Page 235 of 264
1 233 234 235 236 237 264

Brasil: 51 anos do golpe civil-militar: recomendações de livros para conhecer e estudar a história

51 anos atrás, no dia 1° de Abril de 1964, as elites e os militares derrubaram Jango instaurando 20 anos de regime fechado, terror, torturas e assassinatos. A Expressão Popular, comprometida com a História, tem produzido ao longo dos anos uma série de livros sobre o período e sobre a herança nos dias atuais do golpe que destituiu direitos democráticos e perseguiu os movimentos sociais, partidos de esquerda e grupos progressistas.

– A imprensa de esquerda e o movimento operário (1964-1984) de Celso Frederico.

Trecho do livro: «O golpe militar de 1964 marca uma nova etapa histórica nas relações entre o Estado e o movimento operário. Até 1930, a questão social era considerada uma simples questão de polícia; no período que se estende de 1930 a 1964, ela se torna uma questão política; a partir de 1964 os militares no poder enquadram a questão social como um assunto referente à segurança nacional.
Nesse novo contexto, o movimento operário foi alvo da repressão sistemática comandada pela polícia política. Logo após o golpe, uma das primeiras medidas tomadas foi a repressão ao sindicalismo. Sessenta e três dirigentes sindicais tiveram seus direitos políticos cassados; houve intervenção em quadro confederações, 45 federações e em 383 sindicatos»

memorias 2

– O combate nas trevas de Jacob Gorender

Trecho do livro: «[os militares] não perderam tempo no desmantelamento da rede de organizações em que se apoiava a FMP [Frente de Mobilização Popular]. Centenas de sindicatos caíram sob intervenção, as Ligas Camponesas foram dispersadas e as chamas de um incêndio televisado queimaram a sede da UNE (…) Cassações de direitos políticos, iniciadas com o primeiro Ato Institucional, inquéritos policial-militares e processos administrativos expurgaram das Forças Armadas e do serviço público civil mais de dez mil pessoas (…) Torturas e assassinatos deram início ao terrorismo de Estado»

memorias 3

– Trabalhadores e sindicatos no Brasil de Marcelo Badaró Matos

Trecho do livro: «A repressão aos sindicatos mostrava bem o caráter da ditadura que se instalava. A articulação de militares com empresários ligados ao grande capital nacional e estrangeiro, apoiada pelos latifundiários e políticos conservadores, deu-se em torno da contenção dos avanços dos movimentos organizados de trabalhadores no campo e na cidade. Por outro lado, a crise econômica, que só fazia crescer desde o fim do governo JK, seria combatida pela ditadura com uma receita cujo principal remédio era o arrocho salarial. Para tanto, controlar os sindicatos era fundamental [para a ditadura e para a burguesia]»

memorias 4

– A esquerda e o golpe de 64 (Denis de Moraes)

Sinópse: Originalmente em 1989, seu objeto é o elenco de concepções, táticas e projeções (e, sobretudo, de ilusões e equívocos) com que os diferentes setores da esquerda brasileira se movimentaram especialmente sob o governo João Goulart, derrubado a 1º de abril de 1964.

Reconstruindo o processo político que culminou nos idos de 1964 como que num roteiro fílmico, o autor reconfigura o protagonismo de sujeitos coletivos e de personalidades da esquerda – cujos depoimentos comparecem em seguida – que jogaram papéis relevantes naquela conjuntura.

Para as gerações que não experimentaram o drama dos anos 1960, a dinâmica daquela história, sem a qual não se pode compreender o Brasil dos dias de hoje, surge límpida na grandeza da sua esperança e na tragédia dos seus limites.

memorias_da_resistencia 5

– Memórias da resistência (Marco Escrivão, Tito Flávio Bellini e Pedro Russo – orgs.)

