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Brasil: Justiça veta censura homofóbica de Crivella na Bienal do Livro do Rio

América del Sur/Brasil/El País

Após visitar a feira e encontrar um romance gráfico em que dois heróis se beijam, prefeito mandou fiscais ao local em busca de materiais «impróprios» para crianças.

Uma cena inédita na história da Bienal do Livro do Rio de Janeiro surpreendeu editores e provocou uma reação em massa contra a tentativa de censura no Brasil: um grupo de fiscais da Secretaria Municipal de Ordem Pública percorreu, no início da tarde desta sexta, os estandes do evento para recolher livros com temas ligados à homossexualidade. Eram liderados pelo coronel Wolney Dias, ex-comandante da Polícia Militar e atual subsecretário de operações da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio. E estavam ali por determinação do prefeito Marcelo Crivella, que havia visitado o evento um dia antes e se escandalizou com o romance gráfico da Marvel Vingadores, a cruzada das crianças. A obra contém a história do casal Wiccano e Hulkling. Em uma das páginas, eles se beijam. São homens. O prefeito, evangélico conservador, considerou a cena inapropriada e determinou que a obra fosse retirada das prateleiras, mas a organização recusou —e, mais tarde, a Justiça proibiu. Os livros, no entanto, desapareceram em poucas horas. Assim que a polêmica ganhou as redes, todos os exemplares que estavam disponíveis foram comprados.

«Livros assim precisam estar embalados em plástico preto lacrado e do lado de fora avisando o conteúdo», afirmou Crivella, em um vídeo publicado em seu Twitter. O prefeito argumentou a necessidade de «proteger as crianças» para que elas não tenham «acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades«. As declarações do político, somadas à atuação dos fiscais, geraram um levante em massa de livreiros e editoras, que consideraram o ato uma grave ameaça para a liberdade de expressão. «Isso nunca havia acontecido na Bienal», disse com perplexidade ao EL PAÍS Flávio Moura,  editor da Todavia, que participa da Bienal. «Não há eufemismo pro que aconteceu. É uma tentativa horrorosa de censura», completa.

Os fiscais chegaram ao Riocentro, local onde acontece o evento, por volta de meio dia. Tinham a tarefa de buscar materiais «com cenas impróprias a crianças e adolescentes» de forma aleatória nos estandes. Deveriam recolher as publicações que não estivessem de acordo com a exigência do artigo 78 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que diz: «as revistas e publicações contendo material impróprio ou inadequado a crianças e adolescentes deverão ser comercializadas em embalagem lacrada, com a advertência de seu conteúdo». De acordo com a secretaria, se enquadrariam neste artigo materiais «pornográficos» ou «obscenos». Não encontraram nada «além de muitos livros», como disse o próprio coronel que liderou a fiscalização.

Marcelo Crivella

@MCrivella

Pessoal, precisamos proteger as nossas crianças. Por isso, determinamos que os organizadores da Bienal recolhessem os livros com conteúdos impróprios para menores. Não é correto que elas tenham acesso precoce a assuntos que não estão de acordo com suas idades.

Vídeo incorporado

21,6 mil pessoas estão falando sobre isso

Após a saída dos fiscais, as editoras fizeram uma série de manifestações em repúdio ao que consideram um ato de censura em suas redes sociais. A editora Todavia repudiou a ideia de que existam livros impróprios. «A fiscalização de livros remete a uma era sombria de nossa história, e seguiremos publicando e vendendo livros que exprimem nossa visão plural de mundo e do Brasil, direito esse amparado pela Constituição, afirmou no Instagram.

E a editora Intrinseca, por sua vez, disse repudiar todo e qualquer tipo de discriminação ou censura. «Como sempre, nos posicionamos à favor da liberdade de expressão e da diversidade. Se você estiver na Bienal do Livro este ano, poderá encontrar em nosso estande vários livros com temática LGBT+», publicou no Twitter. A própria Bienal chegou a emitir uma nota no mesmo dia da visita de Crivella. Nela, destacou que o festival tem um caráter plural. «Todos são bem-vindos e estão representados. Inclusive, no próximo fim de semana, a Bienal do Livro terá três painéis para debater a literatura Trans e LGBTQA+», diz a nota do evento. A Companhia das Letras seguiu na mesma linha. “Ficamos orgulhosos com a posição da organização da Bienal do Rio em defesa da liberdade de expressão e da diversidade. Ela mostra com dignidade a vocação e vontade dos editores», afirmou Luiz Schwarcz, CEO e fundador da Companhia das Letras.

atitude de Marcelo Crivella não é isolada. Três dias antes, o governador de São Paulo, João Dória, havia mandado recolher das escolas estaduais paulistas um material didático de Ciências para adolescentes de 13 anos que, segundo ele, fazia apologia à «ideologia de gênero». Ele se referia a uma apostila que continha o texto Sexo biológico, identidade de gênero e orientação sexual, com uma explicação sobre as diferenças entre os termos “transgênero”, “homossexual” e “bissexual”. No mesmo dia da determinação de Dória, o presidente Jair Bolsonaro —que já havia se envolvido em uma polêmica no período pré-eleitoral por mentir sobre livro de educação sexual que integraria o que chamou de kit gay nas escolas públicas— pediu ao Ministério da Educação para elaborar um projeto de lei contra o que chama de «ideologia de gênero» no Ensino Fundamental. Editores veem esses atos como uma grave ameaça à liberdade de expressão.

