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Quinze anos de Reforma Psiquiátrica (I)

Em 6 de abril de 2001, país começava a desativar seus tristes manicômios. Ao resgatar histórias de pacientes com transtornos mentais, nossas matérias ensaiam um balanço desta transformação

Por Lígia Morais

Atenção em Preto e Branco

Pitico não consegue sonhar, acha que é por causa da medicação que tomava antes. Ele passou 13 anos entre os muros de um hospital e hoje mora numa residência terapêutica em Sorocaba. Um amigo o leva na garupa para andar de moto, Pitico usa o capacete e um blusão de couro para rodar pelo centro da cidade. “É uma liberdade que não tem preço”, diz sorrindo. Wilson Abramusviz “Pitico” sabe ler, escrever, conversar, entrar, sair, só não consegue sonhar. O documentário “A chave da nossa casa”, lançado pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo em 2015, trata da desinstitucionalização de pacientes psiquiátricos, isto é, da mudança dos hospitais para modelos que promovem a reintegração social, como é o caso das residências terapêuticas. Em vídeo, também é contada a história de Valdeci.

Depois de 26 anos morando num hospital, é ela mesma quem decide o horário em que vai dormir: à meia-noite. Valdeci de Carvalho mora com mais sete pessoas numa residência em Santo Amaro, todos ex-internos de hospitais psiquiátricos. Ela os chama de família, vão à praia, ao sítio, ao shopping. “A gente se distrai muito, se diverte muito, a gente curte muito a vida”, ela conta. No documentário, faz um apelo, pede para que tirem todos os outros pacientes de hospitais o mais rápido possível, para que possam melhorar e poder sentir o que é liberdade – “Quem estiver ouvindo essa gravação, o ministro da saúde, o governador, que abra residência pra poder morar, porque não tem como morar num hospital; hospital não foi feito pra morar não”. Ela termina: “Esse é meu recado, Valdeci Elias de Carvalho. Obrigado”.

Em 2008, eram 6.349 pacientes internados em hospitais psiquiátricos no estado paulista, a maioria já possuía condições de começar o processo de ressocialização. Ainda assim, a falta de uma rede alternativa consolidada os impedia de continuar o tratamento fora das instituições. Seis anos depois, o Censo Psicossocial de 2014 mostrou que 4.439 pessoas ainda estavam morando em hospitais. “Esse número atual de moradores já sinaliza as resistências e dificuldades em cumprir o que está assegurado por lei desde 2001 e preconizado pela política de saúde mental com a sua implantação”, está escrito no relatório. Aponta-se a falta de investimentos nos serviços extra-hospitalares de base comunitária e a resistência ainda grande da sociedade em incluir os doentes mentais nas cidades.

Mantiveram-se 53 hospitais psiquiátricos no estado de São Paulo. “Se a lei se consolidou e se legitimou, através da implantação real de boa parte dos seus mandamentos, o embate ideológico e de modelos de atenção persiste e a agenda política de defesa dos princípios da lei permanece atual”, comenta Pedro Delgado em artigo publicado em 2011, na efeméride dos dez anos da Lei 10.216. Pedro, do Instituto de Psiquiatria da UFRJ, é irmão do deputado Paulo Delgado, que propusera o projeto legislativo da Reforma Psiquiátrica no final da década de 1980.

“130 leitos do passado”

Em Franco da Rocha, os corredores vazios e prédios interditados do Juquery nem parecem já ter abrigado mais de 14 mil pacientes. Entre 1995 e 2003, muitos deles passaram pelo processo de desinternação. Pouco antes da aprovação da Lei 10.216, que institucionaliza a reforma psiquiátrica, 2.500 pessoas ainda moravam nas colônias do hospital centenário. Pier Paolo Pizzolato, Diretor Técnico 1 do Complexo Hospitalar do Juquery, explica que a desinstitucionalização foi demorada pois foi necessária a revisão dos prontuários de todos os pacientes. Também se prolongou por muitos deles não possuírem documentos de registro, o que dificultava a reativação do vínculo familiar. Em 2015, eram 130 leitos ocupados.

“O paciente crônico que está aqui ainda é paciente que não tem família, que não tem referência do Estado, que não tem capacidade suficiente para estar numa residência terapêutica”, comenta Paolo. Eles têm uma internação média de mais de 40 anos e, por isso, o tratamento hoje é mais ligado a doenças causadas pela velhice do que aos próprios problemas psiquiátricos. Raramente eles têm algum surto, mas tratam da diabetes, dos problemas do coração, dos de locomoção. Quando um desses pacientes vem a falecer, o leito é extinto e não pode mais haver internações.

Os diálogos sobre a criação de um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) na cidade começaram há pouco e, na região de Franco da Rocha, também não há residências terapêuticas. “É um gargalo físico”, aponta Pizolatto, “não é todo mundo que quer ter um CAPS dentro do próprio município”. Ele é arquiteto de formação e foi um dos responsáveis pelo projeto de transformar o antigo asilo de crônicos em um hospital de retaguarda. Ele vê como futuro para o complexo a vocação de reabilitação psíquica e física. “Enquanto isso não acontece, o Juquery fica nessa situação onde já tem alguns serviços de ponta e ainda convive com 130 leitos do passado, que a gente vai aos poucos fechando”, comenta.

