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Chile: A questão chilena/mapuche

A questão chilena/mapuche

Elaine Tavares

O fato é que para os mapuche, a violência não tem origem nas comunidades. Ela emana justamente dos invasores das terras, das empresas que hoje usam e abusam do território que é considerado mapuche.

O governo de Gabriel Boric, através da ministra do Interior do Chile, Izkia Siches, baixou um decreto na última segunda-feira, impondo um “estado de exceção” em toda a região da Araucanía e em duas regiões de Biobío (áreas tradicionalmente mapuche). Isso significa que está autorizado o uso das Forças Armadas para enfrentar os protestos, sabotagens e paralisações de estradas que tem acontecido na região e que tem causado conflitos com os caminhoneiros.

O estado de exceção tinha sido decretado ainda em setembro do ano passado pelo governo de Sebastián Piñera e foi bastante criticado pela esquerda chilena. Boric chegou a declarar que não iria estender o decreto, buscando outras formas de resolver os conflitos com as comunidades mapuche. Mas, com essa media de segunda-feira, acabou surpreendendo seus aliados. Segundo a ministra, a medida foi necessária para que pudesse “garantir a segurança dos cidadãos, resguardas as estradas. Permitir o abastecimento e a livre circulação das pessoas”. Ou seja, nada mais do que o mesmo discurso do antigo presidente.

A região do sul do Chile vive há anos um processo duro de confronto entre a população mapuche e empresas florestais que exploram terras consideradas sagradas e ancestrais pelos mapuche. Por conta dessa reivindicação de território comunidades mapuche têm, sistematicamente, realizado mobilizações, sabotagens, queima de máquinas, prédios e greves de fome. Essa luta já levou muitos mapuche para a cadeia, também já causou muitas mortes e havia a expectativa de que o novo governo pudesse encontrar uma saída para o conflito.

A população mapuche tem uma história muito sólida de luta na região da Araucanía. Durante a conquista espanhola foi a única etnia que se manteve livre de ocupação, negociando diretamente com o rei de Espanha e seu território só começou a ser recortado com as guerras de independência do século 19. A balcanização da América baixa inclusive dividiu as comunidades ficando uma parte no Chile e outra parte na Argentina. Desde aí, a invasão das terras mapuche segue sem parada, mas também a luta tem sido implacável.

O novo governo chileno, que se elegeu sob certa aura de “esquerda” causou espanto ao adotar a mesma medida de Piñera. Boric havia decidido não renovar a medida de exceção, apontando que iria trabalhar com uma «estratégia de diálogo» com os mapuche. Mas, a proposta, muito vaga, não encontrou eco junto aos grupos mais radicais que continuaram trancando estradas, queimando máquinas e sabotando as visitas do executivo. Por outro lado, as forças de centro e de direita, estavam pressionando o governo para dar fim aos conflitos e às manifestações, acusando o presidente de ser cúmplice da violência vivida no sul do país.

O fato é que para os mapuche, a violência não tem origem nas comunidades. Ela emana justamente dos invasores das terras, das empresas que hoje usam e abusam do território que é considerado mapuche. Também há na região grupos de narcotráfico e ladrões de madeira que impõem dinâmicas de controle por fora do Estado. Existe ali uma complexidade que não pode ser resolvida assim, na força das armas estatais. Esse tem sido o recurso desde a independência do Chile e nunca deu certo. Por que daria agora?

O governo, juntamente com a decretação do estado de exceção, também anunciou a indicação de um fiscal para acompanhar os crimes relacionados ao narco e ao roubo de madeira, a criação de um Ministério dos Povos Indígenas e um investimento de 460 milhões de dólares para melhorar a estrutura e os serviços na região sul.

Muito provavelmente essas ações não darão conta do problema visto que nas comunidades mapuche a decisão do decreto caiu como uma bomba. A Coordinadora Arauco-Malleco (CAM), uma das organizações que têm realizado importantes manifestações, lutas e sabotagens desde a década de 1990 já está convocando para uma resistência armada, caso o exército chegue à sua área. E seus dirigentes também estão ameaçados pelo governo de juízos ou prisões. O mesmo enredo desta triste ópera.