«Posturas como a do prefeito Marcelo Crivella e do governador João Doria tentam colocar a sociedade brasileira em tempos medievais, quando as pessoas não tinham a liberdade de expressar suas identidades», argumenta Luiz Schwarcz. «Eles desprezam valores fundamentais da sociedade e tentam impedir o acesso à informação séria, que habilita os jovens a entrar na fase adulta mais preparados para uma vida feliz«, acrescenta. Para o fundador da Companhia das Letras, medidas como estas, somadas à suspensão, em 21 de agosto, de um edital que daria apoio à produção de filmes LGBTQ+ por parte do Governo Federal, representam uma perigosa ascensão do clima de censura institucional no país.

O editor Flávio Moura, da Todavia, concorda. «A situação é muito alarmante, por isso muitas editoras estão se manifestando», explica. Sobre o caso da Bienal do Rio de Janeiro, ele argumenta que a prefeitura não tem poder para instituir nenhum tipo de veto ou classificação às obras. «O que aconteceu é algo completamente arbitrário, e o mais triste é que não seja um episódio isolado. Este é mais um ataque em um país que vem sofrendo com este tipo de ascensão da censura. São episódios lamentáveis e inadmissíveis que lembram o pior tempo da historia do Brasil», afirma Flávio Moura. Ele diz que os editores seguem monitorando a atuação da Secretaria Municipal de Ordem Pública do Rio de Janeiro e que continuarão publicando livros que tragam visões de mundo diversificadas. «Agora é continuar publicando obras que contribuam para mostrar que a liberdade é um valor inegociável. O papel das editoras também é este», finaliza.

No início da noite, o prefeito Marcelo Crivella publicou um novo vídeo no Twitter, em que criticou o que considera uma «controvérsia da mídia» sobre sua atitude. «O que nós fizemos foi pra defender a família. Esse assunto tem que ser tratado na família. Não pode ser induzido, seja na escola, seja em edição dos livros, seja onde for. Nós vamos sempre continuar em defesa da família», justificou. O Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, por sua vez, discordou do argumento do prefeito e publicou, na noite desta sexta, uma liminar que impede a prefeitura de apreender livros na Bienal e de cassar o alvará do evento, outra das ameaças de Crivella. A polêmica colocou o prefeito carioca nos Trending Topics do Twitter, onde mais de 115.000 tuítes compartilharam a reação dele —e o desenho com o beijo de Wiccano e Hulkling. Milhares de brasileiros conheceram, assim, os vingadores gays da Marvel.

Em resposta a ação de Crivella, o youtuber Felipe Neto anunciou que distribuirá gratuitamente mais de 10.000 livros com temáticas LGBT durante a Bienal do Livro no Rio, neste sábado. A distribuição vai ocorrer ao meio dia, na praça da alimentação. As publicações serão envolvidos em plástico com um adesivo: «Este livro é impróprio para pessoas atrasadas, retrógradas e preconceituosas».

Fuente: https://brasil.elpais.com/brasil/2019/09/06/politica/1567794692_253126.html

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El gobierno de Turquía ordena destruir más de 300 mil libros

Asia/Turquía/08 Agosto 2019/Prensa Latina

Más de 300 mil libros han sido retirados de las escuelas y bibliotecas turcas y destruidos tras el intento de golpe de estado de 2016.

Más de 300 mil libros han sido retirados de las escuelas y bibliotecas turcas y destruidos desde el intento de golpe de estado de 2016, según el ministerio de educación de Turquía.

La ministra de educación de Turquía, Ziya Selçuk, anunció la semana pasada que 301,878 libros habían sido destruidos después de que el gobierno tomara medidas enérgicas contra cualquier cosa relacionada con Fethullah Gülen, el clérigo musulmán con sede en Estados Unidos acusado por Turquía de instigar el fallido golpe militar de 2016. Gülen ha negado su participación.

La cifra fue reportada por primera vez por el popular periódico Hürriyet, con imágenes de libros incautados y quemados publicados por el medio de noticias en línea Kronos27.

Según el sitio web Turkey Purge, que se describe a sí mismo como “un pequeño grupo de jóvenes periodistas que intentan ser la voz de los turcos que sufren bajo un régimen opresivo”, en 2016 se prohibió un libro de matemáticas por presentar las iniciales de Gülen en una pregunta leyendo “del punto F al punto G”. En diciembre de 2016, el periódico turco BirGün informó que 1,8 millones de libros de texto habían sido destruidos y reimpresos por contener la palabra “objetable” de Pensilvania, que es donde Gülen vive en un complejo vigilado. Las calles llamadas Gülen en Ankara también han sido renombradas, según los informes.

Las organizaciones de libertad de expresión dijeron que estaban alarmadas por los comentarios del ministro de educación de Turquía. “En solo tres años, el panorama editorial en Turquía ha sido casi diezmado, con 29 editoriales cerradas por decreto de emergencia por” difundir propaganda terrorista “”, dijeron PEN International y English PEN en un comunicado conjunto.

Un informe de 2018 de English PEN encontró que, luego del estado de emergencia decretado después del intento de golpe de estado, se cerraron 200 medios de comunicación y organizaciones editoriales, 80 escritores sometidos a investigaciones y enjuiciamientos y 5,822 académicos despedidos de 118 universidades públicas. El informe señalaba una “crisis de libertad de expresión” en Turquía.

“El gobierno ha aumentado dramáticamente su influencia en los medios y el panorama editorial, silenciando así las voces críticas”, dijo PEN. “Pedimos a las autoridades turcas que permitan la reapertura y el funcionamiento independiente de las editoriales, y que pongan fin urgentemente a su represión de gran alcance contra la libertad de expresión, que continúa sin cesar”.

