Page 2247 of 6673
1 2.245 2.246 2.247 2.248 2.249 6.673

Brasil: Escola de qualidade não é escola militarizada

America do Soul/ Brasil/ 05.03.2019/ Fonte: campanha.org.br.

De 2013 a 2018, o número de escolas estaduais geridas pela Polícia Militar saltou de 39 para 122 em 14 estados da Federação — um aumento de 212% -, conforme apontou levantamento realizado pela revista Época neste mês. Em 2019, há previsão de que outras 70 escolas deverão ser colocadas sob a gestão de militares nesses estados. Norte e Centro-Oeste lideram o fenômeno, que já ocorre em todo o país.

Atualmente, Goiás conta com 46 escolas, com 53 mil alunos, sob administração da Polícia Militar, e outras 39 estão em processo de militarização. “Amazonas já conta com 15 escolas administradas pela PM. Mato Grosso pretende criar cinco escolas da PM no segundo semestre. Em Roraima, das 382 escolas da rede estadual de ensino, 18 unidades foram militarizadas, totalizando 20 mil alunos sob jurisdição militar. (…) A Região Sudeste é a única onde não houve transferência de escolas estaduais para a PM. Montanha, no entanto, um município no Espírito Santo com menos de 20 mil habitantes, anunciou que pretende ser o precursor da modalidade na região. A prefeita Iracy Baltar (PRB) afirmou que sua intenção é incentivar a moral e o civismo entre os alunos”, apontou reportagem da revista Época que realizou levantamento da situação de diversos estados do país.

Em reportagem de março do jornal A Tarde, apontou-se ainda que atualmente, calcula-se, 14 colégios da PM existem na Bahia. Nelas, 70% das vagas são destinados a filhos de policiais e 30% sorteados entre civis.

A Constituição Federal e a legislação educacional brasileira são precisas ao determinar que a educação básica é de responsabilidade prioritária das pastas de educação estaduais e municipais, e não de outros órgãos. “Tal movimento representa um desvio de função da política e dos órgãos militares em prover esse serviço público, inclusive considerando que não têm dado conta de cumprir com sua função primária, na segurança pública”, afirmou Catarina de Almeida Santos, coordenadora do Comitê DF da Campanha, que tem atuado no monitoramento dos casos de Goiás, o estado precursor dessa iniciativa.

Goiás – Segundo Catarina, a expansão teve como vetor a atuação do ex-governador Marconi Pirillo, apoiado por diversos outros gestores e atores políticos. “O processo de militarização em Goiás é um caso à parte, tamanhos são os absurdos e as justificativas utilizadas”, comenta a professora, explicando que há um processo anterior, de abandono da escola até seu sucateamento máximo, em todos os sentidos, para depois militarizar, sendo essa mesma tática utilizada para justificar a implantação das Organizações Sociais no estado.

“Temos travado uma luta para mostrar à população que esse não é um caminho viável, que polícia não entende de educação. Que se a polícia não cumpre o seu papel de garantir segurança, como militarizar as escolas para torná-las mais seguras? Se a polícia não faz o que, em tese, é competência dela, como ela pode fazer bem aquilo para o qual ela nunca foi preparada?”, questiona.

Amazonas – O Comitê da Campanha no Amazonas também está ativo no enfrentamento a esta problemática. Em Parintins, por exemplo, foi anunciado que uma escola estadual seria entregue à gestão da PM, o que ainda não foi adiante, e há projetos de levar também a escolas rurais, que funcionam em assentamentos. “Cobrei do Conselho Municipal de Educação um posicionamento”, afirmou Eliseu da Silva Souza, do Comitê AM da Campanha.

A coordenação da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação – UNCME/AM  já passou por enfrentamento ao problema em relação à criação de uma escola de educação infantil, após consulta sobre ato de criação, credenciamento e autorização de cursos da primeira escola Militar Municipal de Presidente Figueiredo, “com disciplina e filosofia das escolas policiais militares do Amazonas”, conforme consta no documento.

