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Internet segura para infantes en Costa Rica

Centroamérica/Costa Rica/Noviembre 2020/prensa-latina.cu

Instituciones públicas, empresas privadas y organizaciones civiles de Costa Rica presentaron hoy las herramientas de una internet segura para prevenir, denunciar y atender casos de explotación y abuso a personas menores de edad.
Liderada por la Fundación Paniamor, la iniciativa Costa Rica dice No a la Explotación y Abuso Sexual en Línea de Niñas, Niños y Adolescentes (CR-Nexst) busca mejorar la capacidad país en prevención y respuesta del abuso y la explotación sexual en línea, a través de esfuerzos conjuntos como Modelo e-Mentores.

Lo anterior es una plataforma de formación para apoyar a las familias a hacer un uso seguro y responsable de las tecnologías, con recursos multiformato, lúdicos y creativos.

Otra de los instrumentos es la App 9-1-1, una aplicación móvil para responder de inmediato a los casos de explotación y abuso sexual con solo presionar un botón, el cual da aviso al Servicio Nacional de Emergencias 9-1-1 con la ubicación por GPS.

Asimismo, el fortalecimiento de la Comisión Nacional de Seguridad en Línea; y la Encuesta país sobre el acceso, uso y apropiación de las tecnologías por parte de niñas, niños y adolescentes, y a su vez conocer y comprender los riesgos a los que están expuestos.

Finalmente, el marco normativo e institucional para medir y organizar la capacidad en prevención y respuesta de la explotación y el abuso sexual en línea a nivel nacional.

El Ministerio de Ciencia, Tecnología y Telecomunicaciones (Micitt) apunta que la pandemia de la Covid-19 cambió el uso de la red, la cual pasó a ser un espacio de socialización, trabajo y estudio de las familias en toda Costa Rica, trasladando sus horas productivas a la pantalla de un dispositivo con conexión a Internet.

Para el Micitt ello trae tres grandes desafíos a enfrentar por el país: reducir la brecha digital; garantizar la seguridad en línea para niñas, niños y adolescentes; y el trabajo coordinado entre el Estado y la empresa privada en temas de derecho a la conexión, derecho a la información y derecho a la educación, todos ligados a la Internet.

La directora de Estrategia e Innovación de la Fundación Paniamor, Milena Grillo, reconoció que el ecosistema digital ha pasado de ser un espacio más a ser un nuevo sistema de socialización, donde niñas, niños y adolescentes construyen subjetividades, establecen relaciones, exploran y generan conocimiento.

Fuente: https://www.prensa-latina.cu/index.php?o=rn&id=413448&SEO=internet-segura-para-infantes-en-costa-rica
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Três turnos por dia

Por: Ilka Oliva Corado

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul

Tento abrir a porta da padaria e o vento que está contra o faz mais difícil, mas além disso é uma porta antiga, com dobradiças antigas sem manutenção que tornam a porta uma fortaleza; quando finalmente consigo me bate nas costas, saio revirada para a frente e mal consigo manter o equilíbrio. A moça que está no caixa sorri e também o senhor mestre padeiro, um senhor de uns 75 anos de idade. Cale-se que a bandida me pegou nas costas, digo como forma de responder à saudação.

Busco pão francês, quero comer feijões coados com pão francês, mas o pão francês, francês da Guatemala, eu só encontro indo ao centro, digamos; nos arredores só encontro padarias mexicana, russas, polonesas e indianas, no supermercado compro baguete francesa, mas o pão francês da Guatemala só que se aprenda a fazê-lo e assim estou há vários anos que quero aprender a fazer pão e nada, a preguiça não me deixa.

Nessa padaria fazem pão mexicano e guatemalteco, mas o guatemalteco é só imitação porque tem a forma, mas a farinha e sua preparação são de estilo mexicano e o pão tem o sabor de pão doce mexicano. Os donos são árabes que encontraram nesse setor operário sua mina de ouro, têm várias padaria de pão mexicano com trabalhadores mexicanos, que as pessoas pensam que é na realidade uma padaria de seus paisanos. Vende até piñatas. Os donos mal aparecem para que os pessoas não os vejam, os que dão a cara são os trabalhadores mexicanos.

