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“A educação tem que ser para todos e isso não se consegue com ensino privado”

Brasil/12 de julio de 2016/Fuente: publico.pt

La educación pública es esencial para una sociedad democrática, ya que crea un espacio donde los niños puedan conocer y aprender a participar en la vida cívica. Sin embargo, lo que estamos presenciando, a través de políticas neoliberales es que los espacios públicos de nuestras sociedades estan a decaer. La respuesta a los problemas de la educación no es su privatización. La educación pública permite que la gente tenga algo que decir sobre lo que sucede, lo que no sucede en la educación privada.

«La pregunta con la que nos enfrentamos hoy en día, especialmente teniendo en cuenta el movimiento de privatización de la educación, es darse cuenta de hasta qué punto podemos realmente proteger nuestros derechos democráticos dentro de la educación». Siempre ha habido escuelas privadas, que generalmente eran el lugar de la educación de élite. Entonces la idea comenzó a pasar de que era posible extender esta educación de élite a los más pobres, pero la verdad es que esto no es la misma educación. La pregunta con la que nos enfrentamos hoy en día, especialmente teniendo en cuenta el movimiento de privatización de la educación, es darse cuenta de hasta qué punto podemos realmente proteger nuestros derechos democráticos dentro de la educación.

La educación pública debe ser humanización y promover la libertad de ideas, rango ideológico de la educación privada está mucho más cerca. Parte de la razón por la educación pública es pública es la necesidad de proteger a la inclusión de todos los ciudadanos. La educación tiene que ser para todos y no se puede garantizar con la educación privada.

En los EE.UU., desde hace más de 20 años existe el movimiento de escuelas chárter [escuelas privadas que reciben fondos públicos]. ¿Cuál es su evaluación de esta experiencia?
Ha habido investigaciones recientes que no confirman la idea de que estas escuelas son mejores que las públicas para educar a los niños. Esto no quiere decir que no hay escuelas autónomas que son buenas, lo que digo es que, al igual que existen diferencias en la educación que se recibe por los niños en las escuelas públicas, también existen diferencias en la educación que se recibe por los niños en las escuelas privadas . Y no podemos olvidar que hay dinero público se canaliza a los medios privados, en lugar de ser utilizado para fortalecer la educación pública, que sabemos que es uno de los pilares de la democracia.

A académica norte-americana Antonia Darder tornou-se numa voz activa contra a agenda neoliberal na Educação e em defesa dos modelos públicos de ensino. “A resposta para os problemas da educação não é a sua privatização.”

O livro de Antonia Darder Cultura e Poder na Sala de Aula foi lançado há 25 anos, mas continua a ser um marco na reflexão sobre a inclusão de minorias étnicas e culturais através da educação. Depois disso, a académica norte-americana, nascida em Porto Rico, construiu uma carreira que fez dela uma intelectual influente e uma activista reconhecida. Actualmente ocupa a Leavey Presidencial Endowed Chair em Liderança Moral e Ética, na Escola de Educação da Universidade Loyola Marymount, nos EUA. Esta semana esteve em Portugal para uma conferência sobre o futuro da educação pública, promovida pelo Sindicato dos Professores da Grande Lisboa.

A conferência em que participou acontece num contexto em que o país está a sair de um debate acerca da liberdade de escolha das famílias, a propósito de um corte no financiamento de alguns colégios privados. Como vê a relação entre escolas públicas e privadas?
O ensino público é fundamental para uma sociedade democrática, porque cria um espaço em que as crianças podem encontrar-se e aprender a participar na vida cívica. Todavia, aquilo a que estamos a assistir, através das políticas neoliberais, é que os espaços públicos nas nossas sociedades estão a minguar. A resposta para os problemas da educação não é a sua privatização. O ensino público permite às pessoas terem uma palavra sobre aquilo que acontece, o que não acontece no ensino privado.

Qual deve ser o papel das escolas privadas num sistema de educação?
Sempre houve escolas privadas, que genericamente eram o local da educação da elite. Depois começou a passar-se a ideia de que era possível alargar esta educação de elite aos mais pobres, mas a verdade é que não se trata da mesma educação. A questão com que estamos a lidar hoje, especialmente tendo em conta o movimento de privatização do ensino, é perceber em que medida é que podemos realmente proteger os nossos direitos democráticos dentro da educação.