Analistas de várias cores no Chile, discutindo o tema nos jornais locais, são unânimes em afirmar que o sistemático problema da violência na região da Araucanía e do Biobío é algo que tem inclusive gerado lucros para muita gente, virou negócio e tem gente graúda metida nisso. Portanto, não é insuflando mais conflito que as coisas vão se resolver. pelo contrário. A presença dos militares no território mapuche, desde sempre foi marcada por uma ação extremamente racializada. Ser um mapuche já coloca o sujeito numa condição de “suspeito”, “criminoso”, “baderneiro”. As ações contra as comunidades acontecem sem que se leve em conta que mesmo entre os mapuche há diferentes grupos e diferentes formas de atuar. A decisão de Boric agora, apenas dá continuidade ao que sempre foi.

Discutir as demandas das comunidades indígenas é sempre um desafio para os governos, mesmo os de esquerda. Falta conhecimento da realidade originária e falta capacidade para encontrar soluções fora da caixa. Além do mais, qualquer discussão nesse âmbito significa discutir território e esse é um nó difícil de desatar, porque mexe na classe dominante e dita proprietária. No caso do governo de Boric, que nem é de esquerda, mas de centro e vinculado a muitas alianças, já era esperado que não haveria muita novidade no trato das reivindicações da população mapuche. Mas, claro, não se imaginava que a primeira saída fosse militar.

Agora, é esperar e ver o desastre. Provavelmente nenhuma proposta que venha do governo será ouvida enquanto houver militares na região fazendo o que sempre fizeram. Nem recursos, nem ministério serão recebidos se não houver uma clara disposição em discutir o território e a autonomia. Espera-se que a esquerda chilena também se levante junto com as comunidades, afinal, quando é para lotar as manifestações «callejeras» os mapuche são bem-vindos, mas quando o tema é terra e propriedade, o mar encrespa.

 

Fuente de la Información: https://iberoamericasocial.com/a-questao-chilena-mapuche/

 

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Argentina: La escuela empresarial

La escuela empresarial

Fuentes: El Cohete a la Luna

Frente una “nueva educación” en la Ciudad de Buenos Aires

El Ministerio de Educación de la Ciudad Autónoma de Buenos Aires nos tiene acostumbrados a lanzar iniciativas de impacto para avanzar sobre la comunidad con políticas que apuntan a la conformación de un modelo educativo claramente neoliberal. Así, el mercado y el individualismo se ubican como centro de la vida económica y social de la jurisdicción.

Estos proyectos son avalados por comunicadores con capacidad para mentir. Portadores de un discurso que, más allá de lo que transmiten, puede inventar supuestas “realidades”, que la sociedad a las que van dirigidas termina creyendo. Se trata de crear inexistencias, que de golpe pasan –por acción de la propaganda mediática– a ser reales. Por ejemplo: “En 15 años hicimos 100 escuelas nuevas” es un dato completamente falso.

Como para ratificar una concepción de la educación como mercancía –ejercicio que se ha tornado corriente– asistimos recientemente a la reforma por Ley del Estatuto del Docente Municipal, sancionado por ordenanza 40.593 del año 1985 y a sus modificatorias. El cambio, que constituye una reforma laboral encubierta, fue sancionado por la mayoría propia de la que dispone Juntos por el Cambio en la Legislatura de la Ciudad, sin escuchar la palabra de los docentes y sus representantes gremiales.

Entre las modificaciones “alumbradas” encontramos la creación de nuevos cargos, aunque sin conocer sus funciones, y la pretensión de horizontalizar la carrera docente, algo que tampoco alcanzó a explicarse. Sin embargo, una de las modificaciones al estatuto que ha llamado la atención es la introducción de la formación rentada en la carrera docente. Aún no está claro si la misma será en servicio con una “premiación salarial”, lo que implicaría la inclusión de un premio por productividad en el salario docente.

Además, las opiniones consultadas apuntan a que será la UNICABA –Universidad de la Ciudad de Buenos Aires– la institución que monopolizará el diseño, organización y distribución de los contenidos de dicha capacitación y, en particular, la relativa a los cargos de ascenso. De esta manera, produciría directivos alineados completamente con el modelo ideológico-político de gestión del gobierno porteño. A esto, las autoridades de la Ciudad no lo consideran “adoctrinamiento”.

