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Racismo en la educación superior: un análisis desde la perspectiva de los pueblos indígenas y afrodescendientes en Colombia

Anny Ocoró Loango, Docente/Investigadora UNTREF-FLACSO
Milena Margoth Mazabel,  Indígena del Pueblo Kokonuko. Asesora jurídica del Consejo Regional Indígena del
Cauca. Consultora en la organización Earth Rights International (ERI)

Resumen

Este artículo analiza cómo se manifiesta el racismo en la educación superior, desde la perspectiva de los alumnos y alumnas indígenas y afrodescendientes, para pensar el modo en que el racismo se reproduce y afecta las experiencias de vida y las trayectorias educativas de estos grupos. Poniendo el foco de análisis en la manera en que el Estado asumió la educación de estas poblaciones, desde el siglo xix hasta la Constitución de 1991, se argumentará que, si bien en los últimos años la discusión sobre la participación de los pueblos indígenas y afrodescendientes en la educación superior ha venido ganando notoriedad, su presencia en las Instituciones de Educación Superior es aún minoritaria y se ve fuertemente condicionada y afectada por el racismo presente tanto en estas instituciones como en la sociedad. Finalmente, se plantean algunos desafíos y conclusiones.

Descarga completo el articulo aquí: Racismo en la Educcaion Superior

*Fuente: https://www.nodal.am/2021/03/racismo-en-la-educacion-superior-un-analisis-desde-la-perspectiva-de-los-pueblos-indigenas-y-afrodescendientes-en-colombia/

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Covid veio para mostrar o pior da humanidade e arranhar as bolhas em que vivemos

De: Ilka Oliva Corado

Tradução do Beatriz Cannabrava, Revista Diálogos do Sul

Muitos definiram este 2020 como o ano maldito, por causa do vírus. Mas esse vírus é apenas um dos milhares que existem, não é o único que mata: por exemplo, a insensibilidade mata mais pessoas. Dar as costas e fingir ignorar o que nos confronta: o racismo, o classismo e o esquecimento. Meter-nos em nossas bolhas e fechá-las com sete chaves porque tudo o que aconteça lá fora, o que vivam outros, não nos interessa. Por isso é que vemos tantas crianças morando na rua e morrer aí mesmo e não nos causa espanto nem pena, nem muito menos a indignação que nos faça agir.

De repente este vírus veio arranhar um pouco as portas de nossas bolhas, por aí levou embora algum ser querido, talvez pessoas que como nós viraram as costas quando deviam agir para ajudar os outros; morrer ou morrer por causa do vírus não as faz mais nobres depois de mortos. Mas nós as santificamos porque esse vírus maldito as levou. Mas, e a fome que sentem os que fazem do lixão seu lar? Por que não reagimos quando famílias inteiras falecem por causa de um talude entre os vulcões de lixo? Em que momento permitimos que isso acontecesse? Que os lixões sejam lares de tantas famílias, cidades completas…

A pandemia, uma de tantas, Porque não nos doeu, como doeu 2020, a tráfico de crianças, adolescentes e mulheres para exploração sexual? Isso é palpável, visível, estão em cada esquina, não podemos ignorar. Ou será que como vírus, até que toque a um de nós? Então e só então faremos visível o que desprezamos porque não era nosso assunto e perceberemos que estamos sozinhos, porque os outros fingirão não ver porque tal como fazemos hoje, não será assunto deles. É o germe do patriarcado e da mesquinharia.

Este vírus veio para mostrar o pior de nós, foi apenas uma oportunidade para mostrarmos como somos na realidade. Por exemplo, pessoas que foram parar a um hospital tomam fotos de outros pacientes que estão na UTI, as publicam nas redes sociais expondo a gravidade da doença. Por que não tiram fotos de si próprios? Expor assim os outros… E o fazem enfermeiras, médicos, pacientes, o que indica que não porque têm maior escolaridade têm respeito pela privacidade dos outros.

E o que dizer dos que tiram fotos aos idosos em suas famílias que estão em suas camas, gravemente doentes e as publicam nas redes sociais. Por que chegar tão baixo? E pior ainda, os que têm o vírus de forma branda, mas por preguiça tiram fotos despenteados, com a barba de uma semana, sujeiras de oito dias, e as publicam nas redes sociais dizendo que são sobreviventes da Covid. Quando na verdade uma pessoa que está gravemente doente não pode nem mexer um dedo. Isso é faltar ao respeito a todas as pessoas que morreram e que estão gravemente doentes pelo vírus. Mas assim é a consistência humana: rala e rachada.

