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Brasil: 70% dos estudantes consideram que já ocorreu violência em suas escolas

capa_diagnostico_participativoA Flacso Brasil realizou, em parceria com o Ministério da Educação (MEC), o Diagnóstico Participativo das Violências nas Escolas: Falam os Jovens, como parte do Programa de Prevenção à Violência nas Escolas. O estudo foi realizado com a colaboração de professores e alunos das últimas séries do ensino fundamental, do ensino médio, e EJA, que foram capacitados para atuar no processo de diagnóstico, em escolas de sete capitais: Maceió (AL), Salvador (BA), Fortaleza (CE), Vitória (ES), São Luís (MA), Belo Horizonte (MG) e Belém (PA).

O estudo alerta para a “tendência a um homogêneo panorama de violência nas escolas públicas, percebidas pelos alunos, ainda que a intensidade de determinados indicadores varie ou tenha marcas regionais”.

Segundo os dados encontrados, a maioria dos estudantes considera que já ocorreu algum tipo de violência nas suas escolas (70%), com exceção dos jovens das escolas de Belém, onde 89% indicaram que não teria ocorrido nenhuma violência. A percepção de que nas escolas teria ocorrido algum tipo de violência foi mais intensa em Maceió (85%), Salvador (83%) e Belo Horizonte (80%).

Considerando o conjunto de cidades pesquisadas, cinco em cada dez jovens indicam que já foram agredidos nas escolas. Cyberbullying (definido pela pesquisa como “zoar, ameaçar ou xingar pela internet”) foi uma das agressões mais citadas, reportada principalmente em Vitória (37%), Belo Horizonte (27%) e Maceió, (27%). Roubos e/ou furtos foram apontados como outra violência comumente sofrida (25%), chegando a serem registrados em 33% em São Luís e 30% em Belém. Ameaças foram apontadas por cerca de dois em cada dez jovens, em cada cidade. Belém se destaca como a cidade em que os jovens menos indicaram ter sofridos agressões físicas (1%), quadro distante do apresentado por Salvador (17%) e Maceió (17%). Chega a 2% os relatos de violências sexuais na escola tomando como referência o conjunto de cidades pesquisadas. Esse patamar é ultrapassado por Salvador e Vitoria, onde 3% dos alunos denunciaram, respectivamente, ter sofrido tal violência.

Mais de um terço dos entrevistados (27,4%) apontam que já sofreram algum tipo de discriminação. Discriminação pelo “lugar onde mora” é uma das construções mais citadas (19%), principalmente em Maceió (28%), São Luís (25%) e Fortaleza (21%). “Raça” e “religião” foram citados por 18% cada. A pesquisa destaca a variedade de temas usados para discriminar: “há jovens que se perceberam vitimizados por sua ‘deficiência física’ (9% em Vitoria, 7% em Salvador, sendo que a média para o conjunto de cidades foi de 6%); por sua ‘orientação sexual’ (assinalado em 11% em Vitoria e 3% em São Luís, e em torno de 6,0% na maioria das demais cidades), por sua ‘classe social’ (cerca de 10% em Belém e Salvador, 9% em Fortaleza); já por preferência política chegou ao nível de 6% em Vitoria, superior ao anotado em outras cidades (em média 4%)”.

 A diretora da Flacso Brasil, Salete Valesan Camba, avalia que o caráter participativo da pesquisa, que incluiu estudantes e professores na realização do diagnóstico, tem “como resultado a possibilidade de, ao mesmo tempo em que desenvolve a pesquisa, formar educadores e jovens como pesquisadores da própria realidade, levando resultado aos pais e à comunidade em um processo de formação e educação”.

O estudo foi coordenada por Miriam Abramovay e realizado por Mary Garcia Castro, Ana Paula da Silva e Luciano Cerqueira. Conheça o diagnóstico completo aqui.

Fonte: Marina Baldoni Amaral –  Flacso Brasil

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Publicação traz relatos de universitários de origem popular

capa_geaCaminhadas dez anos depois: Relatos de universitários de origem popular, o sexto volume da Coleção Estudos Afirmativos, do Grupo Estratégico de Análise da Educação Superior no Brasil (GEA – ES), da Flacso Brasil, conta as trajetórias de alguns estudantes bolsistas do programa Conexões de Saberes dez anos depois do início do programa.

A primeira edição de Caminhadas contava a trajetória dos (as) bolsistas do programa até a chegada na universidade, escritos por eles (as) mesmos. A obra foi resultado de uma parceria entre o Observatório de Favelas do Rio de Janeiro, o Ministério da Educação (MEC) e universidades federais e resultou na publicação de 32 volumes que integram a Coleção Caminhadas de Universitários de Origem Popular, cada um deles contendo ao menos 25 narrativas autobiográficas sobre o trajeto que os estudantes percorreram até chegarem à universidade.

