Page 157 of 204
1 155 156 157 158 159 204

‘Forbes’: Juventude do Brasil enxerga seu futuro e o nome dele é Ana Júlia

América del Sur/Brasil/30 Octubre 2016/Fuente y Autor: Jornal do Brasil

Resumen: La edición del viernes 28 de Forbes, presenta una noticia sobre Ana Júlia, na estudiante paranense de 16 años que asistio a la Asamblea Legislativa del Estado y hablo a nombre de los estudiantes inconformes de todo el país.

A edição desta sexta-feira (28) da Forbes traz uma matéria sobre Ana Júlia, uma estudante paranaense de 16 anos que que foi a Assembléia legislativa de seu Estado e representou a voz dos estudantes inconformados de todo o país.

A reportagem diz que neste momento onde o Brasil passa por uma profunda crise política e econômica, um vídeo viralizou nas redes pela sua extrema capacidade de inspiração, comoção e pela forma tão direta, sincera, dolorida, porém firme com que secundarista Ana Júlia representou os alunos que ocupam as mais de 1000 escolas no país em diversos Estados.

“A nossa única bandeira é a educação. Somos um movimento apartidário, dos estudantes pelos estudantes”, disse Ana, vestindo a camiseta da sua escola.

Forbes observa que o discurso de Ana Julia ocorreu em um momento de tensão para o movimento das ocupações. Na tarde de segunda-feira (28), o estudante Lucas Eduardo Araújo Mota foi assassinado dentro da escola Santa Felicidade, em Curitiba, por um colega. O crime chocou os alunos e a comunidade e fez com que a escola fosse desocupada no dia seguinte. Havia a possibilidade de que a tragédia desmobilizasse o movimento em outras escolas. Mas isso não ocorreu.

Na Assembleia, a jovem mencionou a morte de Lucas criando um momento de tensão. “Ontem eu estava no velório do Lucas e eu não me recordo de ter visto nenhum desses rostos aqui lá”, provocou a garota, olhando para os deputados estaduais.

«O sangue do Lucas está na mão de vocês”, disse causando forte impacto a estudante. Foi interrompida pelo presidente da Casa, o deputado Ademar Traiano (PSDB), que afirmou que ela não poderia agredir o parlamentar, e ameaçou encerrar a sessão. “Aqui ninguém está com a mão manchada de sangue não”, protestou ele.

O texto da Forbes fala que a estudante Ana Julia se desculpou, mas foi firme ao explicar porque a morte de Lucas refletia a indiferença do Estado com o protesto dos estudantes. “Eu peço desculpa, mas oECA [Estatuto da Criança e do Adolescente] nos diz que a responsabilidade pelos nossos adolescentes, pelos nossos estudantes é da sociedade, da família e do Estado”, devolveu Ana Julia, sob aplausos de outros estudantes que estavam ali.

O noticiário norte-americano considera sintomático que uma estudante de Curitiba esteja sensibilizando outros brasileiros. A capital do Paraná, que com a Lava Jato se tornou símbolo do combate aos descalabros que o Brasil vive, ganhou uma voz que humaniza o movimento dos secundaristas. Os jovens paranaenses lideram as ocupações no Brasil, com 850 escolas ocupadas, quase metade do total no Estado, segundo as contas do Movimento Ocupa Paraná.

Fuente de la noticia: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/10/28/forbes-juventude-do-brasil-enxerga-seu-futuro-e-o-nome-dele-e-ana-julia/

Fuente de la imagen: http://specials-images.forbesimg.com/imageserve/183596080/960×0.jpg?fit=scale

Comparte este contenido:

Brasil: Anistia Internacional lança plataforma mundial de ativismo em direitos humanos

América del Sur/Brasil/30 Octubre 2016/Fuente: jb/Autor:Agencia Brasil

Resumen: Anmistia Internacional lanzo este jueves 27 una plataforma para que los activistas del mundo se organicen y se unan en favor de los derechos humanos. El sitio web dara soporte además  la edición del maratón Escriba por sus Derechos, una iniciativa global que incentiva la elaboración de cartas de solidaridad para personas en situaciones críticas en la violación de sus derechos y como una manera de presionar a las autoridades responsables por los casos.