A análise da solicitação, por parte da UNCME/AM, trouxe à luz os artigos 206 da Constituição Federal e o artigo 3° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que explicitam os princípios do ensino no país, como a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; a gestão democrática do ensino público; a gratuidade do ensino público em estabelecimento oficiais; entre outras. Trouxe ainda a violação do princípio de autonomia dos entes federados, expresso no artigo 211 da Constituição, em que os municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

A conclusão da UNCME/AM se expressou, afinal, em contrariedade à criação da escola militar: “Atinente ao ordenamento jurídico pátrio, as diretrizes da educação nacional e a repartição de competência entre os entes federados com vistas ao atendimento do interesse público, esta Coordenação sugere o redimensionamento quanto à criação de escola com filosofia trazida do âmbito da Polícia Militar considerando os conflitos existentes em relação aos princípios e objetivo da educação e da República Federativa do Brasil, esculpidos na Constituição Federal e demais legislação.”

Piauí  No estado do Piauí, até 2013, existia apenas uma escola de ensino médio coordenada pela Polícia Militar. A partir de 2014, iniciou-se um processo de reorganização da Escola Estadual Dirceu Mendes Arcoverde para militarizá-la, nos moldes dos colégios militares de outros estados do Brasil.

Ainda no governo de Wellington Dias, há mais de 14 anos no governo do estado, foi inaugurada a escola no dia 11 de agosto de 2015, fato que motivou a gestora da Secretaria Estadual de Educação a promover uma processo de militarização intenso, sob diferentes roupagens na rede estadual de educação. O propósito da secretaria de educação era Militarizar 14 escolas da rede estadual de ensino para ano de 2016.

Os movimentos sociais organizados acionaram o Ministério Público, que notificou a Secretaria Estadual de Educação, recomendando a “suspensão imediata da implantação de quaisquer ‘Escolas Militares’ no âmbito das escolas geridas pela Secretaria Estadual de Educação”. A notificação aconteceu após representação do Fórum Estadual em Defesa da Escola, coordenado pelo Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que realizou estudo sobre a legalidade da implantação de escolas militares, manifestações populares, audiência pública com o governo do estado, e solicitou a suspensão imediata desse processo. O estudo demonstrou que, nestas escolas, policiais militares exercem funções de natureza civil, como diretor, coordenador, supervisor, entre outros cargos.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, juntamente com quase uma centena de organizações no estado, via Fórum Estadual em Defesa da Escola, se posicionou no manifesto contrário à militarização das escolas, explicitando que “a militarização da educação civil não pode ser a resposta de um governo democrático aos problemas da educação (indisciplina, evasão, violência no ambiente escolar, dentre outros) que são reais, mas para os quais existem outras e melhores soluções”. Esse coletivo, que se constituiu como Mobilização pela Educação Pública, conseguiu a partir dessas ações, barrar o processo de militarização das 45 escolas da rede estadual.

Em 2017, contudo, a Seduc tornou uma escola de ensino médio militar em Teresina, bem como intensificou a formação de vários “Pelotões Mirim” na capital e no interior do estado, por meio de parceria com a Polícia Militar do Piauí, a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), e a Secretaria de Assistência Social (SASC). “Tentamos barrar junto com as comunidades, mas perdemos. Sabemos que hoje o estado mantém um número que chega à casa dos milhares de crianças de 6 a 16 anos em projetos como ‘Cidadão Mirim’, ‘Combatentes Mirim’, entre outros, em inúmeras cidades do estado do Piauí”, comentou integrante do Comitê PI da Campanha.

Mato Grosso – As ações neste sentido continuam caminhando em uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Polícia Militar, para os municípios que solicitaram. “Aqui, não se propuseram a construir escolas, mas de criá-las e colocá-las em funcionamento, por solicitação dos prefeitos. Os encaminhamentos neste sentido continuam, mas apenas nos municípios que solicitaram”, afirmou Regina Borges, do Comitê MT da Campanha.

Espírito Santo – Márcia Saraiva, integrante da coordenação do Comitê ES da Campanha, participou de encontro do Conselho Municipal de Educação em Montanha, em que a secretaria de educação anunciou medidas de segurança em projeto de assistência social vinculado ao Criança Feliz. “Questionamos sobre a militarização de escola e nada nos responderam”, afirmou Sumika.

