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Estudante de Osório conquista 1º lugar na maior feira de Ciências do mundo

América do Soul/ Brasil/ 27.05.2019/ Fonte: www.litoralmania.com.br.

A estudante gaúcha Juliana Estradioto recebeu o 1º lugar na área de Ciência dos Materiais na maior feira de ciências do mundo, a Intel International Science andEngineering Fair (Intel Isef)A premiação foi anunciada nesta sexta-feira, 17 de maio de 2019, durante o evento, que ocorreu de 12 a 17 de maio em Phoenix, Estados Unidos. A feira contou com a participação de mais de 1.800 estudantes de ensino médio de 80 países.

Juliana é egressa do Campus Osório do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS) e apresentou uma pesquisa sobre o aproveitamento da casca da noz macadâmia para confeccionar uma membrana biodegradável, que pode ser utilizada em curativos de pele ou em embalagens, substituindo o material sintético. Além de ecologicamente correta, a membrana tem um custo mais baixo do que o material sintético, sendo também mais econômica.

O trabalho foi desenvolvido enquanto Juliana era aluna do curso Técnico de Administração Integrado ao Ensino Médio do Campus Osório do IFRS, tendo orientação da professora Flávia Twardowski e coorientação do professor Thiago Maduro.

O credenciamento para participar da Intel foi conquistado durante a Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), realizada em março de 2019, na Universidade de São Paulo (USP). Na ocasião, o projeto de Juliana conquistou o 1º lugar em Ciências Agrárias, o 2° lugar no Prêmio Sociedade Brasileira de Bioquímica e Biologia Molecular e também o Prêmio Destaque Unidades da Federação como melhor trabalho do Rio Grande do Sul. O título da pesquisa é “Catchpooh: Aproveitamento de Resíduos para Biossíntese de Celulose e Confecção de Embalagem”.

No ano de 2018, Juliana recebeu o prêmio de Jovem Cientista nacategoria Ensino Médio, com o projeto “Desenvolvimento de um filme plástico biodegradável a partir do resíduo agroindustrial do maracujá”, também desenvolvido no Campus Osório do IFRS. Essa foi a terceira vez que a estudante participou da Intel e o trabalho dela foi o sétimo trabalho coordenado pela professora Flávia Twardowski que participa do evento.

Saiba mais sobre o projeto

O consumo da noz macadâmia e o uso em produtos cosméticos e de higiene está em crescimento nos mercados brasileiro e internacional. No entanto, o processamento da noz gera 75% de resíduos, que acabam indo para os aterros sanitários orgânico ou são queimados para produção de energia. Já os polímeros sintéticos (como plásticos e borrachas) não são biodegradáveis e nem sempre são recicláveis.

Juliana transformou a casca da noz macadâmia em farinha. Essa farinha, em meio de cultivo com outros nutrientes, serviu de alimento para microorganismos, os quais produziram as membranas. Essas são compostas de celulose e possuem características (como flexibilidade e resistência) que permitem a utilização em curativos para pele queimada ou para machucado. Outro uso possível é na elaboração de embalagens para o recolhimento de fezes de cachorro, em substituição ao plástico.

Fonte das noticias: http://www.litoralmania.com.br/estudante-de-osorio-conquista-1o-lugar-na-maior-feira-de-ciencias-do-mundo/

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Itália reduz idade para aposentadoria e adota ‘renda cidadã’ para mais pobres

Europa/ Italia/ 27.05.2019/ Fonte: oglobo.globo.com.

O governo da Itália publicou na noite desta quinta-feira decretos para diminuir a idade mínima de aposentadoria e criar a “renda cidadã”, uma espécie de Bolsa Família para os mais pobres. As medidas eram promessas de campanha dos partidos populistas que formam a coalizão no poder.

O orçamento de 2019, adotado no final de dezembro, prevê sete bilhões de euros para a renda cidadã, principal promessa do antissistema Movimento 5 Estrelas, e quatro bilhões para a reforma da Previdência, proposta da Liga, de ultradireita.

A renda cidadã é destinada a cinco milhões de pessoas que vivem abaixo da linha da pobreza na Itália, tendo como requisitos serem italianos, europeus ou estrangeiros residentes no país há mais de 10 anos, sendo no mínimo os dois últimos de modo contínuo.

Cinco milhões de pessoas e cerca de 1,3 milhão de pessoas se encontram nessa faixa.

Fonte da notícia:https://oglobo.globo.com/mundo/italia-reduz-idade-para-aposentadoria-adota-renda-cidada-para-mais-pobres-23382024
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‘Vamos educar o Bolsonaro’, afirma Haddad em uma Avenida Paulista lotada

Por: Rede Brasil Actual.

Bolsonaro anunciou cortes de 30% no orçamento das instituições federais de ensino. Em todo o país, estudantes e professores rejeitaram o desmonte

 

«Temos que assumir um compromisso aqui: vamos educar o Bolsonaro. Ele precisa ser educado, precisa conhecer o Brasil. Vamos em nossa missão até que ele aprende alguma coisa», afirmou o ex-prefeito Fernando Haddad (PT) para um público estimado em 120 mil pessoas na Avenida Paulista, na região central de São Paulo. Esta é a maior onda de protestos que o governo enfrentou, após anunciar cortes na educação.