A tarde está fria, logo começará a nevar; os dias amanhecem nublados com capas de gelo fino sobre a grama e escarcha nas janelas dos carros. É outono e escurece na metade da tarde. Pego minha cesta e busco os pães franceses, pirujos, que os mexicanos chamam de bolillos; enquanto vou pegando um por um com a pinça é inevitável escutar o mestre padeiro tentando ter uma conversa com a jovem no caixa, que terá não mais de 20 anos, é uma menina, mal presta atenção; terá seus pensamentos em outro lugar, além de estar atarefada desinfetando o balcão, as pinças e as cestas onde os compradores põem os pães.

O padeiro insiste com grande necessidade, é como se tivesse sede e pedisse água. Já com o pão na minha cesta passo pelo caixa e enquanto a jovem faz a conta eu pergunto a ele: desculpe que me meta onde não sou chamada, mas foi inevitável escutar sua conversa; onde é que diz que quer ir passar suas férias quando for embora daqui? o mestre padeiro se compõe, ajeita a postura e torna a pôr o cotovelo sobre o balcão, imagino que está em seu tempo de descanso, porque está de uniforme com todas as medidas de higiene estabelecidas pelo estado em tempos de vírus.

Ele tem o cabelo grisalho, é magro, tão magro que seu aspecto não é saudável, se mata de trabalhar. Se nota o cansaço, na voz, no rosto, em seu corpo. Olhe, me diz, quando for embora daqui vou passear nas praias do México, em todas, vou deitar na areia para me bronzear, vou andar de lá para cá, de norte a sul, de oriente a ocidente e vou conhecer meu país, que não conheci porque vim diretamente do rancho para cá.

Quanto tempo faz que está aqui neste país? 25 anos e 23 nesta padaria. Aqui trabalho na parte da tarde e saio às 11:30 da noite e vou ao outro trabalho no hotel que está aqui perto, passando a rua vira à esquerda, conhece? Não. Bem, aí há um hotel e aí trabalho também das 12 às 6 de manhã e às 8 entro num restaurante para lavar pratos e saio às 12. Mas agora mesmo por causa do vírus não tenho tido trabalho no hotel nem no restaurante, apenas uma quantas horas.

Olhe que trabalhava dormido e por pouco me dava diabetes porque tomava desses sucos energéticos, desses, olhe e mostra umas bebidas que estão em uma geladeira, mas me descobriram o açúcar a tempo e deixei de tomá-los; tenho economizados seis mil dólares. Já criei meus filhos e com esse dinheiro vou regressar a meu México, para morrer por lá, mas antes quero ir às praias comer mariscos. Vou me dar a grande vida no México. Não imagina o que me custou economizar esse dinheirinho. Sim, sim, eu imagino. E de que lugar você é? De Jalisco, de um rancho na periferia, era puro mato no meu tempo, mas já está asfaltado agora e a gente chega mais rápido. Dizem que há até autopistas.

Meu pacote de pão espera, já paguei à caixa e está entrando mais gente na padaria que não tem muito espaço e com isso da distância social, o mais recomendável é que saia para que eles possam comprar à vontade. Me despeço da jovem e do mestre padeiro, desejando-lhe sorte em seu retorno ao México, que não sei quando será e se será, porque isso de regressar á a ilusão e a esperança de tantas pessoas indocumentadas que ao assomar a alba do novo dia, é o primeiro em que pensam para conseguir escapar momentaneamente da realidade do aqui e agora.

E como não, com 3 turnos por dia!

Fuente e imagen: https://cronicasdeunainquilina.com/2020/11/20/tres-turnos-por-dia/

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El Salvador: Estos son los requisitos que deberán cumplir los centros educativos para reinicio de clases presenciales o semipresenciales en 2021

América Central/El Salvador/22-11-2020/Autora: Evelia Hernández/Fuente: www.elsalvador.com

Los autoridades de centros educativos públicos y privados, incluyendo las universidades, deben ingresar al sitio http://registro.crecerjuntos.gob.sv para obtener el permiso de reinicio de clases presenciales o semipresenciales.

Las instituciones educativas deberán reunir una serie de requisitos mínimos de bioseguridad para poder contar con el permiso respectivo de Educación para reiniciar clases el próximo año, así lo informó esa cartera de Estado.

Las autoridades salvadoreñas lanzaron así el proceso de reapertura educativa 2021 para todos los centros educativos, incluyendo las instituciones de Educación Superior.

