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Brasil: Por que o governo interino não fla sobre o PNE?

Representantes de organizações e movimentos educacionais comentam a importância de reforçar, mais do que nunca, o cumprimento do Plano Nacional de Educação

São muitas as críticas feitas ao governo do presidente interino Michel Temer, no comando há menos de um mês. A extinção de ministérios importantes, como os da Cultura (recriado após manifestações da classe artística), das Mulheres, da Igualdade Racial, da Juventude e dos Direitos Humanos, a falta de diversidade entre o grupo ministerial e as quedas e primeiras declarações de alguns ministros interinos são alguns dos pontos polêmicos que tem abalado o governo desde o afastamento da presidenta eleita Dilma Rousseff, no dia 11 de maio.

Na área de Educação não foi diferente. O fato de o ministro ter recebido representantes do projetoEscola sem Partido e ainda não ter dialogado com as entidades do setor educacional gerou muitas críticas na semana passada. Para os movimentos, entidades e organizações educacionais, também chama a atenção o fato de o governo interino não ter feito referências ou mencionado em seu plano de governo “Uma Ponte para o Futuro” e em suas falas o Plano Nacional de Educação (lei nº 13.005/2014). “O PNE é uma oportunidade incrível pra ser um compromisso perene em um momento de muita turbulência”, defende Patrícia Lacerda, gerente de Educação, Arte e Cultura do Instituto C&A.

Um Plano de Estado com participação popular

Sancionado no dia 24 de junho de 2014 pela presidenta Dilma Rousseff, o PNE foi fruto de um longo e histórico processo de construção participativa, que durou três anos e meio e delimitou 20 metas que devem ser alcançadas para a melhoria da qualidade da Educação brasileira nos próximos 10 anos. “Esse PNE tem uma marca muito singular, que foi a articulação produzida entre a sociedade civil organizada e o governo para, primeiro, a realização das Conaes (2010 e 2014), e, depois, a elaboração de um Plano que expressasse esses anseios dos diferentes movimentos sociais – do campo, da educação, da ciência, da tecnologia. Ele tem metas e estratégias que são fruto dessa interação”, diz João Ferreira de Oliveira, presidente da Anpae (Associação Nacional de Política e Administração da Educação). 

No dia 17 de maio, a Anpae, junto com outras entidades nacionais de Educação, divulgou um manifesto contra as medidas tomadas pelo atual presidente interino Michel Temer e sinalizando a importância do Plano. “Quando o governo interino não se manifesta sobre o PNE, ele sinaliza que não quer se comprometer com o nível de articulação e diálogo que tinha sido construído durante a aprovação desse Plano”, esclarece.

Daniel Cara, coordenador da Campanha Nacional pelo Direito à Educação, lembra que mesmo o governo da presidenta Dilma Rousseff não chegou a dar o devido reconhecimento ao PNE, ainda que o lema do seu último governo tenha sido “Brasil, pátria educadora”. “Desde que Dilma assumiu o segundo mandato até quando ela foi afastada pelo Senado, ela só mencionou o Plano em cinco discursos – quatro no período mais recente. Os governantes no Brasil não têm a compreensão que o Plano é um Plano de Estado, maior que o governo”, explica.

Por ser um Plano de Estado, o PNE deve ser a política norteadora dos planos de governo e das políticas especificas em Educação, um compromisso com a nação. Muitas de suas atuais metas já estavam presentes no primeiro Plano Nacional de Educação, que acabou não sendo encaminhado durante o seu período de duração (2001 a 2010). A preocupação dos especialistas é que, com o governo interino, o atual PNE também acabe seguindo pelo mesmo caminho, se tornando um “plano de gaveta”. “Este PNE, com dois anos, já implementou mais coisas que o anterior, que tinha dez. Isso nos deixa otimistas. Mas resta saber se o governo interino vai ter uma atuação sobre o PNE como política de estado ou se ele vai se impor e não dar continuidade ao processo”, diz Heleno Araújo, coordenador do Fórum Nacional de Educação (FNE).

