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Brasil: Docentes da Ufsm relatam como o trabalho tem invadido a vida pessoal por meio do celular

A linha que separa o trabalho da vida pessoal fica cada vez mais tênue com o avanço dos dispositivos móveis. O telefone celular, inicialmente pensado para facilitar a comunicação, tem se tornado um dos principais responsáveis por afetar o equilíbrio entre as esferas profissional e pessoal. Docentes da Universidade Federal de Santa Maria (Ufsm), no Rio Grande do Sul, relatam que o trabalho frequentemente invade seu espaço pessoal, especialmente por meio do dispositivo.

“Muitas vezes, acabo usando o espaço de tempo pessoal para responder mensagens, porque há uma pressão para que seja feito de imediato. Infelizmente, se a pessoa demora um ou dois dias para responder, já é considerado um atraso. Tudo tem que ser resolvido na mesma hora”, afirma Andrea Cezne, professora do departamento de Direito da Ufsm.

Cezne conta ainda que a situação se agrava para quem ocupa cargos de gestão, pois o assédio institucional dificulta a separação entre trabalho e vida pessoal. “Dificilmente alguém tem coragem realmente de separar as duas esferas usando, por exemplo, um número de WhatsApp para o trabalho e outro pessoal. As pessoas que não aguentam esse tipo de intervenção, entre outras coisas, e saem de grupos do trabalho, etc, são vistas como problemáticas. E quem está na gestão e não suporta mais esses processos, acaba saindo dos cargos. Isso faz com que as questões nunca sejam realmente discutidas”, contou.

Liliana Ferreira, professora do departamento de Fundamentos da Educação da Ufsm, compartilha uma experiência similar. “Parece que é um contínuo dia de trabalho, porque, muitas vezes, domingo à noite, estou recebendo demandas. Durante a pandemia, os estudantes enviavam mensagens de madrugada, pedindo para conversar ou mesmo enviando tarefas. Com o tempo, você vai educando isso”, disse. A docente acrescenta que as mensagens de trabalho ocupam um grande espaço na sua hora de lazer. “Fim de semana, feriados, férias, parece que eles já não existem”, lamenta.

Os depoimentos das docentes mostram como dispositivos eletrônicos, especialmente os smartphones, abriram as portas das casas das professoras e dos professores para as demandas de trabalho. Essa invasão se intensificou com a popularização dos celulares, a sobrecarga de trabalho e os cortes de investimentos em infraestrutura e pessoal nas universidades. As fronteiras entre a vida profissional e pessoal, que já estavam se tornando difusas, foram praticamente eliminadas.

A ideia de que “quem está conectado à internet está em condições de trabalhar” se tornou predominante. Mesmo na ausência de supervisão direta, as e os docentes sentem a necessidade de responder rapidamente a e-mails ou mensagens nos aplicativos de mensagens instantâneas recebidas em horários impróprios. Esse cenário exige um exercício constante de autodisciplina para separar o tempo de trabalho do lazer e do convívio social.

Quando esse autogerenciamento falha, as consequências podem ser graves. O professor do departamento de Neuropsiquiatria da Ufsm, Maurício Hoffmann, alerta sobre o risco da Síndrome de Burnout. “O celular realmente invade o espaço pessoal, pois as pessoas podem te encontrar a qualquer momento, em qualquer lugar. Te mandam um e-mail ou um WhatsApp, e acham que você deve resolver na hora, e isso gera pressão. Dependendo do contexto, algumas pessoas podem desenvolver Burnout por causa disso”, explicou.

Pandemia
Embora as aulas presenciais na Ufsm tenham sido retomadas há mais de dois anos, após a interrupção causada pela pandemia de Covid-19, ainda persistem resquícios desse período que parecem ter se consolidado de maneira definitiva na prática docente.

Andrea Cezne conta que, durante a suspensão das aulas presenciais, existiu pressão para que as e os docentes rapidamente se adequassem ao uso das telas. “No meu caso, isso teve efeitos físicos e mentais na minha saúde, o que provocou uma situação que necessitou de um afastamento de 60 dias para ser resolvido. Mas pior ainda ficaram os colegas na coordenação, por exemplo. Porque além de terem que resolver sozinhos várias questões no sistema, ainda recebiam as demandas dos alunos e a pressão dos superiores”, relata a docente.