“Em 2006, a redação desses livros era ao mesmo tempo um ato de luta, de superação, de denúncia e de comemoração. Hoje, dez anos depois, alguns deles retornam para nos contar como tem sido o tempo vivido daquele momento até agora. Como antes, esses jovens têm muito a ensinar. Para quem duvida, basta ler as narrativas reunidas neste volume”, afirma André Lázaro, organizador da Coleção Estudos Afirmativos, na apresentação do livro.

Ele afirma também que as narrativas que integram este volume informam acerca dos processos, “ora sutis ora agressivos, com que preconceitos e discriminações atingem a juventude que, com imenso esforço e extraordinária dedicação, supera as condições de pobreza e alcança a universidade pública”.

“Espero que nosso leitor possa ser tocado por essas histórias de vida que superaram as adversidades impostas por uma sociedade elitista, racista, machista e preconceituosa. Espero que também possam ver que a questão não se resume ao mérito, mas às oportunidades, ou à falta delas, que temos durante a vida” afirma Leonor Franco de Araujo, organizadora da obra.

O livro completo pode ser acessado e baixado aqui.

Fonte: Marina Baldoni Amaral – Flacso Brasil

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Hamdan Award

El Sr. Khalifa Alsuwaidi en el marco del 8vo Foro internacional de Diálogo de Políticas Docentes expuso los antecedentes, experiencia y alcance del premio internacional Hamdan.  Desde una perspectiva de premiar las mejores experiencias y los desempeños más destacados este premio es un referente del modelo de educación que promueven el modelo de competencias.  En OVE nos parece importante divulgar el esquema de la exposición del Señor  Khalifa Alsuwaidi para el conocimiento y debate en el magisterio.

 

Pueden revisar el esquema de la exposición en el siguiente link:

Premio Hamdan

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Tomada de https://gacetadeiztapalapa.files.wordpress.com/2014/08/dsc03605.jpg

Aulas de Emergencia

Artículo de opinión escrito por Luis Hernández Navarro y publicado originalmente en La Jornada

La maestra Érika Elizabeth Nú­ñez Montes ha hecho de la banqueta un aula de emergencia. Cada día, en la calle Nicolás García 60, Iztapalapa, frente a la escuela Nicolás García, en la que enseñó durante más de 10 años, imparte clases de quinto año de primaria.El precario salón de clases de la Unidad Habitacional Ermita Zaragoza funciona en el turno vespertino desde que el pasado 7 de marzo un grupo de funcionarios irrumpió en la escuela para notificarle a la maestra Núñez que, a partir del 1º de marzo, estaba despedida.

A la profesora Érika la cesaron en su trabajo a pesar de que era querida y respetada por sus alumnos y sus padres de familia, y de que no había faltado a clases. Durante años, su labor frente a grupo ha sido intachable. Desempeñó siempre su función con responsabilidad y compromiso. Sin embargo, fue cesada por negarse a presentar un examen al desempeño docente, mal hecho y peor aplicado, que no consideró ni su plan de trabajo ni las condiciones en que tuvo que enseñar a los niños.

La escuela en que la maestra Núñez Montes educa está enclavada en una zona de la ciudad de México particularmente violenta. Apenas el pasado 19 de octubre, no muy lejos de sus instalaciones, apareció colgado el cuerpo de un hombre. Los alumnos que asisten a ella provienen de familias en su mayoría humildes. No son pocos los que han crecido en hogares rotos. La profesora, con 13 años de servicio (10 de ellos en la Nicolás García), sabe cómo enfrentar estos desafíos, que ningún examen para medir conocimientos puede evaluar.

Al enterarse del despido de la maestra, los padres de familia se indignaron y exigieron a las autoridades escolares que fuera reinstalada. Y cuando éstas se negaron a devolverle su trabajo, apoyaron que siguiera dando clases, aunque fuera en la calle. Están dispuestos a salir a marchar para que ella regrese. Mejor que nadie, ellos saben lo que Érika ha hecho por sus hijos. Viven su cese como una arbitrariedad, como una enorme injusticia.

Érika Elizabeth Núñez Montes es una de los 3 mil 360 docentes despedidos en el país por no presentar la prueba al desempeño. Al igual que en su caso, en muchos lugares del país los padres de familia se han solidarizado con ellos. La lista es larga: Durango, Tlaxcala, Sinaloa, Campeche, Jalisco, Chihuahua, Nayarit, Quintana Roo, Guerrero y un largo etcétera. Han solicitado pacíficamente a los funcionarios educativos la reinstalación de sus profesores y, cuando no les ha hecho caso, han ocupado escuelas, marchado y tomado oficinas públicas. Como en Iztapalapa, han levantado aulas de emergencia.