Metas ameaçadas

Além de submencionar o PNE, o governo interino aponta para a Desvinculação de Receitas da União (DRU) como uma das medidas para cobrir o déficit orçamentário e contornar a crise financeira do país. A Constituição brasileira prevê que o governo federal é obrigado a gastar um mínimo do orçamento com algumas áreas, entre elas Educação e Saúde. Acabar com essas vinculações constitucionais (que garantem 18% dos impostos arrecadados pela União para a Educação) inviabilizaria ainda mais a implantação do PNE. “É uma forma de pensar a educação apenas com o viés de que é um custo, e não um investimento. A educação tem que ser prioridade não porque é um slogan de um ou outro governo, mas porque o Brasil tem sérios déficits nessa área, e não vai avançar pra lugar nenhum se ela não for priorizada”, diz Patrícia.

Os especialistas apontam o financiamento da Educação, o Sistema Nacional de Educação (SNE) e a Base Nacional Curricular Comum como algumas das metas que já estão sendo discutidas atualmente e que não podem ter seus processos de construção e implementação interrompidos pelo governo interino. “Os 10% do PIB pra Educação e o CAQi são fundamentais para viabilizar inclusive o SNE, porque a responsabilidade da Educação Infantil, do Fundamental e do Médio é sobretudo dos municípios e estados”, diz João Ferreira. “São etapas que, se não forem cumpridas dentro do prazo, há um prejuízo de todo o conjunto do PNE”, diz Heleno Araújo, coordenador do FNE.

Para Analise da Silva, representante do Fóruns de EJA do Brasil no FNE, há uma preocupação com qual visão de Educação está sendo defendida: “precisamos olhar também para a gestão democrática e quem são os sujeitos de direito da Educação para o governo interino. Michel Temer trabalha com a lógica da meritocracia e é preciso defender os direitos humanos, a laicidade da escola e as medidas que procuram emancipar as pessoas, e não manter a estrutura atual”.

Eleições municipais e os planos de educação

As desvinculações afetam também a execução dos planos municipais e estaduais de Educação, já que diminuiriam o repasse do governo federal. No caso dos municípios, por exemplo, as cobranças na Educação Infantil, com a necessidade de aumento das matrículas na creche, é um ponto sensível que precisará ser trabalhado pela gestão atual – e os candidatos, já que as eleições municipais ocorrem esse ano. “Os prefeitos e candidatos seguramente vão prometer a expansão das matrículas. Mas isso será bastante dramático, pois com a restrição de verba eles não vão poder cumprir o que prometem”, explica Daniel Cara.

Para além da questão dos recursos, o governo federal também tem um papel indutor muito forte. Um exemplo dessa força é a aprovação dos planos de educação nos estados e municípios, que foi estimulado tanto pelo prazo previsto no PNE como pelas consultorias e apoios oferecidos pelo governo federal durante esse processo. “Hoje, praticamente todos os estados e municípios têm os seus planos de educação aprovados, e esses Planos precisam estar articulados com o PNE pra avançar”, explica João.

“Se o governo federal não dá a importância devida ao PNE, ele está deixando de exercer a sua força indutora para os planos de municípios, fragilizando esses planos na ponta”, esclarece Patrícia.

Unir as forças, ocupar espaços, ir pra rua

Ainda que o processo de construção dos planos tenha sido feito de forma participativa – ou justamente por causa disso -, ele foi turbulento, cheio de divergências e enfrentamentos. Mas, por mais que ele tenha deixado a desejar em algumas bandeiras defendidas por diferentes segmentos, para muitos dos entrevistados, é preciso que os movimentos e organizações se unam em torno de pontos em comum, em prol da defesa do PNE. “Os movimentos da sociedade civil organizada precisam de alguma forma se juntar, porque agora não tem mais motivo pra aceitar que uma política seja imposta de cima pra baixo. Vamos ter que ir pra rua!”, pontua Analise da Silva.

