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#Covid19Hoy: Brasil reabre las escuelas con una gran brecha en el acceso a la educación

Por: Alba Santana/  france24.com 
En Brasil, uno de los epicentros de la pandemia, las escuelas vuelven a retomar las clases después de casi un año de cierre, una reapertura que acusa una enorme brecha educativa. Entretanto, el presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador hizo este lunes su primera reaparición en público tras contraer el coronavirus y la OMS hizo un nuevo llamado a la repartición equitativa de la vacuna en los países pobres para superar la pandemia.

Poco más de un mes después de haber iniciado el 2021, el mundo continúa haciendo frente a la pandemia mundial provocada por el nuevo coronavirus. Mientras los programas de vacunación siguen avanzando en todo el planeta, las nuevas variantes del virus y los rebrotes periódicos siguen siendo un reto global.

Actualmente, el virus suma más de 106,3 millones de casos y más 2,3 millones de muertes a nivel global.

Según la Universidad Johns Hopkins, el país más afectado sigue siendo Estados Unidos, seguido por India, Brasil, Reino Unido, Rusia, Francia y España.

Brasil, uno de los países más azotados por la pandemia de Covid-19, se dispone a abrir paulatinamente las escuelas y a retomar las clases presenciales tras casi un año suspendidas a causa del virus.

Según la Unesco, el país tropical fue una de las naciones que mantuvo más tiempo cerrados los centros educativos, dejando sin acceso a la educación a 5,5 millones de niños y adolescentes durante 43 semanas, el doble de la media mundial.

De los veinte estados que esperan reabrir sus centros educativos entre febrero y marzo, este lunes fue el turno de São Paulo, la región más rica e industrializada de Brasil, pero también una de las más afectadas por el virus.

Así lo anunció el gobernador de la región João Doria en redes sociales este 8 de febrero, dando por comenzado el “año lectivo” en São Paulo. Aunque la reapertura de las escuelas no ha sido fácil para el gobierno estatal, que tuvo que enfrentarse al sindicato de profesores ante los tribunales.

Con una ocupación máxima del 35% en las aulas, son muchas regiones que han decidido apostar por un régimen híbrido entre la educación presencial y remota para poder garantizar el distanciamiento social. Aunque la educación remota representa un gran problema para la sociedad brasileña, ya que casi el 40 % de los estudiantes de escuelas públicas urbanas de Brasil no tiene computador ni tableta en casa.

Además, esta desigualdad en el acceso a la educación también se advierte en el hecho de que uno de cada cuatro brasileños aún no tiene acceso a internet, de acuerdo con el Instituto Brasileño de Geografía y Estadística (IBGE).

Sin acceso a la tecnología necesaria para dar clases a distancia ni a Internet, la asistencia a las clases virtuales será un reto para muchos de los estudiantes brasileños.

Con EFE y AFP

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Libro (PDF): Postneoliberalismo y penalidad en América del Sur

Reseña: CLACSO

Este libro pretende ser una contribución a alentar el desarrollo de estudios sobre la relación entre la política y la penalidad pero no en función de tratar de postular el peso de ciertas dimensiones institucionales de la misma como condiciones que hacen posible determinadas mutaciones penales. En los estudios que lo integran el énfasis está puesto en la exploración de los resultados –siempre en un punto relativamente contingentes y contestables– de las constantes luchas materiales y simbólicas entre los actores que tienen distintos tipos y cantidades de fuerza en el campo de la política en tiempos y lugares determinados especialmente en cómo ciertas alianzas y programas gubernamentales se aproximan a la penalidad y que continuidades o discontinuidades introducen con respecto a su pasado reciente y remoto, en el marco de unos procesos particulares de cambio político que tienen algunos elementos en común en distintos escenarios nacionales.

