a aquellos que fueron promovidos de séptimo a octavo grado. El gobierno, en coordinación con el BID, está evaluando alternativas para potenciar el modelo, mejorando las condiciones de prestación del servicio educativo e incluyendo tecnologías de información.

Adicionalmente, el gobierno de Honduras está consciente de que hay muchas escuelas que están en áreas aún más remotas, donde no llega ni el camino consolidado, ni el camino de herradura. Es por esto que, en cooperación con el BID y otros organismos locales e internacionales, se está en proceso de identificar otras soluciones creativas para mejorar el desempeño educativo de la zona y potenciar su crecimiento sostenido.

Comparte este contenido:
Page 2606 of 2675
1 2.604 2.605 2.606 2.607 2.608 2.675