La administración capitalina avanza con sus políticas públicas en la imposición de un modelo empresarial de escuela, en la que el lxs directorxs podrían convertirse en gerentes; los secretarios, en jefes de Personal; y los docentes, en empleados, puestos a competir entre sí para capacitarse, como si trabajaran en empresas y no en escuelas donde acuden niñxs, jóvenes y adultxs. Mientras tanto, los salarios, la alimentación de los alumnxs y las becas estudiantiles continuarán en descenso.

En dicho marco de acción, lxs alumnxs de años superiores del secundario dejan de ser considerados sujetos de derecho y son cedidos a empresas, introduciéndolos gradualmente en un modo de vida asociado a la mercadotecnia y al “financierismo” disponibles. Lxs jóvenes son obligados a trabajar con un claro beneficio económico tanto para la administración de gobierno como para lxs empresarixs, quienes se ofrecen para recibir a estudiantes bajo la forma de “Prácticas Educativas Profesionales”.

El gobierno de la Ciudad desconoce, en este sentido, la única ley vigente, la 3.541, sancionada en 2010 por la Legislatura porteña para todo el nivel secundario medio y técnico, algo que su texto aclara. Asimismo, la norma prevé una serie de requisitos institucionales y pedagógicos, que evitan la explotación de mano de obra de menores de edad y garantiza el aprendizaje de lxs alumnxs, propiciando prácticas educativas pero, pre-profesionales.

Si recordamos las compras realizadas por el Ministerio de Educación de la Ciudad de Buenos Aires de plataformas y otros servicios educativos a terceros privados –no reconocidos académicamente como educadores– apreciamos el despliegue de un amplio dispositivo de dominación sobre alumnxs, familias y docentes que promueve la cesión gradual al mercado de la totalidad del sistema educativo. Cuenta para ello con el trabajo de una conveniente y adoctrinada red de agentes de propaganda que operan dentro del sistema, a modo de funcionarixs docentes. Algunos de ellxs son supervisores. En dicho marco, es probable que las requisitorias para la Formación Docente se alejen cada vez más de los Profesorados, a los que se viene intentando dejar paulatinamente fuera del sistema educativo.

Resultó muy elocuente el Ministerio al twittear días atrás: “Queremos que el mérito sea el gran motor para el crecimiento dentro del sistema educativo, que la formación continua permita ascender y asumir nuevos desafíos”. Esto descalifica a los docentes, al desconocer el mérito que realizan históricamente en las escuelas. Las diferencias profesionales están determinadas por la gigantesca desigualdad social existente en la Ciudad de Buenos Aires, así como la meritocracia que ello genera, que no es otra cosa que la injusticia del mérito en la competencia entre eternos desiguales.

La reproducción del statu quo vigente niega la libertad y el derecho a decidir de lxs jóvenes y de lxs docentes, fundamento básico de cualquier política educativa.

Raúl Moroni es supervisor de educación media y técnica y pertenece al Grupo RESCATE EMEM.

Fuente de la Información: https://rebelion.org/la-escuela-empresarial/

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Chile: 4 tips sencillos para que la comunidad escolar aprenda a reciclar y reutilizar

4 tips sencillos para que la comunidad escolar aprenda a reciclar y reutilizar

Tomás Gebhard

Con estas prácticas y sencillas medidas, es posible gestionar los desechos que a diario se generan en la sala de clases.

Pueden ser pañuelos desechables, cartulinas, botellas plásticas, envoltorios o lo que quedó de una fruta. Estos y otros desechos se generan a diario en la sala de clases y es importante hacerse cargo de ellos de la manera correcta: clasificándolos. Con estos tips y un poco de ayuda, reciclar y reutilizar puede ser entretenido y un gran proceso de aprendizaje. ¡Una pequeña ayuda para el planeta Tierra!

1. ¡Un envase  exclusivo para los desechos orgánicos!

Del correcto tratamiento de los residuos orgánicos se puede obtener abono a través del compostaje y gas metano. Y no, el compostaje no produce mal olor, es solo un mito.