Fuente: https://psn.si/turquia-destruye-libros/2019/08/

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Los motivos por los que los jóvenes de Benín alzan la voz

Redacción: El País

Diversos colectivos del país africano se reúnen por primera vez para luchar por la defensa de los derechos humanos y hacer oír sus reivindicaciones

“Hay que dejar claro que uno de los principales problemas que afrontamos los jóvenes en Benín es la falta de empleo. Nos esforzamos durante años en formarnos. Es un gran sacrificio económico para nosotros y para nuestras familias y al final no encontramos un empleo digno. Si optamos por emprender y montar nuestro propio negocio, se nos niega la financiación. Además, no se nos escucha, no hay plataformas donde hacer oír nuestra voz”, explica Arouna Karim Kpera, presidente de AJEG una organización de jóvenes que agrupa y ayuda a aquellos que no encuentran trabajo al finalizar la universidad.

Es uno de los muchos grupos creados en el norte de Benín para canalizar la voz de los jóvenes, las mujeres o los campesinos, entre otros colectivos. 30 de ellos se reunieron el pasado mes de febrero por primera vez en su historia en la ciudad de Nikki, en el norte del país, para compartir inquietudes y buscar líneas de trabajo en común con las que reivindicar sus derechos y crear una plataforma que permita canalizar sus demandas hasta las personas que toman las decisiones en el país. Un encuentro auspiciado y facilitado por la Fundación Salvador Soler y la ONG OAN International.

“La situación de los derechos humanos en este país es para reírse”, y de hecho Zouliatou Alidou Issaka suelta un par de carcajadas sonoras antes de continuar con su discurso. Ella pertenece a Groupement des Femmes, una asociación de mujeres jóvenes. “En Benín no tenemos eso. Son los que están en el poder, los políticos, los que escriben manuales sobre eso. Pero nosotros no tenemos ningún derecho, los derechos humanos no existen para los pobres. Somos los pequeños y, a pesar de eso, intentamos salir adelante”.

“En Benín las mujeres sufrimos mucho por la falta de medios”, continúa Issaka. “Los maridos no nos dan los medios para levantarnos, para llevar a los niños al colegio. Los padres no son capaces ni de dar el desayuno o la comida a sus hijos. Cada vez que el niño necesita algo, como una fotocopia para el colegio, somos nosotras las que nos ocupamos de ello”. Por eso desde Groupement des Femmes organizan actividades y promueven pequeños negocios para que “las mujeres podamos salir adelante y nos empoderemos. Queremos que se nos escuche y se nos haga caso”.

Nosotros no tenemos ningún derecho, los derechos humanos no existen para los pobres. Somos los pequeños y, a pesar de eso, intentamos salir adelante

“El desempleo juvenil es muy alto en Benín”, insiste Zoulkarnaïne Yinde, de la ONG Jedes Besen Sia. “El gobierno nos empuja a ser emprendedores, pero no pone los medios para que tengamos acceso a la financiación. Tienes que tener tu propio dinero para emprender. ¿Quién puede permitirse eso? Los de siempre. Tenemos formación, pero no tenemos los medios para ponerla en práctica”.

En Benín, el 70% de los jóvenes entre 15 y 35 años solo encuentran trabajo en el sector informal, como apunta el PNUD. Son personas con trabajos muy precarios. Estos datos darían a entender que en el país africano el problema del subempleo es más fuerte que el del desempleo, que alcanza al 30% de ese grupo de edad. Los trabajos del llamado sector informal facilitan solo la supervivencia diaria de las personas que los desempeñan y, prácticamente, no permiten el ascenso social, y relega a estos trabajadores a la pobreza de por vida.

La situación de las mujeres, sobre todo de las que no tienen estudios o solo han cursado estudios primarios, es todavía peor. Hay grandes diferencias en la alfabetización de la población: el 45,1% de los varones entre 15 y 24 años son analfabetos, mientras que entre las mujeres de la misma edad el porcentaje se eleva al 69,2%, según UNICEF. Además, el acceso a la educación es más difícil y deficitario en las zonas rurales. Igualmente, la mayoría de los servicios se concentran en las áreas urbanas mientras que los pueblos y aldeas se ven privados de hasta los más básicos. De ahí que la totalidad de las organizaciones reunidas en Nikki enfaticen “la necesidad de promover, como primera medida, el acceso a la educación de todos sin distinción”.

Ante la falta de oportunidades, a los jóvenes de las zonas rurales no les queda otro remedio que migrar hacia las grandes ciudades del país en busca de un trabajo que tampoco encuentran allí. De hecho, la población rural en Benín ha descendido del 91% que representaba en 1960 al 53% en 2017, afirma el Banco Mundial. Es por eso por lo que muchos de estos grupos piden, también, coordinar actividades e iniciativas para frenar el éxodo rural. Una de las propuestas que se presentó contempla la formación de los jóvenes agricultores para que opten por la agricultura bio.“Cavamos nuestra tumba con nuestros dientes”, afirma Kpera. “No sabemos lo que comemos. En el campo utilizamos todo tipo de productos tóxicos que nos imponen las multinacionales. Hay que buscar una alternativa a todo eso que promocione una agricultura de calidad y saludable”. Su ONG ha comenzado a formar en los pueblos grupos de jóvenes que optan por huertas bio. El siguiente paso será la creación de un centro para la comercialización de estos productos y un restaurante para su degustación.