A Anistia Internacional lançou nesta quinta-feira(27) uma plataforma para que ativistas do mundo todo se articulem e se unam por uma causa de direitos humanos. O site dará suporte a mais uma edição da Maratona Escreva Por Direitos, iniciativa global que incentiva a confecção de cartas de solidariedade para pessoas em situações críticas de violação de direitos e para pressionar as autoridades responsáveis pelos casos.

A ferramenta permite, por exemplo, organizar evento de mobilização em escola, bairro ou com colegas de trabalho, promover atividades de educação em direitos humanos com base nos manuais disponíveis e realizar arrecadação de fundos para apoiar o trabalho da Anistia Internacional no Brasil.

Assessora de ativismo da Anistia Internacional no Brasil, Jandira Queiroz, explicou que até final de janeiro a plataforma deve priorizar a campanha sobre seis casos de violações em diversos países. “Focamos os esforços de mobilização de nossos ativistas para fazer a diferença em casos específicos que estão prestes a serem solucionados ou a sofrerem alguma mudança,” explicou. “As pessoas podem enviar e-mail para as autoridades relacionadas a cada um dos seis casos, enviar cartas, que podem ser baixadas no site, realizar seus próprios eventos. A Anistia Internacional parte do princípio que quando um direito humano é violado contra qualquer pessoa em qualquer lugar , todos estamos em risco de que aquela violação aconteça com a gente. Essa é a síntese do sentimento dessa campanha”.

Um dos casos de violações diz respeito à comunidade Santa Rosa, no Maranhão, onde vivem e trabalham cerca de 30 famílias em uma área de 509 hectares. A atividade principal é o extrativismo da carnaúba feito de forma coletiva. O pó da carnaúba é base para a fabricação de chip de celular, cosméticos, materiais de construção, entre outros. A terra é propriedade da União/Marinha, mas por falta de regularização fundiária, o conflito pela disputa da terra resultou no assassinato do líder comunitário Zé Nedina.

Outro caso presente na campanha deste ano é o da construção de uma hidrelétrica no estado British Columbia, no Canadá, que ameaça a cultura e o modo de vida dos povos indígenas de Moberly do Oeste e as comunidades tradicionais de Prophet River. A barragem pode extinguir áreas dedicadas à pesca, caça e cerimônias sagradas.

A anistia também aposta na pressão social para que o presidente norte-americano Barack Obama use seus últimos dias como presidente para perdoar o analista de sistema Edward Snowden, que denunciou uso de informações pessoais em esquema de vigilância global por governos. Ele está foragido na Rússia, acusado de vender segredos do governo americano a inimigos do país.

A Maratona Escreva por Direitos começou em 2003 e o Brasil participa há quatro anos da campanha. Em 2015, quase 30 mil ações brasileiras foram feitas para seis casos de violações de direitos humanos no mundo, dois do Brasil.

Jandira lembrou que as ações têm efeitos concretos sobre a vida das pessoas vítimas de violações. “Em 2014, um rapaz condenado à morte na Nigéria acusado de furto de aparelhos celulares disse que foi forçado sob tortura a assinar uma confissão. A Anistia Internacional identificou que o governador tem o poder de perdoar algumas condenações nos últimos dias de governo e fizemos muita pressão. O governador concedeu o perdão e citou o ativismo da Anistia”, disse.

O rapaz que foi libertado disse que as cartas de solidariedade que recebeu enquanto estava preso deram muita força para ele acreditar que haveria justiça e hoje ele é um ativista de direitos humanos em seu país. «O caso dele é um entre muitos casos de sucesso que acumulamos ao longo dos anos”.

Fuente de la noticia: http://www.jb.com.br/pais/noticias/2016/10/27/anistia-internacional-lanca-plataforma-mundial-de-ativismo-em-direitos-humanos/

Fuente de la imagen: http://3.bp.blogspot.com/-od-7oD5FEY0/Ttt_TzdaJUI/AAAAAAAAH7w/kHOf3eVkR7o/s1600/Anistia_Internacional_Logo01.jpg

Comparte este contenido:

Asesinado un líder indígena xukuru-kariri en Brasil

América del Sur/Brasil/28 de octubre de 2016/www.survival.es

 

Un hombre indígena que lideraba la lucha de su pueblo por su tierra ancestral ha sido asesinado en Brasil.