Em 2014, houve licitação para a reforma e o restauro de parte do conjunto do hospital, mas uma questão burocrática entre as empresas concorrentes fez com que o processo parasse. No ano seguinte, o financiamento foi recolhido e, com a crise econômica, o projeto terá que ser alterado para se adequar ao novo orçamento. Serão construídos, num projeto piloto, 40 leitos – que futuramente pretende-se expandir para 105. Paolo ainda não fala de prazos, mas afirma que existe tanto a vontade técnica como a vontade política, duas questões essenciais para que se aconteçam as mudanças.

“Lutei por uma pátria livre”

O lema no brasão da cidade de Sorocaba está fixado sob a mesa dos vereadores. Celso Sanches não pôde comparecer à Câmara Municipal na tarde do dia 28 de novembro de 2015. Lá seria realizado um debatesobre saúde mental, direitos humanos e o processo de desinstitucionalização em Sorocaba. Mandou uma carta, então, para ser lida por um representante do Movimento Antimanicomial “Loucos pelo Mundo”, do qual também participa ao lado do filho Denis. Celso escreve que o filho esteve internado no hospital Teixeira Lima, no Vera Cruz e no Jardim das Acácias. “Ele sofreu nesses hospitais todo tipo de violência, principalmente no Teixeira Lima e no Vera Cruz; Denis Roberto Sanches foi agredido pelos enfermeiros, foi abusado sexualmente e foi ameaçado de morte, se ele falasse para o pai”, conta. Pelas ameaças psicológicas e físicas, Celso pede aos políticos que tomem providências.

Denis também quer que se investiguem os casos de violência. Em pausas longas, se emociona ao falar que tinha medo das ameaças. Lembra que o amarravam no Vera Cruz, pelos braços e pernas. Faz um apelo: “Eu acho que eu não sou louco; que não precisa de hospital nenhum pra internar, tem que fechar o hospital”.

Entre 2004 e julho de 2011, ocorreram 825 mortes de pacientes do SUS nos hospitais da região de Sorocaba, o que corresponderia a uma morte a cada três dias. A concentração de leitos de longa permanência e as denúncias de maus tratos nos hospitais levaram à formalização de um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) em 2012, que previa a desinternação de pacientes de sete instituições psiquiátricas e a sua transferência para residências terapêuticas (RTs) ou CAPS. Em 2008, a região compunha o maior polo manicomial do país, com mais de dois mil pacientes. Em 2014, do total de 4.439 moradores de hospitais psiquiátricos no estado, 1.600 estavam em Sorocaba.

A assinatura de Jefferson Aparecido Dias é a primeira que aparece no documento do TAC de Sorocaba. Foi designado pela Procuradoria Geral da República para tratar do caso. “O TAC tem a finalidade de fortalecer e consolidar a rede protetiva aos pacientes e garantir tratamento mais humano e eficaz”, ele explica. Foram criadas equipes multidisciplinares, com profissionais do município, do estado e da União. Em até três anos – com possibilidade de se estender por mais um; então, até 2016 – todos os pacientes atendidos pelos hospitais devem ser transferidos para a Rede de Atenção Psicossocial (RAPS). “O problema é que apesar da lei, a RAPS não foi criada, razão pela qual não existem estabelecimentos aptos a receberem os usuários da saúde mental”, aponta Jefferson. Os pacientes são então mantidos nos hospitais psiquiátricos.

Denúncias e luta

“Categoria enfrentamento à tortura: recebe o prêmio o Fórum da Luta Antimanicomial de Sorocaba – FLAMAS“. No Palácio do Planalto, aplausos seguem o anúncio do Prêmio Direitos Humanos, em 2011, e não se escuta mais o que diz o apresentador no microfone. A Presidenta da República cumprimenta um dos representantes do FLAMAS, movimento que fora criado dois anos antes e responsável por denúncias de hospitais psiquiátricos na cidade do interior do estado de São Paulo.

Em audiência pública, na manhã do dia 28 de novembro de 2015, Francisco Fernandes, secretário de Saúde de Sorocaba, levanta os números da desinstitucionalização. De 2010 a 2015, o número de leitos SUS em Sorocaba e na região caiu de 2.778 para 1.853. Três das quatro instituições psiquiátricas da cidade foram fechadas. O Vera Cruz, porém, continuou funcionando, como espaço para receber egressos de outros hospitais do estado. Em novembro de 2015, 470 pacientes ainda estavam internados no Hospital, quase a sua capacidade máxima – que é de 512 pessoas. Entre 2010 e 2015, foram fechados 42 leitos do Vera Cruz. Apesar da aprovação do TAC em 2012, o FLAMAS não vê perspectiva de cumprimento do termo pela Prefeitura de Sorocaba no prazo estabelecido.

No final da audiência, Mirsa Dellosi, coordenadora de Saúde Mental da cidade, pede a palavra para comentar um dos dados levantados pelo secretário. Ela se diz emocionada por, nos últimos três anos, o número de altas de pacientes para a família ou residência terapêutica ser três vezes maior que o número de óbitos – o que seria um momento histórico, já que o número de óbitos de hospitais psiquiátricos costuma ser maior que o de altas. Apesar de alguns avanços, representantes do Fórum de Luta Antimanicomial ainda veem problemas no processo de desinstitucionalização – comentam na audiência que a assinatura do TAC, por exemplo, não contemplou a Defensoria Pública, o Conselho Regional de Psicologia e os movimentos sociais da região.