Foi lindo ver os povos originários doando suas colheitas, chegando nos povoados com caminhões cheios de verduras e frutas para alimentar famílias inteiras. Enquanto em outros lugares as pessoas saiam com bandeiras brancas pedindo ajuda e o que faziam os que podiam ajudar era fechar-se a sete chaves em suas casas cômodas, publicando fotos nas redes sociais de sua abundante comida, seus vinhos caros e suas chaminés soltando fumaça enquanto recordavam nostálgicos seus viagens pelo mundo. Muitos deles hoje choram a morte de um ser querido, mas ainda com essa dar não dignificam a estender a mão àqueles que o necessitam, porque o dinheiro, a avareza e o egoísmo regem suas vidas. Em compensação onde a colheita foi abundante e foi doada, a dor de um é a dor de todos.

Não foi um ano maldito, nem o vírus é maldito, os inconsistentes somos nós; teve que vir um vírus para cuspir-nos na cara as pessoas que somos e pôr em evidência nossa miséria humana que carece de valores, de palavras e de ação. Porque milhares no mundo sentem fome, perto de nós há povos inteiros passando fome e não é um vírus do momento, a fome pode ser curada, pode ser eliminada, e também a desnutrição infantil crônica; não se necessita um milagre nem uma vacina, o que se necessita é dignidade, indignação, solidariedade.

Os famosos desastres naturais não são naturais, podem ser evitados porque são causados por todo o dano que fizemos ao planeta; os líderes políticos têm sim que agir, mas nós como sociedade também. Porque o mínimo que façamos ou se ficamos passivos tudo isso afeta o planeta. Para não ir tão longe, este ano sobraram milhares de máscaras no mar. Nem o ano nem o vírus são malditos.

2020 deveria ser um ano em que a humanidade começou a se regenerar, que começou a tomar consciência do dano que fazia a si mesma, ao planeta e a outros seres vivos. Mas não foi assim e não o será e poderão vir mil vírus mais, levar embora famílias completas que não aprenderemos, porque o egoísmo, a altivez, a insensibilidade e a mediocridade estão no nosso DNA.

De outro planeta, claro está, parecem os que dão a mão, mantém o ombro, compartilham a pouca comida, doam suas colheitas e sentem como própria a tragédia alheia. E não têm grandes mansões, nem chaminés soltando fumaça, vinhos caros, viagens pelo mundo, nem mestrados ou doutorados. São as pessoas comuns, em muitos casos também as mais excluídas e empobrecidas. É o povo. Com o que nos continuam dando a lição de que não se trata de ter, mas sim de vontade. Por eles a esperança de um mundo melhor ainda não foi arrancada de raiz. E as almas que se negam a deixar de sonhar continuarão acreditando em uma primavera de brotos abundantes.

Fuente: https://cronicasdeunainquilina.com

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Asco proyectivo y política de la exclusión

Por: Leonardo Díaz

La historia nos muestra ejemplos de ese asco proyectivo en la actitud del supremacismo blanco. No olvidemos que uno de los argumentos clásicos del racismo ha sido describir a las personas de color como “subhumanas”.

Hace muchos años, un colega confesó que sentía angustia al dialogar con un paciente VIH positivo, a pesar de saber que el virus no se transmitía por una conversación.

Esa declaración fue un acto de gran honestidad. No todos, especialmente si somos ciudadanos de quienes se esperan determinadas sensibilidades y discursos, acordes con la educación que se nos atribuye, estamos dispuestos a confesar que determinadas personas nos provocan un rechazo por poseer una determinada condición de salud. Ese reconocimiento es el primer momento en el proceso de superar la situación.

Muchas veces, no somos conscientes de lo que genera la angustia. Llegamos incluso a sentir “asco” por determinados individuos, una emoción provocada por una asociación inconsciente entre nuestros semejantes y la presencia amenazante de la muerte.

Desde una perspectiva evolucionista, el asco ha jugado un papel estelar en nuestra sobrevivencia como especie permitiéndonos sobrevivir muchos siglos antes de poseer el conocimiento de la existencia de gérmenes como las bacterias o los virus.