Em que sentido?
A minha pergunta é: estes ambientes de educação privada têm em conta as questões mais profundas da democracia e da cidadania? O ensino público deve ser humanizador e promover a liberdade de ideias. A faixa ideológica do ensino privado é muito mais estreita. Parte do motivo pelo qual o ensino público é público é a necessidade de proteger a inclusão de todos os cidadãos. A educação tem que ser para todos e isso não se consegue garantir com ensino privado.

Nos EUA, há mais de 20 anos que existe o movimento das chamadas charter schools [escolas privadas que recebem financiamento público]. Qual é a sua avaliação dessa experiência?
Tem havido investigação recente que não confirma a ideia de que estas escolas são melhores do que as escolas públicas a educar as crianças. Isto não significa que não haja charter schools que são boas, o que estou a dizer é que, da mesma forma que há disparidades na educação que é recebida pelas crianças em escolas públicas, também há disparidades na educação que é recebida pelas crianças em escolas privadas. E não podemos esquecer que há dinheiro público a ser canalizado para meios privados, em lugar de estar a ser usado para reforçar a educação pública, que sabemos que é um dos pilares da democracia.

Esta é uma discussão que está a ocorrer em vários países. Como explica esteve movimento global?
A lógica do neoliberalismo é a de que tudo deve ser visto do ponto de vista das finanças, incluindo a educação. A educação costumava ser um tema protegido dentro dos espaços públicos, mas isso mudou e agora tornou-se um produto que se pode vender e comprar. Mas, da mesma forma que acredito que ninguém devia estar a lucrar com a doença, também não devem estar a lucrar com a educação das nossas crianças. Temos uma tensão aqui que é ideológica e com a qual temos que lutar. Nem tudo pode ser construído nos termos da agenda neoliberal.

Essa agenda tem consequências no sector educativo?
Tem-se passado a ideia de que as taxas de abandono estão a diminuir, mas isso não corresponde totalmente à verdade. O que temos visto na generalidade dos países são altas taxas de abandono nas comunidades mais pobres, especialmente comunidades constituídas por pessoas de cor. Quando as crianças não recebem educação adequada, as suas oportunidades reduzem-se e é isso que acontece quando se privatiza a educação.

Como imagina o futuro da educação pública?
Precisamos de recursos suficientes e de uma boa preparação dos professores para que possam responder às necessidades dos seus alunos. Nos EUA, muitos dos alunos que estão na educação pública pertencem a comunidades muito diversas em termos culturais e, com frequência, os professores não estão preparados para lidar com isso. Há questões de racismo, de classe, de privilégios, de que não se fala. Precisamos de criar políticas e práticas que possam garantir às nossas crianças que a educação está a prepará-las para um mundo muito diverso e complexo. O que vemos com frequência é que os estudantes estão muito infelizes nas escolas, acreditam que a educação que estão a receber é irrelevante, não encontram um lugar com que se identifiquem.

Por que acontece isso?
Não perguntamos se as crianças estão felizes na escola, se estão entusiasmadas a aprender. A sua criatividade está a ser estimulada, estão a sentir que a escola é um lugar onde podem sentir felicidade e amor? Esta componente é completamente deixada fora da discussão, especialmente hoje em que tudo parece resumir-se aos resultados dos exames. Hoje parece que a escola só serve para testar.

Isso parece-lhe negativo?
Em muitas sociedades, o resultado disto são altas taxas de abandono. Em vez de o abandono estar a ser visto como um problema que se prende com a forma como os professores estão a ser preparados, com os currículos e com a estrutura da educação, colocamos as responsabilidades nas crianças, nas famílias, nas suas culturas e nas suas comunidades.

O seu trabalho principal tem a ver com educação bi-cultural. Em que consiste a sua proposta?
É necessário perceber as tensões que existem com as crianças que vêm de uma cultura que não é a cultura dominante. Para muitos como eu, que nasci em Porto Rico e emigrei ainda criança para os EUA, a minha cultura e a minha língua foram sempre reprimidas durante a minha formação. O que tentei perceber foi o impacto dessa repressão cultural e linguística nas nossas crianças e em que medida é que se tornou aceite que as crianças devem simplesmente adoptar a cultura e a língua dominantes e excluir qualquer formação nas suas línguas e cultura primárias.