O processo de desinstitucionalização em Sorocaba, segundo o FLAMAS, tem se transformado num processo de desinternação. Dizem os representantes: “para a Prefeitura, o cumprimento do TAC seria retirar as pessoas dos hospitais psiquiátricos, sem levar em consideração o reestabelecimento social dessas pessoas, sem trabalhar autonomia ou questões que possam facilitar a integração na sociedade”. Entra, além dessa, a questão dos administradores dos novos modelos de assistência. O FLAMAS aponta que são os mesmo que gerenciavam os espaços de asilamento e hipermedicalização dos antigos hospitais psiquiátricos. A RAPS de Sorocaba, por ser formada por organizações sociais e CAPS ligados aos mesmos grupos denunciados pelos militantes, acaba reproduzindo práticas manicomiais.

Afirmam ainda que a atenção básica da cidade não tem capacidade para realizar um atendimento cotidiano e que a assistência 24h dos CAPS e os leitos em hospitais gerais não são suficientes. “A Rede de Atenção Psicossocial em Sorocaba não atende às necessidades e à complexidade do cuidado com pessoas que saíram de manicômios depois de anos ou décadas de internação, negligência e maus-tratos”, dizem.

Em 2014, o processo de desinternação havia se intensificado com a contratação de trabalhadores comprometidos com a Reforma Psiquiátrica, mas com a subsequente demissão em massa desses funcionários, o processo voltou à lentidão. Com as mudanças na gestão do processo de desinstitucionalização, os militantes da luta antimanicomial de Sorocaba não têm mais acesso ao Vera Cruz. “Sem transparência, fica mais complicado acompanhar e fiscalizar o que acontece, para cumprir o papel do movimento social: tencionar por uma ampliação sempre maior e mais inclusiva dos Direitos Humanos e denunciar abusos e violações de direitos”, comentam.

Os integrantes do FLAMAS sofrem ameaças constantes de criminalização e perseguição por causa das denúncias que fazem. Com a transparência que falta agora ao processo, “o FLAMAS enfrenta o desafio de continuar atuando contra uma estrutura manicomial que se reforçou após as demissões dos profissionais mais críticos e dos gestores mais alinhados com a Reforma Psiquiátrica”, afirmam. Também preocupam as nomeações de Marcelo Castro e Valencius Wurch para cargos de coordenação no Ministério da Saúde. Em 2016, os militantes de Sorocaba começaram o ano participando doLoucupaBrasília, manifestação na capital do país que pedia a exoneração de Wurch.

Problemas na alternativa

Os problemas na consolidação de modelos alternativos de assistência não são exclusivos de Sorocaba ou Franco da Rocha. No estado de São Paulo, a estimativa do Censo Psicossocial 2014 é de que seriam necessárias 555 residências terapêuticas para atender a demanda da população paulista. Hoje, elas são 158. As regiões de Araçatuba, Araraquara, Baixada Santista, Barretos, Franca, Presidente Prudente, Registro e Taubaté não apresentam nenhuma residência. Também em São Paulo, foram instalados 416 Centros de Atenção Psicossocial, mas o número de CAPS III – serviço de assistência 24h – chega a 42. No Brasil, o Ministério da Saúde levantou em 2010 a existência de de 570 residências terapêuticas e 1620 CAPS.

O Prof. Dr. Osvaldo Gradella, sentado em sua sala da Unesp de Bauru, no interior paulista, ajeita os óculos no rosto e comenta que os gestores no Brasil ainda não sabem como implantar uma forma de atenção aberta, principalmente por faltar experiência a muitos profissionais. “O modelo que temos é um serviço isolado, sendo que a ideia era ter um serviço em rede – o CAPS I para a entrada, o CAPS II mais especializado e o CAPS III que seria 24h; também era pra se ter uma articulação maior do serviço com os bairros e familiares de pacientes”, comenta. Para o professor, o atendimento acaba se tornando meramente clínico. “Essa é uma das contradições que se tem hoje na implementação: nós saímos dum modelo ‘hospitalocêntrico’ e agora vamos para um modelo ‘capscêntrico’”, ele diz.

O movimento de luta antimanicomial também tem questionado as novas formas de atenção. Segundo Osvaldo, com o fim dos hospitais, os novos modelos começam a carregar em si a sua própria alienação, os seus próprios defeitos. “Tem que se pensar se o CAPS é a solução ou se temos que criar uma nova estratégia de atenção; pensar se ela não se esgotou, se cumpriu seu papel histórico num processo de transformação e se agora a gente precisa criar uma nova estratégia de atenção”, diz o professor.

Ainda assim, Osvaldo comenta que não se pode perder de vista o ataque de setores conservadores, que querem recuperar a internação nos hospitais, reforçando políticas de exclusão – por exemplo, no Congresso. “A própria implementação do discurso neoliberal, do rompimento com uma série de políticas públicas, a falta de investimento na área de saúde e educação; isso de certa forma tem favorecido principalmente a perspectiva manicomial”, afirma Gradella, que tem observado um retrocesso na luta antimanicomial e a ascensão de setores ligados à medicina privatista.