En las áreas rurales del norte de Benín, la mayoría de estas organizaciones ven el regreso a la agricultura como una tabla de salvación para muchos jóvenes y piden más medios para el campo, como su mecanización, líneas de financiación y mejores condiciones de vida para las personas que optan por esta actividad. Igualmente, muestran su preocupación por la deforestación y, por eso diseñan proyectos destinados a frenar este fenómeno, como la formación de jóvenes en la protección y explotación de árboles endémicos de la zona. Entre estos destaca el karité (Vitellaria paradoxa) y el neré (Parkia biglobosa).

Los maridos no nos dan los medios para levantarnos, para llevar a los niños al colegio. Los padres no son capaces ni de dar el desayuno o la comida a sus hijos

De la explotación del primero viven unas 200.000 mujeres en Benín, según el Ministerio de Agricultura, Ganadería y Pesca beninés. Pero es un sector que puede generar mayores ingresos si se desarrolla a fondo. El segundo está más amenazado. Tradicionalmente, sus frutos servían para condimentar los alimentos. Desde la introducción de los cubos de caldo su uso prácticamente ha desaparecido y por eso se corta. “Queremos promocionar el uso del neré que es mucho más sano que los compuestos industriales que ahora se usan y que tienen mucha sal y otros elementos que desconocemos. Podría ser una importante fuente de trabajo para muchos jóvenes, al mismo tiempo, permitiría conservar una especie en peligro de extinción, frenar el cambio climático y, además, ayudaría a mejorar la salud de la población”, explica Goounou Bashirou Sariki Imorow de la ONG Ajeced.

Otra de las grandes preocupaciones de los jóvenes reunidos en el Foro de Nikki es el de la degradación del medioambiente y la gestión de los residuos. “Las bolsas de plástico están por todas partes y la administración no hace nada para cambiar la situación. No hay concienciación, no hay servicio de recogida de basuras… ¿Qué hacen los políticos con nuestros impuestos?”, se pregunta Imorow. De hecho, antes de comenzar las sesiones del encuentro, la mayoría de las organizaciones participaron en un ejercicio de limpieza en la zona del mercado de la ciudad. Los sacos con la basura recogida fueron, luego, depositados delante de las puertas del Ayuntamiento de la ciudad para denunciar la inacción de las autoridades locales.

Una reivindicación no exenta de riesgos ya que todos los grupos insisten en que en los últimos años la libertad de expresión en Benín se ha visto reducida. “La crítica a la gestión administrativa no está permitida. Existen prisioneros políticos en el país, aunque nadie hable de ellos. Son personas que han criticado al Gobierno o a los ayuntamientos”, explica Imorow. “En cuanto a la libertad de expresión todavía queda mucho por hacer porque personas que han dicho la verdad están en prisión”, añade Kpera. El último informe de Reporteros Sin Fronteras avala estos datos y pone de manifiesto que en los últimos años ha habido un continuo retroceso de la libertad de expresión y de prensa en el país.

Esta situación no parece amedrentar a los jóvenes. Estos han creado una red de asociaciones civiles de la zona de Nikki que trabaja por la buena gobernanza y la transparencia. “Como ciudadanos vigilamos a la administración en temas como el de las infraestructuras o la rendición de cuentas y la transparencia. Los políticos tienen que rendir cuentas al pueblo. Igualmente trabajamos en la educación de los comportamientos de la población”, afirma Yinde.

El primer Foro de Nikki ha sido valorado por todos los participantes como una experiencia muy positiva, un medio para empezar a unir fuerzas y visiones y “trabajar todos juntos por la defensa de los derechos de los hombres y mujeres de Benín, especialmente de los jóvenes. Esta es una buena plataforma para que nuestra voz y nuestras reivindicaciones sean oídas. Solo así, unidos y sin miedo, conseguiremos un país mejor para todos”, afirma Kpera.

Fuente: https://elpais.com/elpais/2019/07/09/planeta_futuro/1562665552_814180.html

 

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Las Piedras angulares para la promoción de sociedades del conocimiento inclusivas: acceso a la información y al conocimiento, libertad de expresión, privacidad y ética en la Internet global