Que impactos são esses?
Os imigrantes vêm de diferentes contextos culturais e chegam com conhecimento. Pode ser um conhecimento diferente e que pode não ser entendido pelos professores e pelo sistema educativo, mas eu acredito que é benéfico valorizar a sabedoria e o conhecimento que estas pessoas trazem às nossas escolas e à sociedade. Só que o que fazemos é cortar essas aprendizagens, porque simplesmente decidimos que esse conhecimento, essa cultura ou essa língua não têm importância.

Os resultados deste trabalho podem ser úteis, por exemplo, a um país como Portugal, onde a diversidade étnica e cultural é menor do que nos EUA?
O último relatório da Comissão Europeia sobre racismo e intolerância nota que em Portugal há altas taxas de abandono entre as minorias e sugere que deve haver maior monitorização da educação das crianças imigrantes no que toca à discriminação. O documento recomenda também a Portugal uma maior diversidade dos professores e mais preparação para o bilinguismo. Há certos princípios e certas formas de entender as condições sob as quais estas comunidades foram colonizadas que são comuns aos vários países.

Fuente: https://www.publico.pt/sociedade/noticia/a-educacao-tem-que-ser-para-todos-e-isso-nao-se-consegue-com-ensino-privado-1737693

Imagen: https://imagens4.publico.pt/imagens.aspx/1061164?tp=UH&db=IMAGENS

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Brasil:Temer estudia privatizar aeropuertos nacionales de Río y Sao Paulo

América del sur /brasil/ julio del 2016/ Noticias/http://noticiaaldia.com/

Resumen:

El gobierno brasileño estudia privatizar los aeropuertos domésticos de Rio de Janeiro y Sao Paulo, que comparten la ruta de más movimiento del país, como parte del plan de venta de activos para reducir el déficit fiscal en 2017, informó el presidente interino, Michel Temer.

En una entrevista con el diario Folha de Sao Paulo, publicada el domingo, Temer explicó que la meta fiscal propuesta para el año próximo de reducir el déficit a 139.000 millones de reales (USD 41.300 millones) “fue realista”, pero que “va a exigir sacrificios”.

La proyección del gobierno del déficit para 2016 es de 170.500 millones de reales (USD 50.670 millones).

Temer, que gobierna de forma interina mientras la presidenta Dilma Rousseff es juzgada por manipulación de cuentas públicas, ha dicho que la economía es el foco de su gestión.

Y para alcanzar esa meta fiscal, el nuevo gobierno ha apostado por la reducción del gasto público y la entrega de concesiones de aeropuertos y en el área petrolera.

“Entraron en la pauta los aeropuertos de Congonhas [de Sao Paulo] y Santos Dumont [en Rio], lo que debe dar una buena suma. No quiero decir que es una confirmación, pero se piensa en esos dos aeropuertos. Todo eso va a ir sumando para (reducir) el déficit”, señaló el mandatario.

El plan de privatización y modernización de los obsoletos aeropuertos de Brasil comenzó en 2011 con miras a la Copa del Mundo de 2014, que tuvo 12 sedes y requería de infraestructura aeroportuaria moderna para movilizar a millones de hinchas a través de este país de tamaño continental.

Seis ya fueron entregados a consorcios privados.

Y para este año estaba previsto vender sólo cuatro: los de Porto Alegre y Florianópolis, en el sur, y los de Salvador y Fortaleza, en el noreste, por 4.100 millones de reales (USD 1.200 millones).

Hasta ahora habían sido descartados Congonhas y Santos Dumont, están conectados por el llamado “puente aéreo”, el trayecto de Brasil con más pasajeros que une las dos ciudades más importantes del país.

“Hoy no creo que haya resistencia del equipo económico, ni tampoco de mi parte”, subrayó.

Al ser consultado sobre que actividades más sería privatizadas, Temer respondió: “Se está haciendo una lista con lo que es privatizable. El correo lo veo complicado porque tiene mucha pérdida. Petrobras tampoco, tiene una simbología muy grande”.