Trecho do livro: «Mas não seria perigoso, insistamos reavivar conflitos capazes de colocar em risco as conquistas democráticas das últimas décadas? Diante de tal pergunta, apenas uma resposta é eticamente aceitável: se devemos relembrar, esclarecer e julgar casos de prática sistemática de violência de Estado contra sua população civil é pelo simples motivo de que tais práticas não apenas continuam existindo, como tampouco perderam em constância e brutalidade.
Se as torturas e assassinatos praticados por agentes estatais deixaram de ser realidade para a classe média, movimentos como as Mães de Maio nos impedem de esquecer que o mesmo não pode ser dito sobre os moradores das periferias e outras minorias anômalas que transitam pelo espaço público»

Comparte este contenido:

Valuing care work

15 de de marzo de el año 2016 / HDRO Research Team

Resumen: El  siguiente texto presenta un análisis del Informe sobre Desarrollo Humano de 2015 en el que se pone de manifiesto una contradicción sobre el trabajo de cuidador /cuidadora, esencial para el avance de las capacidades humanas, sin embargo, tiende a ser remunerado, a menudo infravalorado, sobre todo el trabajo de cuidado realizado por las mujeres.

The Human Development Report, 2015 highlights a contradiction: it is care work mostly undertaken by women – that makes possible much of the paid work that drives the market economy. Care work is also essential for advancing human capabilities yet, because it tends to be unpaid, it is undervalued and often taken for granted.

Estimating the market value of care work can highlight the critical contribution care workers make, and help ensure policies recognise this, as illustrated through the background research of Prof. Nancy Folbre at the University of Massachusetts Amherst (1).

Attempts to do so have occurred sporadically. For example, recognizing a housewife’s “round-the-clock” work in the household, The Supreme Court of India, recently trebled the compensation owed to the family of Mrs. Jayavantiben Trivedi roughly 25 years after she died in a road accident. A lower court had awarded Rs. 224000 (about USD 3,300) to the family, following the vehicle insurer’s argument that as a homemaker, Jayvantiben would not have earned much in her lifetime. The family’s lawyers successfully argued that the value of her work in the family should be recognised, and the Supreme Court agreed and raised the compensation to Rs. 647000 (about USD 9,500) (2).

Putting a monetary value on someone’s life is almost impossible of course. Yet, the case serves to remind us that the unpaid care work, such as meal preparation, housecleaning, laundry, the care of children and the elderly, clearly contributes to economic living standards, social well-being, and the development of human capabilities. At the same time it enables individuals to engage in paid work. Yet while paid work is assigned a monetary value and features in the national accounts, care work remains largely unmeasured and consequently invisible in economic policy discussions.

Things are changing. Due at least partly to UN resolutions insisting on improving the visibility of women’s unpaid work, many countries now administer time-use surveys asking individuals to recall their activities during the previous day. In the first decade of this century, more than 87 such surveys were conducted, more than during the entire 20th Century. Estimates of the hours worked in providing various household services provide a basis for valuing unpaid work: essentially economists can calculate how much it would cost to purchase an equivalent amount of similar work if you had to employ a cook or a nanny, for instance. This is valuation by a ‘replacement wage’. Although other approaches are possible, this is the most widely applied. It is important to note, however, that the value of unpaid work contributions cannot always – or fully – be captured in market terms. However, estimates of its monetary value, like efforts to estimate the value of environmental assets and services, can provide important insights.

Unpaid household work that leads to the production of goods (such as food for own consumption, or collection of firewood or water necessary for the household) is considered part of “production” by the System of National Accounts, and most estimates of Gross Domestic Product include approximations of the value of this work. However, the unpaid time people devote to the care of family, friends and neighbours are explicitly excluded. Although not all forms of care work are captured by time-use surveys, they do provide a useful tool for providing better estimates of hours devoted to these undervalued forms of work.
Valuation efforts, have gradually been gaining ground in national income accounting and are illuminating. Estimates differ among countries that are attempting to measure the value of unpaid care work, from 20 percent to 60 percent of GDP (3). In India unpaid care is estimated at 39 percent of GDP, in South Africa 15 percent (4). Among Latin American countries, the value for Guatemala is estimated at between 26 percent and 34 percent of official GDP, and 32 percent for El Salvador (5).

In 2008, the Organization for Economic Cooperation and Development published estimates of household production in 27 countries and highlighted that the value of household production as a share of GDP varies considerably. It is above 35% in several countries generally considered affluent—Australia, New Zealand and Japan and below 20% in Mexico and Korea (6).

