En Argentina: Claudia Korol en la Escuela de Formación Política de Niñez y Territorio

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Pensando una pedagogía popular y estrategias de organización en el territorio”  fue el eje del tercer encuentro de la Escuela de Formación Política de Niñez y Territorio que se realizó el sábado 1° de julio. Esta vez fuimos más de 80 los educares y educadoras de diversas experiencias que nos juntamos en la casa de la Sociedad Luz del barrio porteño de Barracas.

Claudia Korol –fuerte referente de la educación popular que no necesita mayores presentaciones, pero eligió pensarse como “formadora de formadores” – fue invitada para abrir la jornada. En el comienzo pidió dos cosas: que nos presentemos identificando cuáles eran los colectivos, los grupos humanos que estábamos representados en el encuentro; y que pusiéramos en común las razones por las que estábamos allí esa mañana. -“Nadie se levanta un sábado temprano porque si”– dijo – “No es por obligación ni porque les dijeron. Si están acá es porque tienen una pregunta, una necesidad.” Después explicó porqué arrancaba de esa manera: -“Les pregunto de qué organización, de qué experiencias colectivas venimos porque el grupo es lo central en la educación popular. El sujeto de la educación popular es el grupo. Y necesito saber cuáles son sus preguntas porque uno de los errores de los educares populares es creer que sabemos de antemano lo que el otro necesita”.

Durante su intervención Claudia destacó la importancia estratégica de trabajar con pibes y pibas en un contexto donde la violencia estructural se consolida , destruye niñeces y formatea adultos cada vez más difíciles de integrar en proyectos emancipatorios.  Insistiendo en  la necesidad de sistematizar nuestras experiencia pedagógicas porque -“además de desaprender lo malo hay que crear nuevo conocimiento con lo que hacemos todos los días”- recordó que una pedagogía de la resistencia también debe trascender la urgencia cotidiana:   – “ No alcanza con apagar fuegos si lo que queremos es el cambio social”- dijo.

El posterior debate en grupos permitió poner en común las estrategias pedagógicas de las organizaciones presentes y  mostró la diversidad de visiones que coexisten sobre el rol de  los educadores y educadoras en la escuela pública.

Por la tarde  Matias Garate presentó la experiencia de la Escuela Primaria Comunitaria Ruca Hueney en General Rodríguez y Daniel Ferro contó sobre la Escuela Primaria 10  de Villa Zabaleta y 21/24, escuela pública de la cual es director (Daniel es también profe del Bachillerato ¨Popular Salvador Herrera).

El eje del próximo módulo de la Escuela de Formación Política de Niñez y Territorio será Ocupación del Territorio y Control Social.

En la semana posterior al encuentro del 1 de julio, Claudia Korol repasó su intervención en una entrevista radial para  FM Ruca Hueney.  Compartimos algunos audios:

1: Si nos presentamos… nos presentamos bien:

2: Los peligros de la soberbia en el educador y el grupo como sujeto de la Educación Popular: 

3: Lo estratégico de laburar con pibxs… como sujetxs políticxs:

4: Redes de vida vs. redes de violencia:

5: Desaprender lo viejo. Sistematizar para crear lo nuevo (Y siempre con otros):

6: ¿Que relaciones se establecen entre lo cotidiano –entendido como lo “urgente”-  y lo estratégico? ¿Entre la Teoria y la practica? ¿Entre la Educación Pública y la Educación Popular? 

7: Pedagogía del Ejemplo:

Fuente:  http://xn--niezyterritorio-zqb.org.ar/2017/07/11/claudia-korol-en-la-escuela-de-formacion-politica-de-ninez-y-territorio/
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Diálogo entre escola e território propicia oportunidades educativas

A escola não é uma ilha. Inserida em um território, ela espelha a cultura local dentro das salas de aula e também influencia sua comunidade.

A integração entre território e espaço escolar pode se dar de diversas formas e se transforma em processo educativo a partir do momento que propicia oportunidades de aprendizado para criança e jovens.

Na escola rural EMEF Zeferino Lopes de Castro, em Viamão (RS), por exemplo, os alunos são estimulados a aplicar tecnologias digitais aprendidas nas aulas no cotidiano de suas casas: a fazenda.

A rede municipal de Ipatinga (MG), por sua vez, convidou os alunos a mapearem o entorno de suas escolas em busca de oportunidades educativas. Já no Colégio Estadual de Correntina, localizado no município baiano de mesmo nome, a variante linguística da comunidade foi estudada nas aulas de Língua Portuguesa, dando origem a catalogação de termos como “azular”, “biscoitar” e “bucho quebrado”.