Los desechos orgánicos se tratan por lo general de dos formas, la digestión anaeróbica, en la que la falta de oxígeno descompone la materia en biogás, que puede ser usado por ejemplo para la calefacción dentro del hogary el vermicompostaje, en el que controlando diversas variables como temperatura, luz, humedad y acidez, se logra crear un sistema que degrada naturalmente la materia orgánica.

Te dejamos una guía paso a paso y un video para que puedas fabricar un biodigestor y una vermicompostera, ambos con materiales que se pueden conseguir fácilmente.

2. Diferenciar los residuos, SIEMPRE

Con cuatro basureros será suficiente, tampoco es necesario que sean muy grandes ni que sean de colores distintos, pero sí que se puedan identificar fácilmente para qué tipo de desecho están destinados.

Por ejemplo, puede ser uno para los plásticos, en el que irán por ejemplo las botellas y envoltorios de golosinas. Otro para los papeles y cartones, como servilletas, hojas de papel y jugos en caja, siempre limpios y sin grasa. Otro para el aluminio, ya sea el papel o las latas. Y por último, uno para los diversos envases de vidrio.

3. ¡Dale más uso a todo tipo de papelería!

Suele ocurrir que cuando en una actividad en la que se usaron cartulinas o algún tipo de papel, los estudiantes dan mal uso a estos materiales cortando piezas a placer sin pensar en que les podrían servir en otra oportunidad.

Una buena idea para reutilizar estos materiales es: en una bolsa o carpeta grande se pueden guardar los papeles que no se utilizaron o que aún pueden ser usados de nuevo. Así, sabiendo que habrá un lugar para guardar estos materiales, aparte de darles un mejor uso, a la larga podrán ahorrarse también algo de dinero.

4. ¡Crear un repositorio de uniformes!

Después de la industria energética, y antes que la de la alimentación, la textil es la segunda industria más contaminante. Por ello, si está la posibilidad de darles una segunda vida a las prendas, ¡bienvenida sea!

A nivel de establecimiento, puede ser una gran idea tener almacenados en algún lugar los uniformes que vayan donando los estudiantes. Por ejemplo, los que van saliendo de cuarto medio, los que por determinado motivo se tuvieron que ir del establecimiento o simplemente las prendas que después de un buen tiempo, no han sido reclamadas por nadie.

No hay que perder de vista que cuando los desechos se mezclan se pierde la posibilidad de reciclarlos, y que en el contexto de cambio climático cualquier acción que haga tomar conciencia sobre esta situación es importante, ¡es clave trabajarlo desde las comunidades escolares!

 

Fuente de la Información: https://eligeeducar.cl/ideas-para-el-aula/4-tips-sencillos-para-que-la-comunidad-escolar-aprenda-a-reciclar-y-reutilizar/

 

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Ecuador: Los niños nacieron para aprender, pero necesitan oportunidades

Yasmín Salazar Méndez

Los niños nacieron para aprender y son los aprendices más capaces del planeta. Esta frase tomada del libro ‘Aprendizaje temprano de calidad: Nutrir el potencial de los niños’, publicado por el Banco Mundial, describe la innata capacidad de los niños, su velocidad para aprender cosas nuevas y su habilidad para generalizar lo aprendido a otras experiencias.

A pesar de la reconocida capacidad de aprendizaje de los niños, según estimaciones del Banco Mundial, el 53% de los que tiene 10 años, que habitan en países de ingresos bajos y medianos, padecen la denominada ‘pobreza en aprendizaje’, es decir, no sabe leer ni comprender un texto breve.

Esta situación se vio agravada por la pandemia de Covid-19 y, según estimaciones del mismo organismo, si no se toman acciones oportunas podría llegar a 63% en la pospandemia.

Un 40% de los niños en Ecuador no comprende lo que lee, según María Brown, ministra de Educación.

Aunque la pobreza en aprendizaje es más notoria en los que asisten a la escuela, el origen de las deficiencias cognitivas de los niños se remonta a los primeros cinco años de vida.

Se trata de una etapa es clave para el adecuado desarrollo cognitivo, psicosocial, psicomotor y afectivo, que no solo permitirá que los niños tengan un mejor proceso de aprendizaje en la escuela, sino que será el soporte de toda su vida estudiantil.