Para que a participação popular continue ocupando esse importante espaço de interlocução com o governo, é preciso ocupar espaços e se fazer presente em todas as instâncias, por meio de mobilizações, congressos, reuniões, debates, participação em conselhos etc. “Estamos procurando ocupar todos os espaços de debate, garantindo as conquistas”, diz Sumika Freitas, do Movimento Interfóruns da Educação Infantil do Brasil (MIEIB).

Na agenda de trabalho do FNE, por exemplo, estão planejados grupos de trabalho temporários com a perspectiva de atender algumas das metas e regulamentações do PNE, como a Base Nacional Curricular Comum (com a realização de um seminário entre junho e julho), o Plano de Carreira para os profissionais de Educação e o Sistema Nacional de Educação. “Estamos com uma equipe técnica pra continuar o trabalho de criação e fortalecimento dos Fóruns como instrumento de avaliação e monitoramento permanente dos planos. O FNE é o órgão de estado que, independente de quem esteja no governo, tem que ser respeitado”, defende Heleno.

Para João Ferreira, é uma questão de alinhar a visão sobre qual Educação queremos e manter, assim, a discussão e a execução do PNE com a participação de todos: “a Educação é uma coisa ligada ao governo, mas é sobretudo da sociedade. Não se toca a educação sem o envolvimento da sociedade. Governos mais afinados, mais abertos ao diálogo com a sociedade certamente avançarão muito mais do que aqueles que assumem uma perspectiva de imposição de políticas que não vão ter aceitação da sociedade civil organizada”.

O recado vale não só para esse governo, mas também para as próximas gestões: “qualquer governo, até 2024, não pode, de forma alguma, fazer políticas que não sejam orientadas pelo Plano de Educação. Cabe à sociedade, à imprensa, aos movimentos, fazer com o que o plano ganhe a centralidade que necessita e merece”, diz Daniel.

Reportagem: Stephanie Kim Abe

Foto:  Geltimarino II/Wikimedia Commons

Fonte: De Olho nos Planos

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Entrevista a Melissa Benn: Si introduces el ánimo de lucro la educación se convierte en otra cosa

Reino Unido, Londres/01 junio 2016/Autor: Pau Rodríguez/Fuente: El Diario

Hay una guerra que se libra en las escuelas.  The Schools Wars, las batallas por la defensa de la educación pública ante el creciente interés de los sectores privados hacia la formación de los niños y jóvenes. Así tituló su libro en 2011 Melissa Benn, periodista, activista y una de las voces más críticas contra la deriva liberalizadora del sistema educativo inglés. Invitada por la Fundació Jaume Bofill y la UOC, Benn llevó a Barcelona la reivindicación que mantiene desde la Local School Network, la asociación en defensa de una educación comprensiva -la que no selecciona sino que incluye, desde la infancia hasta la adolescencia- por delante de una mayor presencia del sector privado. No debemos olvidar que las escuelas privadas inglesas, a pesar de la crisis, cerraron el curso 2014-2015 con un número de alumnos récord.

¿Cuál es esta batalla que se está librando en el mundo la educación?

La más grande tiene que ver con la privatización. Después de la Segunda Guerra Mundial, en Inglaterra la educación era una cuestión nacional y municipal. Pero en las últimas tres décadas, y sobre todo en los últimos cinco años, se ha convertido en un sistema semiprivatizado. Cada vez más empresas están creando escuelas. Esto pone en peligro la idea de la educación como un bien público. Lo que no tenemos todavía son escuelas gestionadas por empresas con ánimo de lucro, pero existe el convencimiento de que esto llegará. Si introduces el ánimo de lucro la educación se convierte en otra cosa.

Distorsiona sus objetivos.