Além dos cortes – de 30% no orçamento das universidades federais –, Jair Bolsonaro agrediu os que lutam por melhorias no setor. Chegou a chamar os manifestantes de «idiotas úteis», enquanto seu ministro da pasta, Abraham Weintraub, disse que as universidades brasileiras «promovem balbúrdia».

Haddad lamentou a postura do governo. «Precisamos de respeito para que as pessoas possam estudar em paz e se desenvolverem como cidadãos, membros da nossa comunidade política. Na hora que ele reunir a informação do que está acontecendo no Brasil, ele vai ficar muito apavorado. Belo Horizonte está cheio, Porto Alegre, Campinas, Recife, Fortaleza», disse. Mais de 40 cidades registraram grandes atos.

Dimitri Dimoulis, de 53 anos, foi para a Avenida Paulista com seu filho Hector, de 15. «Viemos protestar contra o desmonte do pouco que existe na educação pública. Está na Constituição que a educação é dever do Estado», disse Dimitri. Seu filho concordou: «Como cidadão, tenho direito de ter uma boa educação gratuita. Está na lei», disse.

Já a estudante da Universidade de São Paulo (USP) Jade Resende falou sobre os ataques do governo. «Os cortes na educação afetam muito o país todo. Para nós, que estamos na universidade pública, é um impacto muito grande. Estamos lá todo dia e vemos a importância. Sabemos que não é bagunça como o governo fala. Sabemos que sai muita coisa boa e fundamental par ao país. Esses cortes, sabemos que são prejudiciais.»

Vinícius Araújo, que também estuda na USP, lembrou que, inicialmente, os cortes foram anunciados em universidades federais, mas acredita que isso pode mudar, se nada for feito. «Sabemos que anunciaram o corte de 30% das federais. Tudo que podem cortar. É importante que todos se mobilizem. Mesmo quem não é das federais vai sofrer com os cortes, porque o projeto é o mesmo. A mobilização deve ser contínua. É muito bom assumir a frente, lutar sem medo de nada. Não temos limites e ninguém vai nos parar.»

Já Tainá Galvão, universitária e artista, comemorou a presença em massa de estudantes e trabalhadores. «Muito importante o dia de hoje. Temos que nos organizar enquanto base, enquanto povo. Temos que fazer isso e muito mais. Temos que estar juntos como coletivo porque eles têm medo da gente», afirmou, contando ter conversado com pessoas mais velhas durante a manifestação. «Nós vamos mudar alguma coisa. No metrô, encontrei com duas senhoras que disseram que fizeram tanto no tempo delas e elas não acreditam que estão de novo. Temos que nos unir, largar as redes sociais e vir na carne, para a rua.»

Fonte do artigo: https://www.redebrasilatual.com.br/politica/2019/05/vamos-educar-o-bolsonaro-afirma-haddad-em-uma-avenida-paulista-lotada
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OMEP/BR Presente: 15 de Maio de 2019 – Greve Nacional da Educação

Por: OMEP/BR.

 

Comparto la carta que las/los compañeras/os del Comité  Brasil de OMEP (Org. Mundial para Educación Preescolar) han publicado en el día de la fecha. Su texto plantea con gran claridad un *diagnostico actualizado de la realidad en la que el gobierno de Bolsonaro ha sumido al pueblo brasilero*. También exige con fundamento y exhorta al Gobierno a cumplir con su obligación de proteger los derechos humanos de todos los niños y niñas de Brasil. Excelente iniciativa y capacidad de respuesta.

Carta OMEP-BR (1)

 

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Crônica de um desastre anunciado (ou o triste desmonte da agenda ambiental brasileira)

Por Luiz Queiroz d’Orange* .

Esperava-se muito pouco da agenda ambiental de um governo Bolsonaro, é verdade. Afinal, as evidências eram abundantes: o termo “meio ambiente” só recebeu uma única menção no programa de governo do então candidato do PSL. No final de 2018, já eleito, Bolsonaro chegou a defender abertamente o fim do Ministério do Meio Ambiente e só recuou devido às pressões internacionais. Em dezembro, repetiu que o IBAMA era uma “indústria de multas” e que ia mudar isso aí, tá ok?

Contrariando a turma que acreditava que eram apenas bravatas de campanha, ao assumir a presidência o capitão arregaçou as mangas e já na reforma ministerial de janeiro tratou de sequestrar a Agência Nacional de Águas para o Ministério de Desenvolvimento Regional e o Serviço Florestal Brasileiro para o Ministério da Agricultura. Na mesma tacada, acabou com a área de Mudanças Climáticas do Itamaraty, destaque da política internacional brasileira, e tratou de asfixiar os setores correspondentes no MMA – onde, aliás, acabou também com qualquer menção ao combate ao desmatamento, justo quando os índices de desmatamento disparam na Amazônia. Na agenda indígena, jogou a FUNAI para um lado (Ministério da Mulher, Família e Direitos Humanos) e a demarcação de Terras Indígenas para o outro (Ministério da Agricultura), no que deve ser o único caso no planeta onde fazendeiros são responsáveis pela delimitação de reservas para os índios.

