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Entrevista a Michio Kaku: «Los niños nacen siendo científicos pero son aplastados por la sociedad y la educación» (VIDEO)

03 Julio 2016/Fuente y Autor: Redesib

En esta entrevista el físico teórico Michio Kaku, es enfrentado al problema de la falta de interés de los niños por la ciencia y las matemáticas, problema al que responde recordando una pregunta que su hija le hizo hace algunos años, la cual lo hizo cuestionar el objetivo de la educación contemporánea..

Según Kaku, todos los niños nacen siendo científicos en potencia, hasta que la sociedad y la educación formal aplastan su curiosidad.

 

 

Fuente de la entrevista:http://redesib.formacionib.org/blog/michio-kaku-los-ninos-nacen-siendo-cientificos-pero-son-aplastado

Fuente de la imagen:https://bookpeopleblog.files.wordpress.com/2015/02/michio-kaku-civilization.jpg?w=812&h=457

Fuente del video: https://youtu.be/LelNYqVEOZQ

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Entrevista a Beatriz Rey: «É preciso colaboração, e não competição, para garantir o direito à aprendizagem»

03 Julio 2016/Fuente y Autor: Gestaoescolar

Pesquisadora brasileira explica como as avaliações têm sido utilizadas nos EUA e critica falta de debate sobre o tema no Brasil

Os Estados Unidos vivem hoje um intenso debate sobre o impacto das avaliações externas na política educacional do país. Exemplo disso foi o lançamento, em junho deste ano, da Education Declaration to Rebuild America Declaração sobre a Educação para Reconstruir os EUA, assinada por educadores, pais, ativistas e representantes de governo e do meio acadêmico, como Theda Skocpol, da Universidade Harvard; Linda Darling-Hammond, da Universidade Stanford; Diane Ravitch, da Universidade de Nova York; Robert B. Reich, da Universidade da Califórnia em Berkeley e ex-secretário do Trabalho no governo de Bill Clinton, entre outros. 

Segundo o documento, traduzido pela Campanha Nacional pelo Direito à Educação: «Educadores estão sendo tolhidos de sua dignidade e autonomia, o que leva muitos a abandonar a profissão. Escolas estão sendo fechadas por motivos arbitrários. A voz dos pais e representantes da comunidade está sendo calada no debate educacional. E o que é mais importante: o direito à Educação e ao aprendizado está sistematicamente sendo negado às crianças». 

Para comentar o assunto, GESTÃO ESCOLAR entrevistou, por e-mail, Beatriz Rey, mestranda em Ciência Política na Universidade da Carolina do Norte, em Chapel Hill. Nos Estados Unidos há um ano, ela investiga as consequências dos usos dos testes de alto impacto e já entrevistou diversos alunos, pais, professores, líderes comunitários e pesquisadores americanos sobre o tema. Durante a entrevista, a brasileira comentou as principais críticas ao atual sistema de avaliação americano e comenta a falta de debate no Brasil. 

A realização de avaliações externas cresceu nos EUA?
BEATRIZ REY Desde a instituição da lei No Child Left Behind (NCLB) – Nenhuma Criança Para Trás – em 2002, pelo governo de George W. Bush, as avaliações externas têm sido cada vez mais frequentes no país. À época, o texto estabeleceu que todos os estados deveriam ter 100% de seus alunos proficientes até o ano acadêmico 2013-2014. Para isso, exigiu que cada estado desenvolvesse o próprio teste padronizado. No entanto, muitos não conseguiram alcançar a meta de aprendizagem e ganharam uma espécie de «dispensa» do governo atual em relação à exigência. Em 2009, o lançamento de outro programa, o Race To The Top (RTTT) – Corrida para o Topo -, impulsionou ainda mais a realização de avaliações. A iniciativa estimula a competição entre estados e/ou distritos e um dos incentivos do governo é a adoção de metas e testes padronizados. 

Como esses exames têm sido utilizados?
BEATRIZ Eles são a peça-chave do chamado sistema de responsabilização norteamericano. Os resultados são utilizados para responsabilizar as escolas e/ou a equipe escolar. O RTTT prevê prêmios para quem apresenta bons resultados. A NCLB prevê punições cada estado ou distrito tem autonomia para propor uma reestruturação da gestão escolar, chamado turnaround. Em Chicago, onde acabei de realizar uma pesquisa sobre o tema, o turnaround pode ser realizado por uma empresa que presta consultoria e já foi conduzido pela Secretaria de Educação. O coro contra os testes de alto impacto é grande nos Estados Unidos: pais, professores, alunos, líderes comunitários, religiosos têm criticado amplamente o mau uso das avaliações padronizadas. 

O que são os testes de alto impacto?
BEATRIZ São aqueles cujos resultados nas avaliações padronizadas em larga escala são utilizados para tomar decisões políticas importantes, como a bonificação e a demissão de professores e de gestores e até o fechamento da escola. O que observamos aqui é que essa política tem incentivado a cola; a discriminação nas escolas, como nos casos em que os estudantes com dificuldades de aprendizagem são obrigados a fazer a mesma prova diversas vezes até que cheguem ao resultado correto; e a criação de estigmas em relação aos alunos, pois às vezes eles próprios se consideram «incapazes» por não se saírem bem nos testes. 

Quais discussões antecederam a Education Declaration to Rebuild America, publicada em junho deste ano? 
BEATRIZ O pontapé inicial desse debate sobre responsabilização nos Estados Unidos ocorreu com o lançamento do livro Vida e Morte do Grande Sistema Escolar Americano Como os Testes Padronizados e o Modelo de Mercado Ameaçam a Educação (Ed. Sulina, 318 págs., 50 reais, tel.: (51) 3311-4082) da Diane Ravitch, historiadora que apoiava o modelo e voltou atrás ao perceber que ele não funciona na prática. Ela descreve a maneira como as consequências punitivas realizadas com base nos resultados dos testes têm incentivado práticas para burlar o sistema. Um dos casos mais debatidos aqui é o de Atlanta, em 2009, no qual uma investigação concluiu que 44 de 56 escolas da rede colaram em um teste padronizado e 178 diretores e professores foram acusados de corrigir as respostas erradas dos alunos. 

Quais as principais críticas feitas pelos signatários no documento?
BEATRIZ O documento é contra políticas impostas de cima para baixo, testes de alto impacto punitivos e a ênfase excessiva no desempenho acadêmico dos alunos acompanhada da pouca atenção ao processo educacional em si. Uma das críticas principais é o fato de o modelo atual negligenciar a desigualdade de oportunidades em relação à classe social e à raça. Os signatários também reclamam do fechamento das escolas, processo acentuado no pós-crise financeira de 2008. Chicago acaba de registrar o fechamento de 50 escolas públicas, o maior da história do país. Os ânimos no meio educacional norteamericano estão acirrados. 

É possível outro modelo de avaliação?
BEATRIZ Sim. A Finlândia, por exemplo, faz avaliações esporádicas e diagnósticas, que não são atreladas a nenhuma consequência punitiva, mas apontam os desafios a ser superados. Por que precisamos de avaliações que responsabilizam, punem ou que estigmatizam escolas, alunos e professores? Obviamente, é necessário verificar se o direito ao aprendizado está sendo garantido, mas isso não significa que devemos usar os resultados das provas para atribuir a culpa à equipe escolar e aos alunos, principalmente quando não se consideram variáveis extraescolares que influenciam na aprendizagem. Além disso, a cultura dos testes punitivos introduz competição na sala de aula. É preciso colaboração, e não competição, para garantir o direito à aprendizagem. O debate está chegando ao Brasil, mas de maneira muito fraca. 