Entre los requisitos que deben reunir tanto instituciones públicas como privadas están: métodos de barrera entre alumnos para guardar la distancia, adecuado  lavado de manos, uso de  alcohol gel y el uso obligatorio de mascarilla. Estas medidas incluye también a las universidades, para obtener el permiso de inicio de clases en modalidad presencial o semipresencial, informaron funcionarios del gabinete de Gobierno.

En conferencia de prensa la ministra de Educación anunció el lanzamiento de un portal para que las instituciones educativas se registren y sean acreditadas antes de regresar a clases presenciales. ”Nuestro compromiso es velar que las condiciones de bioseguridad se respeten”, manifestó  Carla Hananía de Varela.

“Por otra parte, a las instituciones educativas que cumplan con todos los requisitos para iniciar en enero, se les autorizará para que lo hagan, siempre y cuando cumplan con todos los protocolos de bioseguridad”, dijo la ministra.

Los autoridades de centros  educativos públicos y privados, incluyendo las universidades deben ingresar al sitio http://registro.crecerjuntos.gob.sv., para recibir capacitaciones y obtener el permiso de reinicio de clases presenciales o semipresenciales. “El permiso entra en vigencia durante el 2021”, informó Vladimir Handal, de la Secretaría de Innovación.

La ministra de Educación aclaró que no será obligatorio para los padres de familia enviar a sus hijos a clases presenciales. “No se obligará a los padres a enviar a sus hijos a las clases presenciales, sino que será opcional, ya que siempre se mantendrán las diferentes plataformas para garantizar la continuidad educativa”, señaló.

El  proceso de reapertura educativa 2021  en modalidad presencial, semipresencial y virtual para el  2021 está  coordinado a través del  Despacho de la Primera Dama, la Secretaría de Innovación, el Ministerio de Salud,  el Ministerio de  Cultura, el Instituto Nacional de Los Deportes, con  el respaldo de  la Organización Panamericana de la Salud (OPS) y El Fondo de las Naciones Unidas para la Infancia (Unicef ).

La ministra informó con anterioridad,  que al menos durante 2021 no será posible regresar a las clases “como antes”,
por lo que los esfuerzos están enfocados en una enseñanza multimodal haciendo uso de herramientas digitales como Google Classroom, además de la televisión y la radio y tener aulas móviles para llegar a los hogares con menos posibilidades.

Sobre el tema de conectividad, señaló que se trabaja de la mano con la Secretaría de Innovación para llevar internet a los hogares que lo requieran. Para este año la ministra estimó que un aproximado de 33,000 alumnos no han tenido acceso a internet desde que inició la modalidad de clases virtuales, cuando  se suspendieron  las clases presenciales, el pasado 11 de marzo al inicio de la emergencia nacional por COVID-19.

Fuente e Imagen: https://www.elsalvador.com/noticias/nacional/centros-educativos-permisos-clases-presenciales-2021/776337/2020/

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El TCU-669 de la Universidad de Costa Rica Sede Occidente organiza conversatorio en el marco de la educación inclusiva

América Central/Costa Rica/22-11-2020/Autor(a) y Fuente: OVE/TCU-669 UCR

«El TCU-669 Atención a la Diversidad en el Marco de la Educación Inclusiva de la Sede de Occidente de la Universidad de Costa Rica, con el propósito de preparar estudiantes de distintas carreras para lograr transformas las comunidades en las que se irán a desenvolver profesionalmente.

Para así lograr transformar nuestra sociedad y fortalecer los procesos de educación inclusiva además de eliminar las barreras que se han generado en el proceso de aprendizajes y la participación hacía las personas en condición de discapacidad».

Llevó a cabo el pasado jueves 19 de noviembre de 2020 un conversatorio titulado «La Educación Inclusiva: crisis, pandemia y exclusión», el cual, estuvo a cargo de nuestro compañero Luis Miguel Alvarado Dorry.