Claro. ¿Cómo puedes decidir si una educación es buena o no en un sistema de mercado? Con los resultados. Y así lo que obtienes es una visión muy restringida de lo que es la educación, que no debe ser un resultado sino una experiencia. Esto también conlleva que muchas escuelas quieran aceptar sólo a los alumnos que obtienen buenas notas. Alimenta la selección en las escuelas, lo que agrava un problema ya de por sí grave en Inglaterra: las desigualdades. Todo se mide a través de un rendimiento de cuentas basado en los resultados. Las escuelas responden así ante el Gobierno.

¿Cómo se puede evaluar y pedir rendición de cuentas a los centros si no es con resultados?

Buena pregunta [ríe]. Debes aceptar de entrada que el rendimiento de cuentas será limitado. Sin querer convertirles en el Santo Grial de la educación, en Finlandia lo basan todo en un cuerpo de profesores altamente cualificado, formado y considerado. Así el rendimiento de cuentas está más arraigado a la labor de los maestros. En Inglaterra hemos ido en la dirección opuesta. Antes solíamos formar muy bien a nuestros maestros, pero ahora algunos reciben formación durante seis semanas en verano y en septiembre ya están dando clase.

¿Se pone demasiada presión sobre los maestros?

Sí, de hecho hay una crisis de contrataciones.

¿Faltan maestros en la pública?

En algunas materias, sí. Muchos dicen que hay demasiada faena, que no disfrutan de su docencia porque tienen muy poca autonomía. El Gobierno se llena la boca con la autonomía, la de los centros y la de los maestros, pero todo está controlado desde arriba.

Me hablaba de la desigualdad en las escuelas. ¿Hasta qué punto afectan las desigualdades?

Cuando mis hijas iban a la escuela del barrio, allí coincidían alumnos de seis años que conocían Gaudí y habían leído libros en casa, y otros que no sabían escribir su nombre porque venían de hogares muy pobres. Esto es una tarea enorme para el maestro. Pero uno de los grandes problemas es que les decimos a los niños que si obtienen buenos resultados ganarán movilidad social, y esto es mentira, porque les espera un sistema universitario extremadamente caro y jerárquico. Debemos darles oportunidades de aprendizaje a lo largo de la vida. En el sistema actual, si a los 16 años fracasas, estás casi acabado.

¿Cree que el nivel de penetración de los intereses privados en la escuela que se vive en Inglaterra llegará a Europa?

¡Ya ha llegado! Un caso paradigmático es la apuesta de Suecia por las free schools [un modelo similar al de las escuelas concertadas]. El secretario de Educación inglés, Michael Gove, las ponía como ejemplo. Y ahora se ha visto que han fracasado. Ahora bien, el gran banco de pruebas ahora mismo es Estados Unidos con las charter schools y el influjo en la educación de los ricos filantrópicos -como Gates o Clinton-, los exámenes estandarizados … Pero yo diría que la batalla es global.

El sistema público europeo es un oasis. ¿Lo podremos mantener?

Espero. Mi mensaje es que no debéis seguir el camino de Inglaterra.

Pues se decía que eráis uno de los referentes del anterior ministro de Educación, José Ignacio Wert.

Es bastante complicado. La derecha política no solía estar interesada en la escuela pública, sino en la privada. Pero ahora sí que se han interesado, porque han visto en ella un beneficio moral y económico. Es una pugna progresiva en la que la derecha acusa a la izquierda de haber fracasado en la ayuda a los pobres, y que ahora serán ellos quienes lo harán. Pero no hay evidencias de ello.

¿Cuáles diría que son las medidas más urgentes para mantener una educación pública de calidad?

Una de las cosas que debemos hacer es recuperar al menos la supervisión local sobre las academies y las free schools [dos modelos de centros privados en Inglaterra]. Las escuelas pueden estar gestionadas por iglesias o por empresas, pero que al menos estén incluidas en el sistema escolar local, que colaboren, que sean justas a la hora de admitir alumnos. Todo esto se está discutiendo.

¿Es optimista?