Por que esse debate ainda não ocorre no Brasil?
BEATRIZ A produção acadêmica no país sobre o tema ainda está restrita ao campo da psicologia e da psicometria, chegando pouco ao meio educacional. Outro problema é que o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) não realizou nenhum estudo sobre a validade e confiabilidade das nossas avaliações se esses estudos já foram feitos, não foram divulgados, e o pior é que não há cobrança por transparência nessas provas. Os pesquisadores nos Estados Unidos se organizam para cobrar o poder público. Um exemplo disso é um grupo de pesquisadores em Chicago que se organizou e criou um site no qual, periodicamente, são publicadas análises feitas por eles com evidências variadas sobre as políticas públicas implementadas na cidade inclusive sobre a política de testes. Esse tipo de mobilização também precisa acontecer no Brasil. Hoje temos o Movimento Contra o Uso de Testes de Alto Impacto na Educação, mas ainda com pouca visibilidade

Fuente de la entrevista: http://gestaoescolar.org.br/aprendizagem/beatriz-rey-preciso-colaboracao-nao-competicao-garantir-direito-aprendizagem-773149.shtml

Fuente de la imagen:  http://msalx.revistaescola.abril.com.br/2014/02/12/1424/Oi0ef/ge-28-gestao-escolar-beatriz-rey.jpeg

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Entrevista a Rodrigo Cornejo sobre ley de desmunicipalización en Chile

AméricadelSur/Chile/Por Periódico Resumen

Este jueves 23 estudiantes secundarios del Cordón Rodrigo Cisterna realizaron un foro conmemorando los 10 años de la revolución pingüina.

En la oportunidad, expusieron un ex dirigente estudiantil secundario del 2006 y el miembro del Observatorio de Políticas Educativas de la Universidad de Chile OPECH Rodrigo Cornejo, quien hizo un análisis crítico respecto del proyecto de desmunicipalización presentado por el gobierno.

Fuente: 

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¿Por qué la ciencia se iba a salvar de la crisis sistémica de valores y de la económica?

Pais Vasco/02 Julio 2016/Autor: Salvador Lopez Arnal/Fuente: Rebelion

Entrevista a Alfredo Caro Maldonado sobre prácticas científicas y corrupción (II)

Alfredo Caro-Maldonado (@moncadista en Twitter) es un investigador postdoctoral Marie Curie que trabaja en el País Vasco en biología del cáncer.

-Nos habíamos quedado en este punto. ¿Cómo se llegan a descubrir estas malas prácticas de algunos científicos a las que hacíamos referencia? ¿Quiénes las descubren, quiénes realizan esta tarea?

-Por suerte hay páginas como “forbetterscience”, retractionswatch, PubPeer y otras que recogen las alertas de los lectores de los artículos y ponen a los autores, las revistas, las instituciones etc sobre aviso. Básicamente la comunidad científica es la que está en alerta y tiene esas herramientas.

-Insisto en un punto. Las revistas donde los grandes científicos, algunos de ellos cuanto menos, publican sus papers (Nature, Science, por ejemplo dos ejemplos muy conocidos), ¿no deberían controlar los artículos publicados? ¿No lo hacen? ¿Y los revisores? ¿Están también confabulados?

-Un investigador experimentado necesita unas cuantas horas para revisar el borrador de un artículo, dependiendo de su complejidad. Ese trabajo, voluntario, no reconocido curricularmente y no pagado, se lo llevan los investigadores a casa. Y lo hacen mientras juegan con los hijos, ven la tele, etc. Puede parecer broma, pero es una tarea que penaliza al investigador que la hace, cuanto más tiempo le dedicas a eso menos a lo tuyo, y menos posibilidades de financiación tendrás el año que viene.

Pero parece absurdo esto que dices, rompe en mil pedazos cualquier imagen idílica de la ciencia, de sus prácticas y de sus desarrollos.

A lo mejor es que nadie pregunta a los investigadores jóvenes sobre su situación personal y laboral. La situación de la ciencia en el mundo está lejos de ser buena, no digamos idílica. ¿Por qué la Ciencia se iba a salvar de la crisis sistémica de valores y económica?

-¿Cómo actúan las comunidades científicas cuando se descubre un caso así? ¿Se cierran todas las puertas? ¿Qué pasa en estos casos?

-Pues como dice la noticia, depende. Si hay conflicto de intereses como en el caso de la Universidad de Texas, se intenta esconder para no perder la inversión. En general lo que veo es que es un tema tabú y cuando se habla se hace lo mismo que en el PP: son manzanas podridas, que actúe la justicia, no sabía nada, seamos prudentes que nos salpica….

-Las instituciones de investigación de los diferentes países, ¿cumplen su tarea adecuadamente?

-¿Y cuál es su tarea? Es que la ciudadanía piensa que la tarea de las instituciones científicas es mejorar la calidad de vida de las personas a través del conocimiento científico, cuando en realidad son entes de producción sujetos a la cadena imperialista. Y ya, si eso, las consecuencias del conocimiento producido podrán revertir en la sociedad. Pero lo importante es que las instituciones (universidades incluidas) se comportan como empresas. A nosotros nuestro director nos dice todos los años cuál es nuestro objetivo único y principal: publicar más y “mejor” (sustituye mejor por más valor). El resto, como una mano invisible, vendrá solo. Es una perversión absoluta de la Ciencia.

Exacto, perversión absoluta. ¿Todas las instituciones universitarias, públicas no excluidas, se comportan como empresas? Insisto de nuevo: ¿y por qué lo permitimos?

Claro, viene del informe Bricall contra el que muchos luchamos, o antes. Lo permitimos por lo mismo que permitimos que la educación de idiomas sea privada, o que ir al dentista sea un privilegio y no un derecho. Tenemos al liberalismo hasta en la médula.

-Este mecanismo, esta especie de ley (impuesta) universal del comportamiento humano, este alocado mantra de competitividad, competitividad y más competitividad, ¿no tiene efectos más que perversos también en ciencia?

-Sí, sobre la ciencia y sobre los resultados aplicados en la sociedad. Pues como comentaba, el científico tendría que tener como único objetivo la búsqueda de la verdad y el conocimiento. Para ello hacen falta recursos, tiempo y tranquilidad. Las publicaciones deberían ser la forma en la que nos comunicamos con la comunidad, no un fin en sí mismo. La competitividad y la ciencia son totalmente antagónicas. La competitividad le pone la minúscula a la palabra Ciencia. Muchos colegas no estarán de acuerdo conmigo aquí.

-De todos modos se podría argüir: la ciencia, como tal, sigue estando bien situada, éticamente hablando. Son los propios científicos quienes han descubierto estas falsedades y a esos farsantes. No de todas las prácticas humanas se puede decir lo mismo, que nunca rectifican. ¿Te parece un buen razonamiento o es hybris de la ciencia y los científicos que se quieren considerar intocables?

-Pienso que el sistema está en grave peligro pero que todavía no está muerto. A pesar de las tentaciones, un investigador no se hace rico por mucho que mienta a diferencia de un empresario del Ibex 35 o un periodista. Y sí, la mayoría de mis colegas son íntegros. Todos los supervisores que he tenido lo hacen por verdadera vocación y podrían estar trabajando en otra cosa donde ganaran mucho más.

Otra cosa es que no nos dejen hacer buena ciencia y nos presionen para hacerlo mal, como poco.

“No nos dejen hacer buena ciencia”. ¿Quiénes? ¿Los jefes, el sistema, el capital, los caraduras,…?

El sistema. ¿Por qué no puedo tener yo un trabajo estable que me permita tener tiempo y tranquilidad para estudiar el papel de las estatinas en cáncer? Tengo entre manos algo interesante que tendré que cerrar antes de tiempo para poder publicar y así seguir con la carrera de relevos.

-¡Una barbaridad desde luego! Por cierto, ¿Y qué sería buena ciencia para ti?

-Aquella que únicamente persigue el conocimiento, la búsqueda de la verdad, y que mejoraría la vida de este planeta. En la que serían los investigadores los que evaluarían la valía de otros científicos.

-Voy finalizando. ¿No son situaciones o prácticas muy infrecuentes? ¿En qué campos, en qué ámbitos de investigación suelen darse con más frecuencia? Yo no recuerdo ningún matemático ni ningún lógico que haya engañado en sus demostraciones conscientemente.