El 40% de los niños en Ecuador no comprende lo que lee.

Para evitar que las cifras de pobreza en aprendizaje continúen subiendo, hay que diseñar estrategias para corregir el atraso de los niños que ya están en la escuela, pero también hay que atender a los que tienen menos de cinco años de edad.

En Ecuador, la atención y educación para los niños menores de 5 años, se divide en dos: educación en la primera infancia (destinada a niños de 0 a 3 años), y educación inicial (para niños de 3 a 5 años).

En el primer caso, la atención debe ser garantizada y regulada por el MIES, sin embargo, la responsabilidad es de los padres de familia, que tienen libertad de decidir si sus hijos asisten a un centro de educación y atención para la primera infancia.

En el segundo, es obligación del Estado. 

Cuando la decisión de enviar a los niños a un centro de desarrollo infantil recae únicamente en los padres, se pueden marcar grandes diferencias en el aprendizaje de los niños que asisten a estos centros y los que no lo hacen.

Tomar una decisión de este tipo depende de diversos factores, como: los recursos económicos de los padres, las preferencias sobre a quienes consideran como responsable del cuidado de los niños, y la información que disponen los padres sobre las ventajas de que sus hijos asistan a un centro de educación y atención infantil.

Sobre ese último punto, en un estudio realizado para Ecuador se determinó que los centros de cuidado infantil son vistos como sustitutos del cuidado materno y no como lugares en los que se puede potenciar el desarrollo integral de los niños.

En el país, según datos tomados del portal de información del MIES y actualizados a 2017, ese año la tasa de asistencia a centros de desarrollo infantil fue de 19,4%, mientras que en 2010 era de 15%.

Con respecto al tipo de centro, el 93,7% de los infantes asiste a centros públicos, mientras que el 6,3% frecuenta centros privados.

Por rango de edad, la tasa de asistencia fue la siguiente: 0 a 22 meses (8,2%), 12 a 23 meses (19,7%) y de 24 a 35 meses (30,4%).

La tasa de asistencia a los centros de educación de infancia temprana aún es baja, y aumentarla depende de que los padres tengan incentivos para enviar a sus hijos de 0 a 3 años.

No solo con la idea de que allá los cuidarán, sino de que será positivo para su desarrollo integral, puesto que recibirán atención educativa de calidad, además de servicios de nutrición y gozarán de un ambiente que beneficia su desarrollo socioemocional.

Para que esto se haga realidad, los centros de desarrollo infantil públicos y privados deben brindar servicios integrales de calidad.

Aunque también hay que tomar en cuenta que las brechas no surgen únicamente por la asistencia a los establecimientos de educación infantil, sino también por la alimentación, los cuidados de salud y la estimulación que reciben los niños dentro de sus familias. Además, es necesario mencionar la importancia de que los niños gocen de vínculos afectivos fuertes y saludables.

Los niños nacieron para aprender y, que lo hagan bien, depende de los adultos.

Para hacer uso de este contenido cite la fuente y haga un enlace a la nota original en Primicias.ec: https://www.primicias.ec/noticias/firmas/ecuador-ninos-aprendizaje-educacion-publica-deficiente/

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Maria Cecilia Villegas: El campo como oportunidad en Perú

El 46% de la población de las zonas rurales vive en pobreza. Sin acceso a servicios de salud y educación de calidad, con un restringido acceso a agua y saneamiento, con limitada conectividad y caminos rurales en mal estado que reducen sus posibilidades de acceder a mercados. Sin mercados no hay ingresos y sin ingresos no es posible escapar de una trampa de pobreza. En el Perú existen 2′128.282 unidades agropecuarias dedicadas a la agricultura, ganadería, silvicultura, acuicultura y pastoreo, administradas y operadas a nivel familiar, con extensiones de tierra de hasta diez hectáreas. ¿Cómo hacerlas sostenibles?