Depois de reorganizar o tabuleiro institucional ao seu gosto peculiar, o governo destacou o Ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles (Novo/SP) para pilotar a nova agenda ambiental ao estilo Bolsonaro. O ministro Salles é aquele que ganhou notoriedade por ser o primeiro ministro ficha suja em um governo que se elegeu com a bandeira anticorrupção e por ser o primeiro ministro de meio ambiente que contesta o legado de Chico Mendes para o ambientalismo brasileiro. Logo no início de sua gestão, elegeu as ONGs como grande inimigas do governo e suspendeu todos os contratos e convênios com o terceiro setor, só para voltar atrás na sequência e transformar a suspensão em um pente-fino.

Representante explícito dos ruralistas (foi diretor da Sociedade Rural Brasileira) e defensor da violência contra a esquerda e contra os movimentos sociais, Salles desempenha com desenvoltura o papel de antiministro do meio ambiente – chefia um ministério que não deveria existir na visão do governo. No começo de abril, Bolsonaro e Salles produziram normativos que contribuem para esterilizar ainda mais a atuação dos órgãos ambientais: o decreto do “revogaço” extinguiu diversos colegiados fundamentais para o funcionamento da máquina ambiental e outro decreto criou uma instância para revisar autos de infração ambiental, substituindo a “indústria de multas” pela “anistia prévia” ao infrator. Esse mesmo decreto revisou as regras para conversão de multas ambientais, suspendendo a modalidade de conversão indireta que havia sido regulamentada recentemente pelo IBAMA para gerar investimento em programas estruturantes de recuperação ambiental. A primeira fase do Programa Nacional de Conversão de Multas (biênio 2019/2020) arrecadou cerca de R$1,1 bilhão e iria aplicar esses recursos na recuperação ambiental nas Bacias do São Francisco e do Parnaíba antes de ter sido suspenso pelo governo. Ou seja, o imperativo ideológico de asfixiar as ONGs ambientalistas superou os ganhos potenciais de um programa bilionário de investimentos estratégicos em conservação.

A lista de ataques, polêmicas e desmontes parece inacreditável para um governo que mal superou os primeiros 100 dias, mas ainda nem mencionamos a articulação para flexibilização do licenciamento ambiental, para a liberação da caça de espécies silvestres, a escandalosa liberação de agrotóxicos, a desautorização da fiscalização de madeireiras em Rondônia, ou a surreal sessão inaugural do CONAMA neste ano, conduzida com mão de ferro pelo novo ministro e com direito a conselheiros barrados e relatos de agressão.

O autoritarismo, aliás, parece estar se confirmando como marca da gestão de Salles. Desde o começo de março vigora uma lei da mordaça aplicada ao IBAMA e ao ICMBio, que só podem se manifestar por meio da Assessoria de Comunicação do MMA. Há relatos de “vistorias” constrangedoras do ministro em prédios e unidades, em tom de revista de oficial superior, para avaliar se as mesas e ambientes estariam devidamente livres de “manifestações políticas”. Exonerações e demissões arbitrárias têm sido registradas em todo Brasil e desencadearam um clima de caça-às-bruxas em toda a administração. O episódio ocorrido em Tavares/RS, onde Salles provocou uma reação orgástica em uma plateia de ruralistas ao anunciar a abertura de processos administrativos para punir servidores do ICMBio por não estarem presentes no evento (para o qual não haviam sido convidados), é ilustrativo da tendência autoritária do ministro. O episódio levou ao pedido de demissão do então presidente do ICMBio, Adalberto Eberhard. O conjunto da obra até o momento ensejou uma carta aberta da Associação Nacional de Servidores da Carreira de Meio Ambiente (ASCEMA NACIONAL), onde os servidores manifestam repúdio à atuação do ministro Salles, tido como “ardiloso, falacioso e grosseiro”. Esvaziados de suas funções técnicas e administrativas, outros 3 diretores do ICMBio pediram demissão em um ato conjunto, como que fugindo do barco antes do naufrágio iminente. Possivelmente para “botar ordem na casa”, Ricardo Salles transformou o ICMBio em uma sucursal da Polícia Militar de SP, nomeando policiais para todo o primeiro escalão do instituto, além da presidência. A militarização da área ambiental já atinge parcela significativa dos cargos de alto escalão no Ministério do Meio Ambiente, IBAMA e ICMBio.

Infelizmente, tudo indica que o pacote de retrocessos está longe de chegar ao fim. A possível fusão entre o IBAMA e o ICMBio, os dois principais braços executivos do MMA, deixou de ser conversa de bastidores e passou a ser discutida abertamente na imprensa. O rumor já havia sido semeado durante a campanha e a “incorporação” do ICMBio no IBAMA foi defendida pela equipe de transição da área ambiental. Uma das versões que circula em Brasília é que a fusão implicaria na criação de um novo órgão, um Instituto Federal do Meio Ambiente ou algo similar. Pra quem é da área, a medida cheira a um revanchismo pueril: o presidente que não gosta do IBAMA e o ministro que despreza Chico Mendes tratam de apagar do registro institucional brasileiro as duas marcas de seu desagrado.

