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Entrevista a Moacir Gadotti: «O educador precisa se reinventar constantemente»

12 Junio 2016/Fuente y Autor: diariodepernambuco

Aluno e parceiro do mestre em pedagogia Paulo Freire, o professor Moacir Gadotti defende a ideia de que o educador precisa se reinventar constantemente. Referência em educação, Gadotti faz uma análise atual da escola no país e diz que não há uma idade certa para se aprender. Fez ainda uma reflexão sobre o papel do professor para fazer com que os alunos se sintam cada vez mais envolvidos no processo de aprendizagem. “Temos que nos reinventar diante de múltiplas metamorfoses provocadas pelo advento das novas tecnologias da informação e do mundo digital”, resume o educador, que lecionou da pré-escola a pós graduação em 46 anos de magistério.

O senhor diz que a escola precisa ser reencantada, encontrar motivos para que o aluno vá para os bancos escolares com satisfação, alegria. Como fazer isso, em lugares onde a realidade é bem complicada com problemas estruturais graves, como por exemplo, a falta de material escolar?

O grande educador pernambucano Paulo Freire nos ensinou que aprender é gostoso, mas exige esforço. Por isso, o papel da escola é despertar o desejo de aprender. O professor precisa saber muitas coisas para ensinar. Mas, o mais importante não é o que é preciso saber para ensinar, mas, como devemos ser para ensinar. O aluno quer saber, mas nem sempre quer aprender o que lhes é ensinado. O aluno precisa ser autor, ser rebelde, criador. A função da escola não é instruir. É descobrir. A escola do futuro será ousada, corajosa, formando para a autonomia, para o sonho e para a liberdade. A escola precisa, para ser eficaz, perguntar-se mais, despertar novas perguntas e não oferecer respostas para perguntas que ninguém fez. Se não temos perguntas que nos desafiem, não acharemos o caminho, não aprenderemos a superar as dificuldades da realidade desafiadora do presente.

Educar é também aproximar o ser humano do que a humanidade produziu. Se isso era importante no passado, hoje é ainda mais decisivo numa sociedade baseada no conhecimento e na tecnologia. Então como o professor deve agir?
Todos temos o direito de nos apropriar do que a humanidade já conquistou. As novas tecnologias estão nestas conquistas. Hoje é difícil imaginar que já vivemos sem Internet e sem celular. Se nos tirarem isso, hoje, certamente nosso mundo entraria em colapso. Com a rapidez com que ocorrem as mudanças, é difícil imaginar o que vem por aí. Devemos estar abertos a profundas mudanças. Nesse contexto, o papel do professor está mudando de lecionador para organizador da aprendizagem. Torna-se fundamental aprender a pensar autonomamente, saber comunicar-se, saber pesquisar, aprender a trabalhar colaborativamente, saber organizar o próprio trabalho, ter disciplina, ser sujeito da construção do conhecimento, estar aberto a novas aprendizagens, saber articular o conhecimento científico com o saber sensível, o saber técnico e o saber popular.

O ofício de professor corre risco de extinção?

Não. Muito pelo contrário. Mas, sim, um certo professor desaparecerá: o professor lecionador, como disse antes. Porque o professor, hoje, deve ser um problematizador do futuro e não um facilitador do presente, um repassador de conteúdos. Aprender não é ter acesso a computadores, a uma informação. Aprender é contextualizar a informação, atribuir-lhe sentido, construir conhecimento. O professor não é um aplicador de textos, um repassador de informações, um “facilitador”. É muito mais um “problematizador”. Facilitador é o computador. O que distingue um professor é a autoria. O multiplicador apenas replica o que aprendeu. Um computador pode fazer melhor isso do que um ser humano. O papel do professor não é repetir mecanicamente dados, informações e processos. É produzir conhecimento e reinventar a realidade.

Então como o professor pode fazer para evitar que seja um mero executor do currículo oficial?
Essa é uma pergunta complicada porque vivemos numa época em que os governos, nas suas três esferas, vêm perdendo a hegemonia do projeto educacional. Empresas e fundações privadas estão impondo políticas de educação instrucionistas a governos que não têm projetos pedagógicos. Não discutem valores, projeto de democracia, não formam para a cidadania mas apenas para o mercado. Sistemas educacionais privados transformaram os professores das redes públicas em máquinas de ensinar, meros executores de tarefas previamente apostiladas. Devemos reagir a essa mercantilização da educação. Esses sistemas desvalorizam o professor, a professora. Os professores estão excluídos de toda discussão do tema da qualidade. Eles não têm voz. O que se busca é uma estandardização da qualidade, da avaliação, da aprendizagem.