ISBN: 978-92-3-300081-0
Recopilación: 123 p.
Idioma: español
Año de publicación: 2017
Tipo de licencia: CC BY-SA 3.0 IGO [5596]
Tipo de documento: libro
Reseña: La UNESCO ha trabajado con los Estados Miembros y otras partes interesadas, para analizar cuatro campos distintos, aunque interdependientes, de la política y de la práctica de Internet en el ámbito del mandato de la UNESCO, percibidos como centrales para alcanzar esta visión. Estos campos son: el acceso a la información y al conocimiento, libertad de expresión, privacidad y normas y comportamientos éticos en línea. El presente informe estima estos cuatro campos como las piedras angulares necesarias para construir una Internet global libre y confiable que posibilite Sociedades del Conocimiento inclusivas. La metáfora de “piedra angular” se refiere al elemento arquitectónico que se coloca en el centro de un arco para que las otras piedras permanezcan en el lugar. Dicha metáfora se utiliza para transmitir la importancia de esas cuatro dimensiones para la estructuración de una Internet global.
El marco referencial usado para investigar los cuatro campos clave en este informe fue el de Universalidad de Internet, que identifica cuatro principios normativos acordados por los Estados Miembros de la UNESCO. Los mismos son: los principios de los derechos humanos, la apertura, la accesibilidad y la participación multisectorial, resumidos con el acrónimo DAAP. El informe examina cada una de las cuatro piedras angulares de Internet y cuestiona si y cómo su desarrollo está alineado con los cuatro principios DAAP. Con base en todo esto, el informe identifica una serie de opciones para la UNESCO. En este estudio, las cuatro piedras angulares están definidas de forma amplia. El acceso a la información y al conocimiento engloba la visión del acceso universal, no sólo a Internet, sino también a la habilidad de buscar y recibir en línea conocimientos científicos, autóctonos y tradicionales, que sean abiertos; así como la posibilidad de producir contenido en todos los formatos. Esto requiere iniciativas a favor de la libertad de la información y la construcción de recursos de conocimiento abiertos y preservados, así como respeto por la diversidad cultural y lingüística que promueva contenido local en múltiples idiomas, oportunidades de educación de calidad para todos, incluyendo alfabetización y habilidades mediáticas nuevas, e inclusión social en línea.
Esto significa tratar de desigualdades de ingresos, habilidades, educación, género, edad, raza, etnia o accesibilidad para personas con discapacidad. La libertad de expresión implica la capacidad de expresar los propios puntos de vista en Internet, de modo seguro, lo que abarca desde el derecho de usuarios de Internet a la libertad de expresión en línea hasta la libertad de prensa y la seguridad de periodistas, blogueros y defensores de los derechos humanos, así como políticas que refuerzan el intercambio abierto de opiniones y el respeto por los derechos a la libre expresión en línea. La privacidad se refiere, de manera amplia, a las prácticas y políticas de Internet que respetan el derecho de los individuos a tener una expectativa razonable de poseer su espacio personal y a controlar el acceso a las informaciones personales. La privacidad debe ser protegida de manera conciliada con la promoción de la apertura y la transparencia, bien como reconociendo que la privacidad y su protección son la base de la libertad de la expresión y confianza en Internet y, por lo tanto, de su mayor uso para el desarrollo social y económico.
Finalmente, la ética considera si las normas, reglas y procedimientos que rigen el comportamiento en línea, como también el diseño de Internet y de los medios digitales afines, están basados en principios éticos, anclados en los derechos humanos y dirigidos a la protección de la dignidad y seguridad de individuos en el ciberespacio, mejorando la accesibilidad, apertura e inclusión en Internet. Por ejemplo, el uso de Internet debe ser sensible a consideraciones éticas, como la no discriminación debido al género, edad o discapacidad; además, debe ser moldado por la ética en vez de ser usado para justificar prácticas y políticas de forma retrospectiva, enfocando en la intencionalidad de las acciones, así como en los resultados de las políticas y prácticas de Internet.
Descargar en: https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000260737
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Valores tradicionales y cruzada contra el legado de Freire, la política educativa que ya ha empezado a ejecutar Bolsonaro

Brasil / 18 de enero de 2019 / Autor: Victor Saura / Fuente: El Diario de la Educación

El 2 de enero el nuevo presidente de Brasil, Jair Bolsonaro, le robó un titular al ministro de Educación que acababa de nombrar: la Secretaría de Educación, Alfabetización, Diversidad e Inclusión cambia de nombre, un primer paso para “formar ciudadanos para el mercado laboral” y no “mentes esclavas de dominación socialista”.

La política educativa que va a emprender en los próximos años Brasil parte de una idea que está completamente arraigada entre los nuevos gobernantes, y muy especialmente en el presidente Bolsonaro y su ministro de Educación, Ricardo Vélez Rodríguez. Según lo que uno y otro han declarado reiteradamente, durante los últimos 15 años (los de los gobiernos del Partido de los Trabajadores) la escuela brasileña ha estado adoctrinando a los niños con ideología de corte marxista y, por tanto, su prioridad ahora es barrer o depurar el marxismo del sistema educativo.

Ambos son afines al movimiento Escola sem partido (Escuela sin partido), impulsado en 2004 por el abogado Miguel Nagib para denunciar el supuesto adoctrinamiento que los maestros ejercían sobre sus hijos y que propone erradicar las ideologías de la escuela. El movimiento ha ido cogiendo fuerza a lo largo de los años, pero también opositores, hasta el punto de que existe una asociación de Profesores contra la Escuela Sin Partido, creada para denunciar que lo que defiende esta entidad atenta contra la libertad de expresión en el aula.

En el caso de Bolsonaro, su aversión al comunismo es manifiesta. En un tuitpublicado el 31 de diciembre, a pocas horas de ser investido presidente, escribía que “una de nuestras metas para sacar a Brasil de las peores posiciones en las clasificaciones de educación del mundo es combatir la basura marxista que se instaló en las instituciones de enseñanza”. Ya durante la campaña electoral, Bolsonaro había declarado su intención de “entrar con un lanzallamas en el Ministerio de Educación” para terminar con el legado de Paulo Freire.

¿Quién es el nuevo ministro?

Vélez Rodríguez es un profesor de filosofía colombiano de 75 años que se instaló en Brasil en 1979. Hasta entonces había sido profesor de la Universidad de Medellín, donde varios colegas murieron por atentados de las FARC, con lo que le propuso a su esposa, brasileña, que se instalasen temporalmente en Río de Janeiro. Pero la violencia continuó en Colombia y Vélez acabó adquiriendo la nacionalidad brasileña.