Parece especialmente cruel que o IBAMA, ao comemorar 30 anos de existência, esteja ameaçado de extinção como as próprias espécies que tenta preservar. O IBAMA é mais antigo que o próprio Ministério do Meio Ambiente e tradicionalmente encarna o símbolo da defesa ambiental no Brasil. No afã de reescrever a história do ambientalismo brasileiro ao seu feitio, a dupla Bolsonaro/Salles aparenta não ter escrúpulos em jogar no lixo todo o capital simbólico acumulado em 30 anos de IBAMA; muito menos a recente, porém relevante história do ICMBio.

O desmonte da agenda ambiental promovido pelo governo Bolsonaro supera as previsões mais pessimistas e a preocupação chegou até à prestigiada revista Nature. Enquanto isso, o mundo assiste apreensivo e ensaia boicotes aos produtos oriundos de desmatamento no governo Bolsonaro.

É difícil prever onde vai parar esse processo de desmonte da área ambiental, mas em pouco mais de 3 meses o capitão Bolsonaro e seus correligionários conseguiram implodir qualquer protagonismo que o país tivesse na agenda global de sustentabilidade. Os danos à imagem brasileira já são evidentes: o Museu Americano de História Natural de Nova Iorque se recusou a sediar evento que homenageará o presidente Bolsonaro, em função dos objetivos declarados do governo em relação à proteção da Amazônia.

E por fim, é importante ressaltar que nisso Bolsonaro não era fake news – sua campanha falou claramente que iria desmontar a gestão ambiental no Brasil. Quem votou no capitão, com as mãos fazendo gesto de arminha, sabia que estava hipotecando um futuro mais sustentável e próspero para o Brasil. É inescapável a sabedoria do Barão de Itararé: “de onde menos se espera, daí é que não sai nada mesmo”.

Fonte da revisão:http://envolverde.cartacapital.com.br/cronica-de-um-desastre-anunciado-ou-o-triste-desmonte-da-agenda-ambiental-brasileira/
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30 ferramentas online gratuitas para a educação

Por: universia.com.br.

Seja você um professor, estudante ou pai não perca 30 ferramentas online gratuitas para a educação que podem ajudar os alunos a aprimorar o aprendizado

As ferramentas separadas a seguir podem servir para os mais diversos públicos. Se você é professor, elas podem ser úteis como complementações dos conteúdos estudados em classe, tornando a aula mais dinâmica e envolvente. Caso você tenha filhos em idade escolar, é possível alargar o alcance da educação tradicional com os seguintes recursos. Se você é estudante e está em busca de novas ferramentas para aprimorar seus estudos, também não deixe de conferir. Aproveite 30 ferramentas online gratuitas para a educação:

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: YOUTUBE EDU

No YouTube EDU diversas instituições de ensino (do primário ao ensino superior) contribuem com a divulgação de vídeos educacionais e aulas em diversas áreas de conhecimento.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: DYSCOVER

Dyscover é uma das poucas ferramentas educacionais abertas na internet que atende especificadamente crianças com deficiências de aprendizado. Ela disponibiliza diversas estratégias para o ensino de letras, números e vocabulário, em inglês.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: KIDS.NET.AU

Kids.net.au é uma ferramenta de busca específica para crianças com conteúdo seguro. Disponibiliza dicionários, tradutores, enciclopédias, etc.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: FUNBRAIN.COM

Com conteúdo em inglês, o FunBrain.com é um local onde as crianças podem facilmente passar horas com jogos educacionais, livros interativos e diversos outros recursos com seus personagens e assuntos favoritos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: TOONDO

A ferramenta ToonDo pode ser facilmente usada pelos alunos para fazer histórias em quadrinho e criar seus próprios livros.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: SCRATCH

Scratch foi desenvolvido pelos programadores do MIT com uma linguagem específica para que as crianças possam criar seus próprios desenhos, jogos, histórias interativas e muito mais. Com conteúdo em português, ele possui uma página exclusiva com sugestões de uso para educadores.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: SAN DIEGO ZOO KIDS

Um dos zoológicos mais populares dos Estados Unidos desenvolveu um portal especial para as crianças amantes de animais com atividades, jogos, informações de carreira, vídeos e muito mais com tudo o que é preciso saber sobre os bichos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: FREE RICE

O site Free Rice promete doar alimentos para nações empobrecidas a cada resposta correta. Além de aprender sobre diversos conteúdos e treinar seu inglês, ele também possibilita que os estudantes aprendam lições de cidadania.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: KIDS@RANDOM

O site Kids@Random oferece atividades, jogos, competições, vídeos e muito mais com os personagens mais queridos dos alunos mais novos e adolescentes. Possui ainda conteúdos específicos para professores e bibliotecários.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: KIDSKNOWIT.COM

O portal KidsKnowIt.com reúne diversos sites com recursos para educação como filmes, músicas e jogos que são gratuitos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: LANGUAGEGAMES.ORG

Disponível em cinco idiomas diferentes (inglês, espanhol, francês, alemão e italiano), com o Languagegames.org é possível aprender e exercitar outros idiomas.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: KHAN ACADEMY