Basándose en los estudios experimentales del psicólogo de la Universidad de Pensilvania, Paul Rozin, la filósofa Martha Nussbaum subraya el carácter cognitivo del asco. (La monarquía del miedo, cap. 4).

Según dichos estudios, el asco está condicionado no solo por el objeto sensorial, sino también, por la interpretación previa de lo que significa dicho objeto. Experimentamos el asco ante personas y grupos que asociamos simbólicamente con la contaminación, la degeneración o la muerte, aunque desde un punto intelectual, no representen objetivamente nuestra destrucción.

Nussbaum relaciona este fenómeno con una actitud humana denominada por el antropólogo Frans de Waal como “antroponegación”. Se trata de una tendencia humana a rechazar la condición animal de nuestra especie, a un permanente intento de trascender simbólicamente el vínculo que nos une con el resto de los animales.

Nussbaum piensa que el esfuerzo por escapar simbólicamente de la animalidad y de la muerte se va transmutando en un “asco proyectivo”.  Todas nuestras características asociadas con la animalidad, la descomposición o la muerte las proyectamos hacia otros, usualmente grupos humanos socialmente excluidos que alimentan nuestra falsa autopercepción de superioridad.

La historia nos muestra ejemplos de ese asco proyectivo en la actitud del supremacismo blanco. No olvidemos que uno de los argumentos clásicos del racismo ha sido describir a las personas de color como “subhumanas”, con mayor semejanza a los simios que a los integrantes de la etnia caucásica.

Pero también, podemos apreciarlo en la suciedad que la mirada homofóbica atribuye a las relaciones homosexuales, especialmente las masculinas. En dicho imaginario, estas interacciones se relacionan con posturas animales donde el sexo no reproductivo se reduce a una mera circulación de sucios fluidos.

Y como ocurre con el miedo, el asco proyectivo puede ser explotado políticamente, no solo por líderes que sienten dicha emoción de un modo sincero; sino también, por cínicos y demagogos que, sin experimentar la emoción, conforman su liderazgo intentando ganarse la adhesión de quienes la experimentan.

De este modo, alimentan una política de la exclusión. Un error común para combatirla consiste en proporcionar una lectura intelectualista del fenómeno y esperar que los ciudadanos se persuadan racionalmente de que el “Otro” no significa animalidad, suciedad, o descomposición.

Fuente: https://acento.com.do/opinion/asco-proyectivo-y-politica-de-la-exclusion-8911749.html

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Conferencia de Lino Morán: Pensamiento descolonial. Mundo

Mundo/América Latina/11/02/2021/Autor: Ferando Gómez/Fuente: OVE


El pensamiento descolonial es una tradición que surge en los orígenes mismos del pensamiento latinoamericano, y  surge de las luchas de nuestros pueblos de América Latina y el Caribe.


Este Martes 09 de febrero, la Alianza Pedagógica Social Internacional conformada por la CEIP-Histórica de Argentina, MAEEC-CLACSO de México, KAVILANDO de Colombia, MASA CRÍTICA de Panamá, RED GLOBAL GLOCAL por la Calidad Educativa de América Latina, SAVIA de Paraguay, Universidad de Panamá, CIPCAL de América Latina, KAICHUK MAT DHA de México, EMANCIPACIÓN de Chile, Mujer Pueblo Magisterio-CNTE-Durango de México, el Centro Martin Luther King de Uruguay y CII-OVE de Venezuela, dio por iniciado el Ciclo de Pensamiento descolonial con una conferencia del Dr. Lino Morán.

En la  moderación de la jornada estuvieron: María del Carmen López  Vásquez y Jorge Orozco León.

Las primeras palabras del conferencista fueron para “hacer un llamado continental a sumar esfuerzos para que aparezca con vida Carlos Lanz”, quien se encuentra desaparecido hace ya seis meses. “Lo necesitamos (con nosotros) y lo necesitamos vivo”, dijo.

Asumiendo que le tocaba introducir este tema, el Dr. Morán recordó que el pensamiento descolonial es una tradición que surge en los orígenes mismos del pensamiento latinoamericano, y que surge de las luchas de nuestros pueblos de América Latina y el Caribe

Enfocando en un debate germinal, respecto de la colonialidad, que tuvo como protagonista a Bartolomé de las Casas, avanzó la disertación recordando a Simón Rodriguez y a “el más universal de los cubanos” José Martí. Asimismo, fueron abordados en la disertación, aspectos del legado histórico de Juan Carlos Mariateguí y Franz Fanon.

