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Brasil: O impressionante cotidiano de uma escola ocupada no Rio de Janeiro

Os alunos do Colégio Estadual Visconde de Cairú ocuparam a escola e passaram a gerir as atividades de educação. Passaram a organizar eventos e aulas públicas, deram início a implantação de um curso de pré-vestibular com o apoio de professores, promoveram também oficinas de leitura e arte. No Rio de Janeiro, estudantes e professores começam a promover uma revolução na educação pública. Inicialmente inspirado pela greve dos educadores, o movimento #ocupaescola já começa a transpor a repressão e também as barreiras criadas pelo Estado para superar as deficiências e o sucateamento da educação. O jovem e talentoso Mídia Ativista Guilherme Carvalho esteve na “Ocupação” para entrevistar um aluno representante da “Comissão de Comunicação”. A maturidade e a capacidade de articulação dos estudantes impressionou a reportagem do midiacoletiva.org.

Entrevista com o representante da Comissão de Comunicação


MC: Como ocorreu o processo de ocupação?

Aluno da comissão de Ocupação: O processo de ocupação ocorreu da seguinte forma, os alunos já estavam de saco cheio da situação de descaso que ocorre na educação, em razão disso resolvemos nos organizar, depois de tantos atos e atividades que ocorreram e serviram de inspiração para nossa atitude. O estopim foi quando o “Mendes”(Ocupação da Escola Estadual Prefeito Mendes De Moraes)ocupou. Porém nós gostaríamos de fazer uma ocupação dentro de um processo organizado. Só pode ser possível realizarmos uma revolução na educação se tivermos conhecimento teórico. O que quero dizer é nos organizando poderemos manter as coisas sobre controle para melhor lutarmos por nossa pauta. Daí montamos comissões e começamos a estudar os métodos de como ocupar escondido dentro da escola, quando o “Gomes” foi ocupado nós passamos a agir de forma estrutural, fazendo trabalho de base para conscientizar outros alunos de que poderíamos, sim, tomar essa atitude de coragem. Convocamos os outros alunos da manhã, tarde e noite para uma assembléia ampla, nela colocamos como pauta a discussão de qual seria o rumo dessa greve e quais seriam nossos objetivos. Todos puderam falar suas opiniões e conceitos na assembleia, todo mundo que era da escola foi ouvido. Ao final nós votamos, ficando decidido que haveria a ocupação e que nós apoiaríamos as reivindicações de greve dos Professores. Os alunos precisam radicalizar a luta porque com as reclamações habituais nós não tínhamos voz.

A comissão geral auto-gestionada organiza as atividades na escola. Foto : Guilherme Carvalho.


MC: Os alunos têm esperança de mudar o processo de gestão de sua escola com esse ato?

Aluno da Comissão de Ocupação: Então, se a gente está aqui lutando pelo colégio, a gente tem esperança sim, até porque somos jovens e o jovem deve ter espirito de luta, o jovem deve ter uma alma revolucionária. Tem uma frase do Che, não lembro muito bem, mas acho que ela diz que o jovem que não possui uma alma revolucionária está doente. Nosso espirito de luta é algo inerente a gente, temos espirito de mudança e como nós vamos mudar? De forma combativa, pressionando, radicalizando, mas radicalizando com consciência, apontando quais são os problemas e procurando solucionar com auto-gestão, que é o que está acontecendo agora em nossa ocupação.

Alunos convidam os cidadãos a conhecer a ocupação auto-gestionada. Foto: Guilherme Carvalho.

MC: Quais são as pautas dos alunos?