¡Aquí estoy en Barcelona dando una conferencia! [Ríe] O sea que sí. He vivido lo suficiente como para ver muchos cambios políticos. Ahora por ejemplo el partido Laborista ha elegido Jeremy Corbyn, que quiere iniciar una comisión nacional de educación para inyectar las ideas de la escuela pública en el debate. Tengo la esperanza de que la aproximación del mercado a la educación pública está fracasando. Ahora sólo hace falta que sumemos a este fracaso nuestras ideas positivas.

¿Cree que el mercado se ha interesado en la escuela pública en parte porque el Estado ha fracasado a la hora de diseñar una política educativa que respondiera a las necesidades actuales?

Yo aquí veo la narrativa de la derecha. Un intento de destruir la reputación de la educación pública para reconstruirla a su manera. La derecha ha entrado en este debate afirmando que todo lo que se ha hecho en educación es un desastre. Y eso no es verdad. En Inglaterra se suelen preguntar: ‘¿Por qué las escuelas públicas no pueden ser como las privadas?’. Hombre, pues porque en las privadas las familias pagan 35.000 libras al año, tienen campos de fútbol y parecen hoteles de lujo. ¡Es una cuestión de recursos!.

Fuente:

http://www.eldiario.es/catalunya/educacion/Melissa-Benn-introduces-educacion-convierte_0_439206186.html

 

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Venezuela: 503 nuevos estudiantes de Anzoátegui disfrutan de sus equipos Canaima

América del sur/Venezuela/Mayo 2016/Autor y Fuente:http://www.minci.gob.ve/

Unos 503 estudiantes de educación básica y media general del municipio Guanta, del estado Anzoátegui, en el oriente venezolano, recibieron sus equipos Canaima de manos de la primera combatiente de la localidad, Mayerling Villanueva.

Del total de equipos, 42 fueron otorgados a alumnos de educación básica y 461 a estudiantes de media general del Liceo Manuel Reyes Bravo, de la localidad guanteña.

“A través de esta nueva entrega, el Gobierno Bolivariano continúa fortaleciendo el sistema público de educación para que nuestros muchachos, que son el futuro de la patria, puedan realizar sus investigaciones y cumplir con sus asignaciones, desde sus viviendas”, destacó.

Precisó que esta es la primera entrega de equipos Canaima de 2016 en la localidad y recordó que durante 2015 fueron asignados 2.530 equipos a alumnos de educación básica, media general y técnica; 289 tabletas a educadoras y 19 tabletas a miembros de la Organización Bolivariana Estudiantil (OBE).

El jefe de la División de Comunidades Educativas y Unión con el Pueblo de la Zona Educativa de la región, Francisco Millán, recalcó: “A pesar de la crisis económica que vive Venezuela por culpa de la derecha venezolana, la revolución continúa beneficiando a los estudiantes, en aras de brindar calidad educativa”.

Agregó que antes de culminar el año escolar se aspira a entregar otras 17.000 canaimas en los 21 municipios de la entidad y resaltó además que han sido otorgadas más de 50.000 unidades de libros pertenecientes a la Colección Bicentenario, desde septiembre pasado hasta la fecha.

Melanny Meneses, estudiante de 5to año en el Liceo Manuel Reyes Bravo, en Guanta, se mostró satisfecha de haber recibido este lunes su nuevo equipo, con el cual podrá ampliar sus conocimientos en el área tecnológica.

“Me siento muy contenta por haber sido una de las elegidas para recibir una tableta, que mucha falta me hacía para hacer mis tareas y que mis padres no iban a poder comprarme, por el alto costo de este equipo en el mercado especulativo”, dijo.

Javier López, también estudiante de 5to año, expresó felicidad y exaltó la política gubernamental de otorgar equipos tecnológicos a estudiantes del sistema público de educación.

“Esta tableta es una herramienta muy útil para quienes, como yo, partiremos a una universidad en tan solo unos meses. Así podremos satisfacer nuestras necesidades y cumplir con nuestros objetivos en el área académica”, señaló.