Las formas de lucha varían de estado a estado. En Campeche, los maestros y maestras cesados asisten a sus planteles y cumplen su horario, aunque no puedan ingresar a los salones de clase. Los padres de familia firman la lista de asistencia de los docentes, para dar fe de su presencia en las escuelas. El profesor Uk Tuz explicó a este diario: Hoy me presenté como de costumbre todas las mañanas; nuevamente intenté ingresar al plantel, pero estaba la directora, que me dijo que seguían en pie las acusaciones de la secretaría y, para dar fe de que acudí a mi labor, recabé las firmas de los padres de familia que me estuvieron apoyando y me retiraré a la una de tarde, para que no digan que abandono mis labores.

Las autoridades gubernamentales han respondido con sordera, prepotencia y represión. El pasado 17 de marzo, en Durango, elementos de la Fiscalía General del Estado (FGE) detuvieron a dos profesores que protestaron contra los despidos afuera del Centro Cultural Bicentenario, donde el gobernador Jorge Herrera Caldera rindió su sexto informe. Están acusados de motín y privación de la libertad. La noche anterior, policías realizaron al menos cinco cateos en casas de docentes inconformes. Una de las esposas de los maestros dijo: Me amenazaron cuando no encontraron a mi marido; me dijeron que si no decía dónde estaba me lo iban a regresar muerto. Según la fiscal estatal, Sonia Yadira de la Garza, existen 20 órdenes de aprehensión más contra otros docentes. Y, en Tlaxcala, elementos de seguridad agredieron a docentes y padres de familia que protestaron afuera de la Unidad de Servicios Educativos. La maestra Citlali Ortiz Cano recibió varios golpes de los uniformados.

En diversos estados se han efectuado movilizaciones magisteriales de protesta contra los despidos de sus compañeros. En Zacatecas, los trabajadores de la educación tienen tomada la Secretaría de Educación, y ya encarrerados, ocuparon también el Congreso del estado. En Mazatlán, Sinaloa, iniciaron un plantón en las oficinas de la Secretaría de Educación Pública y Cultura y colocaron una ofrenda floral con dedicatoria a la muerte del Sindicato Nacional de Trabajadores de la Educación (SNTE), que traicionó a los maestros de base.

Los profesores cesados por la SEP por no presentarse el examen al desempeño no son ni irresponsables ni malos maestros. Por el contrario, la mayoría de ellos son excelentes profesionistas, comprometidos con su trabajo, queridos por sus alumnos y por los padres de familia. La solidaridad con que se les ha cobijado así lo demuestra. Unos no se presentaron a la evaluación porque fueron requeridos para hacerlo con muy pocos días de anticipación. Otros, porque rechazan la falsa reforma educativa y decidieron no avalarla con su presencia. Algunos más porque consideraron que era oprobioso que, después de años de servicio y buenos resultados prácticos, se les sometiera a la humillación de tener que demostrar que tenían los conocimientos para ejercer. Finalmente, varios estimaron que no tenían por qué renunciar a derechos adquiridos y permitir que se les aplicara una nueva legislación de manera retroactiva.

Por lo pronto, el gobierno federal ya tiene un nuevo problema en puerta. Además de presentar demandas legales y amparos ante los despidos injustificados, el magisterio democrático decidió irse a huelga nacional, a más tardar el 1º de mayo. Poco menos de cinco semanas después, el 5 de junio, habrá elecciones para gobernador en 12 estados.

Luis Hernández Navarro

Twitter: @lhan55

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Ciencias del aprendizaje en el desarrollo de la nueva generación de maestros

En el portal OVE, dada la importancia de las exposiciones, hemos venido publicando cada uno de los esquemas de intervención de los ponentes en el 8vo Foro Internacional de Diálogo en Políticas Docentes. En esta oportunidad publicamos la presentación del Sr.  Alexey Semenov, Rector of Moscow State University of Education, Moscow, Rusia sobre Science of Learning in development of the new generation of teachers .  Pueden acceder a la misma en el siguiente link:

Ciencias del aprendizaje en la nueva generación de maestros

 

 

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Africans Deans of Education Forum

En el marco del 8vo Foro Internacional de Diálogo de Políticas Docentes la Sra  Irma Eloff, docente e investigadora de la Universidad de Pretoria expuso la experiencia del Africans Deans of Education Forum. En razón de la importancia de las exposiciones y los debates que ellas generaron en OVE decidimos publicar los esquemas de las intervenciones de cada uno de los participantes en la cita de México.  En esta oportunidad estamos divulgando la exposición de la Sra, Eloff en el siguiente link

ADEF

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