Aluno da Comissão de Ocupação: Não estou com as pautas completas aqui em mãos, mas tenho de cabeça o que lutamos, até porque se estamos lutando por algo temos que ter isso na ponta da língua e não em um papel. Temos nossas pautas internas que são relacionadas a problemas de infra-estrutura na escola, como a reforma dos espaços pedagógicos para melhorar as condições de trabalho dos Educadores, bem como nossas condições de aprendizado. Por exemplo, nosso auditório, o governo começou uma reforma do segundo andar dele, mas não terminaram, queremos a conclusão dessa obra que está parada e deixou entulho espalhado para todos os lados do auditório, aquilo tem risco até de cair em cima de alguém provocando uma grave acidente. Nós temos laboratórios que estão fechados e sem materiais. O bosque que tem na escola está infestado de caramujos africanos, nenhum dos alunos consegue desfrutar dele por isso, as salas de informática estão fechadas, parte do telhado da quadra de esportes caiu. As salas de estudo estão com os ar-condicionados velhos, todos eles são alugados, ficando claro um caso de terceirização que provavelmente é para beneficiar empresas que investiram na campanha política do atual governador Pezão. Ainda tem o problema de que essas salas estão super lotadas de alunos, isso também dificulta o aprendizado. O ideal seria um número máximo de 35 alunos por turma, essa também é uma reivindicação nossa, já teve sala com até 60 alunos. Nas pautas externas, uma das coisas que é fundamental é a eleição direta para diretor em todas as escolas. Se nós podermos eleger a direção poderemos ter conosco ocupando esse cargo um professor ou mesmo o pai de um aluno que saiba quais são as reais necessidades de nossa comunidade de alunos e professores. Isso é muito melhor e mais pratico do que termos um interventor colocado pela secretária de educação que só vai estar aqui para nos reprimir em vez de lutar pelas soluções de nossas necessidades. Outra questão fundamental é a questão do passe livre. Nós não concordamos com o “Riocard”, ele não passa de uma coleira eletrônica que limita o aluno, logo isso não é passe livre de verdade. O passe livre deve ser ilimitado, o aluno com uniforme e identificação do colégio deve entrar, na lei municipal que estabelece o passe livre não tem nada citando o tal “Riocard”, isso com certeza existe para aumentar o repasse do Estado para as empresas que financiam campanhas políticas. Esse passe livre deve ser inter-modal, liberando o acesso para as barcas, trens e metrô também. Ele também deve ser inter-municipal, ou seja, os alunos devem poder se deslocar entre os municípios do estado quando for necessário. Os professores também tem que terem autonomia para realizar o conteúdo das provas e isso não vem acontecendo na prova do SAERJ que é terceirizada, essa prova acaba ficando na mão de empresas privadas, abrindo espaço para a politicagem. O estado faz isso para aumentar os índices de aprovação, aumentado e mascarando o deficit do ensino. Nós apoiamos também as pautas trazidas as condições de trabalho e salários de nossos professores em greve.

Os entulhos no segundo andar do auditório da escola representa perigo para os alunos e educadores. Foto: Guilherme Carvalho.

MC: Em quais parâmetros está organizada a ocupação?

Aluno da Comissão de Ocupação
: Nós nos organizamos em comissões, existe a comissão geral e a outras sub-comissões, eu por exemplo sou da comissão de comunicação, nós temos a função de operar a comunicação entre as demais comissões, a mim foi designado papel de falar com a mídia, mas nessa comissão temos papel de ouvir os alunos e demais integrantes de outras comissões também. Temos que trazer os alunos para o movimento, estimula-los para irem para atos, usarem a palavra e fazerem discursos e reivindicações nas manifestações. Existe também a comissão de atividades, eles organizam calendários e neles estão contidas atividades como pré-vestibular que a gente tá organizando aqui, trabalham também as atividades culturais e as opções de lazer e esporte. Existe também a comissão de limpeza, que preferimos chamar de “Estrutura”, eles não estão ali para cumprir uma função de limpeza que não é deles, eles estão ali para coordenar isso e existe a comissão de segurança, essa foi a primeira comissão, a que cuida de nossa segurança.

Auto-gestão é poder popular!

Quais são as atividades realizadas pelos alunos na Ocupação?