-Un matemático con un sueldo fijo no tiene por qué mentir, no tiene ningún aliciente, al contrario. Sin embargo, en mi centro de investigación se echa a los investigadores si no siguen la línea, o si no son “productivos”. De nuevo, hacer las cosas bien se penaliza, en este caso con el destierro. Conozco casos de investigadores experimentados y buenos en situaciones familiares y económicas desesperantes. La mayoría abandona.

El matemático, o el físico teórico, tiene que demostrar mediante la razón. Nosotros mediante el resultado, es más empírico, y por tanto fácilmente manipulable (conscientemente o no).

-¿Qué debería hacerse, en tu opinión, para corregir o, mejor, para evitar este tipo de prácticas? ¿Son inevitables y sólo podemos estar alertas?

-No dejar que los jóvenes investigadores vean el telediario y estén tentados de copiar a los políticos.

Y a grandes y a veces medianos empresarios…

Bromas a parte: lo principal es reducir la precariedad, aumentar los recursos destinados a personal, cambiar el método de evaluación a otro más continuo, reconocer la actividad como revisor en esas evaluaciones, ética, que no se premie al mentiroso.

Lo más importante es no considerar la investigación científica como una mercancía más. Pero eso será en otro sistema político/económico.

¿Qué sistema es ese? ¿El socialismo? ¿NO pasaba igual, no pasa lo mismo en países que se siguen diciendo socialistas?

Llámalo como quieras. Un sistema que ponga a las personas por delante de las mercancías.

No tengo criterio para evaluar lo que pasaba en la URSS. China es una economía de mercado. Y Cuba, que fue referente mundial en investigación inmunológica (vacunas), se centra mucho en el desarrollo tecnológico. Pero qué les podemos pedir, pobrecillos.

-¿Qué papel puede jugar la ciudadanía en todos estos asuntos?

-Se está malversando dinero público y se está creando la sensación de que se están generando avances en la cura de enfermedades importantes, cuando no es cierto (o no del todo).

Es necesario que la ciudadanía se preocupe más por lo que se hace con sus impuestos, incluida la investigación.

¿No se está generando avances en enfermedades como el cáncer por ejemplo? ¿Estás diciendo eso?

Sí, menos de lo que se cree, pero sí. Aunque creo que con los mismos recursos y menos malversación por parte de la industria de la investigación, no solo las farmacéuticas, se avanzaría más y mejor.

-La última, a pesar de que me quedan mil en el tintero. Estas prácticas, ¿pueden ocasionar males en nuestras sociedades, más allá del mal en sí, por engaño, por manipulación, que representan?

-Claro, dan alas a todos aquellos charlatanes que reniegan de la Ciencia y su método, y contaminan las conciencias con creencias y supersticiones muy peligrosas.

-¿Quieres añadir algo más?

-Quiero insistir en que la mayoría de los investigadores son íntegros, sino el sistema colapsaría. Pero que el grado de manipulación es muy amplio y en muchos casos inconsciente. Y que el sistema penaliza el buen hacer.

Luego por tanto…

Necesitamos un movimiento de científicos progresistas que plante cara a todo esto. Hace poco que formo parte de un grupito de gente que se llama Ciencia para el pueblo [i] y hablamos de estas cosas.

Nota

[i] https://cienciaparaelpueblo.wordpress.com/

Fuente: http://www.rebelion.org/noticia.php?id=214002&titular=%22%BFpor-qu%E9-la-ciencia-se-iba-a-salvar-de-la-crisis-sist%E9mica-de-valores-y-

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Entrevista con Massimo Modonesi, profesor universitario y director de la revista MEMORIA Batalla de las ideas en el México neoliberal

02 Julio 2016/Autor: Aldo Fernan Hernandez Solis/Fuente: Analectica

Massimo Modonesi es un intelectual comprometido con las luchas anticapitalistas. Historiador, sociólogo y latinoamericanista, se especializa en el estudio de movimientos socio-políticos en América Latina y en conceptos y debates marxistas. Profesor de la FCPyS de la UNAM, director de la revista OSAL (2010-2015) y actualmente director de la revista MEMORIA. Entre sus libros se encuentran “Subalternidad, antagonismo, autonomía. Marxismos y subjetivación política” y “La crisis histórica de la izquierda socialista mexicana”. En esta entrevista platicamos en torno al campo intelectual y la batalla de las ideas en el México neoliberal.

Profesor vivimos tiempos de cambios y de crisis. ¿Qué encontramos en la batalla de las ideas?

Me voy a referir solo a una rama, a un aspecto, del mundo de las ideas que es infinito. Las ideas que más trabajo yo, o me parecen más importantes, son las que tienen que ver con el cambio, con el conflicto y la lucha. Temas que están en disputa y es importante que estén en el campo de batalla de las ideas. Desde hace tiempo todo un sector de la sociedad, intereses consolidados, clases dominantes, insisten y sostienen que el conflicto no cabe en la sociedad democrática, liberal y capitalista; que los que encabezan expresiones de lucha son perturbadores del orden. Creo que lo que se está disputando, y se logra de cierta manera defender, aunque no sé si se logra ir más allá de la defensa, es que en sociedades como las nuestras, injustas, donde hay explotación y una profunda fractura social, en estas sociedades cabe y es consustancial el conflicto social y la lucha social.

En el terreno de las ideas lo que hay que tratar de defender es la idea de que vale la pena organizarse, vale la pena luchar. Si habrá luz al final del túnel, si existe alternativa, será por medio de la organización y la lucha, y no por la creación de simples canales y mecanismos institucionales, menos aún pasa por mantener o simplemente reformar lo existente, ni por los mecanismos de las elites de reproducción del orden.

Ahí hay una enfrentamiento de ideas, porque no es evidente que este planteamiento sea aceptado o simplemente considerado legítimo, muchas veces se recurre a la lógica de la criminalización, se dice que las luchas son violentas, que perturban lo social, que afectan la libre circulación de las personas, sin pensar en la libre circulación de las ideas. Existen una serie de cuestionamientos que sí son fuertes y calan hondo en una población despolitizada, sometida a medios de comunicación manipuladores y con una educación que cada vez es menos progresista.

Refiriéndonos a México. ¿Considera que las ideas de antagonismo social y de emancipación han resurgido haciendo frente a la hegemonía neoliberal?

En México, por suerte, nunca desaparecieron el conflicto y la lucha, tuvimos picos de visibilidad y de politicidad que de repente nos lograron reposicionar bajo la forma de resistencias y contra-poderes. Tuvimos la insurrección cívica de 1988, el zapatismo en 1994, la lucha contra el fraude en el 2006, después el 2012 y el movimiento #yo soy 132 y en el 2014 el movimiento que desencadenó los terribles hechos de Ayotzinapa. No creo que haya existido un ciclo dónde haya desaparecido del todo la idea de conflicto y de lucha en México. En México no tuvimos, en tiempos recientes, largas temporadas de prolongada y extensa lucha pero, a diferencia de otros países donde hubo décadas más desmovilizantes y despolitizantes, siempre tuvimos episodios que de alguna manera vuelven a refrescar el clima de las luchas democráticas, populares y por la justicia social.

Los intelectuales, de acuerdo con Antonio Gramsci, son orgánicos a una clase social. En la batalla de las ideas de la actualidad, ¿cómo observar en las ideas el enfrentamiento clasista, el eje de clase, que hoy no parece claro?

La cuestión clasista es el trasfondo social de posicionamientos que pueden volverse ideológicos. En la lucha de las ideas se ven los marcos ideológicos que remiten a trasfondos sociales clasistas, que a veces no son evidentes o conscientes, sino escurridizos. El tema de lo clasista es un eje central en el campo de batalla de las ideas, cómo reconstruir perímetros clasistas de acción política, cómo reconocer las dimensiones clasistas más allá de que se ha diluido la conciencia de clases, salvo en las clases dominantes. Ellas, las clases dominantes, tienen una consciencia de clase muy clara, en los sectores populares es donde se pierde muchas veces esta consciencia.