En los años 80 y 90, Vélez impartió clases en la Universidad del Estado de Rio de Janeiro y en Universidad Federal de Juiz de Fora, en esta última continuaba ejerciendo como profesor asociado. A Bolsonaro, que es capitán en la reserva, le conoció hace diez años, como profesor de la Escuela del Estado Mayor del Ejército brasileño, si bien la prensa del país atribuye su nombramiento a la influencia de Olavo de Carvalho, un escritor brasileño que reside en Estados Unidos y que está considerado el ideólogo de cabecera de Bolsonaro y la nueva derecha brasileña. Carvalho lleva años atribuyendo la decadencia de Occidente a la “ideología de género” y el “marxismo cultural”.

También en su discurso de investidura Ricardo Vélez reiteró que su principal objetivo es poner fin al “marxismo cultural” en las escuelas. “La ideología globalista pasó a destruir uno a uno los valores culturales que rigen el país: familia, iglesia, Estado, patria y escuela”, afirmó el nuevo ministro. Según dijo, uno de los éxitos de su jefe ha sido escuchar la voz de padres y madres que estaban hartos de esta educación.

Clovis Rossi, un conocido periodista brasileño que escribe en Folha de São Paulo, definía hace algunas semanas a Vélez como “un ayatollah”. “Un Ayatollah asume la educación en Brasil”, titulaba Rossi un artículo en el que recordaba que Vélez había defendido en su blog (ahora borrado) el golpe militar brasileño de 1964, definiendo como héroes a los golpistas porque habían impedido que el marxismo se apoderara del país. Al periodista le parecía increíble que se fuera a nombrar ministro de Educación a alguien que había menospreciado de esta manera a las decenas de miles de muertos, torturados y exiliados a causa de aquel golpe de Estado. “Tiene todo el olor de la policía moral adoptada en Irán, entre otros países musulmanes como Arabia Saudita”, escribía Rossi sobre el futuro ministro.

Eliminar el ‘buenismo’ y rescatar la autoridad del profesor

La primera de las decisiones en política educativa del nuevo ministro no ha tenido ni tiempo de anunciarla porque Bolsonaro se le adelantó. Según explican los medios brasileños, el equipo de prensa de Vélez había anunciado que no haría ninguna declaración ni concedería entrevistas hasta después del día 7, ya que quería conocer antes el Ministerio, pero tuvo que dar marcha atrás y aceptar preguntas de la prensa porque el mismo día 2 Bolsonaro anunció a través de Twitter que su ministro iba a cambiarle el nombre a la Secretaría de Educación Continuada, Alfabetización, Diversidad e Inclusión (Secadi).

La Secadi ya no se llamará así, sino que será, simplemente, la Secretaría de Alfabetización. “Hay que formar ciudadanos para el mercado laboral, el enfoque opuesto a los gobiernos anteriores, que intencionalmente invirtieron en la formación de mentes esclavas de las ideas de dominación socialista”, rezaba el tuit del presidente brasileño.

A Vélez no le quedó más remedio que confirmar la noticia, pero no aclaró a qué obedece el cambio de nombre, aunque los analistas han interpretado que el objetivo es eliminar toda temática relativa a los derechos humanos o de las minorías étnicas o de cualquier otro tipo. Capaz de afirmar que preferiría ver a su hijo muerto antes que gay, Bolsonaro también se refirió en campaña a lo que calificó de coitadismo (que podría traducirse como buenismo, ya que “coitado” equivale a “pobrecito”) como uno de los grandes males de la escuela. “Todo es coitadismo. Pobrecito el negro, pobrecita la mujer, pobrecito el gay, pobrecitos los del nordeste… vamos a acabar con esto”, declaró. En esa misma entrevista ofreció su solución a “toda esa historia del bullying”. Cuando él era alumno, dijo, “el gordito golpeaba como todo el mundo, hoy el gordito llora”.

Vélez es algo más cuidadoso con sus palabras, en especial desde que supo que iba a ser ministro. Los tuits que ha publicado desde que en noviembre han sido en general asépticos, e incluso en uno de los últimos aseguraba que “estamos atentos a los derechos, las necesidades y la individualidad de las personas con discapacidad. A fin de proponer acciones eficaces, estamos trabajando en asociación con el Ministerio de Derechos Humanos y la Secretaría Especial de las personas con discapacidad”. En otro tuit sí que hablaba de dignificar los salarios de los docentes y de “rescatar su autoridad”, otra idea repetida insistentemente por su jefe.

 

 

Fuente del Artículo:

http://eldiariodelaeducacion.com/blog/2019/01/09/valores-tradicionales-y-cruzada-contra-el-legado-de-freire-la-politica-educativa-que-ya-ha-empezado-a-ejecutar-bolsonaro/

ove/mahv

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[Entrevista] “A toda leche”, un canal donde aprender de forma diferente: ¿Qué hay detrás de Youtube?

Redacción: Geekno

El mundo de Youtube es muy extenso, cuando para muchos simplemente se trata de una plataforma de contenidos de vídeo, para otros se trata de un modo de vida, de trabajo, o simplemente un hobbie que les llena. Detrás de cada vídeo que vemos en Youtube existe el trabajo de un creador de contenidos, por lo que sin ellos no existiría la plataforma.

En los últimos años, el interés por Youtube ha crecido significativamente, con la consecuencia de la creación de miles de canales de Youtube con contenido de todo tipo. Uno de ellos es el de «A toda leche«, un canal de lo más variopinto con el que podemos aprender de manera diferente.

¿Alguna vez has pensado en aprender «A toda leche»?