A pandemia funcionou como um agente normalizador do trabalho docente mediado por tecnologias digitais, principalmente devido ao baixo custo orçamentário. Essa hipótese é levantada pela docente Liliana Ferreira, que argumenta que a tecnologia se tornou uma forma econômica de gerenciar o trabalho docente. Atualmente, ela tem avançado para áreas que antes eram essencialmente presenciais, como as atividades em instituições de fomento à pesquisa, como FAPERGS, CNPq e Capes, além da participação na avaliação de instituições e cursos pelo Inep.

“A pandemia causou um grande estrago no modo de a gente viver […] Então, para além de todo o sofrimento que causou, das perdas que nós tivemos, tivemos também essa descoberta de que é muito mais fácil fazer um controle do nosso trabalho pela tecnologia do que propriamente gerando novos e bem aparelhados espaços presenciais de trabalho. Assim, a maior parte do nosso trabalho tem acontecido pela internet. Hoje, nós temos as aulas presenciais novamente, o que é um ganho, mas por outro lado também temos todo o atendimento feito à distância […] Então, com certeza a descoberta de que é muito mais viável, é vantajoso manter os professores em casa, na frente de uma tela para a realização desse trabalho, acabou onerando o nosso tempo”, analisa Liliana.

Mas e além do trabalho?
O aumento das jornadas de trabalho das professoras e dos professores, incitado pelo envio de demandas a celulares e e-mails e pela expectativa de respostas mesmo em momentos de lazer, tem contribuído para problemas de saúde na categoria docente. Paralelamente, especialmente em setembro, mês dedicado à promoção da saúde mental, surge um debate sobre a relação entre o aumento do uso de telas para fins recreativos e o crescimento dos transtornos psíquicos. Essa discussão abrange não apenas smartphones e tablets, mas também notebooks e TVs conectadas à internet. Diante do tempo já elevado que as e os docentes passam em frente a dispositivos digitais, surge a questão: quanto tempo sobra para o convívio social e quem realmente tem conquistado essa atenção?

Maurício Hoffmann, que também atende como psiquiatra, conta que suas e seus pacientes ficam 8 ou até 12 horas no celular. E então, ao chegarem ao consultório, acreditam ter déficit de atenção ou outro tipo de transtorno, mas, na verdade, o problema deles é o uso excessivo de telas.

“Tem gente que fica assim por questões de trabalho, mas alguns pacientes não. Então, essas pessoas que acabam se atrapalhando nesse momento de usar a tela, acabam desenvolvendo um tipo de transtorno aditivo. E parece, às vezes, que têm um déficit de atenção, parece que, às vezes, têm outra coisa, mas não. É só a pessoa realmente estar muito adita à tela, então a gente tem que fazer alguma intervenção”, pondera Hoffmann.

Ele reflete que hoje, com a tecnologia, gasta-se menos tempo lavando roupa, cozinhando e realizando outras tarefas de manutenção do ambiente doméstico. E o tempo livre que sobra, resultado de uma maior automatização do cotidiano, pode ser preenchido pelo uso do celular.

“E realmente […] esses dispositivos são feitos para manter a atenção da pessoa ali, para a gente poder consumir os produtos que estão vendendo, a propaganda, enfim. Então, isso é feito dessa forma. Mas as pessoas, normalmente, têm um mecanismo de autorregulação que elas cansam daquilo ali e vão fazer outra coisa. Algumas pessoas não, como qualquer questão aditiva que sempre teve”, explica.

Segundo Maurício Hoffmann, é possível estabelecer limites para reduzir o impacto negativo das telas em nosso cotidiano. Algumas dessas orientações incluem: bloquear determinados aplicativos durante o horário de trabalho; manter perfis separados no WhatsApp, um para uso profissional e outro pessoal; solicitar a ajuda do parceiro ou da parceira para se envolver na tarefa de diminuir o tempo de tela ou evitá-la em momentos específicos do dia; desligar o máximo possível de notificações, utilizando o celular apenas quando realmente necessário; e evitar o uso de qualquer tela de uma a duas horas antes de dormir, além de cuidar com o uso de luzes intensas, mesmo para leitura. Acesse a matéria completa aqui

Enquete Saúde Docente
O ANDES-SN iniciou, em setembro, a segunda etapa da Enquete Nacional “Condições de Trabalho e Saúde Docente”, voltada para docentes, na ativa, aposentadas e aposentados, do ensino superior e do ensino básico, técnico e tecnológico, que atuam nas universidades federais, estaduais e municipais, nos institutos federais e Cefets.