Outra questão que se coloca aos atuais desafios da reforma psiquiátrica brasileira é o tratamento do crack. O professor pontua o crescimento das comunidades terapêuticas de caráter religioso, instituições que têm ocupado o lugar dos hospitais psiquiátricos, repetindo práticas de maus tratos e de punição. O empenho dos governos no combate à droga, segundo Osvaldo, “desviou um pouco a atenção da reforma psiquiátrica, porque o crack virou um assunto de comoção nacional e grande embate entre as forças mais conservadoras, que viram na história das comunidades terapêuticas uma nova forma de ganhar dinheiro”.

Querem os hospitais de volta

A demora na implementação de uma Rede de Atenção Psicossocial eficiente tem sido acompanhada pelo crescimento de setores conservadores na sociedade brasileira. Para os militantes do FLAMAS, esses grupos que defendem a internação em hospitais psiquiátricos seguem uma ideologia de segregação e negação da diferença, do encarceramento de comportamentos que não atendem às expectativas sociais hegemônicas, seguem a crença de que a “loucura” deve ser afastada da sociedade, de que os “loucos” são perigosos, a ideologia do higienismo e da pobreza encarcerada. “O movimento antimanicomial, por sua vez, é orientado pelos valores da autonomia e solidariedade, pela noção de inclusão social, respeito à diferença, pela defesa intransigente dos Direitos Humanos”, eles afirmam.

Em resposta a Marcelo Castro, ministro da Saúde, que afirmou no final de 2015 que a luta antimanicomial era muito ideológica e pouco científica, os integrantes do Fórum de Sorocaba comentam que “a maior prova de que a Luta Antimanicomial é eficaz é a melhora entre as pessoas que são tratadas em liberdade, com equipes multiprofissionais (não apenas médicos), vivendo em sociedade, voltando a produzir arte, conhecimento, trabalho, política etc”. Mencionam também o reconhecimento internacional da ONU, em especial da Organização Mundial de Saúde, pela reforma psiquiátrica no Brasil. Ainda dizem: “essas críticas de ação ideológica da Luta Antimanicomial têm o único propósito de deslegitimá-la, mas são críticas vazias que não se comprovam quando vamos para as experiências concretas”.

“A ala em que eu morava era um pavilhão com 90 pessoas, com quartos dos dois lados do corredor. Era algo meio prisão”, assim se lembra Wilson Abramusviz “Pitico” do Hospital Vera Cruz. Em entrevista à CartaCapital, comenta que tem a chance de recomeçar sua vida, com mais autonomia e liberdade. Em 2015, foram 95 pacientes que receberam alta da instituição – 16 para morar com familiares, 67 em RTs de Sorocaba e 12 em RTS de outras regiões. A Agência Sorocaba de Notícias, órgão ligado à Prefeitura, publicou que a coordenação de Saúde Mental previa no mínimo mais cem altas no primeiro bimestre do ano seguinte. Os pacientes do Vera Cruz são, no começo de março de 2016, 456. Pitico, já longe do hospital, descreve sua casa, a residência terapêutica em Sorocaba, como “um hotel cinco estrelas”.

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Venezuela: Foro de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad

 

Fuente: Correo del Orinoco/ 14-04-16.-Matías Bosh durante su participación en el Foro de Intelectuales y Artistas en Defensa de la Humanidad, “Venezuela en la Encrucijada”, donde se desarrollo el tema de la “guerra económica y organización popular” destacó la necesidad del chavismo de reconstruir mayoría política más allá de los partidos.

El invitado proveniente de República Dominicana, destacó que tomando en cuenta que el gobierno de Nicolás Maduro es producto del apoyo popular y de unas fuerzas armadas patriotas la consigna que debe manejar el chavismo para la construcción de una mayoría política debe ser “Venezuela ahora es de todos” y no de los burócratas o de las élites económicas.

Para el profesor e investigador de la Facultad Latinoamericana de Ciencias Sociales (RD): “El chavismo no debe cesar en el objetivo de las clase oprimidas por imponer un modelo de Estado pero para ello debe superar sus diferencias internas como contraposición con la visión simplista de la democracia burguesa que intenta resumir la política a la lucha entre fracciones por el poder”.

“Si no hubiese antagonismo de clases sociales no hubiese necesidad de mediador y en Venezuela, sigue habiendo clase explotadora y explotada”, que generan confrontaciones, dijo.

EDUCACIÓN LIBERADORA

El pedagogo venezolano Luis Bonilla-Molina aseguró que nuestro país es el epicentro de la lucha entre las instancias financieras y económicas globales que dirigen la agenda educativa planetaria frente a al sistema pedagógico liberador propuesto por la revolución bolivariana.

Bonilla llamó la atención sobre el riesgo que contiene para la perspectiva humanista e integral de la educación, el “apagón pedagógico mundial” que ensayan los organismos multilaterales en alianza con gobiernos de derecha y corporaciones para reducir las áreas del sistema educativo, a la enseñanza de matemática, lecto-escritura, conocimiento científico y tecnología.

Para el neoliberalismo la pedagogía liberadora puede ser un elemento subversivo de la sociedad, tomando en cuenta que genera una ciudadanía crítica y un desarrollo integral de la persona. Ante este panorama intentan imponer mediante modas tecnocráticas, una educación politécnica en las que imperan las didácticas, el gerencialismo, la formación de planificadores, la evaluación cualitativa y cuantitativa o sistemas de clasificación por currículo o ranking universitario.