Fuente del Video: https://www.youtube.com/watch?v=DoD4BobZgfc&t=4500s

Fuente de la Imagen: TCU-669 UCR

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Le Guatemala mortellement blessé

Par Ilka Oliva Corado*

Traduit de l’espagnol pour El Correo de la Diaspora par : Estelle et Carlos Debiasi

Cela peut être une pandémie, une tempête, un coup de vent, une sécheresse, peu importe, tout est utilisé comme prétexte par l’État guatémaltèque pour piller et nuire davantage aux exclus. Peu importe quel gouvernement est au pouvoir, il n’y a pas de grande différence entre une marionnette et l’autre, ces voyous qui parviennent à s’asseoir dans le fauteuil n’arrivent que pour voler à pleines mains et se vanter des privilèges du pouvoir et de l’impunité. Le Guatemala est un pays mortellement blessé par des fils tyrans, médiocres et traîtres.

Au Guatemala le pire n’a pas de limite, l’étau ne finit jamais, le corps encaisse toujours, le cuir continue à donner plus de sangles, c’est une population que les gangs de bandits des oligarchies ont laissé avec les os à nu et en perpétuelle famine, les pressent en comptant les gouttes de sang, tandis que les délinquants se goinfrent de ce qui a été volé.

C’est une population mortellement blessée. Il n’est pas possible que l’État n’ait pas les ressources nécessaires pour faire face à l’urgence d’une tempête, que l’aide ne puisse pas atteindre les communautés dans le besoin, qu’il soit aussi insolent et dénigrant pour les zones rurales, les traitant comme inférieures, leur jetant de la nourriture dans des sacs en plastique depuis un hélicoptère de l’armée qui, en temps de dictature, atterrissait très bien partout où il allait et faisait tout ce qu’il fallait pour violer les populations. Ce n’est pas possible. Pourquoi y a-t-il une stratégie pour violer et non pour sauver ? Si c’est une entité médiocre et incapable qui ne travaille pas au bénéfice de la population, elle doit être éliminée.

C’est ne pas possible que l’été laisse les parents sans leurs enfants et les petits-enfants sans grands-parents en raison de la sécheresse et de la famine. Il n’est pas possible qu’un virus fasse s’effondrer le pays alors que ce qui devrait être, c’est que le gouvernement réponde le plus rapidement possible aux besoins de la population. Parce que le Guatemala a les ressources, ce qui se passe, c’est que les corrompus la volent, la pillent, la noient à partir de points stratégiques du gouvernement, lui attachent les mains et les pieds, la bâillonnent, la violent jusqu’à ce qu’elle se retrouve sans sens, laissant leur impunité durer.

De même il n’est pas non plus possible que les grands métiers des universités, les grands diplômés, les grands étudiants universitaires, les grands analystes et intellectuels, les grands artistes ne servent qu’à déclamer sur les réseaux sociaux et à faire preuve de bravoure et de cervelle là où ils peuvent se pavaner, là où d’autres les lancent des fleurs, où les tapis sont disposés les uns pour les autres, où ils peuvent être reconnus et applaudis par les mêmes personnes qui, médiocrement, ne marcheront jamais aux côtés des paysans et des ouvriers et n’embrasseront jamais leurs luttes. Car avant le bien-être de la population, il y a leur ego, leurs prétentions et leur soif de lumière, d’acceptation et de reconnaissance individuelle, même à cause des tripes des pauvres.

Non, ce n’est pas seulement la responsabilité des voleurs qui viennent au fauteuil, ni des oligarchies, c’est la tiédeur de ceux qui ont le savoir, et sont séduits par l’égo , le racisme, le classicisme qu’ils expriment. L’ambition les séduit, le besoin de vouloir tout contrôler, d’être le centre d’attention. Le dégoût qu’ils éprouvent pour ceux qui sont différents, pour ceux qu’ils considèrent comme inférieurs parce qu’ils n’ont pas le même statut social, la même carte universitaire, la même couleur de peau, la même ethnie les emporte.

C’est en grande partie la responsabilité des masses vaniteuses qui se prennent pour le dernier verre d’eau dans le désert simplement parce qu’elles sont urbaines, ou parce qu’elles parlent une langue étrangère, ou parce qu’elles ont voyagé dans d’autres pays en vacances. Parce qu’elles croient avoir une capacité d’analyse supérieure qui est inutile car elles n’agissent pas car pour agir et sortir du confort des réseaux sociaux, il faut du courage et le courage n’est pas donné par l’ethnicité, ni statut social ou éducatif, encore moins la paresse et la maladresse.