Aluno da Comissão de Ocupação
: Nós estamos realizando um projeto de pré-vestibular para alunos de segundo e terceiro ano. O governo sucateou a educação, isso prejudica a sociedade. Houve a greve e nós ocupamos para que os alunos recebam aulas co-gestionadas por eles próprios e com professores que ajudam, desse modo eles não se sentem prejudicados. Ocorreram grandes aulas publicas com diversos temas como sociologia, história e até havendo a possibilidade de ocorrer uma de marcenaria. Estamos organizados debates para discutir as coisas, os problemas das sociedades, vão ter temas que estão enraizados em nossa sociedade como o assassinato de jovens pobres nas favelas, a questão da mulher e outras temas atuais.

Diversas atividades artísticas e culturais estão sendo realizadas pelos alunos. Foto: Guilherme Carvalho.

Em breve publicaremos o depoimento enviado por um professor sobre a greve e algumas de suas causas como os salários atrasados, o décimo terceiro parcelado, a más condições de trabalho, a desvalorização dos vencimentos, além das perseguições e agressões sofridas por educadores no Rio de Janeiro.

Fonte: André Miguéis e Guilherme Carvalho com apoio da Mídia Independente Coletiva-MIC e da Rede de Informações Anarquistas-RIA.
Fotos: Guilherme Carvalho.

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Chile: Proyecto enlaces 2016: MINEDUC invita a colegios a postular

Tecnologías y acompañamiento pedagógico para escuelas que atienden a estudiantes

Chile/04 de Abril de 2016/La Nación

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Cerca de 6 mil colegios están invitados a participar de los proyectos 2016 de Enlaces del Ministerio de Educación.

Tecnologías y acompañamiento pedagógico para escuelas que atienden a estudiantes que presentan ceguera parcial o total, para escuelas hospitalarias y para aquellas que tienen a alumnos que presentan discapacidad múltiple, se suman este año a la oferta de Enlaces.

Próximamente se abrirán las postulaciones a los proyectos y desde el jueves pasado los sostenedores y sus establecimientos pueden conocer si cumplen con los requisitos para postular a las iniciativas y el detalle de cada una.

Este año Enlaces ofrecerá al sistema escolar seis proyectos que se enfocan en el fortalecimiento de la educación pública en los niveles de educación parvularia, básica y media de enseñanza regular y para personas jóvenes y adultas, así como también continuará con su línea de acceso e inclusión para apoyar los aprendizajes de estudiantes con necesidades educativas especiales.

Los proyectos 2016 de Enlaces son los siguientes:

► “Mi Taller Digital”: Busca instalar capacidades pedagógicas y tecnológicas en los establecimientos, entregando recursos tecnológicos y talleres formativos, a través de una estrategia que promueve la autonomía de las comunidades educativas para que implementen talleres con temáticas que utilizan tecnología como robótica, cómic digital o producción de videos, desarrollando las “Habilidades TIC para el Aprendizaje” (HTPA) en los estudiantes.

►  “Tablet para Educación Inicial en NT1, NT2 y 1° básico”: Busca fortalecer la innovación en las prácticas pedagógicas de los/las docentes de NT1, NT2 y 1° básico, de establecimientos municipales, a través de un modelo pedagógico que permita el acceso a las Tecnologías de la Información y Comunicación (TIC), en el ámbito de las matemáticas.

► “Iluminación Wifi”: Considera la entrega de una solución tecnológica inalámbrica (WIFI) a los establecimientos educacionales, con el fin mejorar la conectividad al interior de los recintos educacionales y, así, apoyar el proceso de enseñanza y aprendizaje de los y las estudiantes.

►  “Tecnologías de Acceso Universal para la Educación”: Busca favorecer el acceso, la participación, permanencia y aprendizaje de estudiantes en situación de discapacidad y de enfermedad a través del uso de TIC, en las escuelas hospitalarias, establecimientos de educación especial y establecimientos de educación regular con Programa de Integración Escolar (PIE).