AFP

Fuente:  http://noticiaaldia.com/2016/07/temer-estudia-privatizar-aeropuertos-nacionales-de-rio-y-sao-paulo/
Fuente imagen :http://cdn.noticiaaldia.com/wp-content/uploads/2016/07/temer-400×266.jpg
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Manifiesto contra las propuestas del gobierno interino de Brasil que recortan recursos públicos en Salud y Educación.

http://v2.campanaderechoeducacion.org/

La Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación apoya los posicionamientos recientes ya manifestados por la Campaña Nacional por el Derecho a la Educación de Brasil en contra de la PEC 241 y demanda que el Congreso Nacional no apruebe esta propuesta

El 16 de junio de 2016, el presidente interino de Brasil, Michel Temer, presentó ante el Congreso Nacional una Propuesta de Enmienda a la Constitución Federal (PEC) que determina un límite máximo de gastos públicos en distintos niveles de gestión, bajo el argumento de que es necesario crear un nuevo régimen fiscal frente a la actual crisis financiera del país.

Actualmente, el artículo 212 de la Constitución brasileña determina que el gobierno federal debe aplicar en educación, anualmente, nunca menos del 18%, y los estados, el Distrito Federal y los municipios el 25% de los ingresos recaudados en impuestos. Este mecanismo de vinculación de recursos fue una conquista fundamental, que consta en las Constituciones del país desde 1934, y que fue suspendida únicamente durante los períodos dictatoriales.

La PEC 241/2016 que quiere instituir un nuevo régimen fiscal, también conocida como la “PEC del techo”, si se aprueba, reducirá fuertemente los recursos que se invierten actualmente en salud y educación, pues determina que el valor máximo para el gasto público en las distintas esferas de gobierno debe condicionarse al valor asignado el año anterior, corregido apenas por la inflación anual, tomando como base el año 2016. Esta regla se aplicará durante los próximos 20 años como mínimo, lo que suspende en la práctica la vinculación mínima de recursos que garantiza la Constitución.

La PEC, además, establece que, en caso de que el poder público extrapole el límite máximo de gastos públicos estipulado, estará prohibido de conceder aumento salarial o cualquier otro beneficio a sus servidoras/os públicas/os. Esta prohibición también abarca la creación de nuevos puestos, la apertura de concursos públicos e incluso la estructuración de carreras que impliquen en aumento de gastos.

Estas medidas que defiende el actual gobierno interino podrán afectar gravemente las mejorías y la ampliación del acceso que requiere el sistema educativo nacional, y el cumplimiento del Plan Nacional de Educación (PNE). Por ejemplo, será imposible crear 3,4 millones de nuevas matrículas en la educación de la primera infancia, 700 mil plazas en la pre-escuela, 500 mil en la enseñanza fundamental, 1,6 millones en la enseñanza media, 14 millones en la alfabetización de personas jóvenes y adultas, 4 millones en la enseñanza técnica y profesional y 2 millones en el nivel superior. Asimismo, será imposible garantizar el pago del piso salarial del magisterio y promover la necesaria valoración de esta carrera profesional, así como implementar el Costo Alumno Calidad Inicial (CAQi), que debería ponerse en marcha a partir del 24 de junio de 2016.

Según cálculos del profesor del Instituto de Economía de la Universidad Federal de Río de Janeiro (UFRJ) João Sicsú, el presupuesto para la educación en el año 2015 fue de 103,8 mil millones de reales (lo equivalente a 30,62 mil millones de dólares). De acuerdo a los límites para el gasto público que establece la PEC 241/2016, el mismo presupuesto hubiera sido de apenas R$31,5 mil millones (9,29 mil millones de dólares), lo que representaría un valor 70% menor. En concreto, si aprobada la nueva regla, habrá una interrupción de un proceso de crecimiento en el gasto educativo.

De 2008 hasta hoy, los recursos aplicados en educación aumentaron el 117% por encima de la inflación, y el año pasado superaron en un 28% el mínimo obligatorio estipulado por la Constitución. Ese crecimiento que venía ocurriendo tendría que sostenerse de modo a cumplir la meta del Plan Nacional de Educación que determina destinar el 10% del PIB para la educación hasta el 2024.

Además, los recursos que se retirarían de la salud y de la educación con esta PEC se gastarían en el pago de intereses y demás encargos de la deuda pública del gobierno brasileño, beneficiando a los bancos y creedores.