C’est le manque d’engagement de ceux qui peuvent tendre la main et décider de mettre le pied. Vous n’avez pas besoin d’être en position de puissance pour regarder l’autre dans les yeux et y mettre votre épaule. Ce qui se passe, c’est que nous nous croyons supérieurs, plongés dans des bulles, asservis à une misérable pensée qui ne nous permet pas de voir que les bras que nous avons sont pour nous aider et aider les autres. Parce que c’est bien de jeter la pierre et de cacher sa main. Parce que ceux qui mettent le sang, la faim, la poitrine, la fatigue et la vie sont toujours les mêmes, depuis des millénaires : les peuples originaires.

Nous avons mortellement blessé le Guatemala nous tous qui avons pu faire quelque chose et avec le chilate [1] dans nos veines, nous nous sommes assis pour voir comment les autres préparent le linceul.


Ilka Oliva Corado * pour son blog Crónica de una inquilina

* Ilka Oliva Corado, Peintre, écrivain et poète. Ilka Oliva Corado est née à Comapa, Jutiapa, Guatemala, le 8 août 1979. Elle a obtenu son diplôme d’enseignante en éducation physique pour se consacrer plus tard à l’arbitrage de football professionnel. Elle a étudié la psychologie à l’Université de San Carlos au Guatemala, une carrière interrompue par sa décision d’émigrer aux États-Unis en 2003, un voyage qu’elle a fait en tant que femme sans papiers, traversant le désert de Sonora dans l’état d’Arizona. Elle est l’auteur de quinze livres : En savoir plus sur l’auteur. @ilkaolivacorado

Crónica de una inquilina. Guatemala, le 10 novembre 2020.

El Correo de la Diaspora. Paris, le 14 novembre 2020

FUENTE: https://cronicasdeunainquilina.com/2020/11/17/le-guatemala-mortellement-blesse/

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Entrevista: Humberto García y el complejo mundo de las adicciones

Por:  Mario R. Verdecia 

Con la cordialidad que siempre lo caracteriza, Humberto García accedió a nuestra entrevista. Los grados de licenciado en Psicología, máster en Psicología Clínica y Profesor auxiliar de la Facultad de Psicología de la Universidad de la Habana, no influyen en lo absoluto para sacar a relucir la sencillez y humildad que desprende con cada palabra.

Su experiencia adquirida durante 12 años en el servicio de atención a las toxicomanías del Hospital Psiquiátrico de La Habana, hicieron que inevitablemente acudiéramos a él como uno de los referentes con mayor experiencia en el complejo mundo de la atención y tratamiento de las adicciones. Además de su experiencia práctica, su labor académica se encuentra plasmada en tres libros publicados sobre el tema y varios artículos científicos.  

A continuación la entrevista

¿Por qué algunas personas con problemas de drogadicción no pueden dejar de consumir drogas?

El consumo compulsivo es el signo típico de toda dependencia a drogas, su sostén reside en varias causas que lo explican, aunque varía la proporción de dichas causas en dependencia de la persona de quién se trate. Los condicionamientos son el mecanismo más típico y universal que existe inherente a toda adicción, toda conducta repetida un número de veces suficiente para el sujeto, permite que dicha conducta, a través del hábito se automatice y se crean las condiciones fisiológicas para garantizar la necesidad de consumirla, en especial apoyado en el mecanismo de recompensa o gratificación que radica en el núcleo acumen. Estos son los mecanismos fisiológicos de sostén; no obstante existen otros mecanismos de sostén pero de nivel psicológico, por ejemplo, la coexistencia de alteraciones psicopatológicas que se han tornado aliadas de la adicción, tal es el caso de la depresión, que se ha visto asociada a la iniciación en los consumos, los déficits de asertividad, necesidades de inserción social, así como conflictos interpersonales, estrés, frustraciones y escasos recursos del sujeto para afrontar con éxito problemáticas que la vida le impone, unido no pocas veces a un pobre sentido y proyecto de vida.  

¿En qué consiste el tratamiento para la drogadicción?