El campo de disputa ideológico como un territorio clasista es algo evidente, sin embargo, la existencia de consciencia de clase que permita activación política de las clases subalternas es todo un tema, es un desafío con el que hemos estado lidiando desde siempre, pero en particular en los últimos treinta años. Los intelectuales juegan un papel fundamental, pero los intelectuales en el sentido gramsciano, no sólo los grandes intelectuales, que escriben libros, sino la intelectualidad de masas que se genera en procesos educativos de formación política, pero también se forma en el calor político, en la lucha y en los marcos de organización.

Yo valoro, a pesar de que no comparto las posiciones de ciertas formaciones políticas, las dinámicas de politización que se producen a escala masiva, me refiero en este caso a MORENA porque a pesar de que no tienen un discurso claramente clasista, operan ciertas dinámicas de activación política, que crean cierta conciencia clasista –aún sea mediada y distorsionada en clave nacional popular- que eventualmente puede pasar cualitativamente a una conciencia política distinta, más prístina, más acorde con sus intereses, yo diría anticapitalista.

Profesor usted ha sido protagonista de un debate muy reciente latinoamericano en torno a los intelectuales y su relación con los gobiernos progresista, a partir de la imagen de intelectuales orgánicos y transgénicos. Cuéntenos de él.

Lo de transgénicos es una expresión irónica para decir que hay un intelectual orgánico que va mutando y va perdiendo sus rasgos principales. No es un debate nuevo, pero se va renovando cada vez que hay momentos de tensión en el campo de la izquierda. La cuestión, como yo la veo, es como ser comprometido con ciertas causas sin dejar de ser crítico. ¿Cuál es el lugar de la crítica, la autocrítica al interior de las experiencias de resistencia y de lucha? Yo ahí defiendo una posición, polémica, sostengo que hace mucho daño una intelectualidad acrítica que acompaña e incluso pretenden dirigir, acomodando la verdad a su antojo, construyendo mitos y relatos homogéneos de que todo funciona correctamente, de que hay que defender ciertas causas sin cuestionar sus contradicciones internas. Creo que este tipo de relación intelectuales-gobiernos/movimientos progresistas es muy dañina. Es una deriva del intelectual orgánico, su perversión en intelectual transgénico.

En el fondo no se está haciendo lo que Gramsci sugería que se hiciera, y no porque lo dijo él sino porque tenía razón en sugerirlo, decía “la verdad es revolucionaria”, y también decía “no hay que ocultarle nada a la clase obrera”. Como intelectuales hay que estar consciente de las contradicciones y los límites, y de lo que se hace bien y de lo que se hace mal. Esa dinámica, que a veces era un ritual, de la autocrítica en los partidos comunistas es muy importante recuperarla, se decía esto está mal, nos equivocamos, hay que cambiar de línea.

Ver todas estas contradicciones es parte del pensamiento dialéctico. Lo que se pierde en una adhesión acrítica a movimientos es la dialéctica, una herramienta fundamental del conocimiento. La crítica y la dialéctica nada más y nada menos. Dos pilares del pensamiento marxista. Los movimientos necesitan intelectuales críticos, eso es lo que creo. Lo cual no quiere decir no estar comprometido, encerrarse en un cubículo, no apoyar determinadas causas, reconocer la contradicción no implica parálisis, reconocer la contradicción implica apoyar una causa por contradictoria que sea.

Esto es más difícil para intelectuales en altas posiciones políticas y de gobierno…

Sí, sobre todo resulta difícil cuando se pide adhesión acrítica, cuando se construyen dinámicas políticas de dirección y de conducción de movimientos. Es muy difícil acompañar críticamente a movimientos que se encierran en ese tipo de procesos. Pero hay que seguir haciéndolo, yo sigo diciendo que los gobiernos progresistas hicieron cosas importantes, reconozco en ellos contradicciones pero me gustaría tener un gobierno progresista en México, del cual yo sería un crítico de izquierda. En esa contradicción no hay que perder la brújula, hay intelectuales críticos que se olvidan del otro lado de la contradicción, que desconocen que hay elementos positivos. Hay un criticismo extremo, que se vuelve aislante y no permite participar. No hay fenómeno puro en la política, no hay nada puro que sea de masas, porque la masa tiene una serie de contradicciones producto de su conformación histórica, de sus atrasos y limitaciones.

Profesor, llegaste a México en 1996 en la época dorada del neoliberalismo a nivel mundial. Cuéntanos de tu llegada y cómo fue tu adaptación al campo intelectual crítico de México.

A nivel mundial existía esa hegemonía neoliberal pero en México estaba el zapatismo. Yo llego de Italia, no huyendo, pero me fui del berlusconismo. En Italia había serios problemas dentro de la izquierda, aun cuando había un reducto en el cual yo participaba, era muy joven y no tenía ninguna trascendencia mi participación, el Partido de la Refundación Comunista, un proyecto de izquierda bastante rejuvenecido que se conectó con el zapatismo y el movimiento altermundista. Fue uno de los partidos que tuvieron algo que ver con esas conexiones mundiales que permitieron el altermundismo, por lo tanto eso me acerca de manera natural con el zapatismo y con México.

Conozco México y me interesan los problemas mexicanos. Encuentro un México con cierta efervescencia del pensamiento crítico y eso, para mí fue un grato descubrimiento, y viéndolo en el ámbito más institucional veo un espacio universitario donde hay una persistencia del pensamiento crítico mucho mayor que en Italia. Por ejemplo, en la UNAM me toca estar en un espacio donde habían pasado y dejado huella una serie de exiliados ilustres, como Ruy Mauro Marini, René Zavaleta, Sergio Bagú y Agustín Cueva, para citar los más destacados. Esto no dejaba de ser algo atractivo y formativo, me formé intelectualmente con un pie en mi educación ítalo-francesa, mis intereses en las izquierdas y los marxismos de aquellos países, y otro en el pensamiento crítico latinoamericanista en México en la UNAM, y al calor del zapatismo como algún disparador coyuntural. No sé si por eso vine, pero definitivamente por eso me quedé.

Te quedas, te haces mexicano, y como intelectual te hemos visto activo en las disputas políticas nacionales. Presente en movilizaciones, eventos, actos. ¿Cuándo empieza esto?

Primero tenía un problema ya que me nacionalizo mucho después, por lo tanto tenía un límite en la participación política, que es el límite del artículo 133 constitucional. Yo obtengo la nacionalidad mexicana en 2005 pero siempre he participado, en forma digamos blanda o de segundo plano.

Participé por ejemplo en la Revista Memoria desde 1999 que fue para mí un espacio intelectual, no académico, de participación en el debate de la izquierda mexicana. Memoria era una revista cercana, sin ser orgánica, al PRD, que era un partido muy distinto al actual, y con ciertos guiños al zapatismo, con raíces fuertes en el marxismo y el pensamiento socialista.

La huelga del 1999 en la UNAM la vi desde cerca sin participar activamente, en 2005- 2006 ya con la nacionalidad apoyo el movimiento contra el fraude, ahí estuve. No participé en la conformación de lo que sería después MORENA por diferencias puntuales, pero al mismo tiempo, considero que esa experiencia y esa fuerza política son algo relevante en la historia política del país. A pesar de mis reservas, de mis críticas.

Hoy en día trato de participar y vincularme con distintas expresiones de movimientos sociales, puntuales de lucha, lo hago a mi manera que es pensando, enseñando y escribiendo, soy un académico, soy universitario, puedo contribuir desde la trinchera intelectual. Por ejemplo, ahora tengo una columna en “Desinformemos” que es una revista y una página web de lucha, no es una revista académica. Yo trato de escribir cosas que tengan cierta relevancia política. Tengo mis escritos más académicos, generalmente trato de escribir libros, y no meterme en revistas de autoconsumo académico que me parecen de escasa relevancia, me doy tiempo para dirigir la revista Memoria que es una revista de crítica militante que también se conecta con las luchas.

 

Las luchas por la hegemonía parecen concentrarse entre una hegemonía liberal y una articulación compleja de progresismo nacional popular. ¿Cómo rescatar un horizonte de reflexión, de consciencia y de proyecto revolucionario, cuáles son las dificultades para ello?

