América del Sur/Brasil/Agosto del 2o17/Noticias/https://juntos.org.br/
No início do ano de 2017, às vésperas da posse de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, o movimento Black Lives Matter lançou uma campanha chamada “Mark Yourself Unsafe for Being Black in America” (Marque-se como inseguro por ser negro na América). A campanha foi uma resposta direta a Trump e a agenda conservadora e reacionária que defendeu em sua campanha, apoiada descaradamente por grupos como o Ku Klux Klan.
O KKK e outros grupos neonazistas foram responsáveis pela violência desenfreada que tomou as ruas da cidade de Charlottesville, no estado de Virginia, sul dos Estados Unidos, e que assassinou Heather Heyer e feriu outras dezenas de pessoas, vítimas de um atropelamento causado por um participante do ato intitulado “Unir a Direita”. O fim de semana foi marcado pelas manifestações de ódio por parte dos supremacistas, que foram respondidas pelo movimento negro, como o BLM e grupos como o DSA e o IWW.
Os atos de ontem são reflexo de uma das ideias que sustentam e sustentaram as políticas de exploração, exclusão, violência, segregação, genocídio e encarceramento do povo negro nos Estados Unidos, e que hoje atinge também comunidades latinas e muçulmanas, por exemplo: a supremacia branca. Não é de hoje, e não é pontual.
O ódio racial não é um subproduto da sociedade americana, é a base. Nós não podemos nos eximir da solidariedade ao povo negro e a todas as comunidades atingidas direta ou indiretamente pelo ódio neonazista e pelas expressões supremacistas da extrema direita, como os latinos, muçulmanos e LGBTs. Estamos lado a lado da luta contra o nazi-fascismo e o racismo. Não aceitaremos as correntes que querem nos colocar.
Se Donald Trump tem um lado, o do conservadorismo e do ódio, nós temos outro: o da luta por liberdade e direitos. Se é verdade que os EUA nunca foram, de fato, um lugar seguro para a negritude, é verdade também que não há segurança qualquer para o projeto dos que querem minar os direitos das mulheres, da negritude, da população LGBT, dos imigrantes e das trabalhadoras e trabalhadores. A nossa palavra de ordem deve ser resistir.
Reafirmamos nossa solidariedade à luta antiracista e antifacista nos EUA e apontamos nossos caminhos rumo a luta contra a extrema direita, o nazismo e o racismo. Se eles querem “unir a direita”, nós vamos nos unir em torno de um projeto emancipador, que tenha a negritude na linha de frente e, como apontamos no nosso Acampamento Internacional das Juventudes, em abril, construir um mundo sem fronteiras.
Eles não tem para onde fugir, porque nós vamos derrotá-los. A força dos que tem, diariamente, lutado contra a violência policial e contra o encarceramento, e das que começaram o ano na Marcha de Mulheres em Washington dizendo que era o fim para os supremacistas brancos é a força que vai botar abaixo o ódio, os nazistas e os racistas.
Fuente:https://juntos.org.br/2017/08/por-um-mundo-sem-fronteiras-sem-nazismo-e-sem-racismo-a-luta-por-liberdade-vai-vencer-o-odio/
Imagen: https://lh3.googleusercontent.com/OVU1e34dxN-r5sk9Sbn-eR8W1pjDRY97AqiwEDAAQ1m76MPKypNklE2dw3B3NEn1iZl6=s85