A nova etapa do levantamento busca traçar o perfil das e dos docentes, com base em critérios como autoidentificação de cor e raça, idade, identidade de gênero, tempo de docência, entre outros. Além disso, fará um levantamento sobre as condições de trabalho, a partir de eixos como Demandas, exigências e cotidiano profissional; Tempo de trabalho; Condições estruturais e Salariais; e Relações de Trabalho e Organização Sindical. As e os interessados têm até 19 de dezembro de 2024 para participar do levantamento. Acesse aqui o formulário.

Fonte: Sedufsm SSind, com edição e inclusão de conteúdo do ANDES-SN

https://www.andes.org.br/conteudos/noticia/docentes-da-ufsm-relatam-como-o-trabalho-tem-invadido-a-vida-pessoal-por-meio-do-celular1

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Ir a la escuela en África: Una práctica arriesgada para millones de niños

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Educación y cultura; estos son los compromisos que Claudia Sheinbaum quiere cumplir en su sexenio

La presidenta electa de México abordó varios temas en materia de educación y cultura en los 100 puntos de su proyecto de nación

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Uruguay: Concurso de Educación Solidaria 2024 recibirá experiencias hasta el 8 de noviembre

La Administración Nacional de Educación Pública (ANEP) apoya la convocatoria del Centro Latinoamericano de Aprendizaje y Servicio Solidario (CLAYSS) sede Uruguay a presentar experiencias, hasta el 8 de noviembre, para participar de la 12da. edición del “Concurso de Educación Solidaria”.

En esta oportunidad, el concurso invita a presentar experiencias educativas solidarias protagonizadas por los estudiantes, desarrolladas en instituciones educativas, que produzcan aprendizajes significativos y que brinden un servicio a la comunidad atendiendo sus necesidades reales.

Los proyectos o experiencias deben estar en efectiva ejecución durante el año 2024 o haberse iniciado previamente. No se premiarán iniciativas o proyectos que actualmente no se encuentren en ejecución.

Se recibirán experiencias de todas las instituciones educativas de Uruguay, de todos los niveles y modalidades (Primaria, Secundaria, Educación Técnico Profesional, Formación en Educación, Cecap, Universidades, Instituto Nacional de Rehabilitación e Instituto Nacional de Inclusión Social Adolescente). También podrán presentarse aquellas instituciones que realicen proyectos o programas de educación no formal.

Esta iniciativa tiene como objetivo apoyar a las instituciones educativas que integren de un modo completo el aprendizaje curricular de los estudiantes, con acciones solidarias que estén destinadas a mejorar la calidad de vida de su comunidad.

Asimismo, reconoce las experiencias educativas solidarias que permiten a los estudiantes ampliar su horizonte de aprendizaje y comprometerse en la transformación de su entorno junto con otros actores sociales. También fortalece una cultura participativa, solidaria y de compromiso ciudadano, y difunde las experiencias que generan un efecto multiplicador en otros centros educativos.

Los resultados se publicarán durante el mes de diciembre de 2024 y se informará a cada uno de los postulantes. El anuncio de las experiencias reconocidas se realizará en el acto de premiación, previsto para el 3 de diciembre de 2024.

Inscripciones y más información.

Consultas: concursoeducacionsolidaria@clayss.org o al 099 657 098.

https://www.anep.edu.uy/concurso-educaci-n-solidaria-2024-recibir-experiencias-hasta-el-8-noviembre

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Venezuela: Maduro pide a 200.000 docentes retirados por bajos salarios que regresen al sistema educativo

El presidente Nicolás Maduro pidió este lunes a unos 200.000 maestros que regresen al sistema  educativo, en medio de una crisis marcada por el déficit de  educadores por años de bajos salarios y la deserción de unos 3 millones de estudiantes.

Maduro, en el arranque del año escolar 2024-2025, anunció un plan para «elevar» la calidad de vida de unos 500.000 maestros, cuyos salarios promedian unos 10 dólares mensuales, complementados por un bono alimenticio de 40 dólares sin incidencia en beneficios sociales.