Khan Academy possui mais de 3 mil vídeos-aula sobre diversos assuntos e em níveis diferentes de dificuldade. Conheça mais sobre essa iniciativa aqui.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: FOUNDING DREAMS

Com conteúdos em português, o site Founding Dreams disponibiliza diversos recursos e atividades para diferentes áreas acadêmicas, principalmente matemática.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: FISHER-PRICE ONLINE GAMES & ACTIVITIES

Voltado para um público mais novo, o site oferece atividades como resolução de problemas, músicas, letras e números, saúde e mais.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: BILL NYE THE SCIENCE GUY

site disponibiliza diversas atividades de ciências e matemática, com instruções para projetos que podem ser feitos em casa e outros recursos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: PIANO LESSONS 4 CHILDREN

A idealizadora do projeto, Maria Miller, disponibiliza no Piano Lessons 4 Children diversos conteúdos para iniciantes, como aulas de piano, exercícios, aulas sobre compositores famosos e teoria musical.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: CHESSKIDS ACADEMY

Desenvolvido para pessoas em nível básico de conhecimento e crianças, o siteensina todos os conteúdos básicos do xadrez, fomentando o pensamento crítico e a habilidade de resolver problemas e estratégias.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: THE STACKS

site disponibiliza atividades com personagens famosos, como Harry Potter, para promover o engajamento dos estudantes em literatura e outras áreas.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: NATIONAL GEOGRAPHIC KIDS

Com o mesmo foco apresentado nos conteúdos para alunos mais velhos, oNational Geographic Kids foi desenvolvido especialmente para o público mais jovem com atividades sobre animais, ecossistemas, cultura e muito mais.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: DOCUMENTARY HEAVEN

portal disponibiliza diversos conteúdos com documentários educacionais sobre diversos assuntos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: LEARN ENGLISH

Oferecido pelo British Council, o site oferece diversos conteúdos exclusivos e divertidos que podem ajudar você a aprimorar suas habilidades em inglês.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: TUX PAINT

Tux Paint tem como objetivo ajudar as crianças a desenvolver suas habilidades artísticas e tecnológicas em atividades gratuitas e divertidas.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: PLATINUM ARTS SANDBOX 3D GAME MAKER

site desafia adultos e crianças a desenvolverem seus próprios jogos de computação em casa.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: GETTYGAMES

O Museu J. Paul Getty, localizado em Los Angeles, oferece o portalGettyGames com diversas atividades de artes para todos os gostos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: INTERNET ARCHIVE

maior biblioteca online do mundo oferece diversos recursos como vídeos, imagens, artigos e outros materiais educacionais.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: ROBERT KRAMPF: THE HAPPY SCIENTIST

Nem todos os conteúdos oferecidos são gratuitos, mas mesmo assim ainda é possível conferir alguns recursos sem custos. Explore os posts com vídeos, fotos, imagens e outros conteúdos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: SNAGFILMS

O portal SnagFilms disponibiliza filmes e documentários sobre os mais diversos assuntos e faixas etárias.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: TED

TED oferece gratuitamente vídeos de celebridades, acadêmicos e personalidades famosas sobre os mais diversos assuntos.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: OPEN CULTURE

Não importa o assunto ou o nível de domínio, o Open Culture possui conteúdos gratuitos educacionais e acadêmicos sobre praticamente tudo.

30 FERRAMENTAS ONLINE GRATUITAS PARA A EDUCAÇÃO: STELLARIUM

Disponível para praticamente todos os programas operacionais, o Stellariumé um planetário tridimensional online.

Fonte do comentário: http://noticias.universia.com.br/destaque/noticia/2012/07/04/948068/30-ferramentas-online-gratuitas-educaco.html

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Brasil: Escola de qualidade não é escola militarizada

America do Soul/ Brasil/ 05.03.2019/ Fonte: campanha.org.br.

De 2013 a 2018, o número de escolas estaduais geridas pela Polícia Militar saltou de 39 para 122 em 14 estados da Federação — um aumento de 212% -, conforme apontou levantamento realizado pela revista Época neste mês. Em 2019, há previsão de que outras 70 escolas deverão ser colocadas sob a gestão de militares nesses estados. Norte e Centro-Oeste lideram o fenômeno, que já ocorre em todo o país.

Atualmente, Goiás conta com 46 escolas, com 53 mil alunos, sob administração da Polícia Militar, e outras 39 estão em processo de militarização. “Amazonas já conta com 15 escolas administradas pela PM. Mato Grosso pretende criar cinco escolas da PM no segundo semestre. Em Roraima, das 382 escolas da rede estadual de ensino, 18 unidades foram militarizadas, totalizando 20 mil alunos sob jurisdição militar. (…) A Região Sudeste é a única onde não houve transferência de escolas estaduais para a PM. Montanha, no entanto, um município no Espírito Santo com menos de 20 mil habitantes, anunciou que pretende ser o precursor da modalidade na região. A prefeita Iracy Baltar (PRB) afirmou que sua intenção é incentivar a moral e o civismo entre os alunos”, apontou reportagem da revista Época que realizou levantamento da situação de diversos estados do país.