 

Autor/a:                              
Hernández, María Lucrecia –  Vicente Paladines, Jorge – Grajales, Martha Lía – Autor/a  Cifali, Ana Claudia – Sozzo, Máximo – Compilador/a,  Azevedo, Rodrigo Ghiringhelli de –
Editorial/Editor: CLACSO
Año de publicación:  2016

 

País (es): Argentina
Idioma: Español
ISBN : 978-987-722-174-9
Descarga:   Libro (PDF): Postneoliberalismo y penalidad en América del Sur
Fuente e imagen:

http://biblioteca.clacso.edu.ar/

 

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Brasil: Nota de Repúdio às Novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional e Tecnológica

América do Sul/Brasil/22-01-2021/Autor: Mário Junior/Fonte: sinasefe.org.br

No dia 5 de janeiro de 2021, foi publicada pelo DOU a Resolução CNE/CP nº 01-2021 que dá nova forma e conteúdo às Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Profissional e Tecnológica (DCNEPT) aprovadas pelo Conselho Nacional de Educação. Esse conjunto de diretrizes vem completar o conjunto de instrumentos legais e normativos que instituem a contrarreforma do Ensino Médio, desencadeada a partir da MPV nº 746/2016, convertida na Lei nº 13.415/2017. Ainda integram essa contrarreforma as Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM – Resolução CNE/CEB nº 03/2018), a Base Nacional Curricular Comum (BNCC – Resolução CNE/CEB nº 04/2018) e a quarta versão do Catálogo Nacional de Cursos Técnicos (CNCT – Resolução CNE/CEB nº 02/2020).

Inicialmente, é fundamental explicitar o contexto de recrudescimento da ideologia neoliberal em que ocorreu a gênese dessa contrarreforma. Apesar de alguns antecedentes, o principal marco é o processo de golpe em curso contra a sociedade brasileira desencadeado a partir de 2016, cujo objetivo é reconfigurar o Estado visando a torná-lo ainda “mais mínimo” para a garantia dos direitos sociais e “mais máximo” na regulação dos interesses do grande capital nacional e internacional, especialmente o capital financeiro (especulativo), tendo como primeiro ato o impedimento da presidenta Dilma Rousseff. Do ponto de vista do golpe, essa foi uma medida imprescindível às ações subsequentes, todas coerentes com esse objetivo, dentre as quais destacam-se: Lei nº 13.365/2016, que altera o marco regulatório da exploração de petróleo do pré-sal; Emenda Constitucional nº 95/2016, que congelou os investimentos nas áreas sociais por vinte anos; Reforma Trabalhista; Reforma da Previdência, dentre outras, incluindo a própria contrarreforma do Ensino Médio.

Esse quadro, já extremamente grave, de avanço do ultraliberalismo econômico engendrado a partir de 2016 sofre uma inflexão para pior, quando, a partir de 2019, agrega-se o ultraconservadorismo de costumes, que também incorpora o negacionismo da ciência e a tecnocracia militarista. Essas forças nem sempre estão de mãos dadas, mas têm um projeto comum em torno do qual se unem: atacar os direitos sociais arduamente conquistados ao longo do tempo pela classe trabalhadora mais empobrecida deste país e, ao mesmo, a regular os interesses do capital.

A contrarreforma do ensino médio em seu conjunto, e, em particular, das DCNEPT (nesta análise também se inclui o Relatório do Parecer CNE/CP nº 17/2020, que deu origem a essas diretrizes), pode ser sintetizada pelo direcionamento a uma completa fragmentação da etapa final da educação básica, privando os filhos da classe trabalhadora mais empobrecida do acesso aos conhecimentos produzidos e acumulados pela humanidade e, ao mesmo tempo, promovendo sua privatização via parceria público-privado que, na prática transfere recursos públicos à iniciativa privada para que ela, de um lado, defina a concepção de ensino e, de outro, oferte ou gerencie (administre, avalie e controle) a educação que será proporcionada à população.

No caso específico das DCNEPT, seu sentido geral é coerente com toda a lógica até aqui explicitada, diante do que passamos a destacar alguns dos aspectos bastante preocupantes que se configuram como ataques ao direito de todos à educação básica e profissional de qualidade socialmente referenciada.

O texto das DCNEPT carece de consistência teórica, pois o que o marca é a indefinição ou oscilação no que se refere às concepções educacionais que apresenta, situando-o no âmbito das críticas acadêmicas dirigidas a documentos oficiais relativos às reformas da década de 1990 (decreto 2208/1997, por exemplo). Uma dessas críticas, apoiada em Bernstein, chama a atenção para os processos de recontextualização que tendem a se fazer presentes no campo da produção curricular, entendida como produção cultural, na forma de híbridos, ou seja, de proposições produzidas pela hibridização de discursos curriculares distintos, os quais propõem articular, como se apoiados na mesma referência teórico-epistemológica, matrizes teóricas (políticas) de natureza diversa.