Algunas ideas fuerza: descolonización y emancipación

 

El Dr. Morán consignó que aún en nuestra época en la que está en boga el pensamiento decolonial en nuestras universidades se  nos impone ser especialistas en el pensamiento europeo, esto en detrimento del pensamiento filosófico latinoamericano: “Absolutamente nada de contenidos contextualizados con la realidad latinoamericana”. “Es fuera de la universidad que se da el encuentro de nuestra inquietud desde el contexto cultural al que pertenecemos, (para poder) reflexionar sobre nuestra realidad”.

El Dr. Morán abordó con fuerza crítica las aristas del concepto y la problemática del racismo en su lugar fundante y rector de una imagen del mundo. El racismo está en el epicentro del surgimiento de la modernidad y de su racionalidad. El racismo sigue viviendo como un tributo a la racionalidad, una humanidad inferior que debe ser tutelada. Recordó que Simón Rodriguez plantea: “somos independientes pero no libres, para liberarnos debemos utilizar los argumentos de la razón”.

Respecto a José Martí recordó que: formula (en) su proclama argumentos que identifican cada uno de los puntos fundamentales que hoy recogen los intelectuales del movimiento descolonial. “Trincheras de ideas valen más que trincheras de piedras”.

La exposición fue crítica, cruda y contundente: “desde nuestras universidades salen jóvenes que aspiran a gobernar un pueblo que no conocen”, aseveró.

Planteó el Dr. Morán que, en nuestras universidades el racismo y la negación de la alteridad, implican un programa político. Trajo a cuenta a J. C. Mariategui, reconociendo en su obra un marxismo no eurocéntrico; lo ubicó claramente en el camino de un pensamiento emancipador, libertario, descolonial, “el socialismo en América debe ser una creación heroica no (una) copia”. La educación tiene un espíritu colonial y colonizador que, podemos conjurar de los dichos de Morán: “(imponen) una racionalidad eurocéntrica (que manda) copiar la moda que se impone en Europa y Estados Unidos, como los métodos válidos para resolver los problemas actuales.

Sobre Franz Fanon y su invisibilización por la academia universitaria en Nuestra América

 

El Dr. Morán reconoció a Franz Fanon como uno de los intelectuales que la academia universitaria latinoamericana invisibiliza, o es referenciado muy tímidamente “No somos nada sobre esta tierra a menos que seamos en primer lugar esclavos de una causa, la causa de los pueblos, la causa de la justicia, la causa de la libertad”. Agregó el Dr Morán:  “estas son propuestas políticas, no son meras reflexiones ontológicas, sociológicas. Imponen una praxis política liberadora”.

Paulo Freire: el imposible olvido

 

No dejó pasar el Dr. Morán, la oportunidad de articular algunas ideas sobre Paulo Freire, pensador insignia de las luchas descoloniales de América Latina. Arriesgando tesis propias sobre el devenir del encuentro entre Freire y el descolonialismo. Los últimos minutos de la brillante exposición del Dr. Morán se convierten en material indispensable para orientarse en los debates más actuales de nuestro sur y del pensamiento descolonial, en lo que hace a su faz educativa (y liberadora) entre lo que está siendo negado y lo que necesita ser visibilizado.

“Soy de la tesis de que debemos alimentar el discurso decolonial con esa praxis política que nos lleva sin duda alguna al campo de batalla, ojalá sólo sea al campo de la batalla de las ideas, pero también al ejercicio cotidiano acompañando a los movimientos sociales, a los indígenas, a las organizaciones políticas, a los docentes organizados, en pro de emanciparnos,  que era el sueño y el anhelo que estaba presente desde Simón Rodríguez hasta nuestro querido maestro Paulo Freire”.

Luego de tan interesante recorrido el Dr. Lino Morán respondió, a pesar de algunos problemas de conectividad, preguntas que fueron formuladas por Mireya Zarate Velazco y Elpidio González Salazar.

La exposición, muy comprometida con el presente latinoamericano y en particular con el presente venezolano, tuvo la fuerza de la lucha y la denuncia contra los poderes opresores de nuestros pueblos.