Las categorías que conforman este proyecto son: TIC y Retos Múltiples; TIC y Escuelas Hospitalarias y Tiflotecnologías para la Educación.

► “Entrega de Equipamiento Computacional Reacondicionado”: dotará las aulas de los establecimientos educacionales especiales que atienden alumnos/as con discapacidad y/o subvencionados de educación regular con el Programa de Integración Escolar (PIE), de computadores reacondicionados, para apoyar en los procesos de enseñanza-aprendizaje y facilitar la inclusión social. Se espera que estos equipos se usen en actividades vinculadas a la gestión administrativa y/o pedagógica del establecimiento, proyectos y/o actividades dirigidas especialmente a estos alumnos/as.

► “Estándar de Equipamiento en CEIA Modelos”: Busca dotar a los establecimientos educacionales CEIA Modelos con herramientas tecnológicas que permitan complementar el aprendizaje de personas jóvenes y adultas sin escolaridad o con escolaridad incompleta, y capacitar a docentes en Habilidades TIC para el aprendizaje (HTPA) y metodologías de transferencia de éstas a sus estudiantes.

Fuente: http://www.lanacion.cl/noticias/pais/educacion/proyectos-enlaces-2016-mineduc-invita-a-colegios-a-postular/2016-04-04/111725.html

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Argentina: Jornada Nacional por la Dignidad Docente

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Ayer, quienes luchamos por el Derecho a la Educación en Argentina vivimos un día histórico en muchos sentidos.
La Confederación de Trabajadores de la Educación de la Rep. Argentina (CTERA), junto con SADOP (el gremio que representa a los docentes de escuelas de gestión privada) convocaron el primer paro nacional docente que el sector hace al gobierno del Presidente Macri.
Hubo movilizaciones en todas las provincias del país y el acto central fue una marcha que recorrió unas 10 cuadras, desde la «Casa de la Provincia de Mendoza», una de las provincias en la que el conflicto docente es hoy más fuerte, hasta la sede del Ministerio de Educación de la Nación.
La jornada tuvo varios motivos importantes. El primero denunciar que se quiere dejar impune el asesinato del compañero maestro Carlos Fuentealba, que fue asesinado por un policía de la policía del ex-gobernador de la provincia de Neuquén, Jorge Sobisch. Nos oponemos absolutamente a que se cierre esta causa judicial.
El segundo es protestar por el cierre, la desactivación o desarticulación de los programas socioeducativos que habían sido llevados adelante por la anterior administración y que incluían desde programas como el «Conectar Igualdad» (democratización del uso de la informática en las secundarias públicas nacionales), las radios escolares, los programas de terminalidad educativa para jóvenes y adultos que no pudieron finalizar sus estudios secundarios o primarios, el programa de coros y orquestas infantiles, entre tantos otros… Hoy se están echando a los compañeros que trabajan impulsándolos y coordinándolos.
El tercero, que tiene que ver con el anterior pero es más amplio, es oponernos a la política de despidos que se está llevando adelante en el sector público. El sindicato de trabajadores estatales señala en casi 100.000 lo que se han producido desde que asumió el gobierno amarillo.
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Por último, están pendientes acuerdos salariales con los docentes de varias provincias. Frente al gran golpe inflacionario que ha sufrido el país en los últimos meses, los salarios han quedado muy deteriorados y la práctica de negociaciones paritarias que había permitido garantizar un salario que se mejoraba año a año, ahora ha quedado suspendida en la práctica o sin respuestas efectivas.
La marcha ha sido memorable, como puede observarse en las fotos que publicamos y puede verse en la página de CTERA.  http://www.ctera.org.ar/
Acompañaron la jornada, que tuvo una adhesión del 95%, la Federación de Estudiantes Secundarios, la Asociación de Trabajadores del Estado (ATE), Organizaciones Educativas, entre las que se cuenta la Campaña Argentina por el Derecho a la Educación (CADE) y otras Organizaciones Sociales en todo el país.
Alberto Croce
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España: Comunicado de la Plataforma Estatal por la Escuela Pública