Por todas estas razones, rechazamos la actual propuesta del gobierno interino. Son medidas que fragilizan a la democracia, violando el principio de la no regresividad de los derechos humanos, y que aumentarán las actuales desigualdades económicas y sociales, afectando la calidad de vida y la dignidad de la mayoría de la población brasileña.

La Campaña Latinoamericana por el Derecho a la Educación (CLADE) apoya los posicionamientos recientes ya manifestados por la Campaña Nacional por el Derecho a la Educación de Brasil en contra de la PEC 241 y demanda que el Congreso Nacional no apruebe esta propuesta. Además, convoca a toda la comunidad educativa y activistas por el derecho a la educación a que se opongan vehementemente a la PEC 241, con miras a garantizar las conquistas sociales alcanzadas.

Para más informaciones y adhesiones, envíe un mensaje a fabiola@campanaderechoeducacion.org

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Carta de Anita Freire al presidente interino de Brasil, Sr. Michel Temer

(Traducción Kamil Gerónimo)

Excelentísimo Sr. Presidente Interino de Brasil

Prof. Dr. Michel Temer

Asunto: PAULO FREIRE: Wikipedia y SERPRO

En calidad de viuda, estudiosa y sucesora legal de la obra del Educador PAULO FREIRE, quiero, a través de esta carta, establecer un diálogo cordial y franco con su excelencia, aún cuando estamos nosotros dos, en términos ideológicos, en posiciones diferentes. Se trata de un asunto que ha sido divulgado por la prensa nacional, surgido desde el gobierno a través de la red del Servicio Federal de Procesamiento de Datos (SERPRO), una entidad pública, por tanto sobre la responsabilidad del Estado brasileiro; esta alteró el contenido de la biografía de mi marido en la enciclopedia libre Wikipedia, colocándolo como involucrado con un proyecto de educación atrasado y débil de carácter doctrinario marxista y manipulador.

Si no le hubiera conocido en la fiesta de graduación de una de sus hijas, creo que del curso de Psicología de la Pontificia Universidad Católica de São Paulo ocurrida en los jardines del Club Hípico de Santo Amaro en São Paulo, cuando sentados lado a lado en la Mesa Directora oí de su excelencia el enorme respeto y admiración que tenía por la obra y por la persona de Paulo Freire, no tendría la osadía de escribirle.

Como su excelencia sabe, como intelectual y jurista, mi marido jamás practicó ningún acto y nunca escribió ninguna palabra de las que se pudiese, en sana conciencia, otorgarle la marca de doctrinador marxista y hombre de principios filosóficos y educacionales débiles, acusaciones contenidas en la nueva biografía ahora publicada a través de Wikipedia.

Para la construcción de un país verdaderamente democrático es de la más alta importancia, que, órganos del Estado o que prestan servicios a este, como es el SERPRO, no estén compactando interpretaciones con espíritus liberales inescrupulosos, que, intencionalmente profanan la honra de un hombre que dio su vida para que la educación, sobretodo la de Brasil, posibilitara la liberación y la autonomía de los hombres y de las mujeres de nuestro querido país. Nunca bajo la batuta de la intolerancia, del fascismo o del comunismo.

Creo que el actual Ministro de Educación, natural del estado de Pernambuco, Mendonça Filho, como lo fue Paulo Freire, tendría el placer (personalmente considero que el deber) de aclarar e inhibir que falsedades sean dichas de su conterráneo, hombre ético, vertical y honorable, Patrón de la Educación Brasileira. Creo que el referido ministro se posicionará y actuará, positivamente, a favor, en el momento que fuese instigado a eso por su excelencia, contra la manipulación de la máquina del Estado al servicio del empequeñecimiento de uno de los más importantes hombres de esta Nación.

Está claro que Paulo Freire no es unanimidad, nadie lo es. El puede ser leído, analizado y contestado, eso hace parte de la libertad de expresión necesaria y deseable a la construcción de la cultura letrada de alto nivel de cualquier país. Sin embargo, el posicionamiento de quienes lo contradigan debe ser abierto, responsable, en el seno de la sociedad civil- en la calle, en la universidad y en las escuelas, a través de los medios de comunicación, en los sindicatos y foros, etc.- y nunca dentro, exaltado por el hecho tendenciosamente ideológico- no verídico, encubierto por el anonimato, de cualquier órgano de la sociedad política.