El tratamiento de la drogadicción suele ser un sistema de gestiones de variada composición, casi todas comparten gestiones comunes, pero luego se pueden diferenciar en lo que respecta a ciertas prácticas psicoterapéuticas de consideración por los terapeutas. Por lo general, suelen emplearse técnicas de desintoxicación y de deshabituación, de elevación de la motivación por el tratamiento, terapias de familia y de pareja, entrenamiento en recaídas, la instrucción, combinación de grupos de autoayuda que funcionan dentro del marco institucional con tratamientos profesionales, psicoterapia individual y de grupo, técnicas psicodramáticas, grupos didácticos, la comunidad terapéutica, terapia de aceptación y compromiso (TAC), técnicas de relajación y de autocontrol de la ira y la agresividad, entre muchas otras. 

¿Es eficaz el tratamiento para la drogadicción?

Para hablar de eficacia debe referirse al tipo de tratamiento y al tipo de drogadicción, ya que la eficacia varía según los tratamientos y a su vez, según las personas que lo reciben; de acuerdo a los principios que definen la misma por el National Institute on Drug Abuse (NIDA), existen tratamientos muy eficaces para tratar un tipo de dependencia pero no lo son para tratar una dependencia distinta; de igual modo, el tratamiento que resulta eficaz para unas personas no lo resulta para otras aun cuando se trate de la misma adicción; por eso la Asociación Psicológica Americana (APA) recomienda como uno de los requisitos que pueden viabilizar la eficacia de un tratamiento es la personalización del mismo, teniendo en cuenta características y necesidades personales e incluirlas en el diseño de intervención, algo que también postulan los manuales españoles de intervención a las drogodependencias.

¿Cuánto tiempo suele durar el tratamiento de la drogadicción?

Un tratamiento puede durar de acuerdo a la estrategia que siga el programa de la institución que lo haya implementado; por lo general, para la desintoxicación efectiva (que deje de generar síndrome de abstinencia)  se requiere un mínimo de 28 días asegurando que el sujeto no consuma ninguna droga, tiempo contemplado para el tratamiento. En el Hospital Psiquiátrico de La Habana el tiempo promedio en que está internado un paciente es de 6 semanas, pero hay instituciones que establecen 6 meses, mientras que la deshabituación empieza desde el primer momento de iniciar un tratamiento, pero se extiende meses adentrándose en el periodo de rehabilitación. 

¿Cómo logramos que más personas con problemas de drogadicción se incorporen al tratamiento?

Ese es el gran reto que enfrenta en la actualidad un sistema de salud pública, ya que si bien en los primeros estadios de desarrollo de una adicción es más fácil detenerla, es cuando menos conciencia de enfermedad tienen las personas, tienen una percepción distorsionada en la que creen que pueden dejar de consumir cuando lo deseen, o que no son adictos, o que nunca serán adictos a una sustancia, o sea, la ilusión de invulnerabilidad,  hablamos de percepción de riesgo nula o casi nula; nadie que no tenga conciencia de poseer un problema se movilizará para resolverlo; lamentablemente es cuando la soga les ha llegado al cuello y ya les ahoga cuando acuden por ayuda médica. Hasta el momento la solución parece estar en los programas de prevención social, que si se logra perfeccionarlos, pueden atraer a muchas personas en fases tempranas de desarrollo de una adicción a un programa de tratamiento.  

¿Cómo pueden los familiares y amigos cooperar para cambiar la vida de la persona que necesita tratamiento?

Existen muchas formas de cooperación, pero es recomendable que sean aquellas orientadas por expertos, ya que los familiares suelen reaccionar de diversas maneras que lejos de resultar eficaces complican la situación del adicto, por ejemplo, hay padres que movidos por el temor de que algo muy terrible les suceda a sus hijos, empiezan a costearle sus consumos. La ayuda empieza por buscar orientación profesional en los centros y servicios de atención a estas problemáticas debido a la necesidad de que las especificidades de cada caso sean consideradas para que la intervención sea eficaz.   

¿Cuáles son las necesidades especiales de las personas con trastornos de consumo de sustancias?

Existen muchas necesidades especiales de acuerdo a las personas, por eso se recomienda que sean identificadas y tratadas para viabilizar la eficacia de los tratamientos. Existen además necesidades comunes a muchos adictos, las unas declaradas explícitamente por ellos, las otras, entresacadas del análisis del experto; sobre esto último debemos tener claro que hay pacientes que sufren un cuadro psicopatológico tan difuso, que son incapaces de identificar necesidades especiales, pero están ahí y son esenciales para el logro de la eficacia de su tratamiento. 