El mandatario señaló que 84% de la educación en Venezuela es pública, y del 16% que ofrece el sector privado, del cual alrededor de la mitad tiene subsidios estatales.

Además, el jefe del Estado anunció que su administración entregará 500 escuelas y liceos «de paquete»; es decir, completamente renovados, «gracias a las Brigadas Comunitarias Militares para la Educación y la Salud (Bricomiles)».

Según un estudio de la Universidad Católica Andrés Bello (UCAB), este país de 30 millones de habitantes tiene unos 350.000 docentes en ejercicio, con un déficit de unos 250.000.

«Tenemos más de 200.000 docentes en diversas actividades y yo les pido a todos los docentes, les hago un llamado por amor a la vocación, por el amor que le tienen a este país, a que se vayan reincorporando a las aulas de clases», dijo el mandatario en cadena de televisión y radio.

Maduro prometió con su plan fortalecer programas de acceso a vivienda, salud y alimentación, así como subsidios de transporte y créditos.

Este lunes más de 5,5 millones de alumnos de preescolar, primaria y bachillerato iniciaron el año escolar, dijo el ministro de Educación, Héctor Rodríguez.

El gobierno reportaba en años anteriores una matrícula superior a 8 millones de estudiantes.

La gremial Federación Venezolana de Maestros (FVM) denunció en un comunicado que unos 3 millones de niños y jóvenes «están fuera del sistema escolar», problema que se suma al déficit de educadores.

«Los docentes están desmotivados, desmoralizados, desanimados, con baja autoestima, preocupados debido a su situación laboral económica y social», refirió la FVM en el texto, divulgado el pasado 16 de septiembre.

De acuerdo con estimaciones de expertos de la UCAB, unos 96.000 docentes han migrado, lo que ha agravado el déficit. Más de 7 millones de venezolanos han dejado su país en la última década según Naciones Unidas.

La federación de maestros apuntó que «la crisis alimentaria» es «una de las principales causas» de la deserción de docentes y estudiantes.

Maduro sostiene que las sanciones financieras impuestas por Estados Unidos para forzar su salida del poder son la raíz de la crisis.

«Uno de los sectores más afectados fueron los maestros, las maestras», admitió el mandatario, proclamado reelecto para un tercer período consecutivo (2025-2031) en medio de denuncias de fraude de la oposición.

Protestas de docentes en reclamo de reivindicaciones son frecuentes en este país.

https://alertas24.com/maduro-pide-a-200-000-docentes-retirados-por-bajos-salarios-que-regresen-al-sistema-educativo/#google_vignette

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Estados Unidos: Según una auditoría, solo 1 de cada 5 estudiantes de colegios comunitarios de California llega a la universidad

Muchos estudiantes comienzan sus estudios en un colegio comunitario con la esperanza de obtener un título asociado y luego transferirse a una institución de cuatro años, como un campus de la Universidad Estatal de California o de la Universidad de California.

 

Pero una auditoría estatal, publicada hoy, encontró que la gran mayoría de estos estudiantes nunca logran su objetivo. “Solo alrededor de 1 de cada 5 estudiantes que comenzaron la universidad comunitaria entre 2017 y 2019 y tenían la intención de transferirse lo hicieron dentro de los cuatro años”, afirma la auditoría. Las tasas de transferencia son incluso más bajas para los estudiantes en las partes menos ricas del estado y en las áreas rurales y para los estudiantes que son negros o hispanos, según la auditoría.

 

Los sistemas de educación superior del estado están diseñados para que los estudiantes puedan pasar dos años en un colegio comunitario, dos años en una universidad y luego graduarse con una licenciatura. La matrícula en un colegio comunitario es más barata que en cualquier campus de Cal State o UC, por lo que, en teoría, un estudiante que sigue este camino está ahorrando dinero.

 

En la práctica, pocos estudiantes terminan transfiriéndose y los que lo hacen tardan tanto en hacerlo que pierden posibles ahorros.

 

Sin una licenciatura, las perspectivas laborales suelen ser escasas. Muchos empleos requieren una licenciatura y, en promedio, los adultos jóvenes con una licenciatura ganan $16,000 más que aquellos que solo tienen un título asociado. Los adultos que solo tienen educación secundaria son los que menos ganan en promedio.