Paying attention to these valuations can affect policy making. For example, in developing countries women spend a significant amount of time tending to basic family needs, and access to clean water and modern energy services would greatly improve their productivity. However, estimates of the return on public investments typically do not take the value of such non-market work into account. Doing so could change the way resources are allocated and projects prioritised for implementation.

This blog entry was drawn from the 2015 Human Development Report “Work for Human Development” think piece written by Nancy Folbre entitled Valuing Non-market Work

The HDialogue blog is a platform for debate and discussion. Posts reflect the views of respective authors in their individual capacities and not the views of UNDP/HDRO.

HDRO encourages reflections on the HDialogue contributions. The office posts comments that supports a constructive dialogue on policy options for advancing human development and are formulated respectful of other, potentially differing views. The office reserves the right to contain contributions that appear divisive.

Photo credit: UNDP Benin

References
(1) Folbre N. 2015. Valuing Non Market Work. Background think piece for Human Development Report 2015. UNDP
(2) Woman’s Worth. The Telegraph February 25th 2015
(3) Antonopoulos R. 2009. The Unpaid Care Work-Paid Work Connection. Working paper 86. ILO
(4) Budlender D. 2010. What Do Time Use Studies Tell Us About Unpaid Care Work? In Time Use Studies and Unpaid Care Work. UNRISD
(5) Durán, M. A., and V. Milosavlejevic. 2012. Unpaid Work, Time Use Surveys, and Care Demand Forecasting in Latin America. Working Paper 7. Fundacion BBA
(6) Ahmad, N., and S. H. Koh. 2011. Incorporating Estimates of Household Production of Non-Market Services into International Comparisons of Material Well-Being. OECD Statistics Directorate Working Paper No. 42

Fuente de la noticia: http://hdr.undp.org/en/content/valuing-care-work&prev=search

Comparte este contenido:

La respuesta

Hugo Aboites

Es interesante ver que la respuesta a las afirmaciones sobre el riesgo electoral que puede generar la reforma educativa provino del Congreso y no desde la dependencia involucrada, la SEP. La pesada armadura que rodea al núcleo donde se toman las decisiones sobre la medida impide que haya una respuesta que tenga algún matiz de flexibilidad frente a lo que se acepta es un peligro. Por eso, la postura flexible tuvo que venir de otro lado. Al preguntarle al presidente de la Comisión de Educación de la cámara alta, senador Romero Hicks, si en ese contexto de riesgo podría haber marcha atrás a la reforma, su respuesta fue: “En la democracia nunca hay punto final… y sí, estamos abiertos a revisar cualquier legislación cuando haya alternativas.” (La Jornada 22/3/16, pág. 15). No es mucho, pero tampoco es nada. Y, lo más importante, es una grieta en la muralla que desde hace meses se empeña en mantener la SEP al negarse a cualquier negociación. Tampoco es una defección, pero sí es en serio, y los legisladores comienzan a dialogar respecto de propuestas con qué contenido y cómo sería una nueva ley o leyes para la reforma; se abre un horizonte muy distinto al actual.

Y hay antecedentes. Durante las largas jornadas de discusión y protestas en 2013, los legisladores fueron los interlocutores más dispuestos a escuchar la argumentación de los maestros, y algunos –del PRD– hasta se pronunciaron en contra de la reforma, pero también el panista Javier Corral llegó a decir que las leyes podrían cambiarse, y ahora el senador Romero Hicks en la misma entrevista va más lejos y agrega que siempre hemos estado abiertos para recibir propuestas de él (López Obrador) y de la CNTE, si quieren formular una alternativa. Son palabras, finalmente, pero son importantes. Si no por otra cosa, porque significan un cambio del discurso y un distanciamiento de la postura cerrada del Ejecutivo federal. Se puede interpretar que algunos en el PAN ya entendieron que, en vista de las crecientes dificultades y callejones sin salida de la reforma, no les conviene verse uniformados e incondicionales en la rigidez gubernamental priísta, y que en ese tema es mejor presentar una postura flexible y hasta condescendiente. Pero esto representa para el PRI y para la propia reforma otro riesgo: que paulatinamente otros personajes lleguen a la misma conclusión y comiencen a asumir posturas más redituables electora y políticamente hablando.