Assim, expressões e conceitos do referencial crítico, como “trabalho como princípio educativo”, “pesquisa como princípio pedagógico”, “formação humana integral”, “integração entre trabalho, ciência, tecnologia e cultura como eixos estruturantes da formação humana”, “mundo do trabalho”, são utilizados juntamente com expressões e conceitos próprios do pensamento neoliberal, como “competências para a laborabilidade”, “empreendedorismo”, “protagonismo”, “competências socioemocionais”, “empregabilidade”, “mercado de trabalho”, dentre outros. Apenas como exemplo, pois isso é recorrente ao longo do texto das DCNEPT, transcrevem-se, abaixo, os incisos IV e V do “artigo 3º. São princípios da Educação Profissional e Tecnológica”. Sobre tal questão, considere-se que o uso de termos originados em campos opostos teórica e politicamente não ocorre por equívoco de quem o produziu, mas com a clara intencionalidade de distorcer, propositalmente, os conceitos para dificultar a interpretação por parte do leitor pouco atento ou com pouco domínio sobre eles.

IV – centralidade do trabalho assumido como princípio educativo e base para a organização curricular, visando à construção de competências profissionais, em seus objetivos, conteúdos e estratégias de ensino e aprendizagem, na perspectiva de sua integração com a ciência, a cultura e a tecnologia;
V – estímulo à adoção da pesquisa como princípio pedagógico presente em um processo formativo voltado para um mundo permanentemente em transformação, integrando saberes cognitivos e socioemocionais, tanto para a produção do conhecimento, da cultura e da tecnologia, quanto para o desenvolvimento do trabalho e da intervenção que promova impacto social.

Tal uso combinado desse conjunto de conceitos e expressões francamente antagônicos, ao operar com vários hibridismos que estabelecem uma ambiguidade, visa ocultar as verdadeiras contradições internas do seu conteúdo, fazendo parecer que tais diretrizes contemplariam práticas educacionais distintas. Todavia, no fundo se apropria de formulações avançadas para submetê-las aos seus eixos centrais que são: a privatização, a fragmentação e o barateamento da educação básica e profissional e a desqualificação do ensino público com vistas a seu esvaziamento como direito social e sua transformação à condição de mercadoria.

A Educação Profissional Técnica de Nível Médio (EPTNM), segundo as DCNEPT, pode ser proporcionada de forma integrada, concomitante, concomitante intercomplementar e subsequente ao ensino médio. O texto prioriza, claramente, a forma concomitante, o que, por si só, já representa forte ameaça à continuidade da construção do Ensino Médio Integrado (EMI) como perspectiva formativa fundamentada na politecnia, na omnilateralidade e na escola unitária que convergem para uma concepção de formação humana integral do cidadão. Não obstante, ao analisar a proposta da forma integrada constante nas DCNEPT, constata-se sua total incoerência e antagonismo com o EMI que vem sendo construído tendo como base a concepção acima mencionada – formação humana integral.

Sobre o modelo de organização curricular, segundo as DCNEPT, é a BNCC seguida do itinerário Formação Técnica e Profissional que corresponde à forma integrada de articulação entre o ensino médio e a EPTN. Não obstante, uma análise não muito aprofundada permite concluir que não há compatibilidade alguma entre a concepção de EMI e o que as DCNEPT apresentam como sendo a forma integrada.

A fragmentação dos processos formativos é explícita, principalmente, em:

Art. 15. A Educação Profissional Técnica de Nível Médio abrange:
I – habilitação profissional técnica, relacionada ao curso técnico;
II – qualificação profissional técnica, como etapa com terminalidade de- curso técnico;
[…]
§ 2º A qualificação profissional como parte integrante do itinerário da formação técnica e profissional do Ensino Médio será ofertada por meio de um ou mais cursos de qualificação profissional, nos termos das Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) desde que articulados entre si, que compreendam saídas intermediárias reconhecidas pelo mercado de trabalho. (grifos nossos)
Art. 23. O planejamento curricular […] é definido pela explicitação dos conhecimentos, habilidades, atitudes, valores e emoções, compreendidos nas competências profissionais e pessoais, que devem ser garantidos ao final de cada habilitação profissional técnica e das respectivas saídas intermediárias correspondentes às etapas de qualificação profissional técnica; […].

