Brasil: Secundaristas ocupam 62 escolas públicas contra a reforma de Temer

América del Sur/Brasil/Octubre de 2016/Autor: Cida de Oliveira/Fuente: Rede Brasil Atual

RESUMEN: Los estudiantes de secundaria de Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, Sao Paulo y Rio Grande do Norte ocupan un total de 62 escuelas estatales y federales en contra de la Medida Provisional (MP) 746 de reforma de la escuela secundaria. Hasta el jueves eran 34. Los datos se han actualizado hoy (8) por la Unión Brasileña de Estudiantes Secundarios (UBE). Ayer por la noche (7) de la Escuela del Estado Caetano de Campos fue ocupada en el centro de Sao Paulo. Escrito por el Ministerio de Educación (MEC), el MP anunció en el último día 22, que exime a la enseñanza de la Filosofía, Sociología, Artes y Educación Física, haciéndolos optativas.

Estudantes secundaristas do Paraná, Minas Gerais, Rio Grande do Sul, Goiás, Distrito Federal, Mato Grosso, São Paulo e Rio Grande do Norte ocupam um total de 62 escolas estaduais e federais contra a Medida Provisória (MP) 746 que reforma o Ensino Médio. Até quinta-feira eram 34. Os dados foram atualizados hoje (8) pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes). Na noite de ontem (7) foi ocupada a Escola Estadual Caetano de Campos, no centro da capital paulista.

De autoria do Ministério da Educação (MEC), a MP anunciada no último dia 22, desobriga o ensino de Filosofia, Sociologia, Artes e Educação Física, tornando-as matérias optativas. Além disso, fragmenta o ensino, permitindo que os estudantes, optem por disciplinas do núcleo comum ou técnico-profissionalizantes.

Para estudantes, professores e movimentos em defesa da educação nacional pública e de qualidade, a MP dialoga com outras medidas do governo Temer em andamento no Congresso, como a PEC 241, que congela investimentos da União, afetando saúde e educação. E também com outras propostas conservadoras, como a da Escola sem Partido, que busca abolir o debate dentro da escola.

É por todas essas razões, conforme estudantes do campus Zona Norte do Instituto Federal do Rio Grande do Norte, na capital Natal, que o prédio está ocupado desde a noite do último dia 28, após deliberação por toda a assembleia. A ocupação simbólica, que não enfrentou resistência da gestão, consiste no pernoite de cerca de 30 estudantes em uma das salas. A administração continua funcionando normalmente, assim como as aulas continuam sendo ministradas.

O que muda, segundo o aluno do período do curso integrado de eletrônica, Junior Miranda, de 17 anos, é que os professores liberam as turmas para participação dos debates que estão sendo promovidos. E que a escola está aberta para toda a comunidade.

«Temos feito debate para esclarecer sobre os projetos em andamento, como a PEC 241, que afeta o ensino. São informações que a população não recebe, que não entende. Temos visto pessoas com graduação, que ainda não haviam entendido o conteúdo dessas medidas», conta o estudante.

Júnior conta que normalmente passa o dia todo e parte da noite na escola, estudando e participando de outras atividades. «O campus tem dez anos e vem dessa ampliação do governo Lula. Antes não tínhamos escolas como essa, que mudou a vida da comunidade e valorizou o bairro, que ganhou importância. Temos colegas aqui que já participaram de mostras estudantis em Portugal, França, Romênia, para apresentar os projetos que desenvolveram aqui. Muitos alunos têm bolsa de iniciação científica e ajuda para o transporte e alimentação. Se não fosse a escola, como seria a vida desses estudantes?», questiona.

Conforme o secundarista, o orçamento para o ano que vem é menor que o aplicado em 2014, quando havia menos alunos que atualmente. «Como manter a escola funcionando em manter o auxílio-permanência a esses alunos que necessitam? A demanda é grande mas a escola é a salvação para os estudantes, o ensino é libertador, muda as realidades. É para melhorar a qualidade da educação pública que estamos ocupando. Não podemos permitir que nos tirem essa conquista», diz. «A palavra de ordem é: se a PEC passar, o país vai parar. E vai. A luta é para manter e ampliar direitos».

Fuente: http://www.redebrasilatual.com.br/educacao/2016/10/contra-a-reforma-do-ensino-de-temer-56-colegios-publicos-estao-ocupados-7957.html

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