Roraima – Neste caso, há também uma tentativa de expansão dessas escolas, o que tem gerado polêmica entre os educadores e servidores públicos: o Decreto nº 24.851, de 05 de março de 2018, resolveu “Criar, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação e Desporto, a rede de colégios militarizados do estado de Roraima”. “Já fui na mídia colocar nossa posição, é uma questão política”, explicou Ana Alice Monteiro dos Santos, coordenadora do Comitê RR da Campanha.

Rondônia – O procurador-geral de Justiça, Airton Pedro Marin Filho, a pedido do procurador Rodney Pereira de Paula, impetrou Ação Direta de Inconstitucionalidade contra leis e decretos que regulamentaram e aumentaram as escolas militares em Rondônia. As irregularidades apontadas pelo MP são: incompatibilidade com as atribuições do órgão de segurança pública, a retirada de autonomia das escolas, a falta de autorização do conselho estadual de educação e de diálogo com a sociedade, a possibilidade de abertura de privilégios em relação à reserva de vagas para dependentes de militares, a possível cobrança de taxas nas escolas que deveriam ser gratuitas, entre outras.

Bahia – No estado, já são 14 escolas militares da Polícia Militar. Procurada, a Secretaria Estadual de Educação da Bahia afirmou que no sistema estadual não há projeto em curso para militarização, apesar de alguns sistemas municipais terem buscado realizar esta ampliação. Foi afirmado que o governador garantiu que não será militarizada mais nenhuma escola, para além das que já existem.

Qualidade na educação

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação é criadora do principal mecanismo, previsto na Lei 13.005/2014, do Plano Nacional de Educação 2014-2024, que determina um salto de qualidade para as escolas de educação básica de todo o país, o Custo Aluno-Qualidade (CAQ). O CAQ prevê quanto custa por aluno por ano para garantir uma série de insumos necessários para uma educação de qualidade, em cada etapa e modalidade da educação básica, desde a educação infantil, até o ensino médio, passando pela educação no campo, indígena, quilombola, sendo todas inclusivas.

“Eu estudei em Colégio Militar e sou testemunha de onde reside a qualidade dessas escolas:  elas têm recursos para assegurar uma boa infraestrutura, materiais disponíveis, profissionais da educação bem formados, com condições de trabalho e valorização profissional. Tudo que se prevê no CAQ. A concepção pedagógica, contudo, não está alinhada com preceitos de gestão democrática, por exemplo, como prevê nossa legislação e diversos estudos da sociologia e da educação”, afirmou Andressa Pellanda, coordenadora de políticas educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Ela explica que há uma inversão de lógica que não pode ser aceita. “É preciso investir recursos adequados para o cumprimento do CAQ nas escolas sob as pastas da educação, que é quem não só está preparado pedagogicamente para tal, como também a instituição predeterminada constitucionalmente para esta função. Como vimos reiterando nos últimos tempos, na fala de nosso coordenador geral, Daniel Cara, é preciso devolver a educação aos educadores. Não podemos achar normal realizar atalhos insustentáveis e inconstitucionais para garantir insumos de qualidade nas escolas”, reiterou.

Hoje, são investidos de 3 a 5 vezes menos em educação básica do que o que é previsto pelo Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) – um primeiro passo para a implementação do CAQ, com os insumos mínimos, abaixo dos quais não há dignidade na oferta de educação básica no país. “O cálculo leva em conta as condições mínimas que uma escola deve assegurar, independente de onde ela esteja”, diz José Marcelino de Rezende Pinto, professor da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da  Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, pesquisador que elaborou o mecanismo de cálculo do CAQi/CAQ junto com a Campanha, e membro do Comitê Diretivo da Campanha, representando a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (FINEDUCA).

Inconstitucionalidade da proposta

A crescente militarização das escolas públicas é inconstitucional por diversas perspectivas e, além disso, viola os tratados internacionais assinados pelo Brasil.

Na perspectiva do direito à educação, viola frontalmente os princípios da “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, do “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e da gestão democrática do ensino público, na forma da lei (incisos II, III e VI do art. 206, respectivamente). Por esses princípios, devem ser assegurados amplos canais que viabilizem a discussão aberta e democrática sobre todos os temas do processo educativo com a participação dos profissionais da educação (direções escolares, supervisões, coordenações pedagógicas, docentes e gestores), estudantes, familiares dos alunos e da comunidade local.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, por sua vez, ao regulamentar a prerrogativa de autonomia das escolas determina que esta deve ser progressivamente assegurada, em vertente oposta à intervenção de militares na gestão escolar (LDB, art. 15).