Nos artigos 15 e 23, acima transcritos, explicita-se essa fragmentação. Em primeiro lugar, o itinerário Formação Técnica e Profissional alberga dois tipos de formação: habilitação mediante conclusão de um curso técnico de nível médio, Formação Técnica, conforme CNCT; habilitação por meio de um conjunto de cursos de qualificação profissional, regulados pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), Formação Profissional. Nessa Formação Profissional, o estudante receberá certificação de conclusão de ensino médio, mas não será técnico de nível médio, porém detentor de um conjunto de qualificações de curta duração desarticuladas entre si e completamente fragmentadas. Mas, o problema da fragmentação também está presente na habilitação Formação Técnica, conforme explicitado no artigo 23 ao mencionar as saídas intermediárias. Ou seja, a própria habilitação técnica será organizada de forma fragmentada.

Além disso, a prática profissional, elemento estruturante do processo formativo teórico-prático, quando inserida no contexto de uma oferta não presencial, como é autorizado pelas DCNs, perde seu sentido humano-operacional ao permitir que os educandos se formem numa profissão sem vivenciarem o sentido ontocriativo do trabalho. A combinação da EPT com a EAD possibilita, ainda, o barateamento da oferta da educação profissional que prescindirá de infraestrutura, podendo reduzir-se ao uso de vídeos e simulações sem a participação direta dos educandos no processo de trabalho.

Já o artigo 26 se encarrega de determinar a limitação do acesso dos estudantes aos conhecimentos, ao estabelecer em seu § 1º que:

Os cursos de qualificação profissional técnica e os cursos técnicos, na forma articulada, integrada com o Ensino Médio ou com este concomitante […] terão carga horária que, em conjunto com a de formação geral, totalizará, no mínimo, 3.000 (três mil) horas […] garantindo-se carga horária máxima de 1.800 (mil e oitocentas) horas para a BNCC […].

A limitação de carga horária da BNCC (máximo de 1800 horas) e sua natureza conceitual e epistemológica empobrece e corrói a educação geral antes prevista como conjunto de conhecimentos do ensino médio, impedindo que seu conteúdo ofereça a compreensão dos fundamentos científicos da produção moderna. Este é um dos problemas extremamente graves, pois limita diretamente o acesso dos estudantes aos conhecimentos ao adotar como referência não um mínimo, mas um máximo de carga horária. Assim, a racionalidade que emana na norma é de que há um máximo de conhecimentos a serem adquiridos e que o cidadão não pode ir além daquele teto, o que, evidentemente, somente se aplicará, na prática, aos estudantes provenientes dos fragmentos da classe trabalhadora. É óbvio que os filhos dos estratos mais bem aquinhoados não estão abrangidos por essa restrição.

Outro aspecto estarrecedor das DCNEPT é a defesa incondicional da atuação dos “profissionais com notório saber” no itinerário formativo “formação técnica e profissional” e a compreensão assumida sobre o perfil desses profissionais, quando comparados aos professores que atuam na educação básica. O Relatório do Parecer CNE/CP nº 17/2020, o qual deu origem às DCNEPT, defende que os estudantes do ensino médio que cursarem o itinerário Formação Técnica e Profissional terão dois perfis de professores bem distintos. Os professores da BNCC terão a função de “formação geral do estudante”, enquanto os profissionais que atuarão no itinerário devem prepará-los para saber trabalhar em um contexto profissional cada vez mais complexo e exigente de qualificação profissional demandada pelo mercado de trabalho.

Acrescenta ainda que:

Ao admitir a possibilidade de reconhecimento do notório saber aos docentes que atuam na formação técnica e profissional, sana uma dívida histórica em relação à EPT, ao reconhecer que a formação profissional se baseia em saberes que não estão necessariamente vinculados aos respectivos níveis de ensino.
Não se trata de uma relação necessária com nível de escolaridade; mas sim de dispor das competências necessárias para desenvolver nos estudantes as capacidades técnicas atinentes a um determinado perfil profissional (p.16).

A racionalidade assumida é de que não existe integração entre ensino médio e EPTNM, ratificando o que já foi afirmado anteriormente: a prioridade é pela concomitância em detrimento do EMI. Além disso, defende que o professor do itinerário “formação técnica e profissional” não tem responsabilidade no que concerne à formação integral dos estudantes, mas, apenas, com a preparação instrumental para um determinado posto de trabalho demandado pelo mercado. Como se não bastasse, induz o leitor à ideia de que o docente desse itinerário, além de não precisar ser formado como tal, sequer precisa ter nível superior, mas, apenas, “dispor das competências necessárias para desenvolver nos estudantes as capacidades técnicas atinentes a um determinado perfil profissional”. O que nega, radicalmente, a profissão docente e ratifica a precarização da formação dos estudantes já discutida anteriormente, em coerência com o modelo da competência.