¿Existen tratamientos específicos para la drogadicción de acuerdo a cada etapa del desarrollo?

Sí, por ejemplo, la entrevista motivacional es un recurso diagnóstico y de tratamiento al mismo tiempo, pero útil en el momento que un sujeto se inserta en un programa asistencial, pero no para una etapa posterior al tratamiento, pues persigue incrementar la motivación por el mismo,  para prevenir que el paciente abandone el programa, sin embargo el sitio Cochrane plantea que este recurso ha resultado ineficaz para prevenir el consumo de drogas en adolescentes. 

En los manuales españoles de tratamiento a las drogodependencias, se plantea que en dependencia de la etapa de conciencia de enfermedad en que se encuentra un sujeto, será que se empleen unos recursos u otros, además, los programas de prevención de recaídas deben implementarse en momentos finales de un programa asistencial y no al inicio, pues es necesario que se hayan cumplimentado objetivos de intervención previamente para asegurar esto último.  

¿Puede una persona volverse adicta a psicoterapéuticos prescritos por un médico?

Existen interesantes estudios que revelan que ya hay personas que se han hecho “adictas” a la línea ayuda, existen además, colegas que refieren la preocupación de que muchos pacientes suelen hacer “adicción” a los grupos de autoayuda; no obstante, las prescripciones respecto a los recursos psicoterapéuticos suelen tener un carácter transitorio para llevar a cabo un tratamiento, puede que un individuo muestre “dependencia” a algún recurso de este tipo, en ese caso debería analizarse mejor y precisar si se trata de “una adicción” o lo que está en el fondo es un cuestionamiento a la eficacia de las prescripciones psicoterapéuticas empleadas para ese paciente.  

¿Cuando hay otros trastornos mentales concurrentes con la drogadicción, ¿cómo afectan el tratamiento para la adicción?

Hay personas que adquirieron trastornos mentales como consecuencia de haber sido consumidores abusivos de drogas, mientras que otras se iniciaron en los consumos, propiciado por las alteraciones mentales que ya poseían previamente; en este sentido y según el caso, para unos, las comorbilidades previas son factores de riesgo, para otros las afectaciones adquiridas requieren ser tratadas y ser motivo a la vez para conservar la abstinencia. 

Unos trastornos de nivel psicótico, otros de nivel neurótico; el cannabis, por ejemplo, se ha demostrado hace mucho que tiene la capacidad potencial de causar  esquizofrenia en personas que ya poseen la predisposición genética, mientras que el alcohol puede causar psicosis orgánicas, algunas reversibles, otras se pueden complicar y sin camino de retorno a la cordura, en dependencia de factores constitucionales.  Por lo anterior, uno de los principios que rigen el tratamiento de los drogodependientes es tratar a la vez tanto las adicciones como las comorbilidades.     

¿Cómo pueden los programas de 12 pasos y de autoayuda encajar dentro del tratamiento para la drogadicción?

Existen investigaciones que demuestran la eficacia de los grupos de autoayuda de los cuales se rigen los programas de los 12 pasos. Creo que la mayor virtud de ello reside en el hecho de que son un excelente recurso para el seguimiento de quienes han decidido rehabilitarse; gestiones que dan completamiento a un sistema integral asistencial, pues la Declaración de Alma-Atá de 1978 dejó explícita la intención de Salud para todos lo cual solo es posible con la participación de múltiples actores sociales en las gestiones de salud, política que fundamenta la importancia de los grupos de autoayuda cumpliendo estos roles de apoyo al enfrentamiento a estas problemáticas.

Fuente e imagen: https://www.sicologiasinp.com/entrevistas/humberto-garcia-y-el-complejo-mundo-de-las-adicciones/

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Juventud y cambio climático

Por: Elisabeth De Puig 

 

El cambio climático afecta de manera diferente a los distintos estamentos de la sociedad dominicana. Algunos sectores han reclamado, con justa razón, el desarrollo de programas de educación ambiental y climática.

Hasta ahora el cambio climático ha gozado de una baja prioridad social y política frente a otros problemas fundamentales como la pobreza, el hambre, la inseguridad o el desempleo.

Cincoaños después del Acuerdo de París, primer acuerdo universal y jurídicamente vinculante sobre el cambio climático, casi ningún país está cerca de alcanzar sus compromisos iniciales y los Estados Unidos se retiraron de este compromiso planetario.