De hecho, aunque la postura pueda ser sólo discurso y apariencia, con sólo no verse como fanáticos enemigos de los maestros del país, ya eso les es útil a los partidos, pero mucho más a los profesores mismos, sean o no de la CNTE. Porque se crea un ambiente de posturas flexibles respecto de la reforma que indudablemente presiona a los sectores más radicales y duros dentro del gobierno y el empresariado.
En un conflicto, la capacidad de los actores para adaptarse a contextos muy dinámicos y cambiantes es vital. Y esa capacidad, ciertamente, no florece en medio de posturas rígidas o discursos dogmáticos, como los que hasta ahora rodean y sostienen la reforma. Las iniciativas, los movimientos rápidos e inesperados, ya no se generan desde quien posee toda la fuerza, sino desde quienes tienen muy poco poder, poco que perder, y además muy poca armadura que cargar.

La SEP no puede, por ejemplo, hacer mucho respecto de procesos como el que ocurrió este pasado fin de semana en un lugar de la costa inglesa del Canal de la Mancha. Allí se realizó el multitudinario congreso de uno de los sindicatos magisteriales más grandes e importantes de Inglaterra, el Nacional de Maestros (NUT, por sus siglas en inglés). Ante un lleno total de delegados, y a instancia expresa de su dirigencia, se presentó el caso de los docentes mexicanos frente a la reforma educativa. En la alocución, los primeros aplausos surgieron cuando se mencionó que decenas de miles de profesoras y profesores en protesta simplemente decidieron no presentar el examen, y al final –y aun sin estar presentes– las y los maestros mexicanos recibieron la ovación solidaria de más de mil delegados, maestras y maestros ingleses, que de pie rindieron un homenaje por largos minutos a su resistencia. Luego, el pleno, sin objeción alguna, aprobó enviar una comunicación al gobierno mexicano solicitando que se retiren todos los cargos a los docentes que hoy son prisioneros políticos en Oaxaca, que suspenda la reforma y que ésta se discuta con los maestros, padres de familias y expertos. No es sólo simpatía, sino también identificación, pues los docentes ingleses tienen a una ministra con una reforma, dice ella, que es una máquina que no tiene reversa, y promete convertir en una especie de escuela chárter (bajo conducción privada) cada centro educativo del país. Así, poco a poco, porque tocan fibras semejantes y sensibles o porque se han vuelto un riesgo, dentro y fuera de México se va conformando una marea de tonos distintos respecto de los maestros y de una reforma que ya llegó a su punto más alto, y ahora sólo le queda adaptarse, o comenzar a caer.

A la memoria de mi querido amigo Luis Felipe Bojalil.

Publicado en La Jornada de México

Comparte este contenido:

Venezuela: Ministerio de Educación inicia proceso de postulación para becas escolares.

www.noticiaaldia.com/01-04-2016/

Imagen referencial

El Ministerio del Poder Popular para la Educación (MPPE), a través de la Coordinación de Asistencia Económica del programa Becas Escolares; inician este viernes las postulaciones para las becas escolares a niñas, niños y jóvenes que ameritan de ayuda económica y social.

Con el propósito de informar y garantizar que el beneficio llegue a nuestro pueblo, el colectivo de educación se aproximó a la Base deMisiones Socialista “Hermanitos González”, ubicada en la parroquia Idelfonso Vásquez del Municipio Maracaibo, como punta de lanza para el reimpulso de este programa de estímulo al estudiante.

“Hoy estamos impulsando las nuevas postulaciones para los  nuevos ingresos hacia las becasescolares; cuyo objetivo es llevar estas ayudas a sectores de extrema pobreza, donde nuestros niños y jóvenes tendrán un significativo apoyo económico y académico permanente; que parte desde la educación inicial hasta quinto año de bachillerato”, explicó la coordinadora regional de asistencia económica y social del MPPE Glenda Chacón.

Asimismo, la Jefa del Municipio Escolar Maracaibo 6 Leonor Polanco indicó que esta nueva modalidad de ingreso educativo, permite entrar en contacto directo con la comunidad para otorgar estas nuevas becas escolares para el presente año escolar haciendo un acto de justicia social para los más necesitados del sector.