Essas garantias jurídico-constitucionais, por sua vez, dão base à construção das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, cujos objetivos e propósitos não comportam o princípio pedagógico das escolas militarizadas, comumente definido como “hierarquia e disciplina”.

Além disso, tal medida é um retrocesso inconstitucional na implementação dos princípios da valorização do magistério e da garantia do padrão de qualidade do ensino. No tocante aos profissionais do magistério, a militarização viola frontalmente o artigo 61 da LDB, que delimita quem está habilitado e legalmente autorizado ao trabalho no ensino: são eles os professores e os trabalhadores da educação com habilitação específica.

Em função disso, é evidente que a militarização escolar conflita abertamente com o modelo de educação estabelecido na Constituição de 1988, porque seus princípios de hierarquia e disciplina não podem ser compatibilizados com o caráter democrático processo educativo, único meio de garantir-se o próprio pluralismo e respeito aos processos de formação de crianças e adolescentes.

Há, nesse ponto, um patente desvio de função das instituições militares e, como consequência, dos servidores públicos militares, uma vez que, nas iniciativas de militarização, estes passam a exercer uma parcela significativa do trabalho atribuído aos cargos e funções do magistério.

A Constituição Federal determinou a existência de órgãos específicos para exercer missões de segurança pública, atribuindo-as às instituições das polícias federais e estaduais, a quem compete exclusivamente a “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. As polícias militares estaduais, a quem cabe a função de polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, exercem suas atribuições em regime subordinado ao poder civil, no caso, os Governadores dos Estados (art. 144).

Para o exercício dessas funções – magistério e polícia –, portanto, a Constituição exige a prévia definição de cargos ou funções a serem ocupadas, com atribuições específicas e requisitos de investidura estabelecidos em Lei. Essa investidura “depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei” (art. 37, incisos I e II).

Destinar, ainda que por Lei, a policiais militares o exercício de parcela das atribuições constitucional e legalmente destinadas aos profissionais da educação configura flagrante desvio de função, tanto quanto seria dar aos professores a competência para o exercício do policiamento ostensivo dentro ou fora da escola. Tal desvio de função pode configurar desvio de finalidade e, neste sentido, improbidade administrativa (Lei nº 8.429, de 1992, art. 11, inciso I); são anuláveis as decisões ou atos administrativos produzidos nessa condição.

Por fim, a militarização das escolas deve ser analisada no contexto da violência policial do país. Neste sentido, é medida que afronta abertamente as principais diretrizes internacionais de proteção a crianças e adolescentes, especialmente a Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989, ratificada e promulgada no Brasil na década de 1990 e que sujeita o país ao monitoramento internacional rotineiro.

No último relatório produzido pelo Comitê sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, em outubro de 2015, o Comitê se mostrou seriamente preocupado com a violência generalizada praticada pela Polícia Militar contra crianças, especialmente as mais pobres e marginalizadas, que vivem nas periferias das grandes cidades. Dentre as graves violações apontadas nas “Observações finais para o Brasil”, foram destacados casos de violência física nas revistas corporais, incluindo o assédio sexual.

Fonte das noticias: http://campanha.org.br/direito-a-educacao/escola-de-qualidade-nao-e-escola-militarizada/?fbclid=IwAR345DTc27xisNHWRXPGmUJWRSZw9H6dvkyrMhA0Iz_xU7sbBDJ0rZLx15c

 

Comparte este contenido:

Japanese language education vital for foreign residents to adjust to society

Asia/ Japan/ 04.03.2019/ Source: the-japan-news.com.

In preparation for an increase in foreign workers, it is indispensable to improve Japanese language education for them. The building of a relevant framework, such as establishing bases for study and ensuring the quality of instructors, must be accelerated.

The new types of residence status for “designated skills” will be established in April, with up to 340,000 foreign workers expected to be accepted into the country over the next five years.