 

En 2022, el gobernador Gavin Newsom se ha propuesto aumentar el porcentaje de adultos en edad laboral con un título o certificado de educación superior del 55 % al 70 % para 2030. Mejorar el proceso de transferencia es fundamental para alcanzar ese objetivo, afirma la auditoría.

 

El laberinto de transferencias a colegios comunitarios

Según la auditoría, el sistema de transferencias es demasiado complejo y numerosos estudios han descubierto que la burocracia es en parte responsable. Los estudiantes que quieren trasladarse se enfrentan a un laberinto de obstáculos administrativos y requisitos esotéricos, similar a un juego de toboganes y escaleras.

 

“Los estudiantes de colegios comunitarios de California que quieren transferirse a una universidad o colegio de cuatro años están tratando de progresar, pero una mala tirada de dados puede hacerlos retroceder varias vueltas”, dijo un informe de junio de 2021 de la Campaña por Oportunidades Universitarias, una organización sin fines de lucro.

 

Algunas carreras de Cal State y UC no aceptan determinados cursos de colegios comunitarios, y algunos colegios comunitarios no ofrecen las clases que los estudiantes necesitan. Los sistemas de Cal State y UC tienen diferentes requisitos para los estudiantes transferidos de colegios comunitarios, y algunos estudiantes, incluso los que cumplen con los requisitos, son rechazados, según la auditoría.

 

Si bien la mayoría de los estudiantes de colegios comunitarios que solicitan ingreso a una UC o Cal State son aceptados, las carreras populares, como informática, y las escuelas populares, como UCLA y Cal Poly San Luis Obispo, son mucho más selectivas, según la auditoría. Si son rechazados, se supone que estos estudiantes deben pasar por un proceso de “redireccionamiento”, en el que son aceptados en otro campus. La auditoría estatal descubrió que la CSU redirigió a más de 25,000 solicitantes de colegios comunitarios a otros campus en los últimos años.

 

En 2010, los legisladores de California reformaron el proceso de transferencia creando un nuevo tipo de título universitario comunitario que también garantiza la admisión a un campus de Cal State. Conocido como el título de asociado para transferencia, se ha vuelto cada vez más popular y un beneficio clave para los estudiantes, según la auditoría.

 

Los legisladores intentaron —y fracasaron— que el sistema de la UC garantizara la admisión de estos estudiantes de colegios comunitarios. El año pasado, los legisladores lograron un gran avance al aprobar un proyecto de ley que requerirá que la UCLA priorice la admisión de ciertos estudiantes de colegios comunitarios a partir del año académico 2026-27. Más campus de la UC participarán en años posteriores.

 

El estado también ha presionado al sistema de colegios comunitarios para que estandarice la forma en que etiqueta los cursos para que a los estudiantes les resulte más fácil determinar qué necesitan transferir. Sin embargo, la implementación del nuevo sistema ha sido lenta y no estará completa hasta el 2027.

 

La última reforma importante entrará en vigor el año próximo. A partir del semestre de otoño, el sistema de colegios comunitarios ofrecerá un nuevo conjunto de requisitos previos comunes que tanto el sistema de la UC como el de Cal State han acordado aceptar.

 

Pero la auditoría concluyó que estas reformas por sí solas no son suficientes. Los auditores recomendaron que los campus de los colegios comunitarios encuentren formas de aumentar el número de consejeros que puedan apoyar a los estudiantes que se trasladan a otro país y que los tres sistemas de educación superior trabajen para ampliar los programas exitosos, como el Grado Asociado para Transferencias.

 

Cuando la colaboración es “ineficaz”

Cuando California diseñó su actual sistema de educación superior en 1960, exigió que tanto el sistema de Cal State como el de la UC hicieran espacio para las transferencias de estudiantes de colegios comunitarios. El sistema de la UC acepta admitir a un estudiante transferido por cada dos nuevos estudiantes de primer año que se inscriban, pero no cumplió esa meta el año pasado, dijo el portavoz de la UC Stett Holbrook. Parte del problema, dijo, es que la inscripción en los colegios comunitarios disminuyó.