Na verdade, no atual contexto nacional já caracterizado, ainda que de forma breve, na parte introdutória deste documento, a proposta é a de privatizar todo o setor público. Portanto, vai muito além da esfera educacional. Ao país está sendo imposta uma nova onda de privatização em todos os espaços da ação do estado. Por isso, abrange, inclusive, todos os níveis, etapas e modalidades educacionais. Ou seja, da educação infantil à pós-graduação stricto sensu, o que, evidentemente, inclui a EPT.

Entretanto, na educação, em geral, e na EPTNM, em particular, a estratégia privatizante preferencial não está sendo a forma direta: criação de novas empresas privadas para competir no mercado pela captação de alunos-clientes. Ao invés disso, a opção preferencial do mercado educacional está sendo a captação do fundo público, onde quer que se encontre, por meio de parceria público-privada para proporcionar, inclusive, a própria oferta educacional pública. Dessa forma, avança uma espécie de privatização endógena, onde a própria oferta pública é fortemente influenciada pelos interesses da iniciativa privada.

Nesse sentido, as DCNEPT se inserem integralmente nessa racionalidade. Ao longo do texto são recorrentes expressões que se referem às parcerias público-privadas, sob o argumento de otimizar a utilização da capacidade instalada existente na esfera privada, a qual pode ser disponibilizada ao setor público, quando, na verdade, o objetivo privatista é, ao mesmo tempo, acessar, o máximo possível, os recursos advindos dos impostos e, cada vez mais, garantir que a concepção de formação humana que alcançará a população seja aquela que lhes interessa: educação subordinada aos interesses do mercado. Fortalecendo, portanto, a educação para o mercado e o mercado da educação.

No Brasil, ao contrário do que os representantes governamentais e empresariais têm declarado à imprensa, as mudanças educacionais impostas não contemplam nem mesmo a formação de mão-de-obra qualificada para o mercado. O descaso com a educação pública parece expressar a ausência de demandas socioeconômicas por produção de ciência e tecnologia em país cuja economia se especializa em criar empregos e/ou ocupações de baixa qualificação (com a destruição permanente de cadeias produtivas, o declínio da participação da indústria de transformação, em especial a metal – mecânica no PIB).

A nova inserção do Brasil na divisão internacional do trabalho privilegia setores primários exportadores, em particular a mineração, agroindústria, construção civil e pesada, e não privilegia o emprego qualificado. Os motores da acumulação concentram-se, ainda, em outros setores que não empregam trabalho especialmente qualificado, tais como o setor de serviços, a indústria financeira, os call centers, isto é, o telemarketing. O enorme desemprego, a flexibilização, informalização e precarização do trabalho têm redefinido as bases sociais da classe trabalhadora, afetando de forma singular o futuro de amplos setores da juventude trabalhadora.

A educação neoliberal dirigida à juventude trabalhadora parece se reduzir à transmissão de conhecimentos operacionais ao exercício de uma ocupação ou atividade considerada socialmente útil, a um presente ao qual custe o que custar o jovem trabalhador deve se adaptar. A conformação de uma nova subjetividade à classe trabalhadora deve suprimir a utopia de sua liberação. Na justa expressão de André Tosel, a época da escola neoliberal é “a da escola desemancipadora” (Tosel, A. Vers l´école désémancipatrice. La Pensée, n. 318, abril-jun 1999, op. cit. Laval, C. A escola não é uma empresa, Londrina: Ed. Plana, 2004, p.42).

Diante dessa breve e preliminar análise das novas DCNEPT no que se refere à EPTNM, conclui-se que é urgente o envolvimento de todas e todos, profissionais da educação, estudantes, familiares, órgãos, instituições, escolas, coletivos, entidades, redes estaduais e municipais, rede federal, etc., que defendam a educação como direito social público, igualitário e universal para, de forma articulada, organizar a resistência à implementação do Parecer CNE/CP n0 17/2020 e da Resolução CNE/CP n0 01/2021, em sua totalidade, pois a racionalidade que os sustenta não permite aceitação ou negação parcial. É essencial refutar, veementemente, o seu todo.