Fuente: http://www.minci.gob.ve/2016/05/503-nuevos-estudiantes-de-anzoategui-disfrutan-de-sus-equipos-canaima/

Imagen: http://i2.wp.com/www.minci.gob.ve/wp-content/uploads/2016/05/canaima-600×431.jpg?resize=330%2C230

 

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Chile: Presentan libro para apoyar la toma de decisiones sobre políticas educativas en América Latina

27.05.2016 – UNESCO Oficina en Santiago

Publicado originalmente en Portal UNESCO

La Oficina Regional de Educación para América Latina y el Caribe (OREALC/UNESCO Santiago) lanzó en Cartagena de Indias el texto Recomendaciones de Políticas Educativas en América Latina en base al Tercer Estudio Regional Comparativo y Explicativo (TERCE).

Con este documento, los resultados del TERCE se aterrizan en un nivel conceptual y práctico, orientado a los hacedores de políticas educativas, relevando el valor de una evaluación masiva no solo para la investigación y diagnóstico de los resultados, sino también para el diseño de políticas sectoriales en educación.

De acuerdo a la OREALC/UNESCO Santiago, para que el derecho a la educación se materialice, se requiere tanto del compromiso político y financiero de los gobiernos como de herramientas técnicas que ayuden a monitorear el grado de satisfacción de ese derecho. Es por ello que la UNESCO lanzó el 27 de mayo de 2016 el documento Recomendaciones de Políticas Educativas en América Latina en base al Tercer Estudio Regional Comparativo y Explicativo (TERCE), instrumento técnico en apoyo a la toma de decisiones en materia de política educativa.

El lanzamiento tuvo lugar en el marco del curso Evaluación Educativa para el Diseño de Programas y Políticas en la Agenda E2030, organizado por la Oficina Regional de Educación para América Latina y el Caribe (OREALC/UNESCO Santiago) y la Cooperación Española, en Cartagena de Indias, Colombia.

De acuerdo a Atilio Pizarro, jefe de la Sección de Planificación, Gestión, Monitoreo y Evaluación de la OREALC/UNESCO Santiago, las políticas educativas son la herramienta que poseen las autoridades para generar cambios en los sistemas escolares, las que permiten mejorar las oportunidades de aprendizaje de los estudiantes. “Las políticas requieren nutrirse de evidencia empírica y modelos conceptuales que ayuden a comprender la realidad en cada país, así como la naturaleza y magnitud de los desafíos educativos que se enfrentan”, señaló.

Pizarro agregó que esta publicación es un esfuerzo de la UNESCO y del Laboratorio Latinoamericano de Evaluación de la Calidad de la Educación (LLECE) para contribuir a la garantía del derecho a la educación, en el marco de los compromisos de Educación para Todos.

Principales aspectos del libro

Según la UNESCO, la toma de decisiones debe estar basada en evidencia y anclada a algunos modelos conceptuales que permitan interpretar de manera adecuada la realidad. Este documento cumple con ese propósito, puesto que posee la característica fundamental de traducir las conclusiones extraídas de la evidencia del estudio TERCEen política y la práctica educativa. En ese sentido, la evidencia empírica que aporta el estudio muestra los principales factores que influyen en el logro de los aprendizajes, los cuales representan desafíos concretos de política educativa.

A lo largo del documento se plantean líneas de acción y recomendaciones específicas para cada tema diagnosticado previamente en el libro de factores asociados del TERCE. Las recomendaciones de política presentadas en cada sección del documento son fundamentadas en la revisión de la literatura reciente y se refuerzan con ejemplos específicos de políticas aplicadas en los 16 sistemas educativos que participaron en el estudio TERCE. Esta evidencia es desarrollada en dos niveles de tomas de decisión de política educativa: local y nacional, como respuesta a la demanda constante de instrumentos alternativos que se adapten a distintos contextos económicos y sociales.