A continuación, el video:

Fuente del Video: https://youtu.be/RskXScS0Oe0

Imagen: Alianza Pedagógica Social Internacional

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Conclusión del Foro Social: renovarse para la acción política o morir

Pantalla de la asamblea de clausura, el 31 de enero, del Foro Social Mundial 2021, que se realizó en formato virtual desde el 23 de enero. Las dificultades de organización de una reunión inédita, a través de medios digitales, no impidieron que, según los organizadores, hubiera 9561 participantes de 144 países y 1360 organizaciones en 751 actividades, entre talleres, mesas redondas, debates y asambleas sectoriales.

La democracia amenazada en una cantidad creciente de países, millones de muertos por la covid-19 y otras grandes crisis mundiales urgen a una renovación del Foro Mundial Social (FSM) para que protagonice acciones políticas en los procesos claves, según la conclusión de algunos de sus destacados miembros.

“Si no se renueva, se muere”, dictó Oscar González, exdiplomático mexicano y activista de los derechos humanos, en un debate sobre “El futuro del Foro”, cuando se cumplieron los 20 años de la iniciativa surgida bajo el lema de que “otro mundo es posible”.

Este fue un tema tan determinante como polémico de la 16 edición del FSM, la primera en forma virtual a causa de la pandemia de covid, que contó con 9561 participantes de 144 países y que involucró 1360 organizaciones en 751 actividades.

Durante los nueve días de debates, del 23 al 31 de enero, las búsquedas en el sitio digital del FSM superaron las 122 000, según los organizadores.

La realización constituyó una hazaña de centenares de voluntarios que tuvieron solo tres meses de preparación y reavivó las esperanzas de una revitalización del foro de la ciudadanía global, que tendrá su próximo encuentro en México, probablemente en enero de 2022, y de vuelta en forma presencial.

Pero la de 2021 estuvo lejos de los más de 100 000 participantes en algunas ediciones iniciales. Además la participación de este año estuvo demasiadamente concentrada en Brasil, con 58 por ciento del total, vale decir 5570 personas. En este país sudamericano, en la ciudad de Porto Alegre, surgió el FSM en enero de 2001.

“El Foro perdió legitimidad”, diagnosticó Cándido Grzybowski, uno de los principales organizadores de las primeras ediciones, cuando era director del Instituto Brasileño de Análisis Sociales y Económicas (Ibase).

Su frustración lo llevó a “desistir” de la intensa actividad organizativa e incluso la participación en los encuentros mundiales de los últimos años, aun siendo miembro de su Consejo Internacional, la instancia coordinadora del FSM.

“El foro se desconectó del mundo real, dejó de acompañar los grandes hechos que conmueven la humanidad”, justificó en entrevista por teléfono a IPS desde su finca en las afueras de Rio de Janeiro.

En la década pasada hubo grandes movilizaciones de la sociedad, como la llamada “Primavera árabe”, el movimiento de los indignados en España, el “Occupy Wall Street” y las masivas protestas del “Black Lives Matter (las vidas negras importan)» el año pasado, sin que repercutieran en el FSM, se lamentó.

Reunir, articular y así empoderar los movimientos de la sociedad civil mundial es la misión asumida por el FSM desde su inicio hace años en Porto Alegre.

Pero su Carta de Principios lo limita a un “espacio abierto” para el debate plural y el intercambio de experiencias, “sin carácter deliberativo”. “Nadie estará autorizado a manifestar, en nombre del Foro y en cualquiera de sus encuentros, posiciones que fueran atribuidas a todos sus participantes”, es la regla.

El sociólogo portugués Boaventura de Sousa Santos, uno de quienes lidera propuestas para transformar el Foro Social Mundial de "espacio abierto de debates a espacio de acción", para tomar posiciones políticas e intervenir en las cuestiones globales relevantes, como la migración y la desigual distribución de las vacunas anticovid-19. Foto: Mario Osava/IPS

El sociólogo portugués Boaventura de Sousa Santos, uno de quienes lidera propuestas para transformar el Foro Social Mundial de «espacio abierto de debates a espacio de acción», para tomar posiciones políticas e intervenir en las cuestiones globales relevantes, como la migración y la desigual distribución de las vacunas anticovid-19. Foto: Mario Osava/IPS

Además el Consejo Internacional toma decisiones por consenso o consentimiento, es decir en la práctica cualquiera de sus miembros tiene derecho de veto.

Eso tiende a inviabilizar el cambio pretendido, de “espacio abierto a espacio de acción”, teme Grzybowski, quien aceptó la invitación del Grupo Renovador al debate sobre el futuro del FSM. Se trata de un autonombrado grupo que promueve nuevas líneas de debate y acción, para responder a una realidad mundial muy diferente a cuando surgió el Foro Social.