La meta con esta metodología de ir a las comunidades se pretende motivar a un promedio de 25 niños, niñas y jóvenes por cada sede de las Bases de Misiones, cuya acción se estará realizando progresivamente en todas las bases que existen en el estado Zulia.

Actualmente, en la entidad zuliana existen 6000 becados, de los cuales 2000 han estado gozando de su respectivo beneficio; paulatinamente se cumplirá con el resto de los beneficiados.

Fuente de la imagen destacada: http://www.aporrea.org/actualidad/n161311.html

Comparte este contenido:

Cuando Cuba se convirtió a la rockmanía

Con su megaconcierto gratuito, los Stones escribieron una página inédita en la historia de la isla. Ocurre en la semana en la que un presidente norteamericano visitó Cuba por primera vez en 88 años.

Eduardo Febbro, desde La Habana

Brecha, Montevideo, 1-4-2016

http://brecha.com.uy/

Muchos se acercaron el día anterior, otros vinieron con las primeras horas del día a acampar en el complejo deportivo donde los Rolling Stones escribieron el viernes pasado un capítulo más de su historia y una página inédita en la propia historia de Cuba. Un megaconcierto gratuito con el cual el grupo cerró su gira Olé Tour 2016. El escenario fue decorado con tonos afrocubanos en lo que aparece como un debido honor a los dioses yorubas, quienes vibraron con el mega sonido de cuatro altoparlantes frontales con forma de lengua y unas ocho torres de sonido que hicieron tambalear la noche. El día previo al concierto, en un soporífero programa de debate emitido por la televisión cubana, periodistas locales y responsables convocaban a la gente a asistir lo más numerosamente posible al concierto. No había en la boca de los responsables ninguna lectura política de este concierto que la banda británica viene negociando con La Habana desde hace un año. La única exclusividad ha sido la de la televisión. Como el Dvd del concierto se comercializará más tarde, la banda de Jagger no autorizó su difusión en directo.

Lejos o casi ficticios parecen esos años sesenta en los que el mismísimo Fidel Castro criticaba a los melenudos “hijos de burgueses” que andaban por ahí salpicando la vida de desorden. Cuba se ha convertido a la rockmanía y saldó con ello la deuda cultural que tenía con varias generaciones. Jesús, un joven trabajador del sector bancario, cuenta que a él “le gusta la música más romántica, tipo como el bolero, pero a mi padre le encantaban los Rolling Stones. Parece que en los tiempos en que los británicos estaban de moda conseguir un disco de ellos en La Habana era imposible, y si alguien tenía uno era como poseer un objeto maldito”. El escritor Leonardo Padura, el autor de esa obra maestra que es El hombre que amaba a los perros, recuerda que su generación “los escuchaba casi a escondidas. Si alguien me hubiese dicho que algún día los Rolling Stones iban a actuar aquí, le habría dicho que estaba enfermo de la cabeza”.

Extraña paradoja que se suma a otras tantas. No es un grupo nuevo el que viene a empujar las puertas, sino los más dignos representantes de los “abuelitos del rock”. Difícil que la mega consensual banda británica fascine con su música a la gente en un país donde la música es un arte que respira en cada esquina. Lo que más fascina es el hecho mismo de que vengan a tocar, “que aquellos que encarnan todo lo que ha sido contrario a los valores de la Revolución sean ahora los invitados del concierto más multitudinario de la historia de Cuba”, según analiza un joven que viene con frecuencia al café Bertolt Brecht, donde hace unos días se organizó un mega homenaje a los Stones. Vino el presidente francés, François Hollande, después el papa Francisco, luego Barack Obama, ahora tocan los Rolling Stones, más tarde habrá un desfile de Chanel y en La Habana se filmará una secuencia de la próxima película Rápido y furioso.