Em reportagem de março do jornal A Tarde, apontou-se ainda que atualmente, calcula-se, 14 colégios da PM existem na Bahia. Nelas, 70% das vagas são destinados a filhos de policiais e 30% sorteados entre civis.

A Constituição Federal e a legislação educacional brasileira são precisas ao determinar que a educação básica é de responsabilidade prioritária das pastas de educação estaduais e municipais, e não de outros órgãos. “Tal movimento representa um desvio de função da política e dos órgãos militares em prover esse serviço público, inclusive considerando que não têm dado conta de cumprir com sua função primária, na segurança pública”, afirmou Catarina de Almeida Santos, coordenadora do Comitê DF da Campanha, que tem atuado no monitoramento dos casos de Goiás, o estado precursor dessa iniciativa.

Goiás – Segundo Catarina, a expansão teve como vetor a atuação do ex-governador Marconi Pirillo, apoiado por diversos outros gestores e atores políticos. “O processo de militarização em Goiás é um caso à parte, tamanhos são os absurdos e as justificativas utilizadas”, comenta a professora, explicando que há um processo anterior, de abandono da escola até seu sucateamento máximo, em todos os sentidos, para depois militarizar, sendo essa mesma tática utilizada para justificar a implantação das Organizações Sociais no estado.

“Temos travado uma luta para mostrar à população que esse não é um caminho viável, que polícia não entende de educação. Que se a polícia não cumpre o seu papel de garantir segurança, como militarizar as escolas para torná-las mais seguras? Se a polícia não faz o que, em tese, é competência dela, como ela pode fazer bem aquilo para o qual ela nunca foi preparada?”, questiona.

Amazonas – O Comitê da Campanha no Amazonas também está ativo no enfrentamento a esta problemática. Em Parintins, por exemplo, foi anunciado que uma escola estadual seria entregue à gestão da PM, o que ainda não foi adiante, e há projetos de levar também a escolas rurais, que funcionam em assentamentos. “Cobrei do Conselho Municipal de Educação um posicionamento”, afirmou Eliseu da Silva Souza, do Comitê AM da Campanha.

A coordenação da União Nacional dos Conselhos Municipais de Educação – UNCME/AM  já passou por enfrentamento ao problema em relação à criação de uma escola de educação infantil, após consulta sobre ato de criação, credenciamento e autorização de cursos da primeira escola Militar Municipal de Presidente Figueiredo, “com disciplina e filosofia das escolas policiais militares do Amazonas”, conforme consta no documento.

A análise da solicitação, por parte da UNCME/AM, trouxe à luz os artigos 206 da Constituição Federal e o artigo 3° da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, que explicitam os princípios do ensino no país, como a igualdade de condições para o acesso e permanência na escola; a liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber; o pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas; a gestão democrática do ensino público; a gratuidade do ensino público em estabelecimento oficiais; entre outras. Trouxe ainda a violação do princípio de autonomia dos entes federados, expresso no artigo 211 da Constituição, em que os municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil.

A conclusão da UNCME/AM se expressou, afinal, em contrariedade à criação da escola militar: “Atinente ao ordenamento jurídico pátrio, as diretrizes da educação nacional e a repartição de competência entre os entes federados com vistas ao atendimento do interesse público, esta Coordenação sugere o redimensionamento quanto à criação de escola com filosofia trazida do âmbito da Polícia Militar considerando os conflitos existentes em relação aos princípios e objetivo da educação e da República Federativa do Brasil, esculpidos na Constituição Federal e demais legislação.”

Piauí  No estado do Piauí, até 2013, existia apenas uma escola de ensino médio coordenada pela Polícia Militar. A partir de 2014, iniciou-se um processo de reorganização da Escola Estadual Dirceu Mendes Arcoverde para militarizá-la, nos moldes dos colégios militares de outros estados do Brasil.

Ainda no governo de Wellington Dias, há mais de 14 anos no governo do estado, foi inaugurada a escola no dia 11 de agosto de 2015, fato que motivou a gestora da Secretaria Estadual de Educação a promover uma processo de militarização intenso, sob diferentes roupagens na rede estadual de educação. O propósito da secretaria de educação era Militarizar 14 escolas da rede estadual de ensino para ano de 2016.

Os movimentos sociais organizados acionaram o Ministério Público, que notificou a Secretaria Estadual de Educação, recomendando a “suspensão imediata da implantação de quaisquer ‘Escolas Militares’ no âmbito das escolas geridas pela Secretaria Estadual de Educação”. A notificação aconteceu após representação do Fórum Estadual em Defesa da Escola, coordenado pelo Comitê Piauí da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, que realizou estudo sobre a legalidade da implantação de escolas militares, manifestações populares, audiência pública com o governo do estado, e solicitou a suspensão imediata desse processo. O estudo demonstrou que, nestas escolas, policiais militares exercem funções de natureza civil, como diretor, coordenador, supervisor, entre outros cargos.

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação, juntamente com quase uma centena de organizações no estado, via Fórum Estadual em Defesa da Escola, se posicionou no manifesto contrário à militarização das escolas, explicitando que “a militarização da educação civil não pode ser a resposta de um governo democrático aos problemas da educação (indisciplina, evasão, violência no ambiente escolar, dentre outros) que são reais, mas para os quais existem outras e melhores soluções”. Esse coletivo, que se constituiu como Mobilização pela Educação Pública, conseguiu a partir dessas ações, barrar o processo de militarização das 45 escolas da rede estadual.