En primer lugar yo creo que los espacios de politización nacional popular son importantes y ahí se generan fenómenos que trascienden los pequeños núcleos de militancia radical. En esos espacios se puede disputar, colocando ciertas ideas, nociones, proyectos y actitudes. Por otro lado, hay coyunturas favorables para que esos espacios se radicalicen. Es todo un tema, la conexión entre lo nacional popular y lo socialista revolucionario pasa por una radicalización, que a veces se da por coyunturas. Le llaman oportunidades políticas en la jerga de los movimientos sociales. Ahora bien, sí uno se queda con eso, con la idea de acontecimiento de Badiou, esperando la divina providencia, se vuelve fatalista. Pero es cierto que algo ocurre, porque también tiene que ver con cuestiones sistémicas, del sistema mundo capitalista, del sistema político, hay crisis políticas, crisis económicas mundiales, que modifican dinámicas sociales.

Son condiciones objetivas, pero el tema subjetivo hay que trabajarlo, poco a poco, en el terreno de la educación no solo formal y escolástica sino en la formación política también. Es en esos espacios donde se pueden colocar instrumentos de formación política, como revistas por ejemplo. Yo estoy muy atento a eso, antes dirigía la revista de OSAL y ahora dirijo la Revista Memoria. No digo que ahí se resuelve todo, pero es un trabajo cultural, contra hegemónico, muy gramsciano en términos de guerra de posiciones.

Profesor háblenos de esta nueva etapa como director de la revista Memoria.

Memoria es mi trinchera de intervención política en la actualidad, con otras cosas, pero es fundamentalmente lo que estoy haciendo. En esa idea de colocar nuevas ideas, por ejemplo la página electrónica de Memoria tiene 6000 entradas mensuales, es mucho, es poco, es lo que es. Tratamos de sostener una perspectiva anticapitalista. Es una revista histórica, está cumpliendo ahora un papel desde cierta ubicación que también tenía antes, que no es orgánica a ninguna organización partidaria, es una revista de izquierda donde hay distintas posturas. Yo mismo soy minoritario con respecto a algunas posiciones, sobre los gobiernos progresistas, por ejemplo, me encuentro en minoría con respecto al sentir mayoritario de los compañeros que están en la revista. En Memoria hay diferencias, pero todos tenemos una preocupación anticapitalista, una perspectiva que va más allá de lo nacional popular.

¿Por qué anticapitalista y no llamarlo revolucionario?

Porque a veces no se entiende si revolución indica la forma o el contenido, revolucionario suena también a acción revolucionaria. Ahora bien, el horizonte de transformación es revolucionario de eso no tengo la menor duda. Creo incluso que la forma tiene que ser revolucionaria. Pero la discusión sobre cómo hacer una revolución está confusa, no genera consenso y ni siquiera está realmente a la orden del día. A pesar de que hay coyunturas y circunstancias que pueden sorprender. El anticapitalismo puede ser de resistencia hoy en día, puede ser revolucionario de vocación pero con prácticas de resistencia, contra- hegemónico, porque es lo que se puede sostener, no hay condiciones revolucionarias en el corto plazo.

Profesor cómo percibe al campo intelectual mexicano actualmente, un campo complejo, dinámico. ¿Perfila nuevas tendencias, recambios?

En el campo de los intelectuales la cuestión generacional es importante.

Fue muy importante el proceso de destape del 2012- 2014 para una nueva generación. Me quedé frustrado con la generación zapatista a la cual yo pertenezco, aunque nunca fui un zapatista orgánico, esa generación no dio tanto, no tuvo tanto vuelo y presencia como se podía imaginar y esperar. No se logró transformar el panorama intelectual, no trascendió. Mientras en los sesentas y setentas, se alcanzó una presencia mayor y además con los exilios se enriqueció el pensamiento crítico. A mí me interesa que esto se asiente, que mi generación pese y que la que sigue y que estoy ayudando a formar, en el aula, en las clases, tenga una trascendencia mayor. Porque hablando de intelectuales orgánicos y de lucha política, contra-hegemónica, hay una tarea fundamental, cómo vamos construyendo capas intelectuales de distintas generaciones, con diversos perfiles, en medios de comunicación, en movimientos, en las escuelas y universidades.

Hacer un balance es difícil, saber en qué punto estamos, si hay un recambio, si hay un cambio de perfil, es todo un trabajo de investigación. Desde la atalaya donde puedo observar ciertos fenómenos, te confieso que no lo tengo del todo claro para darte una respuesta. Habría que hacer una cartografía de las diversas capas de intelectuales y generaciones.

Es un tema que siempre ando reflexionando, ando tejiendo redes en México, América Latina y Europa, para pensar proyectos de construcción de pensamiento crítico, de construcción de posturas a mediano y largo plazo. Con temas en los que a veces se está de acuerdo, a veces no, en el tema de los gobiernos progresistas me alejé de algunos, con otros nos acercamos.

Para la generación de intelectuales más joven el panorama se percibe difícil, con pocos espacios, con una experiencia distinta y con la precariedad como condición.

Eso se ve mucho en Europa, ese perfil es muy estructural, parece irreversible, todavía en México de repente ha habido cierta porosidad en espacios académicos que hace pensar que algunos espacios todavía existen. Pero si es muy claro, te doy un dato, aquí en la Facultad de Ciencias Políticas y Sociales de la UNAM somos pocos profesores de carrera y muchos profesores de asignatura. Los de asignatura están en otra situación laboralmente, económicamente, en términos de explotación, ¿cuántas clases tienen que dar para tener un ingreso suficiente?, ¿cuántas clases se pueden dar sin volver mecánico el ejercicio de enseñanza-aprendizaje? Por otro lado las condiciones privilegiadas entre comillas que tenemos los profesores de carrera hace a muchos muy conservadores.

Lo estamos observando ahora mismo, estamos organizando una iniciativa en la UNAM que tiene poca respuesta, porque los profesores, académicos e investigadores de carrera, están muy cómodos en su condición, y aceptan las reglas del juego porque les da condiciones materiales altas. No cuestionan a una Universidad que tiene una estructura de gobierno de Edad Media, la UNAM debería ser un ejemplo de democracia pero es un ejemplo de autoritarismo y verticalismo, de manejo aristocrático y oligárquico. Eso te habla también de que hay una intelectualidad muy acomodada, yo no sé incluso si no hubo una estrategia en los setentas con Echeverría en particular, cuando se abrió la UAM, no sólo de descentralizar el espacio académico sino de aumentar salarios, generar cierto confort intelectual para generar conservadurismo, una inercia conservadora ligada a las condiciones materiales de existencia.

 

Tal vez es un rasgo de clase al ser la pequeña burguesía el lugar de dónde surgen los intelectuales…

Si, la pequeña burguesía es el espacio de origen, pero después la colocación de los profesores de aquí, los que hacen carrera y están en el SNI ya empieza a ser francamente burguesa. En términos de colocación clasista es pequeña burguesía pero muy acomodado muy consumista, muy consumidora. Y tiene también un desprecio respecto de los estudiantes, ya que están separados por una distancia generacional pero también por una distancia clasista.

El optimismo de la voluntad y el pesimismo de la razón. ¿Cómo ve el futuro Massimo Modonesi? ¿Cabe la esperanza en estos tiempos?

No soy muy optimista. Si pensamos en una trasformación sensible de condiciones económicas, de las condiciones sociales, de trasformaciones políticas importantes, no veo gran cosa a corto plazo. No soy optimista con respecto al 2018, en términos de coyuntura electoral, no soy optimista de cómo se va a revertir la configuración de un narco-Estado, de un Estado que además de tener sus propios problemas históricos, de su derechización desde el neoliberalismo, de ser un instrumento de las clases dominantes, y que además adquiere y se cruza con lógicas delincuenciales, de la delincuencia organizada del narcotráfico y la corrupción endémica.