Nadie puede pensar con sensatez que la evolución del socialismo cubano llega hasta las orillas del amor por los Stones. Más bien, como todos los que diseñan el mundo contemporáneo, no se trata de una “redención” del grupo de Jagger sino de un oportuno, legítimo y fructífero aprovechamiento del relato del concierto. Después de todo, en este universo de gustos teledirigidos por las multinacionales y de pasiones igualadas, los Stones no asustan a nadie. Son un relato que se perpetúa. Vale su leyenda, su persistente permanencia, y el relato o los relatos que sus conciertos dejan como estela. El de Cuba es, sin dudas, la obra maestra de toda la gira. Apenas unas horas antes del concierto, muchos jóvenes y menos jóvenes estaban convencidos de que el espectáculo sería como “un antes y un después en la isla”. Otros, más escépticos y no por ello menos lúcidos, pensaban que se trataba de un “proceso de amplia legitimación”, según se expresa Gladys, una estudiante de cine. La secuencia, dice la joven, es alucinante: “El Papa, Obama y Mick Jagger. Faltaría que un gran broker de Wall Street viniese a dar cursos de cómo operar en la Bolsa y el círcu­lo quedaría completo”. Claro, Gladys va a estar de cuerpo presente en el concierto. “Piense lo que piense no me lo pierdo, pero voy con un interrogante: ¿por qué lo que hace unas décadas atrás estaba mal, ahora está bien? Acaso eso quiere decir que nos equivocamos, y que todo lo que pasó fue tiempo perdido?”.

La multitud llena ahora la Ciudad Deportiva de La Habana. Varias generaciones se dan la mano, codo a codo. Hijos y padres han venido juntos, los primeros por curiosidad, los segundos porque sus hijos los invitaron y los acompañan para que se rediman de lo que se les prohibió. Gente venida del mundo entero espera alucinada. No es una exageración decirlo: el planeta se ha dado cita en la capital de Cuba para asistir en vivo al trazado de una frontera entre la estética oficial y la música marcada con el sello oficial, y los poderosos ecos que soplan desde el mundo. En este estadio, hasta ahora, sólo se habían jugado partidos de béisbol, se habían organizado actos y conciertos oficiales. A su manera paradójica y enriquecida, este es también un concierto oficializado, es la oficialización de una transformación. Aunque la música de los Stones exprese otro contenido, aunque sus actores pertenezcan a una estética de la revuelta roquera que se ha marchitado como se marchitan tantas cosas en la vida. Tal vez la Revolución se esté marchitando como los Stones, tal vez no, tal vez la Revolución se sirva de los roqueros británicos para reinterpretarse en otra frecuencia.

Cuba le ha dado al mundo la alegría y la belleza incomparable de su música. El mundo pretende ahora que los Stones vienen a importar la libertad. Muy exagerado, pero qué importa. La gente está feliz. No piensa en términos políticos, sólo siente y ha venido a vivir un instante. El público salta, aplaude, se mira todavía diciendo: “¿todo esto es cierto?”. Sí, sí, es la misma verdad que teje y desteje sus narrativas sobre sueños nuevos y flores marchitas.

Comparte este contenido:

Las escuelas primarias y secundarias de China tendrán internet en 2015

 Fuente Globalasia / 2 de Abril de 2016/

China quiere utilizar internet como instrumento de educación.  Por ese motivo, el Ministerio de Educación de China ha informado que todas las escuelas primarias y secundarias de China estarán conectadas a internet antes de finales de 2015. Según responsables del ministerio, cada escuela contará al menos con un centro de ordenadroes moderno, de acuerdo con el plan de 2015 sobre la educación digitalizada.

Escuelas primarias en China

Para lograr este ambicioso objetivo en 205, el ministerio ha pedido la colaboración entre los diversos departamentos y el apoyo de las empresas para garantizar que las escuelas primarias y secundarias en las zonas remotas y rurales menos desarrolladas económicamente tengan acceso a internet. Esta medida, supone en datos, que en 2015 se formará y evaluará a unos 2,6 millones de maestros de guardería y escuelas primarias y secundarias en tecnología informática, así como a 50.000 directores de escuelas primarias y secundarias.