It is necessary to encourage them to adjust smoothly to local communities and workplaces. While rooting out bureaucratic sectionalism at the ministries and agencies, the central government should take measures to support foreign workers, in cooperation with local governments and companies that will accept them. A situation in which foreigners form their own groups of compatriots and become socially isolated should be avoided.

The acquisition of Japanese language skills is key to their smooth adjustment. To obtain the new status, they need to attain the level of Japanese language necessary for daily living. It is important to enhance their language ability, even after their arrival in Japan, with the cooperation of their workplaces.

There are about 2,100 bases for foreigners living in Japan to learn the Japanese language, such as language schools and classes run by nonprofit organizations and local governments. But they are unevenly located, with many of them in urban areas, while about 60 percent of the local governments of cities, wards, towns and villages in the country have no such facilities.

Concern cannot be dispelled that foreign workers will flow out of rural areas into urban areas where wages are relatively high. Having no places for learning Japanese language may impede their settlement in rural areas.

Ensure quality teaching

To eliminate areas devoid of language-learning facilities, the Education, Culture, Sports, Science and Technology Ministry will assign coordinators to prefectural governments and ordinance-designated major cities, starting in fiscal 2019. They are tasked with crafting educational programs suited to local communities, while giving advice and guidance to local classes of Japanese language. Such endeavors should be promoted steadily.

The utilization of public-run evening junior high schools is also important. Originally, the evening classes were attended mainly by Japanese people who for a variety of reasons had not completed their compulsory education. But now foreigners account for 80 percent of the students.

In expectation of an increase in foreign manpower, the government aims at increasing evening school courses, which are currently available at 31 schools in Tokyo and seven other prefectures, by having them established in all the prefectures. Financial support should be advanced in a carefully planned way.

Ensuring the quality of education should not be forgotten. The Cultural Affairs Agency will establish a qualification for teachers of Japanese language. Requiring teaching practice in the training stage is also being discussed. A challenge will be to secure schools where trainees can engage in practice teaching, and to work out the content of practice teaching programs.

Sound management of Japanese language schools is also important. How should these facilities be urged to improve themselves, where the attendance rate of students is low and the performances of language proficiency tests are poor? A framework to check them effectively is essential.

It is indispensable to take care of children who are unable to fully understand classes given in Japanese. The number of such children has reached a total of 44,000 in elementary, junior high and senior high schools, up 70 percent over the past 10 years.

Many of them are elementary and junior high schools with fewer than five such students, making it difficult to give lessons efficiently. There are cases where a teacher who can offer Japanese language instruction circulates among different schools. There are also local governments that offer language programs intensively for a certain period, by having such students gather in one place.

By referring to these examples, meticulous guidance should be expanded.

 

Source of the notice: http://the-japan-news.com/news/article/0005582463

Comparte este contenido:

El ‘brexit’ puede afectar a 50.000 alumnos en España, advierten los colegios británicos

Europa/ España/ 04.03.2019/ Fuente:  www.europapress.es.

La salida del Reino Unido de la Unión Europea puede afectar a la situación de los 50.000 alumnos y 5.000 profesores de los 77 colegios británicos en España, ha advertido la Asociación de Colegios Británicos en España (NABSS), que se ha reunido con el Ministerio de Educación y Formación Profesional para analizar el impacto del ‘brexit’ en estos centros.

Según ha informado la NABSS, el secretario de Estado de Educación, Alejandro Tiana, ha trasladado a los representantes de la asociación que, aunque la situación provoca «incertidumbre», en el caso de no existir acuerdo y se produjera la salida de Reino Unido de la Unión Europea, el Gobierno español estudiaría las fórmulas de incluir, mediante convenio, al Reino Unido en la Ley de Acceso directo, que es la que permite matricularse en las universidades españolas a los alumnos procedentes del resto de los países de la Unión Europea, países con convenio bilateral y el bachillerato internacional.

Actualmente, los colegios británicos gozan del estatus de colegios extranjeros de enseñanza del sistema británico, que es el sistema de enseñanza extranjero más extendido de cuantos se imparten en España, apuntan estos centros.

En la reunión, el secretario de Estado de Educación ha confirmado a los representantes de NABSS la continuidad del sistema actual en España de acceso directo a las universidades españolas de los alumnos que estén cursando ahora Year 12 y Year 13 (equivalentes a 1º y 2º de Bachillerato) desde sus centros británicos.