Qual a diferença do professor de hoje e daquele professor do passado?

Ser professor hoje, no século 21, não é nem mais difícil nem mais fácil do que era no século passado. É diferente. Diante da velocidade com que a informação obsolesce e morre, seu papel está mudando: ele não só transforma a informação em conhecimento e em consciência crítica, mas também forma pessoas. Ele faz fluir o saber, porque constrói sentido para a vida das pessoas e para a humanidade. Por isso, ele continuará imprescindível. Seu papel continua sendo “ensinar”, no seu sentido etimológico, do latim “insignare”, que significa “marcar com um sinal”, indicar um caminho, um sentido. Ser professor é, essencialmente, ser profissional do sentido.

Por que o senhor diz que não há tempo próprio para aprender?

Não foram poucas as iniciativas governamentais nos últimos 60 anos, que tentaram eliminar o analfabetismo no Brasil. Apesar disso, continuamos com milhões de jovens, adultos e idosos que não sabem ler e escrever um bilhete simples. E aí se introduz o conceito de “alfabetização na idade certa” como se existisse uma idade apropriada para aprender. Para mim, isso foi um grande equívoco, gerando preconceito contra os que não conseguirem se alfabetizar nesta idade. Cria-se o mito de que existe uma idade certa para aprender, contrariando tudo o que a Unesco defende: uma aprendizagem ao longo de toda a vida.

Apesar dos avanços registrados, ainda convivemos com atrasos como o analfabetismo. O que o senhor aconselha para superarmos esse grande desafio?
Sabemos que, entre nós, o direito à educação não é garantido para todos e todas. Apenas um em cada quatro brasileiros, acima de 15 anos, tem domínio completo da leitura e da escrita. Mas, felizmente, esse desafio foi equacionado pelo Plano Nacional de Educação (PNE). A saída está em executá-lo. A garantia desse direito depende muito, hoje, da mobilização em favor do cumprimento das metas 9 e 10 do PNE. Vivemos uma democracia na qual muitas promessas são feitas e não cumpridas. A Constituição de 1988 garantia que o analfabetismo seria eliminado em 10 anos. O PNE 2001-2011 fez a mesma promessa que não foi cumprida. O PNE 2014-2024 retoma essa meta. Resta saber agora se novo PNE é para valer. Depende de nós.

Fuente de la entrevista: http://www.diariodepernambuco.com.br/app/noticia/vida-urbana/2015/09/21/interna_vidaurbana,599094/aluno-e-parceiro-de-paulo-freire-o-professor-moacir-gadotti-defende-o-educador-precisa-se-reinventar-constantemente.shtml

Fuente de la imagen: http://compromissocampinas.org.br/wp-content/uploads/2014/10/gadotisite-720×320.png

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Libro: La alegría de educar

La alegría de educar

  •  Autor: Josep Manel Marrasé
  • Colección: Actual
  • Formato: Rústica con solapas
  • ISBN: 978-84-15750-28-4
  • Páginas: 160

Sinopsis: Tras muchos años dando clases en diferentes niveles y ámbitos, el autor ofrece un conjunto de claves prácticas para mejorar los resultados en el aula a través de recursos como el teatro o la música con el fin de detectar las ilusiones de los alumnos. De esta forma, anima a hacer de la práctica docente un verdadero placer superando el desencanto actual con el sistema.

¿Cómo redescubrir día a día el universo de la educación? ¿Cómo seguir vibrando al entrar en el aula? ¿Cómo hacer de la práctica docente un verdadero placer? Tras muchos años dando clases en diferentes niveles y ámbitos, el autor ofrece un conjunto de claves prácticas para mejorar los resultados en el aula y, por tanto, la satisfacción personal y profesional del educador. Se trata de incorporar recursos del mundo del teatro, la música, la ciencia…, todo vale con el fin de detectar las ilusiones de los alumnos, que conforman el motor mental que los incita a la superación. ¿Un objetivo demasiado ambicioso en épocas de altas tasas de fracaso escolar y desencanto con el sistema docente? Por el contrario, el autor está convencido de que, para superar esta sensación de abatimiento y desencanto con el sistema educativo, precisamente hay que poner el listón más alto y aprovechar el potencial y talento de todas las personas que lo integran.