  • Texto dirigido a los grupos políticos del Congreso de los diputados

El estancamiento de la actividad política, causado por la falta de entendimiento entre los grupos políticos del Congreso de los Diputados tras las últimas Elecciones Generales, está alarmando a un ritmo creciente a la comunidad educativa al observar cómo las posibles y necesarias medidas que se deberían de adoptar para eliminar el ataque a la educación pública se están eternizando en el tiempo.

Junto con la derogación de la LOMCE, la reversión de los recortes educativos y la reforma universitaria del anterior gobierno -ahora en funciones- es urgente tomar decisiones inmediatas para evitar o minimizar sus efectos a corto plazo. Dicho gobierno en funciones, que carece de legitimación democrática para seguir aplicando una políticas que deberían pertenecer ya al pasado, no demuestra con sus actos estar dispuesto a ser consecuente con el resultado de las urnas y, lejos de paralizar preventivamente la aplicación de las normas que impuso en la anterior legislatura, se extralimita legislando y administrando con criterios antidemocráticos, con evidente menosprecio al sentir ciudadano.

Apremia, sin pérdida de más tiempo, dar marcha atrás en determinadas medidas que, de no hacerse inminentemente, complicarán todavía más el panorama educativo en los próximos meses. Exponemos a continuación las siguientes y más acuciantes:

– Paralizar las pruebas externas (reválidas): evitar al final del presente curso académico la correspondiente a 6o de Primaria, e impedir las que se inicien el próximo año.

– Implementar un nuevo sistema de becas más justo y con una dotación económica mayor que satisfaga la igualdad de oportunidades en todos los tramos educativos.

– Rebajar los precios de matriculación en todas las etapas educativas no obligatorias.

– Detener los desarrollos normativos relativos a las enseñanzas LOMCE que se inicien a partir del próximo curso 2016-2017., cumpliendo lo que defendieron algunos partidos en sus programas electorales, así como en el debate previo a las elecciones generales que esta plataforma organizó en su momento, para ser coherentes con lo que manifestaron: derogar la LOMCE, laicidad de la escuela y denuncia de los acuerdos con el Vaticano en materia educativa.

– Paralizar la aplicación del RD 43/2015 por el que se establece la ordenación de las enseñanzas universitarias oficiales (3+2).

– Revisar la financiación de las Universidades Públicas.

Debido a su rechazo, la aplicación de la contrarreforma educativa del denostado ex-ministro Wert y seguida ahora por Méndez de Vigo, está siguiendo derroteros muy desiguales en las diferentes CCAA. Su fracaso es una obviedad que nadie discute ya. Urge su paralización inmediata y su derogación, para lo cual es necesario que un nuevo Gobierno del Estado, consecuente con las demandas sociales que han hecho posible el cambio, se constituya sin más demoras.

La Plataforma Estatal por la Escuela Pública insta a los grupos políticos configurados en el Congreso de los Diputados tras las pasadas elecciones generales a que acuerden sin más dilaciones la formación de un Gobierno que frene estas amenazas para la Educación Pública y ponga en marcha el diálogo social necesario para la consecución de una nueva política educativa.

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Bolivia garantiza educación gratuita para personas con discapacidad

www.prensa-latina.cu/29-03-2016/

El viceministro boliviano de Educación Alternativa y Especial, Noel Aguirre, remarcó hoy que el Gobierno del presidente Evo Morales garantiza el acceso a la educación gratuita de casi 20 mil niños, niñas y jóvenes con discapacidad.

bolivia

 

Destacó asimismo la existencia de 124 Centros de Educación Especial a lo largo y ancho del país, gracias a la inversión de unos ocho millones de dólares.