Es inconcebible que en una sociedad democrática se divulguen frases cargadas de odio o de prejuicio como: «Paulo Freire y el Asesinato del Conocimiento»- absurda e irónicamente, en el año en que Paulo Freire está siendo considerado en los Estados Unidos de Norteamérica como el tercer intelectual del mundo, de toda la historia de la humanidad, más citado, por tanto más estudiando en las universidades norte-americanas, que, en un principio están en contra del marxismo.

Contando con su comprensión e interferencia para que se restablezca la Justicia y la Verdad.

Cordialmente,

ANA MARIA ARAÚJO FREIRE
São Paulo, 30 de junio de 2016

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Expertos brasileños rechazan la postura de forzar el contacto con tribus aisladas

Survival/08 de julio de 2016
En la Amazonia hay alrededor de un centenar de pueblos indígenas no contactados. Sabemos muy poco sobre ellos, pero muchos han expresado su claro deseo de permanecer aislados.
El departamento de asuntos indígenas de Brasil (FUNAI) ha criticado con dureza a los autores de un polémico editorial publicado en la revista Science que apostaba por forzar el contacto con pueblos indígenas aislados.

En una carta abierta que critica a los controvertidos antropólogos Kim Hill y Robert Walter, expertos en pueblos indígenas aislados de FUNAI recalcan las amenazas a las que estos últimos se enfrentan, como la violencia ejercida por los foráneos que les arrebatan sus tierras y recursos, y las enfermedades como la gripe y el sarampión frente a las que no tienen inmunidad. Asimismo, rechazan lo que Hill y Walker denominan “contacto controlado” por considerarlo “una grave violencia contra el derecho de estos pueblos a determinar sus propios procesos de vida”.

Y añaden: “Queremos expresar aquí nuestro desacuerdo en relación con las interpretaciones expuestas por algunos antropólogos (…) donde se defiende el ‘contacto controlado’ como única estrategia posible para la protección de dichos pueblos (…) En ninguna intervención de contacto hay control absoluto, ni siquiera en aquellos casos donde los equipos disponen de todos los insumos necesarios para llevarlo a cabo de forma eficaz”.

En el editorial Hill y Walker reconocen el devastador impacto que puede tener el primer contacto, pero afirman que el “contacto controlado” es “mejor opción que una política de no contacto” y debería iniciarse después de “concebir un plan bien organizado”.

Agentes de FUNAI en una patrulla, Brasil.

Agentes de FUNAI en una patrulla, Brasil.

© FUNAI

Con su declaración, FUNAI se suma al llamamiento internacional liderado por los pueblos indígenas para que se protejan los derechos territoriales de los pueblos indígenas aislados y tengan la oportunidad de decidir su propio futuro. Varias ONG brasileñas, incluidas CIMI, ISA y CTI, así como Survival International, también están haciendo campaña en este sentido.

En una grabación para el proyecto de Survival Tribal Voice, Olimpio Guajajara, un hombre indígena de la Amazonia oriental de Brasil, rechazaba el contacto forzoso con estas palabras: “Nosotros estamos al tanto de que algunos antropólogos quieren establecer un ‘contacto controlado’ con los indígenas aislados (…) Nosotros no vamos a dejar que esto pase. Porque eso sería otro genocidio dentro de un pueblo (…), de un grupo indígena que no quiere contacto.”

Este año la campaña internacional de Survival para salvar a los últimos kawahivas, un pueblo indígena no contactado del estado de Mato Grosso, consiguió asegurar un territorio protegido para la tribu. Ahora los activistas esperan que la declaración de FUNAI mantenga la presión sobre el Gobierno interino de Brasil para que proteja de forma eficaz a los pueblos indígenas aislados.

Por su parte, el director de Survival International, Stephen Corry, declaró: “Asegurar que las misiones para contactar forzosamente a pueblos indígenas aislados, aún habiendo sido ‘bien planificadas’, pueden salvar vidas es ingenuo y choca plenamente con lo que la historia nos ha demostrado: por toda América del Sur los primeros contactos casi siempre han conllevado muerte, enfermedad o la destrucción de la tribu afectada. ¿Por qué iba a ser diferente en el futuro? La respuesta corta es que no lo será. Seamos claros: el contacto forzoso es probable que sea una sentencia de muerte para los pueblos indígenas aislados. Estos se enfrentan a una catástrofe a menos que su tierra sea protegida y estamos haciendo todo lo que podemos para garantizar sus territorios”.