20 de Janeiro de 2021

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Baixe aqui a Nota de Repúdio acima em formato PDF (tamanho A4, 9 páginas).

Fuente e Imagen: https://sinasefe.org.br/site/nota-de-repudio-as-novas-diretrizes-curriculares-nacionais-para-educacao-profissional-e-tecnologica/

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Brasil: Ciudad de Sao Paulo autoriza reapertura de escuelas a partir del 1 de febrero

América del Sur/Brasil/17-01-2021-Autor(a) y Fuente: Spanish. xinhuanet. com

La alcaldía de la ciudad brasileña de Sao Paulo (sureste) autorizó hoy la reapertura, a partir del 1 de febrero, de las escuelas públicas y privadas de nivel primario para el ciclo lectivo 2021, aunque con apenas el 35 por ciento de ocupación de los espacios para evitar contagios de la enfermedad del nuevo coronavirus (COVID-19).

El secretario de Salud del municipio de Sao Paulo, Edson Aparecido, dijo en conferencia de prensa que la decisión se tomó luego de que el miércoles el Consejo de Educación del estado de Sao Paulo, el más afectado por la pandemia, determinó que un tercio de las actividades escolares mensuales deberá ser presencial.

Explicó que aunque el cuarto estudio serológico escolar indicó que «no hay evidencias suficientes de que niños de entre 4 y 14 años aumenten la transmisión de COVID-19», la ciudad de Sao Paulo resguardará a los profesores, trabajadores de la salud y alumnos que tengan riesgo para participar de las clases presenciales.

«Las familias, por el momento, deberán elegir si envían o no a los niños a las clases, sobre todo porque la presencia deberá ser rotativa porque está autorizado el 35 por ciento del uso de espacios comunes», dijo.

En tanto, el secretario de Educación de la ciudad de Sao Paulo, Fernando Padula, expresó en la misma conferencia que las autoridades «entienden que es un momento de mucho miedo e inseguridad en las familias», por lo que garantizó que las 4.000 escuelas primarias del municipio estarán adecuadas para el nuevo ciclo lectivo.

«Gradualmente necesitamos construir esta seguridad, mostrar que la escuela es necesaria y que los riesgos son pequeños», subrayó.

Las clases en Sao Paulo habían sido retomadas en forma facultativa en septiembre pasado, aunque solo para actividades extracurriculares y recuperación de alumnos que no pudieron alcanzar objetivos mediante las clases en línea desde sus casas.

Fuente: http://spanish.xinhuanet.com/2021-01/15/c_139668674.htm

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Brasil: La Amazonía brasileña perdió unos 8.500 kilómetros cuadrados de selva en 2020

América del Sur/Brasil/-15-01-2021/Autor(a) y Fuente: lahora.com.ec

Cerca de 8.500 kilómetros cuadrados de selva fueron devastados en la Amazonía brasileña en 2020, la segunda peor marca anual desde 2015, con lo que se consolidan dos años de un escenario nefasto para el mayor bioma del planeta, ambos bajo el mandato de Jair Bolsonaro, informó este viernes el Gobierno.

La devastación de 8.426 kilómetros cuadrados de vegetación en la Amazonía el año pasado estuvo solo por debajo del récord histórico de 2019, cuando en la mayor selva tropical del mundo fueron talados 9.178 kilómetros cuadrados de árboles.

Según el Instituto Nacional de Investigaciones Espaciales (Inpe, por sus siglas en portugués), que capta datos mensuales a través del Sistema de Detección de Deforestación de la Amazonía Legal en Tiempo Real (Deter), en diciembre de 2020 fueron devastados en la Amazonía brasileña 216 kilómetros cuadrados de selva, un área 14 % mayor que la registrada en el mismo mes de 2019.

Para varias organizaciones que defienden el medioambiente en Brasil, la devastación de la selva durante los dos años de Gobierno de Bolsonaro «consolidan el peor escenario de alertas detectadas por el sistema en la región amazónica».

«El promedio (de deforestación en la Amazonía) de los tres años anteriores a su posesión (2016 a 2018) fue de 4.845 kilómetros cuadrados al año. En los 24 meses de la Administración de Bolsonaro, la media anual fue de 8.802 kilómetros cuadrados, un aumento de más del 81 %», señaló en un comunicado el Observatorio del Clima, una red que reúne a 50 organizaciones ecologistas.