Desde 2006, y como nunca antes, el gobierno garantiza el derecho y acceso a una enseñanza libre de costos y con equiparación de condiciones de 19 mil 592 niños, niñas y jóvenes con discapacidad, dijo el titular en conferencia de prensa.

Detalló que 10 mil 517 personas estudian en Centros de Educación Especial y otros nueve mil 75 estudiantes asisten a Unidades Educativas del Sistema de Educación Regular.

Aguirre recordó que antes de la llegada al poder del Movimiento al Socialismo, la educación de estas personas estaba en manos de instituciones privadas, la Iglesia y Organizaciones No Gubernamentales, pues ningún gobierno asumía esa responsabilidad.

Hasta 2005, solo seis mil 891 personas con discapacidad estudiaban, señaló.

Recordó que cuatro años después, se creó el Viceministerio de Educación Alternativa y Especial para garantizar el acceso a la educación de ciudadanos con limitaciones físico-motoras.

Puntualizó además que el Bono Juancito Pinto, con un presupuesto de unos 575 mil dólares, fue creado como una política para incentivar la escolaridad y evitar la deserción escolar, incluidos de los niños y niñas con discapacidad.

Por primera vez en la historia de la educación boliviana, desde 2014 las Escuelas Superiores de Maestros forman a maestros y maestras especializados en la enseñanza a personas con discapacidades, remarcó.

Fuentes de las imágenes:

http://www.espiralsantacruz.org/wp-content/uploads/2015/04/M.A.-6-Lineamientos-curriculares-y-metodolgicos-de-la-educacin-inclusiva-del-rea-de-la-educacin-espe-11.pd

http://www.sie7edechiapas.com/#!Operan-275-Centros-de-Atenci%C3%B3n-para-Estudiantes-con-Discapacidad/cjds/56f371060cf23c800ad0a1fb

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Brasil: Trabalho participativo pode ser alternativa para combate à violência em escolas

Segundo estudo realizado com a participação de 6.709 alunos de sete capitais brasileiras, 42% dos estudantes afirmam ter sofrido violência em 2015

“É muito além de uma pesquisa. Este trabalho trata principalmente sobre a participação dos jovens e nossa ideia é que, ao disponibilizar resultados por escola, eles possam discutir com colegas, mães, pais e professores sobre as possíveis soluções para os problemas que eles encontraram”, defendeu a socióloga Míriam Abramovay.

A pesquisadora coordenou a pesquisa “Diagnóstico participativo das violências nas escolas: falam os jovens”, realizada pela Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), Ministério da Educação e Organização dos Estados Interamericanos (OEI), que envolveu 6.709 alunos, entre 12 e 29 anos, de 140 escolas públicas de sete capitais brasileiras. Por meio do estudo, verificou-se que 42% dos estudantes envolvidos afirmaram ter sofrido algum tipo de violência na escola em 2015.

Míriam aponta que uma das questões principais da violência nas escolas é o clima escolar que se refere ao relacionamento entre alunos, professores, diretores e comunidade escolar. Além disso, o clima escolar se altera também dependendo das “regras nas escolas e da infraestrutura. Estes são pontos que fazem com que os alunos sintam a escola como boa ou ruim”. “O clima escolar também traz consequência à aprendizagem e à evasão escolar”, citou a pesquisadora. E acrescentou: “não se pode ensinar em uma local onde os professores se sintam mal e os alunos não gostem da escola. A questão da violência nas escolas tem diretamente a ver com essa questão”.

Para realizar o trabalho, foi feita a capacitação de servidores de Secretarias de Educação de cidades que estão entre as 15 que possuem maior taxa de homicídios de jovens, segundo o Mapa da Violência de 2014: Maceió (1ª), Fortaleza (3ª), Vitória (4ª), Salvador (5ª), São Luís (6º), Belém (12ª) e Belo Horizonte (14ª). “Após esta capacitação, os servidores fizeram a formação de um professor por escola e este docente ficou responsável por ajudar 10 alunos a realizarem o diagnóstico participativo de sua própria realidade”, explicou a coordenadora da pesquisa.