João Natalício Xukuru-Kariri habría sido apuñalado hasta morir enfrente de su casa hace un par de semanas. Al parecer el asesinato fue perpetrado por dos hombres cuyas identidades aún no han sido confirmadas.

Seu João, como se le conocía, estaba muy implicado en la campaña que desarrolla su tribu para poder vivir en su tierra ancestral, un derecho garantizado tanto por la legislación brasileña como por el derecho internacional.

Otro líder del pueblo indígena xukuru-kariri declaró a la ONG brasileña CIMI: “La región registra récords históricos de violencia como resultado de la lucha por la tierra. Seu João era un respetado líder de nuestro pueblo”.

El robo de tierras es el mayor problema al que se enfrentan los xukuru-kariri y otros pueblos indígenas. Por todo el mundo, las sociedades industrializadas están arrebatando las tierras indígenas por el afán de conseguir mayores beneficios económicos. Pero para los pueblos indígenas la tierra es vida y satisface todas sus necesidades materiales y espirituales.

"Por todo Brasil, los pueblos indígenas están protestando para mantener los derechos que tanto les ha costado conseguir."

«Por todo Brasil, los pueblos indígenas están protestando para mantener los derechos que tanto les ha costado conseguir.»

© Fabio Nascimento / Mobilização Nacional Indígena

El Congreso Nacional debate en la actualidad una propuesta de enmienda constitucional que debilitaría drásticamente los derechos territoriales de los pueblos indígenas. De implementarse, dicha enmienda sería catastrófica para las tribus del país y empeoraría aún más su situación.

La clave para que los pueblos indígenas y tribales puedan prosperar está en garantizar que sus tierras permanecen bajo su control. Los xukuru-kariris, junto a docenas de otros pueblos indígenas y sus aliados, están pidiendo que esta propuesta sea retirada.

Tomado de: http://www.survival.es/noticias/11479

Comparte este contenido:

Libro: And so the youth fire raged on youth and practices of democracy and empowerment in Brazil and Kenya

África/Kenia/andsotheyouthAmérica del Sur/Brasil/Octubre 2016/Wangui Kimari/http://www.clacso.org.ar/
Wangui Kimari. [Autora]

Sur-Sur.
ISBN 978-987-722-177-0
CLACSO. CODESRIA. IDEAs.
Buenos Aires.
Abril de 2016

Heeding the 2013 CODESRIA / CLASCO call to attend to the localized entanglements of democracy and neoliberalism, this research is oriented by the bid to see what other political spaces have been established by young people in Kenya and Brazil, and what this says about how they fit in to normative political fora with their hegemonic discourses of democracy and neoliberalism; ideologies which often seek to impose on youth particular kinds of political practices and subjectivities. Overwhelmingly, it is also an attempt to share strategies and political imaginations that have emerged from poor urban youth in both countries; approaches, I argue, that also gesture towards the futures for these youth, their urban settings, and of the ‘democratic’ and ‘neoliberal’ political processes that have been entrenched in their national spaces.
Descarga libre
Fuente: 
Fuente Imagen: 
https://lh3.googleusercontent.com/UlzBipLP88MI_a1-HWT08bdAwwkJDcv4JRvJXKhflOSl4ZBbrd5-x_hBw3w3ShMcAiXl1g=s85
Comparte este contenido:

Brasil: Policía Militar detuvo a estudiantes que rechazan recortes en la educación pública

América del Sur/ Brasil/ 29 octubre 2016/ Fuente: AVN

La Policía Militar (PM) de Brasil detuvo, sin orden judicial, a 26 estudiantes que habían tomado la Escuela Superior Centro de Doña Filomena Moreira de Paula, en el estado de Palmas, con el propósito de sumarse a las protestas en contra de la Reforma a la Enseñanza Media y a la Propuesta de Enmienda Constitucional (PEC) que congela por 20 años la inversión social.

Entre los estudiantes detenidos se encuentran menores de edad quienes, según la PM, son acusados por haber entrado en desacato a la autoridad aun cuando medios locales reseñan que la toma de la institución fue de forma pacífica, reseñó el portal Noticias de América Latina y el Caribe (Nodal).

Previo a esta detención, este martes la PM también apresó a 13 estudiantes que habían ocupado la Escuela Estatal Silvio Javier en Piqueri, al norte de Sao Paulo, quienes también protestaban en contra de la reforma de la escuela secundaria, refiere la Agencia de Brasil.