Según Bonilla-Molina, en contraste con esta tendencia neoliberal “la revolución bolivariana propone mucha educación y formación para democratizar el conocimiento, no para convertirnos en élites sino para que pueblo sea el instrumento cabal y consciente de la transformación de la sociedad”.

“La revolución bolivariana trabaja de manera renovada para garantizar el derecho humano a la educación para todos y todas, la educación pública, gratuita y de calidad para todos y todas, así como la recuperación de la educación guiada por las ciencias pedagógicas y no por la lógicas del mercado”, sentenció.

El docente recordó que a la llegada de la revolución bolivariana al poder, “el Estado no tenía capacidad de responder a la enorme necesidad de democratizar el conocimiento, a lo que Chávez respondió con la creación de las misiones, en especial las educativas que permitieran al pueblo organizado apropiarse del conocimiento que le había sido negado por años para poder ser un pueblo soberano”.

OSADÍA PROGRESISTA

Héctor Díaz Polanco, ensayista, antropólogo, sociólogo e historiador mexicano, afirmó que la guerra económica del imperialismo contra Venezuela y otros países con gobiernos progresistas en la región está vinculada al “castigo” por su osadía de haber desafiado al modelo capitalista en su fase neoliberal.

“En nuestro país es el interés de lo común lo representa el Estado. Estamos en un momento histórico en que un sistema intenta desplazar lo común y minimizar el papel del Estado y como contrapartida impulsar y expandir los intereses particulares que actúan en el mercado”, explicó.

MÉXICO BOLIVARIANO

Héctor Díaz Polanco, dirigente del Movimiento de Regeneración Nacional (MORENA), comentó que en México la oposición trabaja en la construcción de una mayoría política que gane las elecciones nacionales de manera avasallante para no dar espacio al fraude electoral impuesto por el partido priista mediante el mágico proceso de aparición de más votos que los emitidos y la compra de votos.

“Las posibilidades que gane Morena en las elecciones del 2018 son muy altas. La intención no sólo es ganarle sino arrasarles como única posibilidad que la variable fraude no intervenga de nuevo” argumentó.

En cuanto a la inclusión de su país a la onda de gobiernos progresista, Díaz Polanco, enfatizó que por lo menos para él “es importante que México pueda integrarse a los países de América Latina que están haciendo los cambios a fin de consolidarlos y profundizarlos. Esa es una tarea que México podrá realizar. Imagínense a México en el escenario de cambios Latinoamericano. Digámoslo directo, la integración de México a la revolución bolivariana.

BLOQUE PROGRESISTA

Juan Manuel Karg, analista internacional argentino aseveró que lejos de estar acabado el socialismo en America Latina, estamos a las puertas que en países como Argentina, Uruguay, Paraguay, Honduras, Argentina, Brasil y hasta México se instauren gobiernos progresistas mientras en Bolivia, Ecuador, Venezuela y Nicaragua se mantengan.

El licenciado en ciencias políticas, criticó las políticas neoliberales implementados por el presidente argentino Mauricio Macri que han dejado sin empleo a miles de argentinos, y devaluado la moneda local y recomendó a los periodistas venezolanos consultarle a Lilian Tintori, esposa del dirigente político Leopoldo López, quien cumple condena por diversos delitos, si comparte estas medidas económicas tomando en cuenta los vínculos políticos que mantienen.

Fuente: http://www.aporrea.org/

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ODS/ Objetivo 5: Igualdad de género

Lograr la igualdad entre los géneros y empoderar a todas las mujeres y niñas

Empoderar a las mujeres y promover la igualdad de género es fundamental para acelerar el desarrollo sostenible. Poner fin a todas las formas de discriminación contra mujeres y niñas no es solo un derecho humano básico, sino que además tiene un efecto multiplicador en todas las demás áreas del desarrollo.

Desde 2000, la igualdad de género es un aspecto primordial de la labor del PNUD, sus socios de la ONU y el resto de la comunidad global, y se han registrado algunos avances extraordinarios. Más niñas asisten hoy a la escuela que hace 15 años y en la mayoría de las regiones se logró la paridad de género en educación primaria. Además, las mujeres constituyen hoy el 41% de la fuerza laboral remunerada no agrícola, en comparación con el 35% en 1990.

Los Objetivos de Desarrollo Sostenible se apoyarán en estos logros para garantizar el fin de la discriminación a mujeres y niñas en todo el mundo. Sin embargo, en algunas regiones aún existen grandes desigualdades en el acceso a empleo remunerado entre hombres y mujeres y enormes brechas en el mercado laboral. Los obstáculos más difíciles de superar y que aún persisten son la violencia y la explotación sexual, la división desigual del trabajo no remunerado -tanto doméstico como en el cuidado de otras personas- y la discriminación en la toma de decisiones en el ámbito público.

Garantizar el acceso universal a salud reproductiva y sexual y otorgar a la mujer derechos igualitarios en el acceso a recursos económicos, como tierras y propiedades, son metas fundamentales para conseguir este objetivo. Hoy más mujeres que nunca ocupan cargos públicos, pero alentar a más mujeres para que se conviertan en líderes en todas las regiones ayudará a fortalecer las políticas y las leyes orientadas a lograr una mayor igualdad entre los géneros.