De acordo com Míriam, que é doutora em ciências da educação e coordenadora da área de juventude e políticas públicas da Flacso, as pesquisas realizadas pela faculdade constatam que os jovens e adolescentes não têm espaços de participação na escola, “ou seja, que a escola ainda tem estrutura muito forte e não aceita a chamada cultura juvenil ou cultura adolescente. A escola não tem que se comportar exatamente como o jovem, mas tem que entender esta cultura e não pode reprimi-la, desde o uso dos bonés até os shortinhos, por exemplo”.

Para ela, “nós vivemos em sociedade que escuta muito pouco esta população [jovem] e isso é evidentemente reproduzido pela escola”.

Em suas considerações finais, a pesquisa construída também por Mary Garcia Castro, Ana Paula da Silva e Luciano Cerqueira aponta a necessidade de se investir em “alfabetização política sobre cidadania ativa, aquela em que as pessoas são atores e atrizes de pressão para mudanças em suas instituições e que se tenha conhecimento sobre políticas públicas, para que se as acione ou se venha propor outras”. “Ou seja, que em outras experiências de programas voltados para a prevenção [da violência] nas escolas se insista no vetor participação, em especial de jovens, na metodologia de diagnóstico participativo”, destaca o trabalho, levantando a necessidade de estes programas estarem relacionados tanto ao contexto micro, no plano das escolas, quanto ao contexto macro do que se refere ao estado nação.

VIOLÊNCIA NA ESCOLA

“Entre os tipos de violência identificados na pesquisa, o cyberbullying, que engloba intimidações e xingamentos na internet e em aplicativos de conversa, aparece como responsável por 28% dos casos. Roubo e furto representam 25% dos casos e ameaças, 21%.

A sala de aula, que, em tese deveria ser um lugar protegido, registra 25% das ocorrências – o mesmo percentual dos pátios. Em segundo lugar estão os corredores com 22%.
A pesquisa também revela que 22% dos alunos já viram armas na escola. Desses, 4,5 % admitiram que eles mesmos as levaram – entre os que portaram armas, facas e canivetes somaram 45%; armas de fogo 24%”.

Informações da pesquisa “Diagnóstico participativo das violências nas escolas: falam os jovens”.

Combate à intolerância

Uma das conclusões apontadas pelo trabalho é que as “escolas precisam adotar ações que valorizem as diferentes etnias, culturas, povos, orientações sexuais, considerando perspectiva de gênero entre outras, sensíveis a convivências e sociabilidade”. Segundo a pesquisa, “é preciso que os alunos aprendam a repudiar todo e qualquer tipo de discriminação, seja ela baseada em diferenças de cultura, raça, classe social, nacionalidade, idade ou orientação sexual, entre outras tantas”.

Para a coordenadora Míriam Abramovay, um dos principais motivos da violência no ambiente escolar é a discriminação relacionadas a brigas e xingamentos. “Em muitos casos, há falta de entendimento onde entram questões de gênero, de homofobia, de racismo e de preconceitos contra os mais pobres”, exemplifica. E complementa: “Não é porque se trata de escola pública que os alunos são iguais. Os estudantes sabem identificar quem são os mais pobres, por exemplo. Se tudo isso for discutido e trabalhado dentro das escolas é claro que haverá a melhoria do clima escolar e a redução de práticas violentas”.

A pesquisa destaca, também, que a violência não é uma realidade banalizada e ignorada, mas sim que os momentos violentos são silenciados “por medos, inseguranças e desencantos em relação à possibilidade de que seja impedida, via ambiências mais protetoras, tanto nas escolas como no seu entorno”. “A escola é importantíssima principalmente para os alunos de classes populares, já que pode ser em muitas vezes a uma instituição pela qual o jovem vai passar. A escola tem cada vez mais responsabilidade de educar, de socializar, de entender. É um centro de juventude, uma instituição de adolescentes e jovens. E dentro deste espaço é que acontece tudo”, alerta Míriam.