Pedro Castillo pasó a segunda vuelta gracias al voto rural. En regiones como Apurímac, Huancavelica y Ayacucho, obtuvo más del 50% de los votos. Un maestro rural que decía conocer bien los problemas del campo y que durante la campaña presidencial había ofrecido una segunda reforma agraria a través de la cual profesionalizaría el campo, llevaría créditos y abriría mercados. En lugar de ello, y tras diez meses de Gobierno, Pedro Castillo ha generado una crisis en el sector más abandonado del país: el campo. Desde su llegada al poder, Castillo ha tenido cuatro ministros de Desarrollo Agrario. Ninguno de los cuales tiene la experiencia ni la capacidad necesaria para liderar el Midagri. Más aún, el Gobierno se ha encargado de copar el ministerio con personas sin conocimiento del sector, lo que es gravísimo, ya que no se puede gestionar un sector que no se conoce.

Actualmente, existe en el Perú un déficit de 180 toneladas de fertilizantes. Y si bien es cierto que la escasez de fertilizantes es global y agravada por la guerra Rusia-Ucrania, el Gobierno debió haber tomado las medidas necesarias para mitigar la crisis que se avecinaba. Pero ¿cómo hacerlo si el Gobierno ha sido capturado por personas sin ninguna capacidad de gestión pública? Como consecuencia, la campaña agraria que empieza en agosto no tendrá la productividad esperada. Y aquí vale el jalón de orejas para quienes desde los niveles socioeconómicos medios y altos del país, con suficiente acceso a educación e información como para poder entender que Pedro Castillo no tenía ni la capacidad ni la experiencia y mucho menos las ideas adecuadas para dirigir el destino del Perú, votaron por él en el mayor ejercicio de irresponsabilidad cometido contra el Perú en los últimos años. La destrucción de la institucionalidad y el copamiento del Estado por personas sin conocimientos está destruyendo todo lo que el país había avanzado en los últimos 30 años. El sector agrario es solo un ejemplo.

La falta de acción coordinada entre las instituciones públicas que operan en el sector, como Agro Rural, Sierra Azul y las Gerencias Regionales Agrarias, impide que se aprovechen las complementariedades y posibles sinergias y los resultados no corresponden con el nivel de gasto. No existe inversión por resultados ni programas de desarrollo económico rural, al no ser considerados rentables. Mientras que la falta de capacidad de gestión pública y de voluntad política hace que los grandes proyectos de irrigación no se concreten. Esta semana se supo que la firma de la adenda que permitiría el reinicio de la construcción de la etapa III de Chavimochic fue suspendida.

El campo no debe ser visto como un problema, sino como la gran oportunidad que es. Para acabar con las trampas de pobreza y hacer sostenibles las unidades agropecuarias, es necesario que se organicen e inserten en cadenas productivas que mejoren su competitividad e ingresos. Para ello, es preciso trasladarles tecnología, asistencia técnica y lograr que accedan a fuentes de financiamiento. Necesitamos, además, inversión público-privada en carreteras y cadenas de frío. Ello solo se logrará si el sector privado ve al pequeño agricultor como una oportunidad de negocio a través de la formación de alianzas. El sector privado tiene la capacidad y la experiencia para desarrollar el sector y generar escalas suficientes para crear impacto permanente en la reducción de la pobreza a través de la generación de riqueza, la transformación de la agroindustria en la costa lo demuestra.

Fuente: https://elcomercio.pe/opinion/columnistas/el-campo-como-oportunidad-por-maria-cecilia-villegas-noticia/

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Venezuela, Según informe de la OBU: «El amor al arte» sostiene los espacios culturales de las universidades públicas #1Jun

En un reciente y muy extenso informe, el Observatorio de Universidades (OBU), hizo un análisis de la situación de nuestras universidades públicas en lo que a sus espacios se refiere y del mismo se desprendió el siguiente informe:

«Las direcciones de cultura de las instituciones de educación superior nacieron con la democracia, como parte de las políticas del Estado venezolano para fomentar el pluralismo, el pensamiento crítico y las libertades humanas.

La Constitución de la República Bolivariana de Venezuela garantiza el derecho a la creación y la divulgación cultural y establece en su Artículo 99, que el Estado “garantizará la protección y preservación, enriquecimiento, conservación y restauración del patrimonio cultural, tangible e intangible y la memoria histórica de la Nación”.