Lo único que puedo sostener como elemento esperanzador es que a pesar de todo hay en México capacidades de resistencia y hay capacidad de construcción de coyunturas críticas. Entonces habrá que fortalecer las trincheras de resistencia y apostar en términos de qué se puede quebrar en el momento que haya una coyuntura favorable. Ahí es donde encuentro destellos de posibles oportunidades. En América Latina así fue como se configuraron, y eso fue lo que permitió ciertos avances. Cuando se veía el escenario argentino a finales de los noventas, no mucha gente habría dicho “hay posibilidades de cambios”, o en el caso boliviano, ecuatoriano y venezolano. No estoy asumiendo que mi pesimismo como lectura de tendencia sea irreversible, incluso en el corto plazo, cuando digo que en el 2018 no veo grandes opciones de trasformación podría equivocarme. Ojalá que me equivoque. La historia de las coyunturas electorales en México es una historia recurrente, donde pasan cosas que nadie previó, la insurrección cívica frente al fraude en 1988, el zapatismo y el asesinato de Colosio en 1994, la alternancia, nos guste o no que haya sido de derecha, en el año 2000, el 2005-2006 el desafuero y el fraude, 2012 el movimiento #yo soy 132, no hay una sola elección desde 1988 hacia acá dónde no pase algo.

¿Cómo se ve Massimo Modonesi en esta lucha contra el neoliberalismo en México?

Yo me veo haciendo lo mismo, defendiendo una trinchera desde la UNAM de educación, de formación en el pensamiento crítico, incluso de cuestionamiento a la UNAM en sus rasgos conservadores. Cumpliendo mi papel académico, yo no enseño cualquier cosa estudio movimientos sociales y conceptos marxistas para el análisis político, mi labor académica es una labor de alta intensidad política, con repercusiones antisistémicas y anticapitalistas. Mis propios textos, libros y clases tienen, según yo, un impacto político. También estoy en la revista Memoria, que está creciendo, recobrando fuerza.

Y bueno acompañando puntualmente movimientos, yo no tengo un espacio de militancia en una organización, ahora por ejemplo simpatizo con la candidatura anti-capitalista a la constituyente de Sergio Méndez Moissen. Es importante que aquí en la Ciudad de México y en la Constituyente haya una voz anticapitalista. Tenemos diferencias, pero creo que es importante, conozco a los compañeros, son gente honesta y combativa, gente que sinceramente cree en lo que hace. Simpatizo también con otras experiencias de lucha local y territorial, en la revista Memoria buscamos darle voz, tengo compañeros y amigos que están muy vinculados a todo tipo de movimientos. Yo trato de fungir como un referente intelectual, cuando se me convoca, cuando se me llama a firmar un documento, a hablar, a escribir algo. Aporto lo que puedo aportar.

Fuente: http://www.analectica.org/articulos/hernandez-modonesi/

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Decana de EGADE habla de los elementos claves para ser la mejor B-school de América Latina

Por Daniela Arce

María de Lourdes Dieck-Assad habla sobre el rediseño del MBA; de las iniciativas que se han ejecutado para seguir potenciando el emprendimiento e innovación, pero con foco en los negocios; y de las principales tendencias, problemáticas y oportunidades del mercado.

Hace tres años que EGADE se posiciona en el primer lugar del Ránking de las Mejores Escuelas de Negocios de América Latina MBA 2016, Elaborado por América Economía Intelligenc. Para ello, son varias las acciones que se han implementado, partiendo con entender lo que se necesita en el mercado y adaptando los programas a estas nuevas realidades, además de potenciar el emprendimiento y la innovación.

Y son estas mismas necesidades del mercado, las que han dado paso al rediseño del MBA de EGADE, que espera desarrollar diversas habilidades blandas en sus estudiantes.

A continuación, la entrevista con María de Lourdes Dieck-Assad, decana de la EGADE Business School, donde explica la receta para ser una escuela ejemplar.

-¿Cuál ha sido la estrategia a seguir para mejorar el nivel y mantenerse en el primer lugar del Ránking MBA?

Hecho cambios en tres áreas. Ha sido muy importante nuestra vinculación con los stakeholders, con el entorno. Hablar con los alumnos potenciales, por un lado, para saber qué requieren y le hace falta. Conversar con las organizaciones y empresas, que están queriendo enviar, capacitar y entrenar a los ejecutivos en escuelas de postgrado y negocios, para entender sus propias necesidades.

Esto es una actividad continua, en un mundo como el que vivimos, donde la competitividad es importantísima y el entorno cambia para las organizaciones, tenemos que estar muy alertas.

También es importante para nosotros poder adaptarnos, para ir cambiando conforme las empresas, organizaciones y alumnos, ven que cambian sus retos y oportunidades.

Nosotros hemos implementando nuestra vinculación con el ánimo de escuchar al cliente, al mercado. No sólo directamente, sino indirectamente, interpretando las tendencias, las diferentes problemáticas, como la brecha de las habilidades blandas para América Latina, donde hay una diferencia entre la demanda y las capacidades y competencias que tienen los egresados.

Lo segundo que hemos hecho, es que debido a lo anterior vemos la necesidad de la innovación constante. Por lo mismo siempre estamos analizando el contenido de los programas, que refleje una respuesta a las necesidades del mercado, en el modelo académico. Porque hoy el alumno que llega es diferente a lo que era hace cinco años. Usan mucho la tecnología, están muy informados y conectados. Además, no es tan fácil mantenerlos concentrado, sobre todo, si no se maneja su modelo mental y tecnológico.

Por eso hay que innovar en el modelo educativo, porque el alumno necesita una vivencia experiencial en el salón de clases. Como ejemplo, en esta vinculación hemos traído profesores con experiencia en el campo de los negocios para que trabaje con el profesor de planta, con experiencia académica, en el salón de clases. El alumno, entonces, está expuesto a todo el bagaje intelectual de nuestro profesor de planta, junto con todo lo que ofrece el profesor de negocios, que refiere sobre los retos del día a día y cómo lidia con ellos. Se genera entonces un triángulo interesante, entre el alumno, el profesor de planta y el profesor practicante. Acá todos aprenden. Se arma un diálogo muy interesante. Este es el modelo “team teaching”, que se viene implementando hace alrededor de tres años y  que ese ha introducido en casi la totalidad de cursos. Los alumnos valoran muchísimo.

Lo otro novedoso que estamos haciendo, es que dado el uso de la tecnología, hemos incorporado formatos blended. Tenemos una buena cantidad de trabajo que se les pide que hagan fuera del salón de clases con sus compañeros, en un esquema de trabajo en equipo virtual. Otro esquema es que como tenemos alumnos en Monterrey, Ciudad de México y Guadalajara, los profesores se ponen de acuerdo y virtualmente se arman grupos de trabaja con estudiantes de estas ciudades.

Somos parte también del consorcio de escuelas de negocios Global Network for Advanced Management, liderado hace cinco años por la escuela de negocios de Yale. Esto abre la oportunidad de que los alumnos de las escuelas que pertenecen a  este consorcio puedan participar de los MOOCs que se imparten. Gracias a que nos hemos involucrado en esta iniciativa, nuestros alumnos tienen la oportunidad de participar.

-¿Cuáles han sido las principales tendencias, problemáticas y oportunidades que han detectado luego de hablar con empresarios e indagar al respecto?

El mercado está cambiando y los retos también cambian, pero también lo hacen las oportunidades. Desde las empresas nos dicen que necesitan egresados que entiendan estos retos, los hagan propios y sean capaces de tomar diseñar soluciones y de tomar decisiones. Esto es importante, porque nos han dicho que efectivamente hay egresados que son buenos en diseñar la estrategia de negocios, pero que al momento de tomar una decisión en un aspecto de la estrategia o implementarla, ahí se paralizan. Se necesita el ecosistema completo.

Lo otro, es el uso de la tecnología, no como fin sino como medio. Tener de esta forma equipos de trabajo virtuales y poder tomar decisiones que van más allá de país, por ejemplo.

El tema de la innovación es también relevante, porque las empresas saben que deben estar innovando. Por esto, el alumno debe llegar a innovar y crear nuevos productos.