Dichas represiones al derecho a protestar que tienen los estudiantes en Brasil se realizan en medio de un escenario político donde el presidente de facto de dicha nación, Michel Temer, congeló la inversión pública e intenta, a través de reformas, limitar la cantidad de asignaturas del pénsum y disminuir el nivel de formación de los profesionales de la educación.

En rechazo a esa medida, más de 1.100 instituciones educativas —según datos de las Agencia Brasil—  han sido ocupadas por los estudiantes en todo Brasil para defender la escuela pública de calidad.

El Partido de los Trabajadores (PT) hizo público un comunicado donde rechazaron las agresiones del Gobierno de Temer hacia los estudiantes e hicieron un llamado para que «el Gobierno federal inicie de inmediato las negociaciones abiertas con los jóvenes que luchan por su expresión de los derechos democráticos y en defensa de la escuela pública de calidad».

Fuente: http://www.avn.info.ve/contenido/polic%C3%ADa-brasil-detuvo-estudiantes-que-rechazan-recortes-educaci%C3%B3n-p%C3%BAblica

Comparte este contenido:

Brasil – “Oleada tras oleada” de madereros invaden la selva de una tribu no contactada

América del Sur/Brasil/29 de octubre de 2016/www.survival.es

 

«Los kawahivas se ven obligados a vivir en una huida permanente, trasladándose de un campamento a otro para evitar a los intrusos que entran en su tierra (imagen de un encuentro casual con un equipo de FUNAI).»

Oleadas de madereros están invadiendo el territorio de los últimos kawahivas, uno de los pueblos indígenas más vulnerables del planeta. Este pequeño grupo de indígenas aislados vive en las profundidades dela Amazonía brasileña y son los supervivientes de una tribu mayor, cuyos miembros murieron asesinados o por enfermedades.

Un grupo de madereros fue recientemente capturado por agentes del departamento de asuntos indígenas brasileño (FUNAI). Sin embargo, como cuentan con apoyo político local y los agentes de FUNAI no tienen la facultad de detener a sospechosos, fueron finalmente puestos en libertad. Desde entonces más oleadas de madereros han entrado en el territorio.

Esta crisis ha suscitado preocupación entre los activistas, que temen que la tribu y su selva puedan ser completamente destruidos.

"Los agentes de FUNAI trabajan en muchas partes de Brasil para proteger los territorios indígenas de madereros y otras amenazas."

«Los agentes de FUNAI trabajan en muchas partes de Brasil para proteger los territorios indígenas de madereros y otras amenazas.»

© Mário Vilela/FUNAI

En abril de 2016, el ministro de Justicia de Brasil firmó un decreto para crear un territorio indígena protegido en la tierra de la tribu con el fin de prohibir la entrada a madereros y otros intrusos. Esto supuso un gran paso para las vidas y las tierras de los kawahivas, y tuvo lugar tras la continua presión ejercida por simpatizantes de Survival en todo el mundo. Sin embargo, todavía no se ha implementado adecuadamente el decreto y ahora el pequeño equipo que trabaja para proteger esta tierra se enfrenta a severos recortes presupuestarios.

Jair Candor, un experimentado agente de FUNAI, declaró: “Los kawahivas están atrapados. Si se produce algún contacto, será devastador para ellos. La única forma de garantizar su supervivencia es demarcar su tierra y poner en marcha un equipo permanente de protección territorial. De lo contrario, quedarán relegados a los libros de historia, como otros muchos pueblos indígenas de esta región.”

“Brasil se comprometió a proteger la tierra de los kawahivas en abril, pero con la parsimonia del Gobierno se está desarrollando una crisis humanitaria urgente y trágica”, explicó el director de Survival International, Stephen Corry, y añadió: “La tierra de los kawahivas sigue siendo invadida y su selva todavía sigue siendo destruida. Es hora de que Brasil actúe como prometió, antes de que el genocidio de todo un pueblo indígena se consume.”

Información de contexto

Todos los indígenas aislados se enfrentan a una catástrofe a menos que su tierra sea protegida. Pero las sociedades industrializadas les están arrebatando sus tierras en busca de beneficios económicos.

Esto es una continuación de la invasión y el genocidio que caracterizaron la colonización europea de América y, como resultado, muchos pueblos indígenas aislados de Brasil están siendo aniquilados por la violencia genocida que ejercen los foráneos que les arrebatan sus tierras y recursos.