No obstante, según las investigaciones del Observatorio de Universidades97% de los estudiantes universitarios de Venezuela no participan en actividades culturales. Varios son los reparos que puede hacerse al Gobierno venezolano acerca de lo establecido en la Carta Magna, lo que dice la Unesco y la situación en que se encuentra el patrimonio cultural de la Nación».

Dado lo extenso del material, que involucra varias casas de estudios superiores de Venezuela, en esta oportunidad solo nos ocuparemos del estado Lara, específicamente de la Universidad Centroccidental Lisandro Alvarado.

Según explica el profesor Figueredo, quien es contador público, músico y locutor profesional y tiene 13 años al frente de la Dirección de Cultura de la UCLA, ese recinto se quedó sin vigilancia hace tres años, entre otras irregularidades que aquejan a esa universidad. «Los ladrones se llevaron los 15 compresores del aire acondicionado y dejaron sin cableado a varias oficinas, incluida la del director«.

Dijo, que los espacios donde ensayaban las orquestas y el sótano donde se hacían las presentaciones de teatro en la Dirección de Cultura están contaminados por la filtración de las paredes.

A pesar de ello -continuó- las actividades de la Dirección de Cultura de la UCLA se han mantenido porque acuden a otros sitios y porque artistas amigos de la Universidad y los
empleados hacen presentaciones poéticas y escénicas en los recintos menos afectados por la humedad.

“Tratamos de hacer por lo menos un concierto al mes, en iglesias, en instituciones como Ascardio o la Cámara de Turismo, en fiestas patronales de los pueblos. Les pedimos a las instituciones que nos asignen transporte y comida para los músicos, gustosamente nos han apoyado porque valoran de manera positiva a la Universidad. «En lo que se active el auditorio volveremos con nuestras presentaciones, hay una comisión trabajando en eso”, aseveró Figueredo.

En otro punto, señaló que el auditorio Ambrosio Oropeza, donde se ofrecían los conciertos y se llevan a cabo los actos de grado, está inoperativo porque el hampa se llevó los compresores del aire acondicionado, los baños no funcionan y se requiere impermeabilizar el techo.

«En las graduaciones, los egresados entran y salen del recinto una vez que reciben su título de manos de las autoridades. Mientras esperan su turno, ellos y sus familiares se quedan afuera durante la ceremonia», dijo.

Explicó, que la estudiantina de la Universidad está inactiva por falta de participantes, de un director, de unidades de transporte para los alumnos y por la pandemia que alejó a los músicos de las comunidades. Las dos orquestas de la UCLA funcionan con personal contratado.

«El año pasado nos asignaron 10 mil millones de bolívares (unos 2.500 dólares), en el papel, pero de eso no vimos ni medio; pasó todo 2021 y nunca llegó el dinero. Trabajamos
en función de la gente que tengamos disponible, les preguntamos qué pueden hacer y sobre la base de ello, planificamos para el año actividades en la misma Dirección, salvo que alguien nos apoye con transporte”, indicó el profesor Figueredo.

En resumen, ante el caso de la UCLA y de las demás casas de estudios superiores de Venezuela, el informe de la OBU señala a manera de conclusión que «El gobierno venezolano, al asfixiar presupuestariamente a las universidades públicas, incumple con la meta de “redoblar los esfuerzos para proteger y salvaguardar el patrimonio cultural y natural del mundo” establecido en el número 11 de los objetivos del desarrollo sostenible. El sostenimiento de este tipo de instituciones no puede dejarse solo en manos de individualidades que con la sola voluntad hacen lo que pueden.

Fuente: https://www.elimpulso.com/2022/06/01/segun-informe-de-la-obu-el-amor-al-arte-sostiene-los-espacios-culturales-de-las-universidades-publicas-1jun/
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El hambre y la violencia crecen en Brasil

Dos fenómenos se agravaron de manera contundente en Brasil a lo largo de los últimos tres años: el hambre y la violencia practicada por las fuerzas de seguridad pública.

La suma de la inflación, que se mantiene por encima de los 12% al año, a la pérdida de poder adquisitivo de manera general pero especialmente aguda en las capas de menor poder adquisitivo, que gira alrededor de los 10%, hizo que 36% de las familias brasileñas – lo que significa más de la mitad de la población total, de 212 millones – hayan entrado en lo que analistas y especialistas llaman de “inseguridad alimentaria”. Es decir, desde insuficiencia de alimentos en bases mínimas hasta directamente hambre.