Tomado de: http://www.survival.es/noticias/11351

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Brasil: Comunidad guaraní expulsada a la fuerza y sus hogares destruidos

Survival/08 de julio de 2016

 

Un vídeo que muestra la destrucción de los hogares de una comunidad guaraní provoca indignación en Brasil. Las familias afectadas quedan abocadas a sobrevivir al lado de una importante carretera.

Casi un centenar de agentes de policía muy armados expulsaron a la comunidad guaraní de Apy Ka’y, cuyas tierras ancestrales han sido destruidas para dar paso a la agricultura a escala industrial.

 

La lideresa guaraní Damiana Cavanha tras la expulsión de Apy Ka'y.

La lideresa guaraní Damiana Cavanha tras la expulsión de Apy Ka’y.

Esta comunidad guaraní ya se vio forzada a vivir al lado de una carretera durante diez años, tiempo en el que ocho personas murieron atropelladas y otras fallecieron intoxicadas por pesticidas.

En 2013 la comunidad reocupó una pequeña parcela de su tierra ancestral. Ahora han sido expulsados de nuevo después de que un juez concediera a un terrateniente una orden de desalojo, a pesar de las reclamaciones recibidas por parte de los propios guaraníes, de sus aliados en Brasil y de miles de simpatizantes de Survival de todo el mundo.

Ahora los guaraníes de Apy Ka’y han tenido que regresar a los márgenes de la carretera.

Este otro vídeo muestra a policías armados supervisando la expulsión de las nueve familias guaraní-kaiowás. La lideresa indígena Damiana Cavanha aparece denunciando la expulsión, e insiste en el derecho de su pueblo a defender sus vidas, proteger sus tierras y decidir su propio futuro.

En el vídeo Damiana declara: “No aceptamos esto. Me quedaré aquí, es mi derecho. Nosotros también tenemos derechos. No son solo los blancos quienes tienen derechos. Nosotros los indígenas guaraní-kaiowás también tenemos derechos. Muchos de nosotros han muerto (…) los pistoleros los han matado (…) Déjennos quedarnos aquí. Tenemos nuestra tekoha [tierra ancestral], y regresaré a mi tekoha”.

El pasado mes de junio, los pistoleros de los terratenientes atacaron otra comunidad guaraní en Tey’i Jusu. Un hombre fue asesinado y varios otros, incluido un niño de 12 años, resultaron gravemente heridos.

Buena parte de la tierra de los guaraníes les ha sido arrebatada. La agroindustria brasileña lleva décadas intentado mantener alejados a los pueblos indígenas de sus territorios. Los someten a una violencia genocida, a la esclavitud y al racismo para poder arrebatarles sus tierras, recursos y mano de obra en nombre del “progreso” y de la “civilización”.

La situación que afrontan los guaraníes es una de las crisis humanitarias más urgentes y trágicas de nuestro tiempo. En abril de 2016 Survival International lanzó su campaña Stop al genocidio en Brasil para llamar la atención mundial sobre esta crisis en las fechas previas a los Juegos Olímpicos de Río 2016.

Stephen Corry, el director de Survival International, declaró: “Esta es una pésima noticia, y por desgracia demasiado habitual en la devastadora situación que afrontan los guaraníes en Brasil. No podemos quedarnos de brazos cruzados y ver la destrucción de todo un pueblo. Si no se respeta y se cumple el derecho legal de los guaraníes a vivir en su tierra, serán destruidos”.

Tomado de: http://www.survival.es/noticias/11357

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Brasil: Encuentro del Movimiento Pedagógico Latinoamericano debate “Educación Pública, Democracia y Resistencias”

Brasil/08 julio 2016/Fuente: Internacional de la Educación

El jueves 7 de Julio de 2016 inició en Belo Horizonte, Minas Gerais (Brasil) un encuentro del Movimiento Pedagógico Latinoamericano. La actividad contó con la participación de 500 afiliados al Sind-UTE/MG.

Sind-UTE/MG es sindicato base de la Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, CNTE que a su vez es afiliada a la Internacional de la Educación para América Latina.