El territorio de los kawahivas, Río Pardo, se encuentra en el estado de Mato Grosso donde las tasas de deforestación ilegal son las más altas de la Amazonia brasileña.

El drama de los kawahivas es tan grave que en 2005 un fiscal inició la primera investigación llevada a cabo en Brasil sobre el genocidio de un pueblo indígena aislado. Veintinueve personas sospechosas de estar involucradas en el asesinato de kawahivas, incluidas un exgobernador estatal y un jefe de la policía, fueron arrestadas, pero posteriormente puestas en libertad.

Las tribus vecinas les llaman “baixinhos” (bajitos) o “cabeças vermelhas” (cabezas rojas).

Tomado de: http://www.survival.es/noticias/11486

Comparte este contenido:

Brasil: Juventude da Via Campesina denuncia o golpe na educação

América del Sur/Brasil/29 Octubre 2016/Fuente y Autor:vermelho

A juventude da Via Campesina Brasil emitiu uma nota neste sábado (22) repudiando o governo golpista de Michel Temer e denunciando o retrocesso na área da educação proposta pelas medidas neoliberais que estão sendo implantadas no país.

Precisamos de um amplo processo de debate e construção de uma profunda reforma da educação, mas é fundamental que ocorra de acordo com os interesses do povo brasileiro e de sua juventude. Continuaremos ocupando escolas, praças, instituições e latifúndios, mobilizando e convocando toda a juventude a se juntar à luta e barrar o golpe e toda ofensiva contra o povo brasileiro!”, afirmam em trecho da nota.

A nota ainda aponta que nesse contexto de golpe, a juventude do campo tem sido atacada diretamente. “Estamos sendo atacados por diversas frentes. A inviabilização da Reforma Agrária, o fim do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), a proposta de Reforma da Previdência Social, o corte no orçamento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), a ameaça de entrega de nossas terras e bens naturais à estrangeiros são algumas medidas que já estão sendo tomadas e nos afetam diretamente”.

Confira abaixo a nota na íntegra

Juventude camponesa se manifesta contra o golpe na educação

O Brasil vive um processo político com um governo golpista completamente rendido aos ditames do grande capital internacional. Essa conjuntura reposiciona a juventude na luta política, uma vez que é diretamente contra ela que se direcionam boa parte das medidas neoliberais defendidas pelo Banco Mundial e seguidas fielmente por Michel Temer e sua corja.

Nós, jovens do campo, estamos sendo atacados por diversas frentes. A inviabilização da Reforma Agrária, o fim do MDA (Ministério do Desenvolvimento Agrário), a proposta de Reforma da Previdência Social, o corte no orçamento do Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (PRONERA), a ameaça de entrega de nossas terras e bens naturais à estrangeiros são algumas medidas que já estão sendo tomadas e nos afetam diretamente.

Além da ameaça aos nossos territórios e à natureza, o (des)governo golpista escolheu outra frente de ataque: a educação. Nesse momento, duas medidas aparecem como ataques diretos a esse direito fundamental, a Proposta de Ementa Constitucional (PEC) 241 e a Medida Provisória (MP) nº 746/2016 de reforma do Ensino Médio.

A PEC 241 propõe congelar o investimento nas áreas sociais por 20 anos, atingindo especialmente a saúde, educação e assistência social. Somente nos primeiros anos, em caso de se efetivar esta PEC, a Educação perderá 58,5 bilhões de reais, na Saúde são 161,04 bilhões e a Assistência Social 125,3 bilhões de reais. Saúde e educação são direitos fundamentais, porém ainda estão extremamente precarizados, principalmente para a população camponesa.

A Medida Provisória 746/2016 que institui uma reforma no Ensino Médio, caracteriza a educação apenas como um meio de capacitação técnica de mão de obra, onde não importa a formação humana, muito menos o pensamento crítico em torno das contradições sociais.

Essa medida aponta diversos retrocessos, tais como a retirada da obrigatoriedade de disciplinas como Artes, Educação Física, Filosofia e Sociologia. Desqualifica a atuação docente ao permitir que qualquer pessoa, que seja entendida como de “notório saber”, possa atuar como educador, sucateando o ensino e esvaziando de conhecimento os processos escolares formativos.