La igualdad de género es uno de los 17 Objetivos Globales de la nueva Agenda para el Desarrollo Sostenible. Un enfoque integral es crucial para avanzar en los diversos objetivos.

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ODS/ Objetivo 3: Buena salud

Garantizar una vida sana y promover el bienestar para todos en todas las edades

Desde la creación de los Objetivos de Desarrollo del Milenio se han conseguido logros históricos en materia de reducción de la mortalidad infantil, mejoramiento de la salud materna y lucha contra el VIH/sida, malaria y otras enfermedades. Desde 1990, las muertes infantiles factibles de prevenir disminuyeron en más del 50% a nivel mundial. La mortalidad materna cayó en un 45 % en todo el mundo, mientras que las nuevas infecciones por causa del VIH/SIDA disminuyeron un 30 % entre 2000 y 2013. Además, más de 6,2 millones de personas se salvaron de la malaria.

A pesar de estos avances tan notables, todos los años mueren más de 6 millones de niños antes de cumplir cinco años y 16.000 menores fallecen a diario debido a enfermedades prevenibles, como el sarampión y la tuberculosis. Todos los días, cientos de mujeres mueren durante el embarazo o el parto y en las regiones en desarrollo, solo el 56 % de los nacimientos en zonas rurales es asistido por profesionales capacitados. El SIDA es ahora la principal causa de muerte entre los adolescentes de África subsahariana, una región que continúa sufriendo los estragos de esta enfermedad.

Estas muertes se pueden evitar con prevención y tratamiento, educación, campañas de vacunación y salud reproductiva y sexual. Los Objetivos de Desarrollo Sostenible representan un audaz compromiso para poner fin a las epidemias de sida, tuberculosis, malaria y otras enfermedades contagiosas hasta 2030.

El objetivo es lograr una cobertura universal de salud y facilitar medicamentos y vacunas seguras y eficaces para todos todos. Una parte esencial de este proceso es apoyar la investigación y el desarrollo de vacunas, además de proporcionar acceso a medicamentos asequibles.

Promover la salud y el bienestar es uno de los 17 Objetivos Globales de la nueva Agenda para el Desarrollo Sostenible. Un enfoque integral es crucial para avanzar en los diversos objetivos.

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Educación de calidad es fundamental para formar militares de excelencia: Sedena

Se inauguró el Segundo Congreso de Innovación e Investigación Educativa del Sistema Educativo Militar 201

Los principales objetivos de la Universidad del Ejército y Fuerza Aérea Mexicana son la investigación y la innovación, resaltó el General de Brigada D.E.M, Ángel Prior Valencia, rector de la casa de estudios, donde hizo énfasis en la importancia que tiene la capacitación permanente de los soldados y el uso de las tecnologías de la información como estrategias para alcanzar una mejor calidad en esta materia.

“En este año nuestros principales objetivos están centrados en la investigación y la innovación, se pretende destacar la calidad de la educación militar para forzar militares profesionales competentes y competitivos, con sólidos valores nacionales e institucionales y respetuosos de los derechos humanos”, apuntó.

“La educación de calidad es fundamental para formar militares de excelencia, con su apoyo invaluable y la colaboración de la Secretaria de Marina y otras prestigiadas universidades del país, están en desarrollo 70 proyectos de investigación cuyos productos, al concretarse, impactarán directamente las áreas de diagnóstico molecular, sistema de detección remota, tecnología aeroespacial y uso de armamento”, resaltó Prior Valencia, director general de educación militar.

Prior Valencia destacó la importancia de darle difusión a la investigación y el desarrollo de proyectos militares como estrategia en la transformación de las Fuerzas Armadas mexicanas.

El evento que se lleva a cabo en el Campo Militar número 1B, Popotla, fue inaugurado por el secretario de la Defensa Nacional, General Salvador Cienfuegos Zepeda, quien no hizo declaraciones.

Al primer día del Congreso asistieron 38 generales, 70 jefes, 113 oficiales, 29 elementos de tropa, 29 docentes civiles, 20 navales y 13 civiles de las universidades invitadas.

Fuente de la Noticia: http://www.24-horas.mx/educacion-de-calidad-es-fundamental-para-formar-militares-de-excelencia-sedena/

Imagen: http://gq8ne3sd6ka12wvdz3ubnadf.wpengine.netdna-cdn.com/wp-content/uploads/cache/2016/04/953581_NpAdvHover.jpg

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Educación en Colombia mejoró, pero se sigue rajando

Colombia/13/04/2016/ Fuente y Autor caracol

El presidente Santos dijo que en una escala de 1.0 a 10.0, la calidad de la enseñanza en el país saca 5,86.

El presidente Juan Manuel Santos desde Chía, Cundinamarca, presentó los resultados del Índice Sintético de Calidad Educativa, donde si bien se registra una mejora en los resultados de los colegios públicos en el país en el último año, aún no se alcanza en educación primaría, básica o secundaria una calificación superior al 6 sobre 10.

Según explicó el mandatario en una escala de 1 a 10 en la que se evalúa la calidad de los colegios, para nivel primaria se subió de 5,07 a 5,42. En cuanto a secundaría, se incrementó el resultado de 4,93 a 5,27, mientras que en la educación media los resultados muestran un aumento de 5,57 a 5,89 sobre 10.