También nos dijeron que quieren personas con calidad moral y que sepan ejercer un liderazgo colaborativo, con capacidad de escuchar e incorporando a los demás. En las empresas quieren a candidatos que posean conocimientos, pero también son relevantes actitudes y competencias.

Nos dijeron que es relevante tener personas que sean capaces de trabajar con equipos multiculturales, saber convivir con la cultura de otros países. Porque una cosa es ser global y otra multicultural.  Para esto, hay que entender la cultura, de lo contrario nunca un egresado podrá dirigir una planta que se abrirá en África o en Asia. Temas como de qué manera se incorporará en otro país la visión y cultura de la empresa que ya tiene su sello o cómo se vivirá con el entorno, cómo se acogerá a las personas que se empleará y de qué manera se atraerá.

-En septiembre de 2015 lanzaron al nuevo MBA, ¿cuáles fueron las principales modificaciones?

Esto fue el resultado de estudiar los dos años previos todas estas tendencias globales. Es un MBA disruptivo, que incorpora algo que antes no teníamos tan explícitamente, que son las competencias. La incorporación de talleres para asegurar que el alumno cuando se gradúe del MBA, saldrá con las competencias que el mercado requiere.

A raíz de la crisis en 2008, hubo muchas entrevistas y encuestas para saber qué paso, qué les falta a los egresados de escuelas de negocios, que quizá contribuyó a la crisis. Revisamos toda esta información y nos dimos cuenta que hay competencias muy importantes: pensamiento crítico, emprendimento e innovación, visión global, trabajar en equipo, liderazgo colaborativo y capacidad de negocios y comunicación.

Todo esto lo metimos como parte explícita en el programa MBA, además de todo lo que debe estar, como son las áreas funcionales de la empresa. Además, los alumnos podrán hacer concentración en Marketing Estratégico, Emprendimiento e Innovación, Operaciones Globales, Finanzas Corporativas, Gestión de Servicios y Negocios Globales, que terminan con un proyecto de campo.

Empezamos en diciembre y la respuesta de los alumnos y las empresas a esta nueva oferta ha sido muy buena. Se incrementaron las aplicaciones para el MBA.

Con este nuevo MBA, tomamos la decisión de cambiar el proceso de admisión, que será mucho más holístico e integral, que se basa en elementos cuantitativos, pero también cualitativos. Todo esto para asegurar que el alumno que entra tiene todo lo que se necesita para ser exitoso, pero además tiene el potencial de ser un líder transformador. Porque queremos que nuestros estudiantes tengan la actitud de ser líderes que van a transformar y no se conformarán con hacer lo de siempre. En las empresas de hoy deben ser innovadoras. Por eso, ellos deben ser innovadores, ver los retos de hoy y del futuro.

-¿Cómo se medirán estas competencias en el proceso de admisión?

Hace tres años empezamos con un proyecto piloto y ahora es parte de una prueba que les hacemos a todos a los alumnos admitidos, que se llama WAVE. Acá se mide competencias como trabajo en equipo, liderazgo, negociación, pensamiento crítico y comunicación, evaluando a los estudiantes que llegan para hacer un diagnóstico.

El programa va a trabajar con ellos las competencias, pero como puede haber algunos bajo el promedio –que se identifica mediante la prueba- se les ofrece hacer talleres intensivos para ponerlos al corriente del tipo de alumnos que queremos que entre. Una vez que termina el programa se le vuelve a hacer a prueba, de forma de medir si los talleres y el programa están contribuyendo a darles las competencias. A lo largo del programa, cuando debaten o hacen trabajos en equipo, se pueden observar, por ejemplo, diferentes habilidades. Porque hay que ejercitar estas habilidades.

También aseguramos a este programa un sello importantísimo en tres grandes áreas diferenciadoras: el emprendimiento e innovación están presentes transversalmente; el liderazgo global de los estudiantes, para lo que ofrecemos experiencias globales; y el concepto de la sostenibilidad social, económica y ambiental, que está incorporado como un sello muy importante ante la realidad mundial.

-Hace unos años usted decía que la marca EGADE necesitaba correr con alas propias, sin desligarse del Tecnológico. Y hoy parece ser que tiene la fuerza necesaria para diferenciarse, ¿qué opina al respecto?

Creo que EGADE se ha fortalecido como marca, pero siempre gracias a ser parte de una institución como es el Tecnológico de Monterrey, porque somos lo mismo y tenemos la misma misión: desarrollar líderes emprendedores con sentido humano y competitivos internacionalmente. Porque somos una marcar del TEC, y somos su gran joya. Pero nos nutrimos del TEC. El modelo y ecosistema de emprendimiento que tenemos en el TEC es impresionante. Entonces, tener ese entorno y alineación con la misión del TEC y la nuestra, claramente que con nuestro enfoque de una escuela de negocios, donde generamos conocimiento y somos apoyados y apoyamos a la marca del TEC.

La EGADE contribuye a la marca del TEC, pero el TEC, ante todo, contribuye a la marca EGADE. La clave ha sido lograr una alineación institucional con el TEC, contar con una misión y visión compartida; tener un enfoque de liderazgo y formación de líderes emprendedores.

Hace dos años creamos un grupo de investigación en emprendimiento e innovación. Está nutriendo todo lo que queremos hacer con empresas y alumnos que quieren formar una empresa o que quieren emprender dentro de sus compañías. Creo que la marca EGADE ha logrado afianzarse como una marca endosada y muy importante del TEC. Hay un beneficio mutuo.

-Tal como usted dice, existe todo un foco en el TEC y en EGADE en el emprendimiento, ¿se está haciendo concretamente?

Incorporamos el emprendimiento como un tema transversal en el MBA. Creamos nuestro propio modelo de emprendimiento para los alumnos de postgrados, que tienen otros requerimientos. Generamos un modelo, donde incorporamos la innovación, porque deben ir unidos. Esto es nuestro motor, por lo tenemos clases de innovación que son parte del curso de emprendimiento, donde se estudian metodologías para innovar en todo. A lo largo del programa tienen componentes de emprendimiento en diferentes cursos transversalmente.

Los alumnos tienen que ser innovadores, porque lo tradicional no sirve. Acá se ve todo el modelo de emprendimiento.

El otro tema es la investigación, hemos traído figuras internacionales expertas en emprendimiento, que están viendo el carácter del emprender, qué lo motiva, por qué fracasa. Y esos conceptos que se están estudiando también los estamos utilizando para aplicarlos en nuestro modelo.

A los alumnos de MBA que quieran, además, les estamos ofreciendo la especialidad en emprendimiento. Es decir, que además del curso de inicio en emprendimiento, de los componentes que están implícitos en otros cursos, ellos tendrán la especialidad. Y la mayoría de los alumnos que está entrando quiere esta especialización.

Dentro de las redes globales que tenemos, estamos trabajando con escuelas de negocios que son muy fuertes en emprendimiento: Technion-Israel Institute of Technology, en Israel; Stanford University, Babson College, Yale School of Management , en Estados Unidos; Jönköping International Business School (JIBS), en Suecia; IE, en España; UCD Michael Smurfit Graduate Business, en Dublín; y Koc University Graduate School of Business, en Turquía.

-¿Cuáles son los principales retos que tienen como institución?

Creo que los retos más importantes son continuar innovando en nuestro modelo educativo y seguir atrayendo talento investigador que requiere un modelo que está en continua innovación. Es decir, seguir, pero a niveles mucho más altos, porque son retos, pero también oportunidades. Queremos, por ejemplo, ofrecer pronto un MBA blended para alumnos que no pueden venir físicamente, pero quieren un programa con las características del que tenemos aquí.

Los alumnos que vendrán a estudiar acá, cuando saldrán trabajarán en empresas que probablemente hoy no existen, con retos y oportunidades diferentes. Como va el cambio mundial, no sólo tenemos que escuchar al mercado, sino que ver las tendencias y adelantarnos al mercado. Esto último es un gran reto para las escuelas de negocios.