Con este documento, los resultados del TERCE se aterrizan en un nivel conceptual y práctico, orientado a los hacedores de políticas educativas, relevando el valor de una evaluación masiva no solo para la investigación y diagnóstico de los resultados, sino también para el diseño de políticas sectoriales en educación.

Los hallazgos en base al TERCE entregan dos grandes aportes: identifican áreas clave de intervención para los tomadores de decisiones, basándose en sólida evidencia empírica; a la vez que los resultados de estas investigaciones invitan a tomar acciones urgentes para aminorar las desigualdades en educación.

Opiniones:
Francisco Enrich, director de Seguimiento y Evaluación de Políticas Públicas del Ministerio del Poder Popular para la Educación de Venezuela.
“Actualmente, cada día la toma de decisiones de los actores políticos, de los decisores, necesitan más respaldo tecno-político en sus funciones y para ello hay distintos instrumentos que tienen que ser valorados en un nivel técnico medio para poder efectivamente llegar con unas políticas efectivas a la población de manera focalizada, con rigurosidad”

Gerardo Gómez, viceministro de educación superior de Paraguay: “Es muy relevante la relación entre lo que implica trabajar con evidencias, es decir, desarrollar el aspecto técnico y conjugar eso con la cuestión política de contexto. Para nosotros es una experiencia muy pertinente, porque muchas veces hemos tenido que abdicar en lo técnico frente a los problemas que se plantean a nivel político; es decir, hay que saber explicar lo que se hace técnicamente en el sistema educativo y eso no siempre es posible, así que las recomendaciones han sido muy pertinentes en ese sentido”.

David Otero Mendieta, coordinador nacional del LLECE de Nicaragua. “El estudio que se ha hecho considero que es importante para poder continuar con las mejoras de la calidad educativa de nuestros países. Realizar estos estudios permite que se elaboren materiales para hacer acciones de política con evidencias que permitan mejorar la docencia, los currículos, los ambientes pedagógicos, los materiales de apoyo a la enseñanza”.

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ESTADOS UNIDOS: Boletín CIES Perspectives

Se adjunta el Boletín CIES Perspectives de la norteamericana Comparative and International Education Society (CIES), primavera 2016, editado por la académica canadiense Marianne A. Larsen.

En esta edición, destacan la reseña del Congreso de esta Sociedad, las noticias de la revista Comparative Education Review, y las reseñas bibliográficas de las últimas publicaciones, muy especialmente el libro The handbook of Global Education Policy editado por Karen Mundy, Andy Green, Bob Lingard y Antoni Verger.

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Evaluación y el diálogo perfectamente posible

Hugo Aboites

 Según las autoridades, este fin de semana y el pasado se habrá evaluado a una pequeña fracción de las maestras y maestros del país. ¡Pero a qué costo! Lo que en otro tiempo y circunstancias habría sido un tranquilo ejercicio escolar, se ha convertido hoy en un drama preñado de amenazas; de juntas entre funcionarios de la educación y generales de fuerzas federales discutiendo cómo y cuándo llevar a cabo el examen; de transportes aéreos llevando a miles de integrantes de fuerzas federales; de acarreo de otros maestros en helicópteros a fin de evadir la resistencia; de ex militares pertrechados como antimotines creando perímetros de alta seguridad en torno a los lugares de la evaluación, y dando con esto a la evaluación de los maestros una definitiva esencia agresiva, coercitiva e implacable. Se refuerza, precisamente, la imagen persecutoria y punitiva de la evaluación que las mismas autoridades hace unas semanas declaraban radicalmente falsa.