Fuente de la reseña:http://www.plataformaeditorial.com/ficha/271/1/3321/la-alegria-de-educar.html

Fuente de la imagen: http://www.plataformaeditorial.com/uploads/RESG3321laalegria.jpg

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España:Universidad Rey Juan Carlos organiza el Congreso Iberoamericano de Educación

Europa/España/28 Mayo 2016/Fuente y Autor: Magisterio

El Observatorio Universidad Rey Juan Carlos para el estudio y desarrollo de Innovaciones en el ámbito educativo organiza el Congreso Iberoamericano de Educación: «Motiva, Crea y Aprende» (Cimca 2016) que tendrá lugar del 4 al 8 de julio en el campus de Madrid de la URJC.

Bajo la filosofía del Observatorio –“transformando la Educación, transformamos la sociedad”–, el congreso pretende ser un encuentro abierto entre personas interesadas por la Educación donde se intercambien opiniones, experiencias y buenas prácticas desde una perspectiva multidisciplinar.

Web: https://congresosobservatoriourjc.com/

Facebook : https://www.facebook.com/Congreso-Iberoamericano-de-Educaci%C3%B3n-Motiva-Crea-Aprende-1702198010042532/

Twitter: @cimca16

Correo electrónico para dudas y consultas sobre el Congreso: cimca2016@gmail.com

Información y participación (PDF)

Fuente de la noticia:http://www.magisnet.com/noticia/23299/empresas-y-eventos/la-universidad-rey-juan-carlos-organiza-el-congreso-iberoamericano-de-educacion:-motiva-crea-y-aprende-cimca-2016.html

Fuente de la imagen: http://www.magisnet.com/fotos/12120/cimca.jpg

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España: Fundación Mapfre lanza una nueva edición de su concurso internacional de cuentos para concienciar sobre la educación

Madrid/ España/05 ded Mayo de 2016/informativosteleecinco.com

Fundación Mapfre ha puesto en marcha una nueva edición de su concurso internacional de cuentos con el objetivo de concienciar a los jóvenes escolares sobre su futuro a través de la creatividad, según informa la entidad.

Para ello, los participantes deberán imaginar un mundo mejor, a través sus relatos que versen sobre la prevención de accidentes y la seguridad vial, la acción social (cooperación para el desarrollo y la inclusión social), el arte como forma de conocimiento, la cultura aseguradora y los estilos de vida saludables.

El certamen, de ámbito internacional, está dirigido a alumnos de educación primaria y secundaria de centros de educación públicos, concertados o privados de Argentina, Brasil, Chile, Colombia, República Dominicana, Costa Rica, Ecuador, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Nicaragua, Panamá, Paraguay, Perú, Puerto Rico, Uruguay, Venezuela y España.

El concurso contempla más de un centenar de premios entre bicicletas, ordenadores portátiles, tablets, cámaras deportivas y material educativo para los ganadores, recompensando no sólo a los alumnos, sino también a sus profesores y a los centros educativos en los que cursan estudios.

La selección de los ganadores se llevará a cabo en dos fases: la primera, desarrollada desde el 22 de abril hasta el 15 de noviembre, en la que la selección de los cuentos se hará mediante votación popular a través de la web destinada al concurso ‘http://concursodecuentos.fundacionmapfre.org’.

En la segunda, se seleccionarán los 20 cuentos que más puntuación hayan obtenido en cada país: 10 cuentos de Primaria y 10 cuento de Secundaria. Para finalizar, un jurado seleccionado por Fundación Mapfre en cada país, evaluará los cuentos finalistas y elegirá el ganador de cada categoría. Entre estos cuentos ganadores se elegirá el ganador absoluto del concurso, de primaria y secundaria.

Este concurso forma parte del proyecto ‘Educatumundo, una iniciativa que engloba todas las actividades educativas que Fundación Mapfre lleva a cabo en los centros escolares en los ámbitos de la prevención de accidentes, la seguridad vial, la cultura y la salud, entre otros.

Para poder participar, los interesados deberán inscribirse en la página web ‘http://concursodecuentos.fundacionmapfre.org’.

Fuente: http://www.telecinco.es/informativos/sociedad/Fundacion-Mapfre-internacional-concienciar-educacion_0_2174550403.html

Fuente de la imagen: https://www.google.co.ve/search?q=cuentacuentos&biw=1024&bih=489&source=lnms&tbm=isch&sa=X&ved=0ahUKEwi1-K7PtMXMAhWFVT4KHXcPDYcQ_AUIBigB#imgrc=3tfaNkNYUo4UNM%3A

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