«A toda leche» es un canal de Youtube cooperativo, en el que Lechero Fett, Patri y Ángel ponen todos sus esfuerzos e ilusión para poder ofrecer un contenido de calidad, distinto y muy entretenido. ¡Y vaya si lo hacen!

Cuando hablamos de vídeos educativos puede que en seguida pienses en la cosa más aburrida del mundo, pero en «A toda leche» han sabido encontrar la fórmula para ofrecer vídeos sobre historia, ciencia, arte, resúmenes de películas, series…de una manera que engancha a cualquiera, ¡y nos hacen soltar más de una carcajada!

https://youtu.be/KY-XQShFKsY

Curiosidades de Velázquez, el Imperio Hispánico, bulos, la historia de Cataluña, Gameplays… Si buscas un canal de Youtube diferente, te aseguramos que este lo es.

La verdad sobre crear contenido para Youtube

Pero no es todo color rosa en el canal de «A toda leche», ellos mismos han expresado varias veces lo difícil que es crecer en Youtube y los obstáculos a los que se han de enfrentar los youtubers para conseguir frutos de todo su trabajo. Aunque Lechero, Ángel y Patri han conseguido crear una comunidad de más de 100.000 «locopizzas«, aseguran que conseguir beneficios en Youtube sigue siendo muy difícil, por lo que su canal se ve en peligro.

Es por ello que les hemos entrevistado para que nos cuenten cómo se encuentra el presente de Youtube y cómo creen que será su futuro. Os dejamos con una entrevista tan divertida como su canal, pero en la que no falta el humor, la sinceridad y la crítica a la situación de Youtube, y España en general.

El sistema de monetización de Youtube y el presente de los creadores de contenido

 

Geekno:

Este verano anunciasteis en el vídeo “El principio del FIN de YOUTUBE” la situación en la que se encontraba el canal, en el que Lechero tomaba un tono mucho más serio para explicar las razones que os habían llevado a tomar la decisión de cerrar el canal de Youtube en los próximos meses. Desde entonces habéis tomado acciones para poder seguir ofreciendo vuestro contenido, como apostar por la financiación colectiva a través de Patreon¿Creéis que el futuro de la monetización en Youtube está fuera de Youtube?, ¿habéis podido conseguir lo necesario para continuar la actividad en el canal?

Tener éxito en Youtube

youtube.com/user/Lechero/

A toda leche:

La monetización de Youtube a día de hoy es un poco un desastre, solamente sale rentable a los canales grandes o que hacen contenido viral con millones de visitas. A los canales pequeños nos dan por saco siempre desmonetizando con cualquier excusa, subir un vídeo a Youtube a día de hoy es una lotería. Creo que la única manera para que un canal sobreviva es por medio de los propios suscriptores con pequeñas donaciones o si hay suerte encontrar algún patrocinador que te pueda dar un impulso económico, pero vamos con la cantidad de canales que hay a día de hoy, está todo muy complicado.

Creíamos que consiguiendo la cifra de 100.000 suscriptores los números de visitas y la visibilidad del canal crecería. Pero todo sigue más o menos igual. Youtube nos suele dar al mes sobre los 250€, una cantidad irrisoria si comparamos la cantidad de horas que metemos haciendo vídeos. Pero bueno, sabemos que a día de hoy la única manera de seguir adelante es con Patreon y con los aportes de la gente, por eso damos tanto la brasa en los vídeos. No nos gusta ser unos pesados y pedir, pero es que es lo que hay si queremos seguir haciendo lo que nos gusta. Esperamos que más gente se anime a ayudarnos y si la cosa sigue igual ya en marzo tomaremos una decisión. Si la cosa sigue igual, a lo mejor nos tocará bajar el ritmo y no trabajar tanto en Youtube sino solamente en los ratos que tengamos libres, subiendo varios vídeos al mes y no tres a la semana como hacemos ahora. ¡Dios no lo quiera!


Geekno:

Cada cierto tiempo Youtube realiza cambios en sus políticas de contenido, y algunas de ellas no han resultado ser muy beneficiosas para algunos creadores. ¿Creéis que Youtube realmente vela por los creadores de contenido?

A toda leche:

¡Youtube tiene tantos creadores de contenido que no sabe ni donde se ha metido!

Para mi punto de vista la plataforma tiene un grave problema en cuanto a organización, debería tener a los youtubers clasificados por categorías según su temática. No es normal que a los canales educativos nos frían a reclamaciones por hablar de guerras o muertes (bienvenidos a la historia del mundo) y a otros canales “infantiles” que se dedican a decir tacos, mostrar paridas o directamente desinforman no les hagan nada. Tampoco pido que nos mimen, sino que nos dejen trabajar. Con todas las trabas que nos ponen en medio… dan ganas de mandarlo todo a la shit.

Tener éxito en Youtube

youtube.com/user/Lechero/

Geekno:

Todos los que tenemos contacto con el mundo de Internet estamos en vela por lo que está sucediendo con el Artículo 13, ¿qué pensáis vosotros y cómo veis la situación respecto a vuestro canal?

A toda leche:

El Artículo 13 es un desastre, un intento de poner puertas al campo. No es normal que algo tan evidentemente dañino para la libertad de expresión y para la forma de comunicarnos en pleno siglo XXI haya llegado tan lejos. Esperemos que los políticos no se dejen manipular y sepan ver que eso puede ser el final de las redes sociales como los conocemos a día de hoy. Si se llega a aprobar, directamente nuestro canal cerraría al día siguiente. No podemos apoyar nuestro contenido educativo sin mapas, fotos o escenas que recreen aquello que estamos contando, así de claro.