Comparte este contenido:

Mozambique: GRAÇA MACHEL Inaugura Universidade Pan-Africanista

O primeiro campus da African Leadership University (ALU) está situado na Maurícia, arquipélago africano no Oceano Índico. A visão dos fundadores do projecto passa por construir 25 campus em todo o continente, introduzindo mudanças na forma de ensinar. Graça Machel, antiga ministra da Educação de Moçambique, será uma das figuras presentes na inauguração oficial, que vai decorrer amanhã, 17, em Port Louis.
Para além dos 25 campus universitários em todo o continente africano, o objectivo é integrar 10 mil alunos por unidade. Nos próximos 50 anos, a instituição pretende formar 3 milhões de líderes africanos. A ALU, no entanto, está aberta a estudantes de todo o mundo.
O primeiro campus da ALU já está em funcionamento na Maurícia, onde neste momento estudam 180 alunos. São provenientes da Nigéria, Gana e Quénia, na sua maioria, mas estão representados cerca de 30 países no total – dois são originários da Jordânia. Angola tem seis estudantes na ALU.
O plano curricular é bastante diferente dos sistemas de educação africanos. Dividido num primeiro ano de base e três para a formação específica, o conceito da academia de líderes liga-se com uma ideia de liberdade e de procura individual. E está desenhado para ser um processo contínuo de busca por informação e formação – quebrando a relação clássica entre tutor-aluno e desmaterializando (na teoria, por enquanto) o valor facial do diploma.
A selecção dos professores, aberta a qualquer origem, passa por três fases – e nenhuma das fases olha especialmente para a formação do tutor. A primeira fase de selecção é uma conversa de 30 minutos onde se fala sobre a vida e pensamento do professor. Na segunda fase, a ALU pede para o candidato desenvolver um trabalho, que será depois avaliado. E a terceira fase do processo passa por uma avaliação do que se fez, em conexão com a formação de base e os objectivos da ALU.
Também o processo de selecção dos alunos é aberto. Tudo passa pela experiência de vida e pela sua história pessoal. A ALU identifica potenciais líderes através do seu perfil (há alunos que foram refugiados, que construíram escolas nas suas comunidades, entre outros exemplos).
A ALU cobra USD 10 mil/ano por aluno (com alojamento incluído). Segundo a organização, o custo total da formação para a instituição é de USD 20 mil/ano por aluno. No entanto, os estudantes seleccionados que demonstrem não ter os fundos necessários são financiados pela ALU. Os processos são individuais e analisados caso-a-caso.
Um dos fundadores e principal rosto do projecto é o empreendedor Fred Swaniker, 37 anos, natural do Gana. Swaniker viveu em diferentes países africanos até fazer 18 anos. Depois seguiu os seus estudos nos Estados Unidos da América, onde se formou e trabalhou em grandes empresas. Há alguns anos que pretende ter impacto no continente e escolheu a via da educação.
Swaniker usa a sua rede de contactos profissionais e pessoais para garantir o financiamento do projecto. É assim que a ALU financia os estudantes que não têm capacidade económica para frequentar os programas disponíveis.
Antes de escolher o percurso de formação, o primeiro ano (de quatro) é orientado apenas para o desenvolvimento de capacidades: “decisão e informação”, “comunicação de impacto”, “liderança empresarial” e “gestão de projectos”. Cada ano curricular prevê oito meses de frequência de aulas e quatro meses de estágio profissional (a ALU montou a sua estrutura em parceria com várias empresas conhecidas, que vão receber os alunos nesta fase).
Os restantes três anos dão acesso a um grau de bacharelato, que é feito em parceria com a Glasgow Caledonian University (com campus em Londres, Nova Iorque e Glasgow). A ALU desenvolve também parcerias com algumas das mais prestigiadas universidades do mundo, como a Universidade de Stanford (EUA), por exemplo.
O primeiro campus está localizado na Maurícia também por razões políticas, económicas e operacionais. O país é aberto ao exterior (a maioria dos visitantes não precisa de requerer um visto prévio, o que facilita a movimentação de pessoas) e acolheu a ALU com entusiasmo – a actual presidente da República da Maurícia, Ameenah Gurib-Fakim, também estará presente na inauguração.
A ALU é uma das ramificações do African Leadership Group, um conjunto de organizações com sede em Joanesburgo (África do Sul) que inclui, para além da universidade, a African Leadership Academy (que organiza programas pré-universitários de dois anos), a African Leadership Network (que conecta quase 2 mil líderes influentes para encorajar o comércio, o investimento e a colaboração pan-africana) e o Africa Advisory Group (consultoria e identificação de talentos).
Comparte este contenido:
Page 235 of 264
1 233 234 235 236 237 264