Los obstáculos que se interponen a una eficaz lucha contra el cambio climático son múltiples. Por un lado, el conocimiento y la sensibilidad de un tema no siempre se traducen en acciones responsables que contribuyan a su mitigación. Por el otro, las resistencias más fuertes a actuar en gran escala se sitúan en la proteccion de los intereses de las fuerzas dominantes de la economía mundial.

El desafío recae sobre numerosos actores: públicos, privados, sociales, científicos, tecnológicos. Sin embargo, el éxito o el fracaso de las medidas a favor de la mitigación del calentamiento global dependerá́ de cambios de comportamiento orientados hacia otras formas de consumo y estilo de vida que permitan presionar desde abajo.

Para lograr los cambios deseados a nivel de la sociedad, transmitir mensajes no es suficiente. Cada actor, según el lugar que este ocupe en la estructura social, necesita mensajes diferentes y adaptados a su realidad. Conviene diseñar estrategias, programas de comunicación y de educación ambiental, dirigidos específicamente a cada segmento de la población.

Se dice mucho que los jóvenes son el futuro; sin embargo, muchos de ellos están confrontados a incertidumbres, desamparo, desarraigo y temores difusos frente a este futuro.

Una parte de los jóvenes se siente amenazada y sufre un miedo existencial real por la velocidad a la cual la temperatura del planeta está aumentando, lo que se agrega a las preocupaciones de tener mejores oportunidades laborales y una educación de calidad.

Frente a estos temores (que se han visto exacerbados últimamente a raíz de la aparición de un virus minúsculo en una ciudad china), el mensaje de un sector de estos jóvenes activistas a favor del medio ambiente es que la generación anterior ha fracasado en su lucha y que los jóvenes lo van a pagar con su futuro.

Llama la atención que, según el periódico The Guardian, cuatro niños y dos jóvenes adultos de Portugal están persiguiendo frente a la Corte Europea de Justicia a 33 países. Bajo el alegato que estos países deben realizar recortes de emisiones de gases de efecto invernadero más ambiciosos para prevenir la discriminación en contra de la juventud, así como proteger sus derechos a hacer ejercicios al aire libre y poder vivir sin ansiedad.

La acción legal ha sido financiada por crowdfunding. Es algo totalmente novedoso, tanto por el hecho de demandar a varios estados por las emisiones dentro de sus fronteras como por el impacto climático que sus consumidores y empresas tienen en otras partes del mundo a través del comercio, la extracción de combustibles fósiles y la subcontratación.

Los demandantes quieren que el tribunal normativo emita órdenes vinculantes sobre los 33 estados, que incluyen a los estados miembros de la Unión Europea, así como al Reino Unido, Noruega, Rusia, Turquía, Suiza y Ucrania. El sometimiento de este caso se realizó después de la ola de calor que conoció Portugal, la más fuerte en 90 años, y los devastadores incendios forestales que mataron a más de 120 personas en 2017.

Zero Hour, organización ecologista fundada en Seattle por una adolescente de 16 años, Jamie Margolin, que inspiró a Greta Thunberg, sembró la semilla de un movimiento que inspira hoy a millones de jóvenes en todo el mundo a aunar esfuerzos en busca de un futuro más sostenible.

El cambio climático afecta de manera diferente a los distintos estamentos de la sociedad dominicana. Algunos sectores han reclamado, con justa razón, el desarrollo de programas de educación ambiental y climática. La meta central de la educación ambiental debe consistir en priorizar el desarrollo de actitudes positivas, que fundamenten conductas ecológicamente adecuadas y sostenibles, más que la simple transmisión y adquisición de conocimientos ambientales.

Como dice el sociólogo francés Edgar Morin en su libro Cambiemos de vía, las lecciones del coronavirus, estamos en medio de una crisis que nos ha encerrado físicamente pero que nos ha abierto al destino terrestre y nos ha condenado a reflexionar sobre nuestras vidas, nuestra relación con el mundo y acerca del mismo mundo. ¿Sabremos sacar lecciones de esta pandemia que ha revelado una comunidad de destino a todos los humanos, ligada al destino bioecológico del planeta?

Fuente: https://acento.com.do/opinion/juventud-y-cambio-climatico-8863529.html

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