Fuente: https://www.geekno.com/entrevista-a-toda-leche-un-canal-donde-aprender-de-forma-diferente-que-hay-detras-de-youtube.html

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¿Cuál ha sido la clave para el desarrollo de la educación en Nueva Zelanda?

Redacción: Colombia

En los últimos años los gobiernos del mundo han empezado a mostrar un mayor interés en la preparación de los estudiantes, ¿cuál ha sido la clave para el desarrollo de la educación en Nueva Zelanda?

Dentro de los cambios que se han desarrollado están adquirir habilidades interdisciplinarias, creativas, analíticas, empresariales, digitales y técnicas, así como a adoptar un mayor sentido de liderazgo.

Promoviendo la independencia, la libertad de expresión y el libre pensamiento, fomentando la creatividad y la  innovación y destinando el 7,3% de su PIB a este sector, Nueva Zelanda sobresale por tener un sistema de educación pública sólida que le abre sus puertas no solo a los neozelandeses, sino también a los estudiantes internacionales.

El más reciente Informe de la Unidad de Inteligencia de The Economist asegura que Nueva Zelanda es el destino número uno para la educación del futuro. El Índice, que además evaluó en qué medida los sistemas educativos inculcan habilidades futuras en jóvenes de 15 a 24 años, incluyó 16 indicadores en tres categorías: entorno de políticas, entorno de enseñanza y entorno socioeconómico.

El país obtuvo la máxima calificación en 15 de estos indicadores, donde se destacó por la efectividad de su sistema de implementación de políticas, el marco curricular para futuras habilidades, la educación de sus maestros, la colaboración entre universidades e industria y  la diversidad cultural y la tolerancia.

Estos resultados corroboran los tres pilares fundamentales en los que se basa su Estrategia Educativa Internacional: excelencia y experiencia educativa; desarrollo sostenible y ciudadanía global. En el desarrollo del primero, el país ha venido trabajando en exitosas iniciativas como la campaña Future Proof que acaba de lanzar su segunda entrega, Future Proof 2.0, para profundizar en cómo el estilo de enseñanza de Nueva Zelanda influencia en el éxito futuro de sus estudiantes.

«Nueva Zelanda es famosa por sus magníficos paisajes, por sus equipos de rugby y por las películas de El Señor de los Anillos. Sin embargo, una joya oculta es nuestro alto nivel de educación, donde nuestras universidades e instituciones de educación superior ofrecen recursos de enseñanza e investigación de clase mundial con una fuerte colaboración de la industria», explica Javiera Visedo, Gerente de Educación de Education New Zealand para Chile y Colombia.

«La campaña Future Proof 2.0 destaca también la calidad y el compromiso de profesores y académicos para que los estudiantes puedan adquirir un conjunto de habilidades y competencias que contribuyan a generar conciencia global», agrega.

En el desarrollo de la campaña Future Proof 2.0 los maestros encaminan sus acciones a un estilo de aprendizaje que se centra en el futuro y se basa en cinco hechos: 

El primero prioriza el desarrollo de las habilidades que los empleadores globales demandan, y es aquí donde el profesor Jamie Collins, presidente de la iniciativa empresarial e innovación en la Universidad de Canterbury en Christchurch, asegura que “los estudiantes de Nueva zelanda tienen la oportunidad de analizar problemas y descubrir cómo resolverlos. Hay muchas personas inteligentes, pero ser inteligente no es lo suficientemente bueno en un mundo competitivo, tenemos que ser capaces de resolver problemas».

El segundo se relaciona con cómo el trabajo en equipo ayuda a desarrollar habilidades sociales de comunicación y de liderazgo valiosas. La profesora Kathleen Campbell de la Universidad de Auckland, exinvestigadora de la agencia espacial estadounidense NASA, explica que “Nueva Zelanda es el entorno perfecto para la investigación dinámica y activa. Tenemos mucha colaboración y vínculos fantásticos en todo el mundo, por lo que los estudiantes tienen acceso a los mejores científicos y los mejores instrumentos. Mis estudiantes se ayudan mutuamente en sus diferentes áreas de campo».

Adquirir experiencia laboral en su industria es el tercer punto, el cual brinda importantes habilidades prácticas y conocimientos teóricos.

Aprovechar las oportunidades para pensar creativamente y desarrollar ideas propias es otro punto fundamental en la educación de este país. Faith Kane, profesora principal de diseño textil en la Escuela de Diseño de la Universidad de Massey en Wellington, alienta a sus estudiantes a adoptar el pensamiento de diseño como una mentalidad que los prepara para el futuro.

El quinto punto se relaciona con el hecho de estudiar en una sociedad abierta y acogedora, y cómo esto puede generar confianza y seguridad en la persona. Mark Hanlen, profesor de estudios marinos en Whakatane High School, trabaja de la mano de diferentes conceptos de la cultura Maorí donde la hospitalidad y el respeto son protagonistas.

En definitiva, los maestros, los académicos y el sistema educativo de Nueva Zelanda encaminan sus esfuerzos preparando a los estudiantes para un futuro global,  mientras proporcionan un puente entre el aula y el mundo exterior. El país cuenta con centros de innovación y espíritu empresarial para defender la innovación de los jóvenes y las nuevas empresas.

Fuente: https://www.colombia.com/educacion/estudia-en-el-exterior/cual-ha-sido-la-clave-para-el-desarrollo-de-la-educacion-en-nueva-zelanda-209718
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