 

El sistema de Cal State no tiene un objetivo específico, pero la auditoría indicó que la mayoría de los campus aún inscriben a un gran número de estudiantes transferidos. La mayor excepción es Cal Poly San Luis Obispo, donde solo el 18% de los estudiantes que ingresaron a la universidad lo hicieron a través del sistema de transferencias en los últimos años.

 

En 2017, el sistema de colegios comunitarios se fijó el objetivo de aumentar el número anual de estudiantes que se transfieren de aproximadamente 80,000 a poco más de 100,000 para 2022. El sistema nunca logró ese objetivo, y la pandemia es en parte culpable, afirma la auditoría.

 

Paul Feist, portavoz de la Oficina del Rector de los Colegios Comunitarios de California, dijo que el próximo objetivo depende de si los campus de Cal State y UC pueden aumentar su propia inscripción.

 

Un desafío del proceso de transferencia es que requiere que los sistemas de la universidad comunitaria, Cal State y UC trabajen juntos. Históricamente, eso no ha sido fácil.

 

Cuando la Legislatura estatal permitió que el sistema de colegios comunitarios comenzara a ofrecer sus propios títulos de licenciatura (una solución que evita por completo el proceso de transferencia), los profesores de los campus de Cal State contraatacaron, temiendo que los colegios comunitarios pudieran desviar estudiantes y obligar al sistema de Cal State a perder dinero.

 

Cada sistema tiene una estructura diferente: la UC es constitucionalmente independiente, lo que significa que la Legislatura tiene autoridad limitada sobre ella. El sistema de Cal State es centralizado, mientras que el sistema de colegios comunitarios es más similar al sistema K-12, donde los distritos universitarios regionales toman la mayoría de las decisiones.

 

No existe un comité de coordinación oficial entre los tres sistemas públicos de educación superior. Un comité de este tipo existía hace más de una década, pero el exgobernador Jerry Brown dejó de financiarlo “porque creía que había sido ineficaz”, según la auditoría.

 

La auditoría no pidió un nuevo comité, pero sí pidió a los tres sistemas de educación superior que mejoraran la forma en que comparten datos e información.

 

Créditos del Estudio: Adam Echelman cubre los colegios comunitarios de California en sociedad con Open Campus, una sala de redacción sin fines de lucro enfocada en la educación superior.

 

https://www.kpbs.org/news/segun-una-auditoria-solo-1-de-cada-5-estudiantes-de-colegios-comunitarios-de-california-llega-a-la-universidad

 

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Noam Chomsky y la dictadura de la publicidad: cómo el capital ha secuestrado los medios

No se puede hablar de periodismo de calidad si las y los periodistas están mal pagados, maltratados y constantemente amenazados por el despido.


EN 3 CLAVES

  1. Dependencia total de la publicidad: Los medios de comunicación se financian casi exclusivamente a través de anunciantes y subvenciones, lo que limita su independencia y compromete la calidad de la información que ofrecen.
  2. Desaparición de medios locales: Los medios locales, fundamentales para la cobertura de temas cercanos a la ciudadanía, están siendo absorbidos o desapareciendo debido a la falta de financiación.
  3. Precariedad en el sector periodístico: Las y los profesionales de la información, especialmente en medios pequeños, sufren condiciones laborales degradantes, lo que afecta directamente la calidad del periodismo.

Noam Chomsky vuelve a poner el dedo en la llaga: la publicidad es una de las maldiciones del sistema capitalista y una amenaza directa a la prensa libre. Esta crítica no es nueva, pero sí urgente. La prensa, que debería servir para fiscalizar el poder y proporcionar información veraz a la ciudadanía, ha sido secuestrada por los intereses de las grandes empresas que, a través de los anuncios, dictan qué se publica y qué no. Estamos ante la desaparición lenta pero constante de los medios independientes, esos que alguna vez fueron el pilar de la democracia, recoge El País.

La situación no es distinta en España, donde los medios de comunicación locales agonizan. Los periódicos independientes han sido arrastrados por un tsunami de publicidad que los asfixia. Su supervivencia depende de contentar a los anunciantes, que no están interesados en reportajes que cuestionen el status quo, sino en promover el consumismo. El resultado es una prensa dócil y superficial que rara vez incomoda a los grandes poderes económicos y políticos. Este no es solo un problema de contenidos; es un problema de derechos democráticos. La información veraz y contrastada es una herramienta esencial para que las personas tomen decisiones informadas y ejerzan su ciudadanía de manera plena. Sin embargo, esa herramienta se nos está arrebatando poco a poco.