Em 2017, contudo, a Seduc tornou uma escola de ensino médio militar em Teresina, bem como intensificou a formação de vários “Pelotões Mirim” na capital e no interior do estado, por meio de parceria com a Polícia Militar do Piauí, a Secretaria Estadual de Educação (SEDUC), e a Secretaria de Assistência Social (SASC). “Tentamos barrar junto com as comunidades, mas perdemos. Sabemos que hoje o estado mantém um número que chega à casa dos milhares de crianças de 6 a 16 anos em projetos como ‘Cidadão Mirim’, ‘Combatentes Mirim’, entre outros, em inúmeras cidades do estado do Piauí”, comentou integrante do Comitê PI da Campanha.

Mato Grosso – As ações neste sentido continuam caminhando em uma parceria entre a Secretaria de Educação e a Polícia Militar, para os municípios que solicitaram. “Aqui, não se propuseram a construir escolas, mas de criá-las e colocá-las em funcionamento, por solicitação dos prefeitos. Os encaminhamentos neste sentido continuam, mas apenas nos municípios que solicitaram”, afirmou Regina Borges, do Comitê MT da Campanha.

Espírito Santo – Márcia Saraiva, integrante da coordenação do Comitê ES da Campanha, participou de encontro do Conselho Municipal de Educação em Montanha, em que a secretaria de educação anunciou medidas de segurança em projeto de assistência social vinculado ao Criança Feliz. “Questionamos sobre a militarização de escola e nada nos responderam”, afirmou Sumika.

Roraima – Neste caso, há também uma tentativa de expansão dessas escolas, o que tem gerado polêmica entre os educadores e servidores públicos: o Decreto nº 24.851, de 05 de março de 2018, resolveu “Criar, no âmbito da Secretaria de Estado da Educação e Desporto, a rede de colégios militarizados do estado de Roraima”. “Já fui na mídia colocar nossa posição, é uma questão política”, explicou Ana Alice Monteiro dos Santos, coordenadora do Comitê RR da Campanha.

Rondônia – O procurador-geral de Justiça, Airton Pedro Marin Filho, a pedido do procurador Rodney Pereira de Paula, impetrou Ação Direta de Inconstitucionalidade contra leis e decretos que regulamentaram e aumentaram as escolas militares em Rondônia. As irregularidades apontadas pelo MP são: incompatibilidade com as atribuições do órgão de segurança pública, a retirada de autonomia das escolas, a falta de autorização do conselho estadual de educação e de diálogo com a sociedade, a possibilidade de abertura de privilégios em relação à reserva de vagas para dependentes de militares, a possível cobrança de taxas nas escolas que deveriam ser gratuitas, entre outras.

Bahia – No estado, já são 14 escolas militares da Polícia Militar. Procurada, a Secretaria Estadual de Educação da Bahia afirmou que no sistema estadual não há projeto em curso para militarização, apesar de alguns sistemas municipais terem buscado realizar esta ampliação. Foi afirmado que o governador garantiu que não será militarizada mais nenhuma escola, para além das que já existem.

Qualidade na educação

A Campanha Nacional pelo Direito à Educação é criadora do principal mecanismo, previsto na Lei 13.005/2014, do Plano Nacional de Educação 2014-2024, que determina um salto de qualidade para as escolas de educação básica de todo o país, o Custo Aluno-Qualidade (CAQ). O CAQ prevê quanto custa por aluno por ano para garantir uma série de insumos necessários para uma educação de qualidade, em cada etapa e modalidade da educação básica, desde a educação infantil, até o ensino médio, passando pela educação no campo, indígena, quilombola, sendo todas inclusivas.

“Eu estudei em Colégio Militar e sou testemunha de onde reside a qualidade dessas escolas:  elas têm recursos para assegurar uma boa infraestrutura, materiais disponíveis, profissionais da educação bem formados, com condições de trabalho e valorização profissional. Tudo que se prevê no CAQ. A concepção pedagógica, contudo, não está alinhada com preceitos de gestão democrática, por exemplo, como prevê nossa legislação e diversos estudos da sociologia e da educação”, afirmou Andressa Pellanda, coordenadora de políticas educacionais da Campanha Nacional pelo Direito à Educação.

Ela explica que há uma inversão de lógica que não pode ser aceita. “É preciso investir recursos adequados para o cumprimento do CAQ nas escolas sob as pastas da educação, que é quem não só está preparado pedagogicamente para tal, como também a instituição predeterminada constitucionalmente para esta função. Como vimos reiterando nos últimos tempos, na fala de nosso coordenador geral, Daniel Cara, é preciso devolver a educação aos educadores. Não podemos achar normal realizar atalhos insustentáveis e inconstitucionais para garantir insumos de qualidade nas escolas”, reiterou.