Considera, sin embargo, que los resultados demuestran que “vamos por buen camino… no solamente cumplimos sino que en varios frentes superamos las metas”.

“Estamos haciendo bien las tareas y lo que estamos haciendo está teniendo un efecto positivo”, aseguró el jefe de Estado resaltando los resultados.

Aseguró que la meta es alcanzar el nivel de países como Chile, que tienen los índices más altos de calidad de la región.

Para el presidente Santos es el resultado de incrementar el presupuesto de la educación más allá de otros sectores, incluso el de la defensa y de ubicar este tema como un pilar fundamental dentro de las metas de Gobierno.

Santos establece las nuevas metas en la Calidad Educativa para el 2017

El presidente Juan Manuel Santos anunció las metas en la calidad educativa que buscará que cumplan los colegios públicos para el 2017.

De acuerdo con el jefe de Estado, en el Índice que tiene una escala de 1 a 10, y que evalúa la educación primaria, secundaria y media. Se subió la meta de primaria a 5,61; la de secundaria se ubicó en 5,32 y la media para el 2017 será de 5,97.

Afirma que gracias a las inversiones que se han venido realizando en materia educativa, al igual que con programas como “Todos a Aprender”, se logrará cumplir con las metas de este indicador que mide el progreso, la eficiencia, el desempeño y el ambiente escolar de los colegios públicos del país.

Fuente de la noticia: http://caracol.com.co/radio/2016/04/13/nacional/1460564191_745211.html

Imagen: http://cr00.epimg.net/radio/imagenes/2016/04/13/nacional/1460564191_745211_1460564282_noticia_normal.jpg

Socializado por:

Dulmar Pérez. Candidata al Doctorado Pedagogía, Magister en Docencia Universitaria, Especialista en Docencia para la Educación Inicial. Ha publicado artículos internacionales y nacionales PEII-A Investigadora adscrita al CIM. Coordinadora CNIE en Barinas

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Becas de la OEA para estudios académicos de postgrado e investigación de postgrado 2017

Convocatoria Abierta

BECAS DE LA OEA PARA ESTUDIOS ACADÉMICOS DE POSTGRADO E INVESTIGACIÓN DE POSTGRADO – 2017

(Para iniciar estudios entre Enero y Diciembre de 2017)


Las solicitudes de becas deberán ser procesadas a través de la Oficina Nacional de Enlace (ONE) de su país. Vea las fechas límite de postulación en la parte inferior de la página

Oportunidades de Becas para estudios de maestría, doctorado o investigación de postgrado
conducente a un título universitario (No Postdoctorados)

TIPOS DE BECAS ACADÉMICAS

 

Autocolocada en una Universidad del Consorcio de la OEA

Los postulantes buscarán su propia admisión en una universidad
que sea parte del Consorcio de Universidades de la OEA.
 

Autocolocada en una Universidad fuera del Consorcio de la OEA

Los postulantes buscarán su propia admisión en una universidad o
institución educativa de su preferencia, dentro de los Estados Miembros de la OEA.

CARACTERÍSTICAS DE LAS BECAS DE LA OEA

 
  • Las becas académicas de la OEA son otorgadas para realizar estudios a tiempo completo en cualquiera de los Estados Miembros de la OEA, exceptuando el país de origen (patrocinador) del postulante.
  • Modalidad de estudio: Presencial, a distancia (en línea) o una combinación de ambos.
  • Las becas académicas de la OEA se otorgan por un período no menor a un (1) año académico y no mayor a dos (2) años académicos.
  • Los becarios de la OEA deberán comprometerse a regresar al país patrocinador y permanecer ahí por un período no menor a 24 meses *después de concluida la beca.

* El compromiso de permanecer en el país de estudio después de concluida la beca, también aplica a estudiantes a distancia.

  • Las becas que otorga la OEA para estudios de postgrado e investigación, deberán estar enmarcadas dentro de las ocho (8) áreas prioritarias contempladas en dicho plan.
  • Las becas académicas de la OEA no financian programas en áreas médicas ni el aprendizaje de lenguas extranjeras.
  • Personal de la OEA, consultores de la OEA, personal de las Misiones Permanentes ante la OEA y sus familiares no son elegibles para recibir una beca*.

* Para poder ser elegibles, deben esperar seis meses después de haber terminado el empleo o contrato antes de que puedan solicitar una beca.

 

 

ELEGIBILIDAD

DOCUMENTOS REQUERIDOS

  • Ser ciudadano o residente permanente de cualquiera de losEstados Miembros de la OEA.
  • Tener un título universitario al momento de postularse a la beca.
  • Contar con un promedio de notas superior al promedio general.
  • Estar en buen estado de salud físico y mental que les permita completar el programa de estudios.

Las ONEs de los Estados Miembros podrían tener requisitos adicionales de elegibilidad. Por favor contacte a la ONE de su país para más información.

* En caso de no estar trabajando actualmente, incluir una tercera carta de algún profesor o alguien que considere pueda dar referencias sobre sus cualidades como estudiante o profesional (use el Formulario de Recomendación de la OEA).

  • Curriculum Vitae no documentado*. (4 páginas máximo)

* Por favor no incluir diplomas de conferencias, seminarios, talleres, etc. No enviar fotografías ni la copia de su proyecto de tesis.

  • Carta(s) de admisión incondicionales , en caso de tenerla(s)
  • Documento de Identidad del País Patrocinador.