Este jueves se inicia en Valencia la Conferencia Anual de NABSS, a la que asistirán más de 400 delegados que a lo largo de tres días analizarán en profundidad las consecuencias del Brexit y las formas más adecuadas de afrontarlo.

Fuente de la noticia: https://www.europapress.es/sociedad/educacion-00468/noticia-brexit-puede-afectar-50000-alumnos-espana-advierten-colegios-britanicos-20190228133352.html

 

 

Comparte este contenido:

Paros educativos en Oaxaca rompen récord en febrero

América del Norte/ México/Por: Flor Hernández/ 04.03.2019/ Fuente: newsweekespanol.com.

 

La suspensión de actividades educativas en Oaxaca en instituciones públicas de nivel preescolar, primaria, secundaria, bachillerato y universidad, promovidos por diversos sindicatos rompió récord durante el mes de febrero.

Al paro en escuelas de educación básica que llevó a cabo la Sección 22 adherida a la Coordinadora Nacional de Trabajadores de la Educación (CNTE) los días 25, 26 y 27 de febrero, se sumó el efectuado por el Colegio de Bachilleres de Oaxaca (Cobao) el 28 de febrero y primero de marzo.

A estas protestas que dejaron sin clases a casi un millón de alumnos durante la última semana del segundo mes del año, se agrega la huelga que el Sindicato de Trabajadores y Empleados de la Universidad Autónoma “Benito Juárez” de Oaxaca (STEUABJO) efectuó del primero al 25 de febrero.

Apenas concluido el conflicto en la UABJO, los simpatizantes de la CNTE se movilizaron a la Ciudad de México para realizar un plantón frente a la Cámara de Diputados federal, para exigir la abrogación de la reforma educativa, por lo que lunes, martes y miércoles se ausentaron de 13 mil centros escolares.

Para concluir el mes, los 68 planteles y 13 centros de educación abierta del Cobao en el estado cerraron sus puertas el 28 de febrero y primero de marzo, como medida de protesta contra el recorte presupuestal de tres mil 500 millones de pesos realizado desde el gobierno central.

La Federación Nacional de Sindicatos de los Colegios de Bachilleres (FNSCB), a la cual pertenece el Sindicato Único de Trabajadores del Cobao denunció que con la disminución recursos se afectan los gastos de operación y servicios personales de esta institución. De tal forma que se suprime específicamente el concepto Prima de Antigüedad (quinquenio), lo que representa una reducción real del salario quincenal neto y base de cálculo para la jubilación o pensión.

El Sutcobao confió que la suspensión de actividades por dos días permita la instalación de una mesa de diálogo con la oficialía mayor de la Secretaría de Educación Pública (SEP) para resolver “de fondo” dicho recorte. Así también la gremial precisó que luego de la publicación del presupuesto, la diminución de recursos era de un 20 a un 25 por ciento e impactaba directamente las prestaciones como son la prima de antigüedad (quinquenio) y gastos de operación, representando un total de 184millones de pesos).

Sin embargo, tras la reacción de los sindicatos adheridos a la Federación, indicó el Sutcobao, se llevó a cabo una “corrección de los anexos de ejecución” que de acuerdo a lo difundido este miércoles por la noche contempla el total de recursos financieros para salarios, gastos de operación y prestaciones.

“Si bien es cierto con la modificación realizada se garantiza el pago de nuestras quincenas con su respectivo quinquenio (prima de antigüedad), ahora el aguinaldo ya no figura, lo que representa un aproximado 80 millones 141 mil pesos menos de recursos”, denunciaron.

Fuente de la noticia: https://newsweekespanol.com/2019/02/paros-educativos-oaxaca-rompen-record-febrero/

Comparte este contenido:

No empiezan las clases: CTERA confirmó un paro nacional docente para los días 6, 7 y 8 de marzo

América del Sur/ Argentina/ 04.03.2019/ Fuente: www.infobae.com.

Tal como se preveía, la La Confederación de Trabajadores de la Educación de la República Argentina (CTERA) anunció un paro de 72 horas que impedirá el normal inicio del ciclo lectivo en todo el país.