Hoje, são investidos de 3 a 5 vezes menos em educação básica do que o que é previsto pelo Custo Aluno-Qualidade Inicial (CAQi) – um primeiro passo para a implementação do CAQ, com os insumos mínimos, abaixo dos quais não há dignidade na oferta de educação básica no país. “O cálculo leva em conta as condições mínimas que uma escola deve assegurar, independente de onde ela esteja”, diz José Marcelino de Rezende Pinto, professor da Faculdade de Filosofia Ciências e Letras da  Universidade de São Paulo (USP) de Ribeirão Preto, pesquisador que elaborou o mecanismo de cálculo do CAQi/CAQ junto com a Campanha, e membro do Comitê Diretivo da Campanha, representando a Associação Nacional de Pesquisa em Financiamento da Educação (FINEDUCA).

Inconstitucionalidade da proposta

A crescente militarização das escolas públicas é inconstitucional por diversas perspectivas e, além disso, viola os tratados internacionais assinados pelo Brasil.

Na perspectiva do direito à educação, viola frontalmente os princípios da “liberdade de aprender, ensinar, pesquisar e divulgar o pensamento, a arte e o saber”, do “pluralismo de ideias e de concepções pedagógicas” e da gestão democrática do ensino público, na forma da lei (incisos II, III e VI do art. 206, respectivamente). Por esses princípios, devem ser assegurados amplos canais que viabilizem a discussão aberta e democrática sobre todos os temas do processo educativo com a participação dos profissionais da educação (direções escolares, supervisões, coordenações pedagógicas, docentes e gestores), estudantes, familiares dos alunos e da comunidade local.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, por sua vez, ao regulamentar a prerrogativa de autonomia das escolas determina que esta deve ser progressivamente assegurada, em vertente oposta à intervenção de militares na gestão escolar (LDB, art. 15).

Essas garantias jurídico-constitucionais, por sua vez, dão base à construção das Diretrizes Curriculares Nacionais da Educação Básica, cujos objetivos e propósitos não comportam o princípio pedagógico das escolas militarizadas, comumente definido como “hierarquia e disciplina”.

Além disso, tal medida é um retrocesso inconstitucional na implementação dos princípios da valorização do magistério e da garantia do padrão de qualidade do ensino. No tocante aos profissionais do magistério, a militarização viola frontalmente o artigo 61 da LDB, que delimita quem está habilitado e legalmente autorizado ao trabalho no ensino: são eles os professores e os trabalhadores da educação com habilitação específica.

Em função disso, é evidente que a militarização escolar conflita abertamente com o modelo de educação estabelecido na Constituição de 1988, porque seus princípios de hierarquia e disciplina não podem ser compatibilizados com o caráter democrático processo educativo, único meio de garantir-se o próprio pluralismo e respeito aos processos de formação de crianças e adolescentes.

Há, nesse ponto, um patente desvio de função das instituições militares e, como consequência, dos servidores públicos militares, uma vez que, nas iniciativas de militarização, estes passam a exercer uma parcela significativa do trabalho atribuído aos cargos e funções do magistério.

A Constituição Federal determinou a existência de órgãos específicos para exercer missões de segurança pública, atribuindo-as às instituições das polícias federais e estaduais, a quem compete exclusivamente a “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio”. As polícias militares estaduais, a quem cabe a função de polícia ostensiva e a preservação da ordem pública, exercem suas atribuições em regime subordinado ao poder civil, no caso, os Governadores dos Estados (art. 144).

Para o exercício dessas funções – magistério e polícia –, portanto, a Constituição exige a prévia definição de cargos ou funções a serem ocupadas, com atribuições específicas e requisitos de investidura estabelecidos em Lei. Essa investidura “depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei” (art. 37, incisos I e II).

Destinar, ainda que por Lei, a policiais militares o exercício de parcela das atribuições constitucional e legalmente destinadas aos profissionais da educação configura flagrante desvio de função, tanto quanto seria dar aos professores a competência para o exercício do policiamento ostensivo dentro ou fora da escola. Tal desvio de função pode configurar desvio de finalidade e, neste sentido, improbidade administrativa (Lei nº 8.429, de 1992, art. 11, inciso I); são anuláveis as decisões ou atos administrativos produzidos nessa condição.

Por fim, a militarização das escolas deve ser analisada no contexto da violência policial do país. Neste sentido, é medida que afronta abertamente as principais diretrizes internacionais de proteção a crianças e adolescentes, especialmente a Convenção sobre os Direitos da Criança, de 1989, ratificada e promulgada no Brasil na década de 1990 e que sujeita o país ao monitoramento internacional rotineiro.

No último relatório produzido pelo Comitê sobre os Direitos da Criança da Organização das Nações Unidas, em outubro de 2015, o Comitê se mostrou seriamente preocupado com a violência generalizada praticada pela Polícia Militar contra crianças, especialmente as mais pobres e marginalizadas, que vivem nas periferias das grandes cidades. Dentre as graves violações apontadas nas “Observações finais para o Brasil”, foram destacados casos de violência física nas revistas corporais, incluindo o assédio sexual.

Fonte das noticias: http://campanha.org.br/direito-a-educacao/escola-de-qualidade-nao-e-escola-militarizada/?fbclid=IwAR345DTc27xisNHWRXPGmUJWRSZw9H6dvkyrMhA0Iz_xU7sbBDJ0rZLx15c

 

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