Fonte: Gabriel Maia Salgado – De olho nos planos

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Novas Dinâmicas do Ensino Superior no Brasil: O Público e o Privado

Novas Dinâmicas do Ensino Superior no Brasil: O Público e o Privado se propõe a explicar os processos recentes de privatização e mercantilização do ensino superior no Brasil, avaliando as respostas do sistema nacional para a demanda crescente por ensino superior no país.

O novo artigo do Grupo Estratégico de Análise do Ensino Superior (GEA – ES), da Flacso Brasil, é escrito por Helena Sampaio, professora adjunta do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal Fluminense (UFF) e líder do Laboratório sobre Acesso e Permanência (LAP/UFF).

Avaliando uma década de intenso crescimento de matrículas de ensino superior no país – número que atualmente gira em torno de sete milhões – ela destaca que nesse processo de ampliação do atendimento o setor privado – predominante no sistema de ensino superior brasileiro desde a década de 1970 – aumentou ainda mais sua participação e responde atualmente por 85% das instituições e por 74% do total de matrículas.

A autora aponta um aspecto particular do modelo privado de ensino superior no Brasil: o uso de recursos públicos para financiar parte significativa dos estudantes matriculados em instituições privadas. Sampaio se propõe a analisar esse financiamento público da demanda de ensino superior enquanto manifestação da privatização, observando principalmente dois programas federais: o Programa Universidade para Todos (Prouni), que concede isenção de impostos às instituições privadas com finalidade lucrativa em troca de bolsas, e o Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), programa de crédito educativo garantido pelo governo.

O estudo é orientado por três hipóteses: “A primeira é a de que circunstâncias de cunho normativo, político-ideológico e de mercado confluem há pelo menos quarenta anos para o deslocamento do ensino superior na direção do mercado, tornando o sistema brasileiro um anfitrião receptivo das entidades privadas com fins lucrativos que atuam nesse mercado. A segunda hipótese é a de que políticas recentes de ampliação do acesso e permanência e os fenômenos de intensificação da privatização das matrículas e mercantilização desse nível de ensino são processos mutuamente implicados e dependentes. E a terceira hipótese é a de que as políticas de ampliação do acesso e de permanência no ensino superior adotadas nos últimos anos não só resultaram na expansão do sistema como também implicaram em uma nova reconfiguração do mesmo: aspectos constitutivos da dualidade público e privado, tais como origem do financiamento estudantil, custo para os alunos, mecanismos de acesso, distribuição geográfica das instituições, perfil dos estudantes, distribuição das matrículas por área do conhecimento, entre outros, tornam-se mais nuançados, dando lugar a outros contrastes e segmentações no interior de cada um desses setores”.

O trabalho reúne dados de diferentes naturezas e fontes: séries estatísticas do ensino superior no Brasil, dados quantitativos específicos ao setor privado, documentos oficiais relativos a leis e decretos que disciplinam o ensino superior no país.

Dividido em três parte, na primeira, a autora apresenta as circunstâncias prévias dos processos de privatização e mercantilização do ensino superior no Brasil. Na segunda, a partir de dados estatísticos, ela busca mostrar como as políticas de ampliação do acesso e permanência no ensino superior e os processos de privatização e de mercantilização desse nível de ensino são fenômenos mutuamente imbricados. Na terceira parte, a partir da análise de dados de matrículas no ensino superior, por cursos e áreas do conhecimento, Sampaio apresenta alguns indícios dos efeitos das políticas de ampliação do acesso e permanência no ensino superior e do mercado para uma nova reconfiguração do sistema nacional.

Confira o artigo completo aqui.

Foto: Luiz Filipe Barcelos/ UnB Agência

Fonte: Marina Baldoni Amaral – Flacso Brasil

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