La esperanza del grupo es que, en el próximo foro, en México, una asamblea general pueda revisar la Carta de Principios y reorganizar el FSM de manera que tenga alguna instancia de decisión política, por mayoría, que “podría ser de 75 por ciento”, para adoptar posiciones y promover acciones en los procesos internacionales relevantes.

“México representará la renovación del Foro”, sostuvo el sociólogo portugués Boaventura de Sousa Santos, uno de los que encabezan el intento de renovación.

Es necesario que el FSM tenga un “pensamiento estratégico” sobre los temas claves, como el capitalismo, el racismo, el patriarcado y la reforma de las Naciones Unidas, propuso en el debate del grupo, coordinado por la socióloga belga Francine Mestrum, autora del libro “Los comunes sociales” y exprofesora de varias universidades.

Para desarrollar tal pensamiento convendría crear un centro de investigación (think tank) del FSM, sugirió Aleksander Buzgalin, coordinador del Foro Social Ruso y profesor de economía en la Universidad Estatal de Moscú.

Una forma democrática de tomar decisiones políticas, sobre cuestiones globales como  migración, las ciudades y tráfico de personas por ejemplo, es otra recomendación de Santos. Posiciones minoritarias serían consideradas, acotó.

Una política de información y comunicación es otra necesidad del Foro para que no vuelva a frustrar sus participantes. “Nadie sabe lo que piensa el FSM sobre lo que sea”, arguyó.

“Queremos ser democráticos, ser diversos, pero también queremos existir”, realzó. En su evaluación, “hay demasiado miedo en el mundo y esperanza de menos, tenemos que organizar la esperanza”.

Falta representatividad en el actual Consejo Internacional para conducir los destinos de FSM, añadieron varios renovadores. En 2001 esa instancia coordinadora se componía de 175 organizaciones de todo el mundo, cantidad que bajó a 35 desde 2017, señaló Grzybowski.

Captura del debate del informal y autonombrado Grupo Renovador sobre el futuro del Foro Social Mundial, que parte de la propuesta de convertirlo en un sujeto político global, con toma de posiciones e intervenciones en los grandes temas actuales, como las amenazas a la democracia y la pandemia de la covid. El debate fue una de las 751 actividades que se realizaron durante la edición virtual del FSM, del 23 al 31 de enero. Foto: Mario Osava/IPS

Captura del debate del informal y autonombrado Grupo Renovador sobre el futuro del Foro Social Mundial, que parte de la propuesta de convertirlo en un sujeto político global, con toma de posiciones e intervenciones en los grandes temas actuales, como las amenazas a la democracia y la pandemia de la covid. El debate fue una de las 751 actividades que se realizaron durante la edición virtual del FSM, del 23 al 31 de enero. Foto: Mario Osava/IPS

De todas maneras el encuentro virtual de 2021 reveló ciertos consensos sobre el “otro mundo posible” que defienden los activistas. Un síntoma de debilidad, sin embargo, es la concentración en la contraposición negativa, las luchas son anticolonialistas, antirracistas, antisexistas, antipatriarcado, antineoliberales, antimilitaristas.

Algunas excepciones son propuestas afirmativas, como la renta básica universal, el ecosocialismo, la economía feminista y la creación de un parlamento del ciudadano planetario.

La agroecología aparece como un camino para la solución de muchos problemas actuales, desde la seguridad alimentaria, la reducción del uso de los agroquímicos y la consecuente mejora en la salud humana, menos deforestación favoreciendo el ambiente y la biodiversidad.

Una falsedad difundida en el mundo es que el agronegocio o agricultura comercial alimenta el mundo, un rol que cumple la agricultura familiar, según João Paulo Rodrigues, uno de los coordinadores del brasileño Movimiento de los Trabajadores Sin Tierra.

La solución del hambre en Brasil depende de una reforma agraria que permita a ese sector triplicar su área sembrada, que hoy se limita a 30 millones de hectáreas, mucho menos que la gran agricultura empresarial que produce soja y maíz para exportar, aseguró Rodrigues como un ejemplo de lo que puede hacerse.

Además reduciría la deforestación, provocada por la expansión del agronegocio, y los efectos climáticos ya sentidos en la merma de lluvias que afectan extensas regiones brasileñas, acotó.