Ese cuadro se acentuó principalmente a partir de 2021. Si en 2014 el número de familias en estado de “inseguridad alimentaria” en sus diferentes niveles rondaba la casa de 17%, a fines de 2021 había saltado para 36%. Y con eso supera el promedio mundial, que es de 35%.

Entre los 20% que conforman la parte más pobre de los brasileños, 75% dicen que en 2021 faltó dinero para comprar comida.

Los datos corresponden a encuestas realizadas antes de la invasión de Ucrania por las tropas rusas, lo que provocó un nuevo –y fuerte– incremento en los precios, especialmente combustible y alimentos.

Si a lo largo de siete meses de 2021 el gobierno del ultraderechista Jair Bolsonaro concedió “auxilio de emergencia” a poco más de 39 millones de familias, ahora llega a 17 millones 500mil, o sea, menos de la mitad.

Además del hambre, otro fenómeno creciente bajo Bolsonaro alcanza, de manera dramática, precisamente a la parte más pobre de los brasileños: la violencia de las fuerzas de seguridad en las villas miseria cuya población aumentó significativamente con la debacle económica.

Esta semana hubo otra masacre en una “favela” suburbana de Río, con la muerte de 23 personas.

Desde agosto de 2020, o sea, en menos de dos años, al menos 330 civiles fueron muertos en 74 supuestos enfrentamientos entre supuestos criminales y fuerzas de seguridad pública solamente en Río.

La repetición de “supuestos” se justifica: parte substancial de los muertos no tenía ningún tipo de registro criminal, y es difícil imaginar un “enfrentamiento” como el más reciente, en la villa miseria de Cruzeiro, en que 23 habitantes murieron y ninguno de los más de 150 policías fue herido.

En este último caso, de los 23 muertos 16 fueron identificados. De ellos, siete –casi la mitad– no tenían ningún antecedente criminal. Uno de ellos era un joven de 16 años, muerto por una cuchillada, y no por tiro.

Otra víctima era una peluquera de 42 años, alcanzada dentro de su casa por una “bala perdida”, nadie sabe si disparada por narcotraficantes o por la policía. Otro fusilado era un ex militar de la Marina, que trabajaba en un negocio en la “favela”. No había arma alguna al lado de su cadáver.

Ha sido la segunda mayor masacre en Río. La anterior ocurrió en 2021, también en una “villa miseria”, y dejó 28 muertos. Entre las víctimas se encontraban narcotraficantes, pero parte considerable era de habitantes, todos trabajadores y en su mayoría negros.

Otra acción brutal de la policía –grabada en vídeo que circula por todo el país– ocurrió en Umbaúba, en el estado de Sergipe, en el nordeste.

El conductor de una moto, que padecía de esquizofrenia, fue tumbado por policías militares. Agredido, fue atado y tirado al baúl de una camioneta de la patrulla. Su esposa se acercó y, a los gritos, contó a los uniformados que el marido era enfermo.

Como el prisionero se agitaba en la baulera, los agentes dispararon spray de pimienta dentro del vehículo todo cerrado para “calmarlo”. Resultado: el hombre de 38 años murió sofocado.

Frente a la masacre de Río, Bolsonaro –un incentivador del armamentismo que destrozó el ya complicado sistema brasileño de seguridad pública– elogió a los “héroes” que garantizaron la paz de “los hombres de bien”, criticó a los medios de comunicación por no compartir su aplauso y prometió mantenerse vigilante.

Ya con relación al ciudadano sofocado en el baúl de un patrullero dijo que antes de comentar iba a “averiguar” lo sucedido.

Parece que a ninguno de sus asesores e hijos les ocurrió enseñarle el vídeo del asesinato cometido por los policiales.

Así es que negros y pobres que habitan las villas miseria seguirán bajo la eterna amenaza de muerte por agentes de seguridad pública que no hacen más que fusilar en lugar de prender culpables mientras diezman inocentes. Todo siempre bajo el aplauso presidencial.

Fuente: https://rebelion.org/el-hambre-y-la-violencia-crecen-en-brasil/

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