El líder ultraderechista, que defiende la explotación de los recursos naturales de la Amazonía, incluso en reservas indígenas, ha sido fuertemente cuestionado desde su primer año de mandato por la flexibilización en la fiscalización de actividades que atacan directamente al medioambiente, como la minería y el comercio de madera, en su mayoría practicado de forma ilegal en esa región.

La deforestación está estrechamente relacionada con los incendios en la Amazonía, que en 2020 alcanzaron los 103.161 focos, un 15,6 % mas que los registrados en 2019, cuando las imágenes de los frentes de fuego avanzando por la Amazonía dieron la vuelta al mundo.

«Bolsonaro lleva dos años en el cargo y los dos peores años del Deter han ocurrido bajo su gestión. Los incendios, tanto en la Amazonía como en el Pantanal, también aumentaron durante dos años consecutivos. No es una coincidencia, sino el resultado de las políticas de destrucción ambiental implementadas por el actual gobierno «, dijo Marcio Astrini, secretario ejecutivo del Observatorio del Clima, citado en el comunicado. EFE

Fuente e Imagen: https://lahora.com.ec/quito/noticia/1102337710/la-amazonia-brasilena-perdio-unos-8500-kilometros-cuadrados-de-selva-en-2020

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Brasil: Ato defende autonomia e democracia nas instituições federais de ensino

América do Sul/Brasil/11-12-2020/Autor e Fonte: sinasefe.org.br

Fortalecendo a luta em defesa da autonomia e democracia na Educação, o SINASEFE realizou nesta terça-feira (08/12), juntamente com entidades coirmãs, um ato nacional online. Com transmissão ao vivo, a atividade aconteceu em Brasília-DF, na sede da AdUnB, e contou com a participação de estudantes, parlamentares, lideranças políticas nacionais, sindicalistas e de 16 reitores/diretores gerais eleitos e não empossados em Universidades, Institutos Federais e Cefets. O grupo lançou recentemente uma Carta Aberta, afirmando que “a democracia deve prevalecer” e questionando as nomeações nas IFEs que desrespeitaram os vencedores das eleições.

Vídeos do Ato
A transmissão do ato se deu em duas etapas, por motivos técnicos. Acompanhe abaixo o material na íntegra:

 

 

 

 

Participação do SINASEFE
O SINASEFE esteve representado no espaço físico da transmissão da atividade pelo coordenador geral David Lobão, pelo diretor Diego Simões e pela diretora Fernanda Rosá. David Lobão se posicionou durante a atividade, assista aqui a intervenção do dirigente.

 

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Brasil: 17º Congresso Internacional Pedagogia 2021

América do Sul/Brasil/01-11-2020/Autor e Fonte: sinasefe.org.br

O Ministério da Educação de Cuba lançou recentemente o convite para os educadores de todo o mundo que tenham interesse em participar do Congresso Internacional Pedagogia 2021, que está chegando em sua 17ª edição.

Devido à pandemia da COVID-19, esta edição do Congresso será realizada de forma virtual.

Inscrições poderão ser feitas até 25 de janeiro de 2021, no valor de US$ 50 (cinquenta dólares), pelo site www.pedagogiacuba.com.

Existem 11 temáticas diferentes para apresentações de trabalhos, que estão descritas na segunda página do convite do evento.

Download

Baixe aqui o convite oficial do 17º Congresso Internacional Pedagogia 2021 (formato PDF, tamanho A4, duas páginas, idioma espanhol).

Participações do SINASEFE

O SINASEFE teve quatro participações em eventos desta modalidade nos últimos seis anos.

Em 2015 o sindicato foi representado pelos diretores Ronaldo Naziazeno, Venicio Soares e Xavier Filho no Congresso Pedagogia 2015.

Em 2017 o sindicato foi representado pelo diretor Georges Rocha no Congresso Pedagogia 2017.

Em 2019 o sindicato foi representado pela diretora Camila Marques no Congresso Pedagogia 2019 e no 2º Diálogo Continental em Educação CEA-Parlatino.

E neste ano o sindicato foi representado por Cátia Farago (representante do SINASEFE junto à CEA) no 12º Congresso Universidade 2020.

Fonte e imagem: https://sinasefe.org.br/site/17o-congresso-internacional-pedagogia-2021/

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