Além de valorizarem saberes e, portanto, a identidade local, experiências como essas tornam os conteúdos escolares mais próximos do cotidiano dos alunos.

Para a socióloga Helena Singer, o uso do território como campo de pesquisa com base em diversas áreas do conhecimento, como geografia, língua portuguesa, história, entre outras, é a chave para um aprendizado mais significativo. “Isso permite que os alunos estudem na prática conceitos mais abstratos e complexos que os professores podem elaborar futuramente”.

Tal perspectiva também é essencial para que os alunos desenvolvam um senso de pertencimento. “A educação é um processo de crianças aprendendo a viver. E claro que elas precisam aprender a ler e escrever, ciências e literatura, mas elas também precisam aprender a ser cidadãs, a aprender como seu bairro se formou e qual a história da sua cidade”, explica o britânico Tim Gill, uma das maiores referências em infância, em entrevista ao Cidades Educadoras.

“A escola precisa reconhecer que tem uma missão: ser uma instituição que faça sentido para todos”, diz Helena Singer

Para que isso ocorra, no entanto, a escola também deve se abrir como um espaço comunitário, oferecendo atividades culturais, debates, clubes, dentre outras oportunidades de participação.

“Estudantes, professores e funcionários precisam se ver como parte de um coletivo e a escola precisa reconhecer que tem uma missão: ser uma instituição que faça sentido para todos”, explica Helena.

Sistematização a partir da escuta

Dentro dessa perspectiva, Julio Neres, do Núcleo de Educação Integral do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (CENPEC), desenvolveu uma proposta de educação integral em Itabira (MG).

A ação gira em torno do que ele chama de “estado de escuta permanente”, em que educadores usam o diálogo e a atenção ao que os pais, mães e alunos têm a dizer sobre a experiência na escola e fora dela para, então, compreender o território e sua cultura. Na prática, isso fortalece as reuniões de familiares e alunos, bem como o grêmio estudantil, para uma escuta livre de julgamentos, utilizando o momento como oportunidade de aprender sobre aquela comunidade.

“Não queremos chamar os pais e só avaliar o aluno, queremos saber deles como está o aprendizado da criança e como isso se integra no cotidiano da família. Ouvindo a comunidade podemos apreender os saberes que esse território contém”, explica Julio, acrescentando que, para além dos pais, o “estado de escuta” deve se estender aos funcionários e aos professores.

Outra proposta do educador é mapear o território, identificando onde as crianças e famílias desenvolvem seus saberes, se reúnem. “Mas não adianta dizer que baile funk não conta, por exemplo, porque isso não é ouvir sem julgar, e nisso se perde a possibilidade de contato”, afirma.

Estimulando o protagonismo estudantil

A iniciativa de se conectar com o território não precisa, necessariamente, partir dos educadores. Após instituir uma cultura de estímulo ao protagonismo estudantil, esse movimento surge quase naturalmente, como ocorreu na Escola Estadual Júlio França, em Bela Cruz, Ceará.

Divalda Rios, coordenadora pedagógica, explica que há anos a instituição promove oportunidades e abertura para que os alunos busquem seus próprios objetos de estudo, a partir de temas que são de interesse pessoal, e desenvolvam desde pequenos trabalhos a projetos maiores, individuais ou coletivos.

Em 2015, por exemplo, Marcos Tiago Rios e Erivan Menezes Júnior, então no 9º ano do Ensino Fundamental e 1º do Ensino Médio, respectivamente, tiveram uma ideia: queriam desenvolver um projeto de combate à falta de água na comunidade, principalmente na zona rural e entre a população carente.

Para o professor Fernando Nunnes, a escola é um espaço para pensar soluções para os problemas locais

Para tanto, buscaram o professor de Matemática, Fernando Nunnes, envolvido em iniciações científicas e desenvolvimento de projetos. Hoje, já venceram prêmios nacionais e internacionais, e o projeto segue em implementação, com distribuição de cisternas, plantação de espécies resistentes ao semiárido e outras ações.

“Uma ideia de dentro da escola está surtindo efeitos na comunidade, na tentativa de resolver um problema local”, comemora Nunnes ao afirmar que essa é uma das principais funções da escola enquanto instituição social. “Além disso, o processo de ensino hoje é muito focado no professor, então quando um aluno se torna protagonista é muito gratificante”, diz.

Fuente: http://educacaointegral.org.br/reportagens/integrar-escola-e-territorio/

Imagen tomada de: http://educacaointegral.org.br/wp-content/uploads/2015/04/aprender-cidade-territorio-crianca-criatividade.jpg

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