La expansión de la agroecología y un acercamiento campesino a los consumidores urbanos ayudaría a “construir una nueva sociedad”, concluyó.

Los pequeños agricultores enfrentan condiciones adversas en casi todo el mundo dominado por políticas que favorecen los grandes negocios. En India centenares de miles de campesinos protestan hace meses contra leyes que afectan su producción y sus vidas.

El #FSM2021 concluyó con varias asambleas sectoriales que aprobaron un programa de manifestaciones en todo el mundo para fechas como el Día Internacional de la Mujer (8 de marzo), día Mundial del Medio Ambiente (5 de junio) y Día Mundial de la Alimentación (16 de octubre).

La Asamblea de los Movimientos Sociales, de Paz y Ambientales destacó una gran movilización a ser promovida el 15 de mayo, en contraposición al Foro Económico Mundial que tendrá lugar del 13 al 16 de mayo en Singapur, tras sostener una edición virtual en paralelo al FSM, entre el 25 al 29 de enero.

Se convocarán manifestaciones por el derecho a la salud y la protección social, especialmente con una protesta contra la mala distribución de las vacunas para inmunizarse contra la covid, que está favoreciendo los países ricos en desmedro de los más pobres.

Fuente: http://www.ipsnoticias.net/2021/02/conclusion-del-foro-social-renovarse-la-accion-politica-morir/

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El doble desafío de un Foro Social a la vez mundial y virtual

A dos décadas de su nacimiento, el FSM se reinventa en la pandemia

A 20 años de su nacimiento en Porto Alegre, Brasil, el Foro Social Mundial (FSM) inaugura el próximo sábado 23 de enero una nueva edición. Será la más larga de su historia – 9 días de actividades – y, tal vez, la más especial dado a la situación internacional imperante y a su perfil esencialmente virtual.

Condicionado por la crisis pandémica mundial, el movimiento altermundialista decidió reinventarse creativamente. Se autoconvocó, sin una sede geográfica determinada, en el gran espacio etéreo. Propuso e impulsó, a partir de fin de octubre, en apenas tres meses, esta nueva edición del FSM 2021 a punto de comenzar (https://wsf2021.net/ ).

Fuerte participación

El optimismo de los organizadores es evidente. A 72 horas del inicio, contabilizaban más de 4.500 inscripciones de casi 80 países. Unas 600 organizaciones de todo tipo – asociativas, de mujeres, de cooperación, sindicales, indígenas, religiosas, de economía popular, campesinas, derechos humanos, educativas, etc.- anticiparon su participación y más de 400 actividades engrosan un programa sustentado en varios ejes temáticos. Estos son: clima-ecología; paz y guerra; justicia social y democracia; justicia económica; sociedad y diversidad; comunicación-educación y cultura; feminismos, sociedad y diversidad; pueblos indígenas y originarios. La metodología propuesta busca promover una reflexión transversal sobre el futuro propio del FSM, la situación pandémica, la lucha contra el racismo, así como sobre género y feminismos. (https://wsf2021.net/espacios-tematicos/).

“Por el momento, si vemos las cifras, uno de los ejes que más atención concita entre los inscritos es el de la comunicación, educación y cultura. Aunque no quiero aventurarme a interpretaciones rápidas, podría expresar el gran interés por consolidar el espacio conceptual ante la avalancha de narrativas que nos impone el sistema hegemónico” explica François Soulard, francés de nacimiento, cosmopolita por militancia y, desde hace algunos, residente en Argentina.

Especialista en comunicación, es uno los activistas que asumieron la responsabilidad de cimentar la base técnica para asegurar esta tan original como compleja edición del FSM 2021. “Por el momento todo está marchando como previsto. Y si en las ediciones anteriores del FSM la complicación era, en cierta forma, la idiomática, en esta edición podemos imaginar que la tecnología es como una lengua más. Siempre el FSM hizo malabarismo con los idiomas”, reflexiona Soulard.