Ser realmente, con todo lo que hemos hecho, los que generamos la innovación dentro del programa educativo e investigación, con los cuadros que estamos formando. Y adelantarnos al futuro no es fácil, pero es una gran oportunidad.

El reto de la sostenibilidad social ya lo tenemos dentro de nuestro currículo, porque los alumnos no pueden estar ajenos a problemas sociales. Necesitamos empresas que escuchen y sean conscientes a estos problemas, porque de lo contrario América Latina no es viable.

Tomado de: http://mba.americaeconomia.com/articulos/entrevistas/decana-de-egade-habla-de-los-elementos-claves-para-ser-la-mejor-b-school-de

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Entrevista: Linda Castañeda: “Nuestra misión es ayudar a desarrollar competencias”

Se muestra crítica con las políticas que rodean a los libros de texto y es una firme defensora de “elegir modelos que eduquen personas de su tiempo y capaces de articular los tiempos con tecnología”. Linda Castañeda, profesora del Departamento de Didáctica y organización Escolar de la Universidad de Murcia, opina sobre la misión del profesor, hacia dónde debe evolucionar la educación y el futuro de la tecnología educativa.

¿Hasta qué punto es importante combinar el aprendizaje formal, informal y no formal?

LindaCreo que los tres están inherentemente combinados en cualquier contexto educativo, por lo que lo importante es hacerlo aflorar, darle valor, y en eso tenemos retos muy serios en el ámbito de la enseñanza universitaria. Seguramente no se trata de explicitarlos y medirlos al punto de formalizarlos, pero si queremos hacer aprendices emancipados, que sepan encontrar y sacar el mejor provecho de todas las oportunidades de aprendizaje que les rodean, es imprescindible que demos valor a todo aquello que configura el entorno de aprendizaje de los estudiantes.
Además, si queremos que alguien viva una profesión y que pueda ser un profesional competente —es decir, que sea capaz de poner en marcha acciones útiles y basadas en una toma de decisiones adecuada y fundamentada en contextos concretos—, tiene que ser alguien que conozca y se mueva en una comunidad profesional relevante, que tenga unas fuentes de información permanentes que le permitan mantenerse al día, que sea proactivo en la búsqueda y análisis… En definitiva, alguien que sepa gestionar y usar eficientemente su Entorno Personal de Aprendizaje —más conocidos como PLE, por sus siglas en inglés—. Y el germen de todo eso, que son procesos no formales e informales, debería estar en la universidad.

“Un docente es mucho más que alguien que sabe leer un libro del profesor y corregir las respuestas de un examen”

Ha mostrado en varias ocasiones su desacuerdo con los libros de texto, ¿cuáles son los motivos?

No se trata de los libros de texto en sí, sino de las políticas que los rodean y las prácticas que sostienen su implementación en las aulas. Para empezar, considero que el uso generalizado de un mismo libro o una única fuente en una clase, e independientemente del nivel que sea, es un modelo de educación que no es propio de una sociedad hiperdotada de información y donde el mayor problema no es cómo transmitirla, sino aprender a entenderla, manejarla y recrearla con eficiencia.
Creo que la omnipresencia masiva de los libros de texto escolar (no sólo en papel) ha amparado la desprofesionalización de muchos docentes que prefieren confiar en el criterio de la editorial para la transmisión uniforme de una secuencia didáctica única, raras veces puesta en duda y que muy seguramente no se acerca a las necesidades de casi ninguno de sus estudiantes. Considero que un docente es mucho más que alguien que sabe leer un libro del profesor y corregir las respuestas de un examen. No podemos pedir alumnos críticos cuando les damos eso. Y todo ello, además, teniendo en cuenta el crecimiento de su precio, el gasto que suponen y mientras disminuye la inversión para recursos escolares o en formación de docentes, en conexión a Internet…

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Entonces, ¿cuál es la misión del docente?

Si lo vemos desde un punto de vista crítico, cada vez deberíamos ser más conscientes de que nuestra misión no es ayudar a nuestros estudiantes a adquirir contenidos, sino a desarrollar competencias; así, los alumnos deben ser capaces de poner en marcha —y llevar a cabo—, en el contexto que sea preciso, acciones útiles y éticamente deseables. Y, para desarrollar esas competencias, hacen falta propuestas didácticas muy complejas que, desafortunadamente, no creo que sean las que se contemplan en la mayoría de los libros de texto escolar al uso.
Sinceramente, creo que la cantidad de fuentes de información es tan abrumadora que es normal que los profesores deban hacer selecciones previas para adecuar el nivel de las lecturas de los alumnos, pero eso no creo que equivalga a que la elección la haga una editorial y valga para todos. No me importaría que en cada aula hubiese una biblioteca escolar donde estuviera un ejemplar de cada uno de los libros de texto de diversas editoriales para su consulta, de la misma forma en que debería estar Internet. Se trata de aprovechar todas las fuentes a nuestra disposición para acceder con ellas a contenidos de otros docentes, o incluso elaborados por otros estudiantes, que puedan resultar interesantes para hacer más rica la experiencia de aprendizaje de la clase.

“Hoy día, ni el conocimiento es tan inmutable como antes, ni se mueve por los mismos cauces, ni la información es escasa…”

En su opinión, por tanto, ¿hacia dónde deben evolucionar docentes y educación?

linda_castañedaEl modelo educativo que reclama la sociedad en la que vivimos ha cambiado radicalmente: ni el conocimiento es tan inmutable como era, ni se mueve por los mismos cauces, ni la información es escasa… Ya no es necesario aprender lo de antes. Ahora se necesitan apuestas metodológicas centradas en el estudiante. En este marco, creer que un manual centrado en contenidos puede resolverlo todo durante un curso escolar y sobre todo un campo de conocimiento es digamos que ingenuo, cuando no, irresponsable.
Creo que debemos empezar a pensar menos en de dónde sacar los contenidos que van a estudiar los estudiantes y más en poner en marcha experiencias de aprendizaje en las que usemos todas las fuentes de información, los recursos y las herramientas de creación y colaboración que tengamos a nuestro alcance —lo que incluye libros, materiales de otros docentes, recursos abiertos en red, etcétera— y que consideremos los más adecuados para las necesidades de nuestras aulas. Apuestas ricas y enriquecedoras, de las que todos saquemos provecho intelectual y de las que aprendamos que el conocimiento es algo dinámico.

Gran parte de su investigación se ha centrado en el estudio del impacto de las redes sociales en la educación. ¿Cuál es su mayor aportación?

La humanidad siempre se ha apoyado en redes de personas, habitualmente cercanas, para aprender y para adaptarse mejor a su contexto. Pues bien, las TIC nos han regalado la inmensa posibilidad de hacer esas redes sociales evidentes, explícitas y además globales. Así, los lazos que nos acercan y nos conectan con otras personas que nos enriquecen superan las barreras del espacio y tiempo tradicionales, y nos permiten acceder a una inmensa ‘tribu’ que amplía nuestra perspectiva y multiplica nuestras posibilidades de interactuar.

¿Y su mayor reto?

Precisamente esa ampliación vertiginosa de nuestro contexto de relación exige una conciencia nueva sobre dónde estamos, qué hacemos, cómo funcionamos y qué añadimos en las redes. Eso implica un mayor y más cuidado trabajo en el desarrollo de nuestra identidad digital —o mejor dicho, de la nuestra en este mundo digitalizado— y la de nuestros estudiantes, además, cómo no, de un replanteamiento sobre la enseñanza y el aprendizaje.
Siendo las fuentes múltiples, variadas y provenientes de contextos tan distintos es vital trabajar con modelos educativos que desarrollen el pensamiento crítico y el trabajo en colaboración y que opten, finalmente, por la formación de un aprendiz autorregulado y autodirigido.

Fuente: http://www.educaciontrespuntocero.com/entrevistas/linda-castaneda-nuestra-mision-ayudar-desarrollar-competencias/37556.html

Imagen: http://noticias.ulp.edu.ar/img/img_portadas/24163344.jpg

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