Pero, por otro lado, a la presencia de la fuerza de Estado se opone la resistencia magisterial con manifestaciones en 17 estados y 26 ciudades. Protestas de una intensidad si no mayor, al menos igual a la de 2013. Es decir, mostró su consolidación como oposición permanente, creciente y nacional. A tal punto que ahora la SEP de manera oblicua pero abierta reconoce la fuerza de la oposición: basta que un maestro la invoque como una especie de mantra (la CNTE me obligó a hacerlo) para que justifique su ausencia en el examen. Pero sobre todo se reconoce la fuerza de la protesta cuando en esas reuniones conjuntas se decide que lo mejor es que los maestros presenten el examen de manera fragmentada. Sólo una fracción muy pequeña de más de millón y medio de maestros irán estos días a la prueba, y aun éstos con calendarios diferentes: unos un fin de semana, y, los más peligrosos, en otro. Es una forma de reconocer que el Estado no tendría suficientes fuerzas federales (a menos de que emplee también al Ejército y la Marina, además de los estatales) para vigilar y proteger contra las protestas a cientos de lugares de aplicación.

Las protestas han logrado también mostrar la verdadera cara de la evaluación. Lo que se proponía como una evaluación integral (evidencias, planeación, dictamen del director, prueba de conocimientos) y amigable al contexto cultural local, ahora se ve reducida (basta con que se presenten al examen) a lo que siempre fue su vocación: un examen único de opción múltiple, indiferente y hasta agresivo con las culturas no hegemónicas. Con esto, además, se muestra que el cumplimiento de la evaluación está sujeto a interpretaciones cambiantes de la autoridad.

Si, por su cuenta, la autoridad puede modificar los términos de la evaluación, evidentemente también puede hacerlo en un espacio real de diálogo con los maestros. Mientras eso no ocurra, en el imaginario colectivo (la dichosa percepción) se seguirá alimentando la imagen de que, en la educación, las cosas simplemente no se resuelven y, además, empeoran cada día. Y eso abre la puerta a que entonces sean iniciativas ciudadanas y académicas las que comiencen a criticar y buscar salidas al conflicto. Una señal muy clara de este nuevo proceso es la decisión primero de unos cuantos y, luego, de cientos de investigadores y ahora de miles de estudiosos e interesados en la educación, de agruparse en torno a un texto de Manuel Gil Antón que nace desde el muy importante Consejo Mexicano de Investigación Educativa (Comie). En ese texto (que ya firman 5 mil) se dice que la reforma emprendida por la actual administración carece de un proyecto educativo que la guíe y dé sustento, se declaran en favor de “una reforma educativa necesaria y respetuosa del magisterio… que garantice el derecho a una formación intelectual sólida y fortalezca la generación de una ciudadanía crítica y solidaria”. Y para esto, agregan, es indispensable dialogar con los propios maestros, a quienes se les desautorizó socialmente y se les condujo a una situación límite: someterse o perder el empleo. Y ante prácticas de evaluación imperfectas y poco confiables es indispensable otro tipo de evaluación (ver https://www.change.org/p/sep-mexico-por-una-reforma-educativa-necesaria-y-respetuosa-del-magisterio?recruiter=83664753&utm_source=share_petition&utm_medium=email&utm_campaign=share_email_responsive).

Esta voz de miles de muy legitimados académicos constituye un fuerte llamado de atención contra la belicosidad oficial. Dicen: ni la violencia, ni la administración selectiva de la justicia con fines políticos son formas adecuadas para resolver la gran polarización que ha provocado la reforma gubernamental. Es, estrictamente hablando, la voz de la razón y la mesura que afortunadamente se hace presente. Y que refuerza la posibilidad del diálogo y acuerdo, dentro incluso –como ya aquí se ha insistido– del marco legal de la propia Ley General del Servicio Profesional Docente. Porque allí mismo se plantea otra evaluación muy diferente, con los maestros, no punitiva y orientada directamente a mejorar las escuelas y al compromiso de los maestros con esa tarea (artículos 15, 16 y 20). Ese puede ser un excelente y esperanzador punto de partida.

Fuente del articulo: http://revistasinrecreo.com/revista/?p=9

Fuente de la imagen: https://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/5/56/Capacitaciones_docentes.png

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