Dos sitios WEB como soportes

El FSM 2021, explica, existirá en torno a dos sitios WEB. Uno, el https://wsf2021.net/  donde se presenta el foro, se recapitula el proceso de preparación de la convocatoria 2021, se intercambian contenidos de reflexión en la fase preparatoria, así como los boletines informativos difundidos.  El otro https://join.wsf2021.net/?q=es que es el medio para asegurar la inscripción de los participantes, para registrar las organizaciones, así como para proponer actividades e iniciativas. Contiene también el calendario diario y las actividades inscritas. El sistema que se está montando, explica François Soulard, permitirá “recopilar las actividades por día, hora, eje temático y títulos de las mismas. Una organización puede proponer que su actividad sea abierta, semiabierta o cerrada”. Así mismo los periodistas interesados en cubrir o participar en el FSM podrán acreditarse en https://join.wsf2021.net/?q=node/65

La estructura general de las actividades responde a dos lógicas principales: las autogestionadas y los paneles de discusión promovidos por el propio Grupo Facilitador del FSM -que es la instancia abocada a la organización de esta edición- y por los grupos temáticos. El programa de base es bien nutrido, muy diverso y de visiones asociativas muy variadas: https://join.wsf2021.net/?q=programa-evento .

Herramientas abiertas y soberanas

El objetivo es asegurar, explica Soulard, traducciones simultáneas y coordinación horaria con 24 husos horarios. El funcionamiento será, fundamentalmente estructurado, sobre la base del uso de herramientas libres, abiertas y soberanas, es decir autogestionadas por fuera de los monopolios digitales. “Una parte del funcionamiento se relaciona con una visión democrática y abierta de la comunicación que abraza ciertas tecnologías de código abierto y el conocimiento de grupos de activistas. Naturalmente, no excluye a tecnologías privadas que están muy difundidas y con funciones a veces difíciles de igualar”, subraya.

“Una parte de la estructura tecnológica propia de comunicación es asumida por dos actores: el movimiento MayFirst, así como la plataforma Dunia, de la que participo y coordino”, explica Soulard. Acompañan el trabajo varias redes como Ciranda y el Foro Mundial de Medios Libres, en particular en lo que hace a la facilitación y la difusión”, explica el militante asociativo francés.

¿Se corre el riesgo de ver colapsadas las redes en caso que una gran cantidad de inscriptos entren a una misma actividad en un mismo momento?, preguntamos. “Siempre es posible, aunque tratamos de prever que esa posibilidad no se produzca. Además, hay filtros anti ataques para preservar el funcionamiento de eventuales agresiones virtuales que pudieran intencionadamente intentar complicar el funcionamiento”, explica.

20 años: de Porto Alegre al lenguaje virtual

El entusiasmo es inmenso y los esfuerzos *logístico-preparativos*, como en todas las ediciones anteriores del FSM, pasa esencialmente por el gran esfuerzo humano-organizativo de un sinnúmero de militantes. Aunque en esta edición, en particular, se ven obligados a priorizar y desarrollar el idioma digital.

La carrera contra el tiempo fue intensa, casi maratónica. La fase final de la organización de este FSM 2021 recién se lanzó a fines de octubre del año pasado. Con una experiencia muy valiosa que sirvió casi como una repetición general previa: el Foro Social de las Economías Transformadoras ( https://transformadora.org/fr/inici), que dado la pandemia debió realizarse enteramente también de forma virtual.

El Otro mundo posible” de Porto Alegre 2001, 2002, 2003, 2005;  Mumbay 2004; Nairobi 2007; Belém de Para 2009;  Dakar 2011: Túnez 2013-2015; Montreal 2016 y Salvador de Bahía 2018;  se confronta hoy a un mundo tumultuoso  en profunda crisis pandémica y civilizatoria.

Pone sobre la mesa del balance necesario toda la experiencia acumulada de esas ediciones anteriores, de los eventos descentralizados, de los foros nacionales, continentales y temáticos, de las nuevas redes sociales internacionales, así como de las grandes movilizaciones ciudadanas que este proceso promovió y convocó en sus escasos 20 años de vida.

Proceso que no se paraliza ni duda. En un presente en que altermundialismo, creatividad y renovación más que nunca se dan la mano.  Conscientes que la apuesta a Otro mundo posible, en el planeta Tierra 2021, se escribe también en lenguaje virtual.

FSM2021: inscripción y participación: https://join.wsf2021.net/?q=es

Fuente: https://rebelion.org/el-doble-desafio-de-un-foro-social-a-la-vez-mundial-y-virtual/

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Islamofobia y creación del otro en Europa

Por: Sarah Babiker

La Francia de Macron se ha puesto a la vanguardia de un discurso que sitúa al Islam como amenaza a la identidad europea y que lleva años de apogeo gracias a la extrema derecha.

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