Não é por acaso que a MP 746/2016 segue o rito da Lei 5.692/71, implantada na ditadura militar que também retirou as disciplinas de Filosofia e Sociologia e em seus lugares colocaram a disciplina Educação Moral e Cívica. O objetivo é garantir a hegemonia política-ideológica em todos os níveis da educação, agudizar a relação direta e imediata entre educação e produção capitalista.

Há ainda, o Projeto Escola sem Partido (PLS 193/2016, PL 1411/2015 e PL 867/2015) ou “Escola com Mordaça”, que tem como objetivo suprimir a discussão ideológica nas escolas, restringindo os conteúdos de ensino, baseado na pretensa ideia de “neutralidade do conhecimento”, inviabilizando assim a atuação dos educadores/as na construção do pensamento crítico sobre a realidade social, sobretudo os profissionais da área das Ciências Humanas.

Esse PL fere o princípio do pluralismo de ideias e a liberdade de aprender, ensinar e partilhar saberes que representam uma visão crítica sobre o mundo.

O movimento de ocupação das escolas pelos jovens secundaristas, que vem ganhando força em todo país, se configura como ferramenta política importante na luta contra todas essas medidas reacionárias, bem como na luta contra a negação do direito a Escola e a educação pública de qualidade. Essas lutas são expressão da insatisfação da juventude com todo esse desmonte da nossa Educação, já tão precária. Demonstra o reconhecimento de que a Educação e a Escola pertencem a esses sujeitos e por tanto deve atender as suas necessidades e não responder a manutenção do status quo.

A emergência destas medidas só pode ser compreendida em contexto de um golpe, que tem interesse em aplicar o receituário neoliberal na educação e assaltar os fundos públicos que a financiam. Não à toa, é que na própria Justificativa do MEC, na mensagem de envio da MP ao Congresso Nacional menciona uma pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), com o apoio da Fundação Victor Civita – FVC, esta última sendo a pessoa jurídica da Revista Veja, e ainda afirma atender, tal reforma, às recomendações do Banco Mundial, essa instituição interventora, cujo papel tem sido o de ajustar as políticas públicas dos países da África, Ásia e América Latina às necessidades do capital. Portanto, a educação está no centro dessa disputa.

A saída para a crise não passa pelo ataque aos direitos do povo brasileiro. Usam a desculpa da crise para aumentar a desigualdade social e retirar nossos direitos. O que está em jogo nesse debate é a quem o Estado e a educação devem servir.

Por isso, nós, juventude da Via Campesina Brasil nos somamos à luta pela:

Fora Temer;

Garantia de 75% dos royalties do pré-sal para educação e 25% para a saúde;
Revogação da Media Provisória Nº 741/2016 de reforma do ensino médio;
Arquivamento da PEC 241 que congela investimentos nas áreas sociais;

Precisamos de um amplo processo de debate e construção de uma profunda reforma da educação, mas é fundamental que ocorra de acordo com os interesses do povo brasileiro e de sua juventude. Continuaremos ocupando escolas, praças, instituições e latifúndios, mobilizando e convocando toda a juventude a se juntar à luta e barrar o golpe e toda ofensiva contra o povo brasileiro!

CONTRA O GOLPE NA EDUCAÇÃO!

NENHUM DIREITO A MENOS!

EDUCAÇÃO É DIREITO. NÃO É MERCADORIA.

Juventude da Via Campesina Brasil

MST – Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra

MPA – Movimento dos Pequenos Agricultores

MAB – Movimento dos Atingidos por Barragens

MMC – Movimento de Mulheres Camponesas

FEAB – Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil

CPT – Comissão Pastoral da Terra

PJR – Pastoral da Juventude Rural

ABEEF – Associação Brasileira dos Estudantes de Engenharia Florestal

CIMI – Conselho Indigenista Missionário

MPP – Movimento de Pescadores e Pescadoras Artesanais do Brasil

MAM – Movimentos pela Soberania Popular na Mineração

CONAQ – Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades negras Rurais Quilombolas

Fuente de la noticia: http://www.m.vermelho.org.br/noticia/288697-1

Fuente de la imagen: http://imagem.vermelho.org.br/biblioteca/juvenrude_campesina102458.jpe

Comparte este contenido:
Page 157 of 204
1 155 156 157 158 159 204