En su congreso, que reunió a los secretarios generales de cada sindicato de base, el gremio mayoritario definió la huelga para el miércoles 6 y jueves 7 de marzo, además de sumarse al paro internacional por el Día de la Mujer el viernes 9. El principal reclamo que sostienen es la reapertura de la paritaria nacional.

La decisión cumple la presunción oficial. El propio Gobierno deslizaba que CTERA ya tenía definida la huelga incluso antes de sentarse a negociar.

Hasta el momento, solo seis provincias cerraron las paritarias con sus gremios docentes: Mendoza, Misiones, Tucumán, Santiago del Estero, Neuquén y Chubut. En cambio, en otras cuatro jurisdicciones todavía ni se entablaron negociaciones con sus sindicatos: La Pampa, que recién se reunirá hoy, Chaco, Formosa y San Luis, que suele otorgar aumentos unilaterales.

Al igual que viene sucediendo desde el año pasado, cuando el Gobierno derogó la paritaria nacional, CTERA no participó de la mesa de hoy. En el encuentro, el ministro de Educación, Alejandro Finocchiaro, anunció el adelanto de la cuota de junio y llevó el salario inicial docente a 15 mil pesos.

El anuncio oficial depuso las medidas de fuerza que UDA, otro de los gremios nacionales, tenía programadas para la semana que viene.

Asimismo, las dos principales centrales de docentes universitarios -Conadu y Conadu Histórica- también irán a una huelga para la semana próxima, aunque la medida se sentiría con menor fuerza ya que en muchas facultades todavía las clases no habrán arrancado.

 

Fuente de la noticia: https://www.infobae.com/educacion/2019/02/28/no-empiezan-las-clases-ctera-confirmo-un-paro-nacional-docente-para-los-dias-6-7-y-8-de-marzo/

Comparte este contenido:

Cuba transforma sus escuelas en el campo en viviendas para trabajadores agrícolas

Centro América/ Cuba/ 04.03.2019/ Fuente: www.cibercuba.com.

Cuba está tratando de aprovechar algunas de las viejas escuelas en el campo mediante un programa para su conversión en comunidades agrícolas, informó el diario Granma.

En la provincia de Ciego de Ávila se está terminando de alistar el número cuatro de los seis inmuebles previstos, con lo cual las autoridades pretenden elevar el nivel de vida de los trabajadores del sector a la vez de acercar la fuerza laboral a la tierra.

El proyecto, iniciado de forma experimental en la Isla de la Juventud, se extendió a los campos de Ceballos, donde los planteles que albergaban a cientos de estudiantes que laboraban en el plan citrícola, se transforman en comunidades donde vivirán más de 400 familias que trabajan en la Empresa Agroindustrial Ceballos.

Jorge Piloto Valdés, jefe de construcción de la entidad, reveló que 298 familias han sido beneficiadas.

Ya fueron rehabilitadas las escuelas Gregorio Benítez (Ceballos 3), Maximiliano Ramos (Ceballos 11), Pedro Martínez Brito (Ceballos 4) y Batalla de las Guásimas (Ceballos 1).

En julio se entregará la quinta edificación, la antigua Capitán José María Martínez Tamayo Tamayo (Ceballos 8), e inmediatamente empezar las obras de reconstrucción en la otrora Patricio Sierralta Tamayo (Ceballos 10).

Según el especialista, la mayoría de los centros cuentan con escuela, bodega, consultorio médico, y todos poseen lagunas de oxidación rehabilitadas para evitar la contaminación ambiental.

Fuente de la noticia: https://www.cibercuba.com/noticias/2019-02-28-u1-e43231-s27061-cuba-transforma-sus-escuelas-campo-viviendas-trabajadores

Comparte este contenido:

Celaá responde a Casado y Rivera: «El castellano ya es lengua vehicular en las escuelas españolas»

Europa/ España/ 04.03.2019/ Fuente: www.europapress.es.

La ministra de Educación y Formación Profesional, Isabel Celaá, ha asegurado que «el castellano ya es lengua vehicular en las escuelas españolas», respondiendo así a líderes del Partido Popular y Ciudadanos, Pablo Casado y Albert Rivera, que han propuesto convertir el español en el idioma vehicular de la educación en todo el país si ganan las próximas elecciones generales del 28 de abril.