LA PUBLICIDAD, ARMA DE CONTROL DEL GRAN CAPITAL

La reflexión de Chomsky es clara: los medios han dejado de ser independientes, y esto es consecuencia directa de su dependencia de los ingresos por publicidad. Los anunciantes son los nuevos amos de la prensa, y han transformado a las y los periodistas en simples voceros. El problema es que quienes controlan la publicidad son las mismas élites que controlan el poder económico y político. Es un círculo vicioso: las corporaciones pagan para que no se hable de ellas o para que, si se habla, sea en términos favorables. El capitalismo se ha perfeccionado hasta tal punto que incluso la prensa, ese cuarto poder que alguna vez fue un contrapeso a los abusos de los otros tres, ha sido cooptada.

La televisión, los periódicos, la radio y hasta los medios digitales dependen de los anunciantes para subsistir. Esta dependencia erosiona la función crítica de los medios: ¿cómo denunciar a las grandes corporaciones que destruyen el medio ambiente si son las mismas que financian tu periódico? La autocensura está a la orden del día, no por convicción, sino por necesidad. En este contexto, las y los periodistas se ven forzados a elegir entre su integridad profesional o su salario. Y es una elección perversa, porque quienes deberían informar se convierten en cómplices involuntarios de la desinformación.

Esto es particularmente evidente en los llamados “medios de referencia”, aquellos que, por su alcance y prestigio, deberían marcar la agenda informativa del país. Pero lo que debería ser un espacio para la verdad se ha convertido en un escaparate de consumo. La dependencia de la publicidad no solo ha degradado el contenido, sino que ha socavado la confianza en los medios. Cada vez más personas ven en la prensa tradicional un brazo más del poder económico. Y no les falta razón.

LOS MEDIOS LOCALES, PRIMERAS VÍCTIMAS DEL CAPITALISMO INFORMATIVO

Chomsky también señala una tendencia preocupante: la desaparición de los medios locales, esos que alguna vez fueron el alma de la prensa democrática. En Estados Unidos, pero también en Europa, los medios locales han ido cerrando a un ritmo alarmante. Los que sobreviven lo hacen bajo el yugo de las corporaciones, que los han vaciado de contenido relevante y los han transformado en máquinas de clickbait. La prensa local ha dejado de ser un servicio a la comunidad para convertirse en una extensión del aparato propagandístico del capitalismo.

En España, esta situación es igualmente crítica. Periódicos regionales que antes se dedicaban a cubrir noticias relevantes para sus comunidades ahora apenas sobreviven gracias a anuncios de grandes supermercados y bancos. La información local, tan vital para la democracia, ha sido reducida a una sombra de lo que fue. Y lo peor es que no parece haber soluciones a la vista. Los medios locales están atrapados en una espiral descendente, donde la falta de ingresos lleva a una menor calidad informativa, lo que a su vez ahuyenta a los lectores y lectoras, lo que termina por reducir aún más los ingresos.

¿Y qué pasa con las y los profesionales del periodismo? Los salarios en el sector han caído en picado, y la precariedad se ha convertido en la norma. No se puede hablar de periodismo de calidad si las y los periodistas están mal pagados, maltratados y constantemente amenazados por el despido. Esto es especialmente grave en los medios locales, donde el cierre de redacciones ha dejado a muchas regiones sin una cobertura adecuada de los temas que les afectan directamente.

El resultado es una ciudadanía menos informada y, por tanto, menos capacitada para defender sus derechos. El debilitamiento de los medios locales no es solo un problema periodístico, es un problema democrático.

Chomsky tiene razón al señalar que la dependencia de la publicidad es una de las mayores amenazas a la democracia. Nos enfrentamos a una crisis estructural en el periodismo, una crisis que no se resolverá si no se abordan las raíces del problema: el control del capital sobre los medios. Si la información sigue siendo tratada como una mercancía más, el periodismo como lo conocemos desaparecerá, y con él, uno de los pilares fundamentales de la sociedad democrática.

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