Durante la apertura del encuentro, las intervenciones se orientaron a presentar los desafíos que plantea la actual coyuntura social y política que vive Brasil, las cuales demandan unidad y estrategias por parte de todos los movimientos sociales para enfrentar el golpe que amenaza los derechos de los trabajadores de la educación.

La apertura fue conducida por Beatriz Cerqueira, Presidenta del Sind-UTE, quien expresó sus buenos deseos a las personas presentes y agradeció el apoyo de la CNTE y de la Internacional de la Educación para América Latina en la realización del encuentro, al cual ella calificó de “marco de lucha por la democracia y la defensa de la educación pública en Minas Gerais, en Brasil y en América Latina”.

Roberto Franklin de Leão, presidente de la CNTE y Vicepresidente Mundial de la Internacional de la Educación, realizó su saludo recordando que el encuentro es un momento para una reflexión profunda, fundamental en este momento en que la ofensiva neoliberal avanza e intenta destruir las políticas de inclusión que estaban siendo creadas en el país por medio de un proyecto político autónomo y libertador. “Saldremos de aquí más fuertes, más unidos y también más determinados para continuar nuestra lucha por una educación emancipadora para toda América Latina”, concluyó.

“Estamos escribiendo la historia, y vamos a contarle a las próximas generaciones que luchamos contra un golpe que intento robar derechos conquistados con mucho esfuerzo. En un pasado, no muy distante, solo los poderosos hacían sus registros, pero ahora nosotros y nosotras dejaremos nuestra marca en la historia, como personas que luchan colectivamente y logran conquistas para todos y todas, no solo para una minoría burguesa”, evaluó Fátima Silva, Secretaria de Relaciones Internacionales de la CNTE y Vicepresidenta del Comité Regional de la Internacional de la Educación para América Latina.

Los desafíos para la defensa de la democracia y los derechos sociales fueron el tema central de la palestra de Nilma Lino, exministra de las Mujeres, de Igualdad Racial y de los Derechos Humanos, en el Gobierno de la Presidenta Dilma Rousseff. Además de ser educadora, su experiencia en una carpeta de Gobierno trae elementos importantes para la construcción de estrategias contra la onda conservadora y neoliberal en el continente. “Nuestro desafío es continuar construyendo prácticas políticas y pedagógicas mediadas por el conocimiento”, dijo.

Lino recuerda que, históricamente la lucha de la enseñanza siempre ha estado marcada por la resistencia e hizo mención al papel protagonista de los estudiantes en los periodos recientes. Dijo que cuando se han utilizado consignas como «la escuela es nuestra», no es por un movimiento armado con sentimiento privatista, sino por una conciencia nacida dentro de los movimientos sociales de que el derecho a la educación es legítimo y debe ser defendido por todos. Terminó su contribución hablando del intento de la derecha de ejecutar el proyecto de Escuela sin Partido (PL 867/2015). «Las aguas turbias de despolitización no pueden ser las aguas turbias de la desesperanza. No podemos y no vamos a renunciar a los logros de todo lo que hemos conquistado», finalizó.

En el encuentro participaron invitados de otras organizaciones afiliadas a la Internacional de la Educación para América Latina correspondientes a Honduras: Elías Muñoz Varela Presidente del Colegio Profesional Superación Magisterial Hondureño (COLPROSUMAH),  Paraguay: Juan Gabriel Espinola, Secretario General de Organización de Trabajadores de la Educación de Paraguay (OTEP – Auténtica) y Argentina: Miguel Duhalde, Secretario de Asuntos Pedagógicos de la Conferación de Trabajadores de la Educación de la República Argentina (CTERA).

Dichos invitados internacionales aportaron experiencias relacionadas a los procesos de lucha en defensa de la educación pública en sus respectivos países.

El Comité Regional de la Internacional de la Educación para América Latina propicia y apoya estos espacios de encuentro en el marco del Movimiento Pedagógico Latinoamericano que busca una educación pública como derecho, de calidad, socialmente referenciada y pensada desde las aulas en conjunto por docentes, estudiantes y la comunidad.

Fuente: http://www.ei-ie-al.org/index.php/1285-brasil-encuentro-del-movimiento-pedagogico-latinoamericano-debate-educacion-publica-democracia-y-resistencias

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