«El castellano es lengua vehicular en la escuela vasca, y en Cataluña también, porque se estudia en catalán pero también el castellano es lengua vehicular en algunas materias y algunos niveles», ha defendido Celaá en una entrevista a Europa Press, en la que niega que el castellano esté «discriminado».

«Es la lengua prevalente en la vida económica, social y artística de España. Lo hablan 580 millones de personas en todo el mundo. No está en ningún riesgo de exclusión o discriminación», proclama.

Sobre la propuesta de Casado, Celaá apunta que el PP «ha estado siete años gobernando y no ha incorporado ningún cambio en la escuela catalana», y ante la propuesta de Rivera recuerda que la medida que plantea supondría un cambio constitucional y legislativo de magnitud.

«Si se quiere hacer una cosa diferente, habrá que pensar en la Constitución, en los estatutos de autonomía que son bloque constitucional, en la Carta europea de lenguas regionales y minoritarias y en la legislación educativa. Pero niego la mayor: el castellano sí es lengua vehicular», insiste la ministra de Educación.

UNA «ESTIMACIÓN» DE ADOCTRINAMIENTO

Celaá también admite en la entrevista a Europa Press que el pasado 20 de febrero, cuando afirmó en el Congreso que solo el 0,2% de los libros de texto editados en España tienen «adoctrinamiento reconocido» no se basaba en ningún estudio, sino en una «estimación», aunque en la cámara aludió a datos del gremio de editores de libros.

«Era una estimación de las quejas que habíamos ido recibiendo en las distintas instancias. Los editores afirman, y respeto absolutamente su opinión, que no hay adoctrinamiento en los libros de textos. La verdad es que nosotros no hemos identificado en ningún estudio esa cuestión. Con el 0,2% nos referimos a una estimación de las quejas que se podían haber recibido», expone la ministra.

Según Celaá, con aquella afirmación pretendía «poner de manifiesto lo minoritario» de las quejas o denuncias por adoctrinamiento en libros de texto. «Algunos libros de texto que han sido susceptibles de recibir denuncias se han llevado a los tribunales y los tribunales las han archivado», asegura la también portavoz del Gobierno de Pedro Sánchez.

Según Celaá, con aquella afirmación pretendía «poner de manifiesto lo minoritario» de las quejas o denuncias por adoctrinamiento en libros de texto. «Algunos libros de texto que han sido susceptibles de recibir denuncias se han llevado a los tribunales y los tribunales las han archivado», asegura la también portavoz del Gobierno de Pedro Sánchez.

GENERALITAT Y ALTA INSPECCIÓN

En todo caso, Celaá ha subrayado que «por supuesto» hay que atender las quejas presentadas en distintas instancias. «Por supuesto que hay que atender las quejas pero quiero recordar que el Tribunal Constitucional hizo una sentencia reciente (de febrero de 2018) que excluyó al Estado de prestar ese servicio que habían ideado en los últimos tiempos por el cual el Estado entraba a pagar los servicios en castellano en centros privados en Cataluña y luego los compensaba a través del  (fondo de liquidación autonómica) afirmando que ese servicio lo debía prestar la comunidad autónoma y lo debe prestar la comunidad autónoma», ha recalcado.

Así, ha puesto de manifiesto que para dar cumplimiento a ello está la Alta Inspección, para que lengua y literatura castellana se preste en castellano en la comunidad autónoma y ha añadido que, aunque «el sistema de inmersión lingüística es un sistema constitucional», ese sistema debe compensarse «obviamente» con la utilización vehicular del castellano.

El objetivo, según Celaá, es cumplir lo que ya decía la LOGSE y han venido reiterando las distintas leyes que es que al final de la educación obligatoria todo alumno haya adquirido la destreza de la lengua castellana y en la lengua cooficial.

Fuente de la noticia: https://www.europapress.es/sociedad/educacion-00468/noticia-celaa-responde-casado-rivera-castellano-ya-lengua-vehicular-escuelas-espanolas-20190301123538.html

 

Comparte este contenido:
Page 2247 of 6673
1 2.245 2.246 2.247 2.248 2.249 6.673