 

 

¿Tiene preguntas con respecto a los requisitos o el proceso de solicitud?
Por favor escríbanos a Scholarships@oas.org

 

BENEFICIOS ABRIR/CERRAR +-

 

 
Las becas académicas de la OEA son de naturaleza complementaria, es decir, no intentan cubrir al 100% los gastos del becario. Las becas tienen un tope monetario de US $30,000 por año académico. No todas las becas incluyen los mismos beneficios ya que estos se asignan caso por caso.

  • Boleto aéreo de ida y vuelta (del país patrocinador al país de estudio)
  • Matrícula y gastos administrativos obligatorios.
  • Asignación anual de libros. (US $300 para estudios presenciales y US $1000 para estudios a distancia)
  • Seguro de salud. (Sólo para estudios presenciales)
  • Aporte complementario mensual de subsistencia. (Sólo para estudios presenciales)

El aporte mensual es fijo. En caso de salir beneficiado con una beca, tendrá que demostrar que cuenta con fondos adicionales, antes de que la OEA le emita el Contrato de Beca, para su subsistencia mensual.

Nota: No se otorgarán beneficios a los familiares del becario.

 

CERRAR –

 


 

FECHAS LÍMITE ABRIR/CERRAR +-

 

Pais patrocinador Fecha límite de postulación establecida por la ONE Página Web de la ONE Solo para Candidatos PRESELECCIONADOS por la ONE Resultados de la Convocatoria
Antigua and Barbuda April 8, 2016 Candidatos preseleccionados por sus ONEs que empiecen los estudios entre enero y abril 2017, tienen hasta el
30 de noviembre de 2016 para enviar directamente a la OEA su carta de admisión incondicional a la universidad que indicó en la solicitud de beca.

Candidatos preseleccionados por sus ONEs que empiecen los estudios después de abril 2017, tienen hasta el
31 de mayo de 2017
para enviar directamente a la OEA su carta de admisión incondicional a la universidad que indicó en la solicitud de beca.

Noviembre de 2016
Argentina 14 de marzo de 2016 Enlace_Link
Bahamas Confirm with the ONE
Barbados March 31, 2016
Belize Confirm with the ONE
Bolivia 6 de abril de 2016 Enlace_Link
Brazil Confirm with the ONE
Canada March 8, 2016 Link English |French
Chile Confirme con su ONE
Colombia 28 de marzo de 2016
Costa Rica 13 de abril de 2016 Enlace_Link
Dominica March 31, 2016 Enlace_Link
Republica Dominicana Confirme con su ONE
Ecuador 4 de abril para la ciudad de Quito
1 de abril para el resto del país
El Salvador 16 de marzo de 2016 Enlace_Link
Grenada Confirm with the ONE
Guatemala 18 de marzo de 2016
Guyana Confirm with the ONE
Haiti Confirm with the ONE
Honduras 17 de marzo de 2016
Jamaica March 4, 2016
Mexico 14 de marzo de 2016
Nicaragua Confirme con su ONE
Panama Confirme con su ONE
Paraguay Confirme con su ONE
Peru 4 de abril de 2016 Enlace_Link
Saint Kitts and Nevis March 21, 2016
Saint Lucia February 24, 2016
Saint Vincent and the Grenadines February 15, 2016 Candidates need to apply to the ONE first.
Suriname Confirm with the ONE
Trinidad and Tobago March 4, 2016 Enlace_Link
United States of America April 11, 2016
Uruguay Confirme con su ONE
Venezuela Confirme con su ONE

 

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PROCESO DE POSTULACIÓN ABRIR/CERRAR +-

 

 

PASO 1

Escanee en blanco y negro TODOS los documentos solicitados en un solo archivo en formato PDF el cual no debe pesar más de 8MB. Adjunte el archivo PDF a su solicitud en línea. (Asegúrese que los documentos sean legibles).

La OEA no considerará las solicitudes incompletas. Asegúrese de subir todos los documentos y formulariosrequeridos por la OEA a la solicitud en línea ya que la OEA no recibirá documentos físicos ni enviados vía correo electrónico a destiempo.

 

 

PASO 2

Después de enviar la solicitud en línea, recibirá un correo electrónico de confirmación con la solicitud que llenó en formato PDF. Imprima la solicitud y adjunte los documentos solicitados y preséntelos en la ONE de su país.

La ONE hará una pre-selección de candidatos, por lo tanto, asegúrese de enviarles todos los documentos físicos requeridos, tanto por la OEA, como por la ONE.
En caso de NO recibir el correo electrónico de confirmación, por favor escribanos aScholTechAssist@oas.org

 

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INFORMACIÓN ADICIONAL ABRIR/CERRAR +-

 

 
  • La OEA publicará los resultados de la selección de becarios en nuestro sitio Webwww.oas.org/becas en noviembre de 2016.
  • Para saber si fue preseleccionado, por favor contacte a la ONE de su país directamente.
  • En caso de salir beneficiado con una beca de la OEA, deberá enviar el Formulario de Historia Médica a la sede principal de la OEA. Todos los costos relacionados con los exámenes médicos correrán por cuenta del candidato seleccionado.
  • Los candidatos seleccionados, deberán contar con una carta de admisión incondicional y encontrarse listos para iniciar los estudios entre enero y diciembre de 2017.
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